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Opinião|Lula e Biden se unem contra a extrema direita, mas divergem quanto a China e Rússia


Saia-justa do encontro entre os presidentes será em torno do país asiático e da invasão de Putin na Ucrânia

Por Eliane Cantanhêde
Atualização:

Política externa, como tantas coisas na vida, é feita (também) de interesses e conveniências e o que não falta nas relações do Brasil de Lula com os EUA de Joe Biden são exatamente interesses e conveniências. Isso, porém, não apaga velhas divergências entre os dois países, nem o ranço petista contra “o império” e os rastros da política externa Sul-Sul de Lula 1 e 2, pautada na resistência a um “mundo unipolar”, leia-se, aos EUA.

Lula e Biden enfrentam os fantasmas de Bolsonaro e Trump e a ascensão de uma extrema direita mundial raivosa e sem limites, alimentada pela internet. Logo, um interesse comum é combater esses movimentos e se prevenir contra novos ataques, com Lula atuando claramente pela recuperação do prestígio do Brasil e do seu próprio palanque internacional. Washington é fundamental nessa direção.

Lula chega nos Estados Unidos ao lado da primeira-dama Janja Silva Foto: Ricardo Stuckert/PR
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Além de investimentos, comércio e programas de cooperação técnica, Lula reativa as boas posições do Brasil sobre direitos humanos na ONU e em foros internacionais e vai jogar holofotes no genocídio dos Yanomamis, que traça uma fronteira drástica entre ele e Bolsonaro e é um estímulo para captar ajuda financeira para a preservação da Amazônia e dos povos originários do Brasil.

Do lado de Biden, aplaudido de pé várias vezes na reabertura do Congresso, mas com difíceis problemas internos, há duas prioridades. Uma é reforçar a defesa do ambiente, um tema cada vez mais forte no mundo e uma das suas marcas, no qual o Brasil tem natural protagonismo. A outra é reagir ao avanço da China na América do Sul.

Em 2022, o comércio de Brasil e EUA teve o recorde de US$ 89 bi e os EUA são o principal destino das exportações brasileiras de manufaturados e semimanufaturados e o maior investidor no Brasil. Não custa lembrar, porém, que foi na era Lula que os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e, depois, a África do Sul) encorparam e a China ultrapassou os EUA como maior parceiro comercial do Brasil.

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Logo, a saia-justa do encontro entre Lula e Biden será em torno da China (aonde Lula vai em março) e da invasão da Rússia na Ucrânia. Apesar das gritantes diferenças, Lula e Bolsonaro resvalam para a mesma posição na guerra, sem condenação explícita à Rússia. É o oposto dos EUA, que lideram o apoio à Ucrânia, com recursos e armamento. Logo, a dúvida é como Lula vai tratar esse tema.

Aliás, o tempo será curto, só uma hora, dividida entre o encontro a dois, mais os chanceleres e o assessor especial Celso Amorim, e a reunião ampliada, com os demais ministros. Lula vai falar à imprensa, mas sem Biden. Não está prevista a tradicional entrevista dupla nos jardins da Casa Branca.

Política externa, como tantas coisas na vida, é feita (também) de interesses e conveniências e o que não falta nas relações do Brasil de Lula com os EUA de Joe Biden são exatamente interesses e conveniências. Isso, porém, não apaga velhas divergências entre os dois países, nem o ranço petista contra “o império” e os rastros da política externa Sul-Sul de Lula 1 e 2, pautada na resistência a um “mundo unipolar”, leia-se, aos EUA.

Lula e Biden enfrentam os fantasmas de Bolsonaro e Trump e a ascensão de uma extrema direita mundial raivosa e sem limites, alimentada pela internet. Logo, um interesse comum é combater esses movimentos e se prevenir contra novos ataques, com Lula atuando claramente pela recuperação do prestígio do Brasil e do seu próprio palanque internacional. Washington é fundamental nessa direção.

Lula chega nos Estados Unidos ao lado da primeira-dama Janja Silva Foto: Ricardo Stuckert/PR

Além de investimentos, comércio e programas de cooperação técnica, Lula reativa as boas posições do Brasil sobre direitos humanos na ONU e em foros internacionais e vai jogar holofotes no genocídio dos Yanomamis, que traça uma fronteira drástica entre ele e Bolsonaro e é um estímulo para captar ajuda financeira para a preservação da Amazônia e dos povos originários do Brasil.

Do lado de Biden, aplaudido de pé várias vezes na reabertura do Congresso, mas com difíceis problemas internos, há duas prioridades. Uma é reforçar a defesa do ambiente, um tema cada vez mais forte no mundo e uma das suas marcas, no qual o Brasil tem natural protagonismo. A outra é reagir ao avanço da China na América do Sul.

Em 2022, o comércio de Brasil e EUA teve o recorde de US$ 89 bi e os EUA são o principal destino das exportações brasileiras de manufaturados e semimanufaturados e o maior investidor no Brasil. Não custa lembrar, porém, que foi na era Lula que os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e, depois, a África do Sul) encorparam e a China ultrapassou os EUA como maior parceiro comercial do Brasil.

Logo, a saia-justa do encontro entre Lula e Biden será em torno da China (aonde Lula vai em março) e da invasão da Rússia na Ucrânia. Apesar das gritantes diferenças, Lula e Bolsonaro resvalam para a mesma posição na guerra, sem condenação explícita à Rússia. É o oposto dos EUA, que lideram o apoio à Ucrânia, com recursos e armamento. Logo, a dúvida é como Lula vai tratar esse tema.

Aliás, o tempo será curto, só uma hora, dividida entre o encontro a dois, mais os chanceleres e o assessor especial Celso Amorim, e a reunião ampliada, com os demais ministros. Lula vai falar à imprensa, mas sem Biden. Não está prevista a tradicional entrevista dupla nos jardins da Casa Branca.

Política externa, como tantas coisas na vida, é feita (também) de interesses e conveniências e o que não falta nas relações do Brasil de Lula com os EUA de Joe Biden são exatamente interesses e conveniências. Isso, porém, não apaga velhas divergências entre os dois países, nem o ranço petista contra “o império” e os rastros da política externa Sul-Sul de Lula 1 e 2, pautada na resistência a um “mundo unipolar”, leia-se, aos EUA.

Lula e Biden enfrentam os fantasmas de Bolsonaro e Trump e a ascensão de uma extrema direita mundial raivosa e sem limites, alimentada pela internet. Logo, um interesse comum é combater esses movimentos e se prevenir contra novos ataques, com Lula atuando claramente pela recuperação do prestígio do Brasil e do seu próprio palanque internacional. Washington é fundamental nessa direção.

Lula chega nos Estados Unidos ao lado da primeira-dama Janja Silva Foto: Ricardo Stuckert/PR

Além de investimentos, comércio e programas de cooperação técnica, Lula reativa as boas posições do Brasil sobre direitos humanos na ONU e em foros internacionais e vai jogar holofotes no genocídio dos Yanomamis, que traça uma fronteira drástica entre ele e Bolsonaro e é um estímulo para captar ajuda financeira para a preservação da Amazônia e dos povos originários do Brasil.

Do lado de Biden, aplaudido de pé várias vezes na reabertura do Congresso, mas com difíceis problemas internos, há duas prioridades. Uma é reforçar a defesa do ambiente, um tema cada vez mais forte no mundo e uma das suas marcas, no qual o Brasil tem natural protagonismo. A outra é reagir ao avanço da China na América do Sul.

Em 2022, o comércio de Brasil e EUA teve o recorde de US$ 89 bi e os EUA são o principal destino das exportações brasileiras de manufaturados e semimanufaturados e o maior investidor no Brasil. Não custa lembrar, porém, que foi na era Lula que os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e, depois, a África do Sul) encorparam e a China ultrapassou os EUA como maior parceiro comercial do Brasil.

Logo, a saia-justa do encontro entre Lula e Biden será em torno da China (aonde Lula vai em março) e da invasão da Rússia na Ucrânia. Apesar das gritantes diferenças, Lula e Bolsonaro resvalam para a mesma posição na guerra, sem condenação explícita à Rússia. É o oposto dos EUA, que lideram o apoio à Ucrânia, com recursos e armamento. Logo, a dúvida é como Lula vai tratar esse tema.

Aliás, o tempo será curto, só uma hora, dividida entre o encontro a dois, mais os chanceleres e o assessor especial Celso Amorim, e a reunião ampliada, com os demais ministros. Lula vai falar à imprensa, mas sem Biden. Não está prevista a tradicional entrevista dupla nos jardins da Casa Branca.

Política externa, como tantas coisas na vida, é feita (também) de interesses e conveniências e o que não falta nas relações do Brasil de Lula com os EUA de Joe Biden são exatamente interesses e conveniências. Isso, porém, não apaga velhas divergências entre os dois países, nem o ranço petista contra “o império” e os rastros da política externa Sul-Sul de Lula 1 e 2, pautada na resistência a um “mundo unipolar”, leia-se, aos EUA.

Lula e Biden enfrentam os fantasmas de Bolsonaro e Trump e a ascensão de uma extrema direita mundial raivosa e sem limites, alimentada pela internet. Logo, um interesse comum é combater esses movimentos e se prevenir contra novos ataques, com Lula atuando claramente pela recuperação do prestígio do Brasil e do seu próprio palanque internacional. Washington é fundamental nessa direção.

Lula chega nos Estados Unidos ao lado da primeira-dama Janja Silva Foto: Ricardo Stuckert/PR

Além de investimentos, comércio e programas de cooperação técnica, Lula reativa as boas posições do Brasil sobre direitos humanos na ONU e em foros internacionais e vai jogar holofotes no genocídio dos Yanomamis, que traça uma fronteira drástica entre ele e Bolsonaro e é um estímulo para captar ajuda financeira para a preservação da Amazônia e dos povos originários do Brasil.

Do lado de Biden, aplaudido de pé várias vezes na reabertura do Congresso, mas com difíceis problemas internos, há duas prioridades. Uma é reforçar a defesa do ambiente, um tema cada vez mais forte no mundo e uma das suas marcas, no qual o Brasil tem natural protagonismo. A outra é reagir ao avanço da China na América do Sul.

Em 2022, o comércio de Brasil e EUA teve o recorde de US$ 89 bi e os EUA são o principal destino das exportações brasileiras de manufaturados e semimanufaturados e o maior investidor no Brasil. Não custa lembrar, porém, que foi na era Lula que os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e, depois, a África do Sul) encorparam e a China ultrapassou os EUA como maior parceiro comercial do Brasil.

Logo, a saia-justa do encontro entre Lula e Biden será em torno da China (aonde Lula vai em março) e da invasão da Rússia na Ucrânia. Apesar das gritantes diferenças, Lula e Bolsonaro resvalam para a mesma posição na guerra, sem condenação explícita à Rússia. É o oposto dos EUA, que lideram o apoio à Ucrânia, com recursos e armamento. Logo, a dúvida é como Lula vai tratar esse tema.

Aliás, o tempo será curto, só uma hora, dividida entre o encontro a dois, mais os chanceleres e o assessor especial Celso Amorim, e a reunião ampliada, com os demais ministros. Lula vai falar à imprensa, mas sem Biden. Não está prevista a tradicional entrevista dupla nos jardins da Casa Branca.

Política externa, como tantas coisas na vida, é feita (também) de interesses e conveniências e o que não falta nas relações do Brasil de Lula com os EUA de Joe Biden são exatamente interesses e conveniências. Isso, porém, não apaga velhas divergências entre os dois países, nem o ranço petista contra “o império” e os rastros da política externa Sul-Sul de Lula 1 e 2, pautada na resistência a um “mundo unipolar”, leia-se, aos EUA.

Lula e Biden enfrentam os fantasmas de Bolsonaro e Trump e a ascensão de uma extrema direita mundial raivosa e sem limites, alimentada pela internet. Logo, um interesse comum é combater esses movimentos e se prevenir contra novos ataques, com Lula atuando claramente pela recuperação do prestígio do Brasil e do seu próprio palanque internacional. Washington é fundamental nessa direção.

Lula chega nos Estados Unidos ao lado da primeira-dama Janja Silva Foto: Ricardo Stuckert/PR

Além de investimentos, comércio e programas de cooperação técnica, Lula reativa as boas posições do Brasil sobre direitos humanos na ONU e em foros internacionais e vai jogar holofotes no genocídio dos Yanomamis, que traça uma fronteira drástica entre ele e Bolsonaro e é um estímulo para captar ajuda financeira para a preservação da Amazônia e dos povos originários do Brasil.

Do lado de Biden, aplaudido de pé várias vezes na reabertura do Congresso, mas com difíceis problemas internos, há duas prioridades. Uma é reforçar a defesa do ambiente, um tema cada vez mais forte no mundo e uma das suas marcas, no qual o Brasil tem natural protagonismo. A outra é reagir ao avanço da China na América do Sul.

Em 2022, o comércio de Brasil e EUA teve o recorde de US$ 89 bi e os EUA são o principal destino das exportações brasileiras de manufaturados e semimanufaturados e o maior investidor no Brasil. Não custa lembrar, porém, que foi na era Lula que os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e, depois, a África do Sul) encorparam e a China ultrapassou os EUA como maior parceiro comercial do Brasil.

Logo, a saia-justa do encontro entre Lula e Biden será em torno da China (aonde Lula vai em março) e da invasão da Rússia na Ucrânia. Apesar das gritantes diferenças, Lula e Bolsonaro resvalam para a mesma posição na guerra, sem condenação explícita à Rússia. É o oposto dos EUA, que lideram o apoio à Ucrânia, com recursos e armamento. Logo, a dúvida é como Lula vai tratar esse tema.

Aliás, o tempo será curto, só uma hora, dividida entre o encontro a dois, mais os chanceleres e o assessor especial Celso Amorim, e a reunião ampliada, com os demais ministros. Lula vai falar à imprensa, mas sem Biden. Não está prevista a tradicional entrevista dupla nos jardins da Casa Branca.

Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e do telejornal GloboNews em Pauta

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