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Opinião|Lula finalmente entrou na articulação política, mas Haddad é fundamental


Escolha do ministro foi recebida com desconfiança, mas ele vem se firmando, não apenas na economia

Por Eliane Cantanhêde

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirma a regra de que é melhor começar com expectativa baixa e surpreender positivamente do que o oposto, chegar lá nas alturas e frustrar na largada. A escolha de Haddad foi recebida com desconfiança e dúvidas, mas ele vem se firmando como o principal ministro e não apenas na economia, mas também na política. Que tal um ministro da Fazenda que é articulador político?

Fernando Haddad é ministro da Fazenda de Lula e se destacou ao articular aprovação do arcabouço fiscal na Câmara Foto: Wilton Junior/Estadão

Essa pergunta, aliás, tem sido feita pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, que sugeriu ao presidente Lula mover Haddad da Fazenda para a articulação política. Lula deu de ombros e Haddad continuou atacando na economia e defendendo na política. É assim que o governo deverá ter vitórias importantes nesta semana, inclusive a aprovação do arcabouço fiscal no Senado.

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Enquanto Lula se atrapalhava na política externa, negligenciava da interna e era obrigado a um recuo atrás do outro, Haddad seguiu firme, forte e discreto, angariando apoios à esquerda e à direita (talvez mais à direita...), no Congresso, no setor produtivo, no financeiro. Construiu pontes com o poderoso Arthur Lira e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e já foi chamado até mesmo para negociar com o MST. Quanto aos ataques do PT, ele vai levando.

Ninguém levava muito a sério Haddad na Fazenda, como homem forte da economia, do governo e virtual ungido por Lula também para sua própria sucessão. Ele parecia excessivamente “low profile”, muito técnico, com pouco carisma e até mesmo amigos avaliavam que ele caberia melhor no Planejamento. Pois ele assumiu e surpreendeu.

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Depois de pressões e muxoxos contra a “articulação política” – leia-se: por ministérios, cargos, emendas e verbas –, Lula entrou em campo e, antes de embarcar, nesta segunda-feira, 19, para Itália, Vaticano e França, se encontrou com Arthur Lira na sexta-feira, 16. Teria ainda reunião com os dois presidentes do Senado no próprio dia da viagem: Rodrigo Pacheco, de direito, e Davi Alcolumbre, de fato. Mas o encontro foi adiado na última hora.

São conversas difíceis, depois de Lira concluir que a moeda de troca não são (só) emendas, mas sim ministérios. Ou seja: para ampliar o apoio no Congresso, Lula vai ter de arranjar pastas para o PP de Lira, o Republicanos do governador Tarcísio Gomes de Freitas e até o PL do próprio Bolsonaro.

Com ou sem esse tripé, com ou sem ceder ministérios, Lula deverá ter boas vitórias na semana: arcabouço fiscal e Cristiano Zanin, além do início da CPI do golpe e do julgamento de Bolsonaro no TSE. No mais, é trazer boas fotos da Europa, com o papa e com o Coldplay, enquanto Haddad cuida de boas notícias na economia.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirma a regra de que é melhor começar com expectativa baixa e surpreender positivamente do que o oposto, chegar lá nas alturas e frustrar na largada. A escolha de Haddad foi recebida com desconfiança e dúvidas, mas ele vem se firmando como o principal ministro e não apenas na economia, mas também na política. Que tal um ministro da Fazenda que é articulador político?

Fernando Haddad é ministro da Fazenda de Lula e se destacou ao articular aprovação do arcabouço fiscal na Câmara Foto: Wilton Junior/Estadão

Essa pergunta, aliás, tem sido feita pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, que sugeriu ao presidente Lula mover Haddad da Fazenda para a articulação política. Lula deu de ombros e Haddad continuou atacando na economia e defendendo na política. É assim que o governo deverá ter vitórias importantes nesta semana, inclusive a aprovação do arcabouço fiscal no Senado.

Enquanto Lula se atrapalhava na política externa, negligenciava da interna e era obrigado a um recuo atrás do outro, Haddad seguiu firme, forte e discreto, angariando apoios à esquerda e à direita (talvez mais à direita...), no Congresso, no setor produtivo, no financeiro. Construiu pontes com o poderoso Arthur Lira e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e já foi chamado até mesmo para negociar com o MST. Quanto aos ataques do PT, ele vai levando.

Ninguém levava muito a sério Haddad na Fazenda, como homem forte da economia, do governo e virtual ungido por Lula também para sua própria sucessão. Ele parecia excessivamente “low profile”, muito técnico, com pouco carisma e até mesmo amigos avaliavam que ele caberia melhor no Planejamento. Pois ele assumiu e surpreendeu.

Depois de pressões e muxoxos contra a “articulação política” – leia-se: por ministérios, cargos, emendas e verbas –, Lula entrou em campo e, antes de embarcar, nesta segunda-feira, 19, para Itália, Vaticano e França, se encontrou com Arthur Lira na sexta-feira, 16. Teria ainda reunião com os dois presidentes do Senado no próprio dia da viagem: Rodrigo Pacheco, de direito, e Davi Alcolumbre, de fato. Mas o encontro foi adiado na última hora.

São conversas difíceis, depois de Lira concluir que a moeda de troca não são (só) emendas, mas sim ministérios. Ou seja: para ampliar o apoio no Congresso, Lula vai ter de arranjar pastas para o PP de Lira, o Republicanos do governador Tarcísio Gomes de Freitas e até o PL do próprio Bolsonaro.

Com ou sem esse tripé, com ou sem ceder ministérios, Lula deverá ter boas vitórias na semana: arcabouço fiscal e Cristiano Zanin, além do início da CPI do golpe e do julgamento de Bolsonaro no TSE. No mais, é trazer boas fotos da Europa, com o papa e com o Coldplay, enquanto Haddad cuida de boas notícias na economia.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirma a regra de que é melhor começar com expectativa baixa e surpreender positivamente do que o oposto, chegar lá nas alturas e frustrar na largada. A escolha de Haddad foi recebida com desconfiança e dúvidas, mas ele vem se firmando como o principal ministro e não apenas na economia, mas também na política. Que tal um ministro da Fazenda que é articulador político?

Fernando Haddad é ministro da Fazenda de Lula e se destacou ao articular aprovação do arcabouço fiscal na Câmara Foto: Wilton Junior/Estadão

Essa pergunta, aliás, tem sido feita pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, que sugeriu ao presidente Lula mover Haddad da Fazenda para a articulação política. Lula deu de ombros e Haddad continuou atacando na economia e defendendo na política. É assim que o governo deverá ter vitórias importantes nesta semana, inclusive a aprovação do arcabouço fiscal no Senado.

Enquanto Lula se atrapalhava na política externa, negligenciava da interna e era obrigado a um recuo atrás do outro, Haddad seguiu firme, forte e discreto, angariando apoios à esquerda e à direita (talvez mais à direita...), no Congresso, no setor produtivo, no financeiro. Construiu pontes com o poderoso Arthur Lira e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e já foi chamado até mesmo para negociar com o MST. Quanto aos ataques do PT, ele vai levando.

Ninguém levava muito a sério Haddad na Fazenda, como homem forte da economia, do governo e virtual ungido por Lula também para sua própria sucessão. Ele parecia excessivamente “low profile”, muito técnico, com pouco carisma e até mesmo amigos avaliavam que ele caberia melhor no Planejamento. Pois ele assumiu e surpreendeu.

Depois de pressões e muxoxos contra a “articulação política” – leia-se: por ministérios, cargos, emendas e verbas –, Lula entrou em campo e, antes de embarcar, nesta segunda-feira, 19, para Itália, Vaticano e França, se encontrou com Arthur Lira na sexta-feira, 16. Teria ainda reunião com os dois presidentes do Senado no próprio dia da viagem: Rodrigo Pacheco, de direito, e Davi Alcolumbre, de fato. Mas o encontro foi adiado na última hora.

São conversas difíceis, depois de Lira concluir que a moeda de troca não são (só) emendas, mas sim ministérios. Ou seja: para ampliar o apoio no Congresso, Lula vai ter de arranjar pastas para o PP de Lira, o Republicanos do governador Tarcísio Gomes de Freitas e até o PL do próprio Bolsonaro.

Com ou sem esse tripé, com ou sem ceder ministérios, Lula deverá ter boas vitórias na semana: arcabouço fiscal e Cristiano Zanin, além do início da CPI do golpe e do julgamento de Bolsonaro no TSE. No mais, é trazer boas fotos da Europa, com o papa e com o Coldplay, enquanto Haddad cuida de boas notícias na economia.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirma a regra de que é melhor começar com expectativa baixa e surpreender positivamente do que o oposto, chegar lá nas alturas e frustrar na largada. A escolha de Haddad foi recebida com desconfiança e dúvidas, mas ele vem se firmando como o principal ministro e não apenas na economia, mas também na política. Que tal um ministro da Fazenda que é articulador político?

Fernando Haddad é ministro da Fazenda de Lula e se destacou ao articular aprovação do arcabouço fiscal na Câmara Foto: Wilton Junior/Estadão

Essa pergunta, aliás, tem sido feita pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, que sugeriu ao presidente Lula mover Haddad da Fazenda para a articulação política. Lula deu de ombros e Haddad continuou atacando na economia e defendendo na política. É assim que o governo deverá ter vitórias importantes nesta semana, inclusive a aprovação do arcabouço fiscal no Senado.

Enquanto Lula se atrapalhava na política externa, negligenciava da interna e era obrigado a um recuo atrás do outro, Haddad seguiu firme, forte e discreto, angariando apoios à esquerda e à direita (talvez mais à direita...), no Congresso, no setor produtivo, no financeiro. Construiu pontes com o poderoso Arthur Lira e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e já foi chamado até mesmo para negociar com o MST. Quanto aos ataques do PT, ele vai levando.

Ninguém levava muito a sério Haddad na Fazenda, como homem forte da economia, do governo e virtual ungido por Lula também para sua própria sucessão. Ele parecia excessivamente “low profile”, muito técnico, com pouco carisma e até mesmo amigos avaliavam que ele caberia melhor no Planejamento. Pois ele assumiu e surpreendeu.

Depois de pressões e muxoxos contra a “articulação política” – leia-se: por ministérios, cargos, emendas e verbas –, Lula entrou em campo e, antes de embarcar, nesta segunda-feira, 19, para Itália, Vaticano e França, se encontrou com Arthur Lira na sexta-feira, 16. Teria ainda reunião com os dois presidentes do Senado no próprio dia da viagem: Rodrigo Pacheco, de direito, e Davi Alcolumbre, de fato. Mas o encontro foi adiado na última hora.

São conversas difíceis, depois de Lira concluir que a moeda de troca não são (só) emendas, mas sim ministérios. Ou seja: para ampliar o apoio no Congresso, Lula vai ter de arranjar pastas para o PP de Lira, o Republicanos do governador Tarcísio Gomes de Freitas e até o PL do próprio Bolsonaro.

Com ou sem esse tripé, com ou sem ceder ministérios, Lula deverá ter boas vitórias na semana: arcabouço fiscal e Cristiano Zanin, além do início da CPI do golpe e do julgamento de Bolsonaro no TSE. No mais, é trazer boas fotos da Europa, com o papa e com o Coldplay, enquanto Haddad cuida de boas notícias na economia.

Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e do telejornal GloboNews em Pauta

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