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Opinião|Lula apoiar ou não Kamala Harris não piora o que já é ruim: a relação dele com Trump


Não é prudente que mandatários assumam publicamente apoio a um candidato em outro país, mas as eleições nos EUA são tão decisivas e estão tão indecisas que o presidente brasileiro não tinha alternativa

Por Eliane Cantanhêde
Atualização:

Não é prudente, nem da tradição diplomática, que presidentes assumam publicamente apoio a um candidato em outro país, mas as eleições nos Estados Unidos são tão decisivas e estão tão indecisas que o presidente Lula não tinha alternativa. Sua defesa da democrata Kamala Harris e sua crítica aberta a Donald Trump fazem sentido, pois o que está em jogo é a democracia, e não apenas a norte-americana.

Tecnicamente, digamos assim, a manifestação de Lula é um erro diplomático um tanto óbvio, já que Trump tem tanta chance de vencer quanto Kamala. E se ele vencer? Como ficarão as relações presidenciais e comerciais, os investimentos e acordos de cooperação?

Kamala Harris e Donald Trump, que se enfrentam na eleição americana nesta terça-feira, 5 Foto: Associated Press
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Para quem condena a fala de Lula, a situação pode complicar. Para os que defendem, não vai fazer diferença, já que as parcerias avançam na raia diplomática e na iniciativa privada, independente de quais sejam os presidentes. E, afinal, Lula falar não muda nada: Trump já teria má vontade com ele de qualquer jeito.

Além da defesa da democracia, dois motivos liberaram Lula para apoiar Kamala. Jair Bolsonaro apoiava Trump entusiasticamente, e seu filho 03, o deputado Eduardo, tem acesso ao ex-presidente quando vai aos EUA para articulações da direita internacional. De outro lado, Joe Biden não titubeou ao apoiar a posse de Lula diante da ameaça de golpe bolsonarista: os EUA foram o primeiro país a reconhecer, horas depois da eleição, a vitória de Lula em 2022. Como agora, em nome da democracia.

Tradicionalmente, os democratas são mais protecionistas e os republicanos, mais liberais — logo, mais convenientes ao Brasil. Hoje, porém, a questão vai muito além de comércio, após a invasão inédita do Capitólio, com estímulo ostensivo de Trump, acender o sinal amarelo em todo o mundo democrático e, de alguma forma, ser replicada no Brasil pelos bolsonaristas que depredaram, no 8 de Janeiro, Planalto, Congresso e Supremo.

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Não é mera coincidência que Trump, Bolsonaro, o argentino Javier Milei e até o ainda inexplicável Pablo Marçal, entre tantos outros mundo afora, tenham métodos, discursos, ameaças e alvos semelhantes e usem a internet com a mesma volúpia e falta de pudor. Elon Musk, aliás, paira sobre eles e despeja fortunas na compra de votos descarada para Trump.

A diferença é que, como o ridículo Nicolás Maduro ameaça só a Venezuela, também Bolsonaro é um perigo só para o Brasil e Milei, só para a Argentina. Trump, não. É um risco para o mundo. Mais do que induzir os EUA e os americanos para o terraplanismo e o desdém aos valores democráticos e aos avanços civilizatórios, Trump, se eleito, terá impacto em todos os continentes e fortalecerá os “bolsonarismos” (no plural mesmo) no Brasil. O silêncio de Lula não mudaria nada.

Não é prudente, nem da tradição diplomática, que presidentes assumam publicamente apoio a um candidato em outro país, mas as eleições nos Estados Unidos são tão decisivas e estão tão indecisas que o presidente Lula não tinha alternativa. Sua defesa da democrata Kamala Harris e sua crítica aberta a Donald Trump fazem sentido, pois o que está em jogo é a democracia, e não apenas a norte-americana.

Tecnicamente, digamos assim, a manifestação de Lula é um erro diplomático um tanto óbvio, já que Trump tem tanta chance de vencer quanto Kamala. E se ele vencer? Como ficarão as relações presidenciais e comerciais, os investimentos e acordos de cooperação?

Kamala Harris e Donald Trump, que se enfrentam na eleição americana nesta terça-feira, 5 Foto: Associated Press

Para quem condena a fala de Lula, a situação pode complicar. Para os que defendem, não vai fazer diferença, já que as parcerias avançam na raia diplomática e na iniciativa privada, independente de quais sejam os presidentes. E, afinal, Lula falar não muda nada: Trump já teria má vontade com ele de qualquer jeito.

Além da defesa da democracia, dois motivos liberaram Lula para apoiar Kamala. Jair Bolsonaro apoiava Trump entusiasticamente, e seu filho 03, o deputado Eduardo, tem acesso ao ex-presidente quando vai aos EUA para articulações da direita internacional. De outro lado, Joe Biden não titubeou ao apoiar a posse de Lula diante da ameaça de golpe bolsonarista: os EUA foram o primeiro país a reconhecer, horas depois da eleição, a vitória de Lula em 2022. Como agora, em nome da democracia.

Tradicionalmente, os democratas são mais protecionistas e os republicanos, mais liberais — logo, mais convenientes ao Brasil. Hoje, porém, a questão vai muito além de comércio, após a invasão inédita do Capitólio, com estímulo ostensivo de Trump, acender o sinal amarelo em todo o mundo democrático e, de alguma forma, ser replicada no Brasil pelos bolsonaristas que depredaram, no 8 de Janeiro, Planalto, Congresso e Supremo.

Não é mera coincidência que Trump, Bolsonaro, o argentino Javier Milei e até o ainda inexplicável Pablo Marçal, entre tantos outros mundo afora, tenham métodos, discursos, ameaças e alvos semelhantes e usem a internet com a mesma volúpia e falta de pudor. Elon Musk, aliás, paira sobre eles e despeja fortunas na compra de votos descarada para Trump.

A diferença é que, como o ridículo Nicolás Maduro ameaça só a Venezuela, também Bolsonaro é um perigo só para o Brasil e Milei, só para a Argentina. Trump, não. É um risco para o mundo. Mais do que induzir os EUA e os americanos para o terraplanismo e o desdém aos valores democráticos e aos avanços civilizatórios, Trump, se eleito, terá impacto em todos os continentes e fortalecerá os “bolsonarismos” (no plural mesmo) no Brasil. O silêncio de Lula não mudaria nada.

Não é prudente, nem da tradição diplomática, que presidentes assumam publicamente apoio a um candidato em outro país, mas as eleições nos Estados Unidos são tão decisivas e estão tão indecisas que o presidente Lula não tinha alternativa. Sua defesa da democrata Kamala Harris e sua crítica aberta a Donald Trump fazem sentido, pois o que está em jogo é a democracia, e não apenas a norte-americana.

Tecnicamente, digamos assim, a manifestação de Lula é um erro diplomático um tanto óbvio, já que Trump tem tanta chance de vencer quanto Kamala. E se ele vencer? Como ficarão as relações presidenciais e comerciais, os investimentos e acordos de cooperação?

Kamala Harris e Donald Trump, que se enfrentam na eleição americana nesta terça-feira, 5 Foto: Associated Press

Para quem condena a fala de Lula, a situação pode complicar. Para os que defendem, não vai fazer diferença, já que as parcerias avançam na raia diplomática e na iniciativa privada, independente de quais sejam os presidentes. E, afinal, Lula falar não muda nada: Trump já teria má vontade com ele de qualquer jeito.

Além da defesa da democracia, dois motivos liberaram Lula para apoiar Kamala. Jair Bolsonaro apoiava Trump entusiasticamente, e seu filho 03, o deputado Eduardo, tem acesso ao ex-presidente quando vai aos EUA para articulações da direita internacional. De outro lado, Joe Biden não titubeou ao apoiar a posse de Lula diante da ameaça de golpe bolsonarista: os EUA foram o primeiro país a reconhecer, horas depois da eleição, a vitória de Lula em 2022. Como agora, em nome da democracia.

Tradicionalmente, os democratas são mais protecionistas e os republicanos, mais liberais — logo, mais convenientes ao Brasil. Hoje, porém, a questão vai muito além de comércio, após a invasão inédita do Capitólio, com estímulo ostensivo de Trump, acender o sinal amarelo em todo o mundo democrático e, de alguma forma, ser replicada no Brasil pelos bolsonaristas que depredaram, no 8 de Janeiro, Planalto, Congresso e Supremo.

Não é mera coincidência que Trump, Bolsonaro, o argentino Javier Milei e até o ainda inexplicável Pablo Marçal, entre tantos outros mundo afora, tenham métodos, discursos, ameaças e alvos semelhantes e usem a internet com a mesma volúpia e falta de pudor. Elon Musk, aliás, paira sobre eles e despeja fortunas na compra de votos descarada para Trump.

A diferença é que, como o ridículo Nicolás Maduro ameaça só a Venezuela, também Bolsonaro é um perigo só para o Brasil e Milei, só para a Argentina. Trump, não. É um risco para o mundo. Mais do que induzir os EUA e os americanos para o terraplanismo e o desdém aos valores democráticos e aos avanços civilizatórios, Trump, se eleito, terá impacto em todos os continentes e fortalecerá os “bolsonarismos” (no plural mesmo) no Brasil. O silêncio de Lula não mudaria nada.

Não é prudente, nem da tradição diplomática, que presidentes assumam publicamente apoio a um candidato em outro país, mas as eleições nos Estados Unidos são tão decisivas e estão tão indecisas que o presidente Lula não tinha alternativa. Sua defesa da democrata Kamala Harris e sua crítica aberta a Donald Trump fazem sentido, pois o que está em jogo é a democracia, e não apenas a norte-americana.

Tecnicamente, digamos assim, a manifestação de Lula é um erro diplomático um tanto óbvio, já que Trump tem tanta chance de vencer quanto Kamala. E se ele vencer? Como ficarão as relações presidenciais e comerciais, os investimentos e acordos de cooperação?

Kamala Harris e Donald Trump, que se enfrentam na eleição americana nesta terça-feira, 5 Foto: Associated Press

Para quem condena a fala de Lula, a situação pode complicar. Para os que defendem, não vai fazer diferença, já que as parcerias avançam na raia diplomática e na iniciativa privada, independente de quais sejam os presidentes. E, afinal, Lula falar não muda nada: Trump já teria má vontade com ele de qualquer jeito.

Além da defesa da democracia, dois motivos liberaram Lula para apoiar Kamala. Jair Bolsonaro apoiava Trump entusiasticamente, e seu filho 03, o deputado Eduardo, tem acesso ao ex-presidente quando vai aos EUA para articulações da direita internacional. De outro lado, Joe Biden não titubeou ao apoiar a posse de Lula diante da ameaça de golpe bolsonarista: os EUA foram o primeiro país a reconhecer, horas depois da eleição, a vitória de Lula em 2022. Como agora, em nome da democracia.

Tradicionalmente, os democratas são mais protecionistas e os republicanos, mais liberais — logo, mais convenientes ao Brasil. Hoje, porém, a questão vai muito além de comércio, após a invasão inédita do Capitólio, com estímulo ostensivo de Trump, acender o sinal amarelo em todo o mundo democrático e, de alguma forma, ser replicada no Brasil pelos bolsonaristas que depredaram, no 8 de Janeiro, Planalto, Congresso e Supremo.

Não é mera coincidência que Trump, Bolsonaro, o argentino Javier Milei e até o ainda inexplicável Pablo Marçal, entre tantos outros mundo afora, tenham métodos, discursos, ameaças e alvos semelhantes e usem a internet com a mesma volúpia e falta de pudor. Elon Musk, aliás, paira sobre eles e despeja fortunas na compra de votos descarada para Trump.

A diferença é que, como o ridículo Nicolás Maduro ameaça só a Venezuela, também Bolsonaro é um perigo só para o Brasil e Milei, só para a Argentina. Trump, não. É um risco para o mundo. Mais do que induzir os EUA e os americanos para o terraplanismo e o desdém aos valores democráticos e aos avanços civilizatórios, Trump, se eleito, terá impacto em todos os continentes e fortalecerá os “bolsonarismos” (no plural mesmo) no Brasil. O silêncio de Lula não mudaria nada.

Não é prudente, nem da tradição diplomática, que presidentes assumam publicamente apoio a um candidato em outro país, mas as eleições nos Estados Unidos são tão decisivas e estão tão indecisas que o presidente Lula não tinha alternativa. Sua defesa da democrata Kamala Harris e sua crítica aberta a Donald Trump fazem sentido, pois o que está em jogo é a democracia, e não apenas a norte-americana.

Tecnicamente, digamos assim, a manifestação de Lula é um erro diplomático um tanto óbvio, já que Trump tem tanta chance de vencer quanto Kamala. E se ele vencer? Como ficarão as relações presidenciais e comerciais, os investimentos e acordos de cooperação?

Kamala Harris e Donald Trump, que se enfrentam na eleição americana nesta terça-feira, 5 Foto: Associated Press

Para quem condena a fala de Lula, a situação pode complicar. Para os que defendem, não vai fazer diferença, já que as parcerias avançam na raia diplomática e na iniciativa privada, independente de quais sejam os presidentes. E, afinal, Lula falar não muda nada: Trump já teria má vontade com ele de qualquer jeito.

Além da defesa da democracia, dois motivos liberaram Lula para apoiar Kamala. Jair Bolsonaro apoiava Trump entusiasticamente, e seu filho 03, o deputado Eduardo, tem acesso ao ex-presidente quando vai aos EUA para articulações da direita internacional. De outro lado, Joe Biden não titubeou ao apoiar a posse de Lula diante da ameaça de golpe bolsonarista: os EUA foram o primeiro país a reconhecer, horas depois da eleição, a vitória de Lula em 2022. Como agora, em nome da democracia.

Tradicionalmente, os democratas são mais protecionistas e os republicanos, mais liberais — logo, mais convenientes ao Brasil. Hoje, porém, a questão vai muito além de comércio, após a invasão inédita do Capitólio, com estímulo ostensivo de Trump, acender o sinal amarelo em todo o mundo democrático e, de alguma forma, ser replicada no Brasil pelos bolsonaristas que depredaram, no 8 de Janeiro, Planalto, Congresso e Supremo.

Não é mera coincidência que Trump, Bolsonaro, o argentino Javier Milei e até o ainda inexplicável Pablo Marçal, entre tantos outros mundo afora, tenham métodos, discursos, ameaças e alvos semelhantes e usem a internet com a mesma volúpia e falta de pudor. Elon Musk, aliás, paira sobre eles e despeja fortunas na compra de votos descarada para Trump.

A diferença é que, como o ridículo Nicolás Maduro ameaça só a Venezuela, também Bolsonaro é um perigo só para o Brasil e Milei, só para a Argentina. Trump, não. É um risco para o mundo. Mais do que induzir os EUA e os americanos para o terraplanismo e o desdém aos valores democráticos e aos avanços civilizatórios, Trump, se eleito, terá impacto em todos os continentes e fortalecerá os “bolsonarismos” (no plural mesmo) no Brasil. O silêncio de Lula não mudaria nada.

Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e da GloboNews

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