Um olhar crítico no poder e nos poderosos

Opinião|Não dá para exigir mágica nem cobrar Lula por culpas que não são dele. Quando forem, pau nele!


Teremos muito tempo para criticar o novo governo e os holofotes já estão focados para detectar qualquer indício de mensalão e petrolão

Por Eliane Cantanhêde

Enquanto o ainda presidente Jair Bolsonaro deixa as motociatas para lá e se concentra em cerimônias militares, grupos bolsonaristas continuam atacando irresponsavelmente as eleições e cobrando que jornalistas e especialistas sejam “tão implacáveis” com o presidente eleito Lula como foram com Bolsonaro. OK. Isso vale para qualquer presidente. Mas depende de como as coisas caminharem.

Se vier uma pandemia e Lula tratar como “gripezinha”, criticar quem faz isolamento social como “maricas”, rir das pessoas morrendo sem oxigênio, trabalhar contra vacinas e máscaras e fizer propaganda de remédio inadequado, os bolsonaristas podem ficar tranquilos. Pau nele!

As universidades, escolas, a Farmácia Popular, a merenda escolar, o Programa Nacional de Vacinação, tudo está no osso. Foto: Wilton Junior/Estadão
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Se Lula interferir politicamente nos órgãos de fiscalização e controle, atacar o Judiciário o tempo todo e participar de atos golpistas, não tenham a menor dúvida. Pau nele! Se promover um desmanche espantoso no ambiente, na educação, na saúde, na cultura, nem precisa dizer.

E venha Lula xingar a mulher do presidente francês e a responsável por Direitos Humanos da ONU, bater de frente com os EUA de Joe Biden, China, Alemanha, França, Noruega, Argentina, Chile... Ih! Jornalistas, diplomatas, agropecuaristas, investidores e toda a academia vão... cair de pau!

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Ou seja: vem governo, vai governo e a mídia continua no papel dela, que é divulgar e comentar fatos e reações, independente de ideologias e partidos. Foi assim com o próprio Lula, Dilma Rousseff e Bolsonaro, um prodígio em falas e atos reprováveis. E será novamente com Lula.

O momento é de acompanhar a transição, a montagem do governo, a construção de maioria no Congresso e de relações republicanas com o Judiciário. E, quando Lula desdenha da responsabilidade fiscal, o mercado, os economistas do País e, claro, a mídia, registram. E cobram.

Só não dá para tratar presidentes e circunstâncias desiguais de forma igual. A herança, desta vez, é realmente maldita e a grande questão é como conciliar as urgências da miséria, fome, saúde, educação, ambiente, ciência e tecnologia, cultura com a falta de recursos.

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As universidades, escolas, a Farmácia Popular, a merenda escolar, o Programa Nacional de Vacinação, tudo está no osso. A demanda reprimida de atendimentos e tratamentos do SUS é assustadora, a Polícia Federal sem dinheiro até para passaporte, as dívidas com organismos internacionais são astronômicas.

Teremos muito tempo para criticar o governo Lula e os holofotes já estão focados para detectar qualquer indício de mensalão e petrolão, mas não dá para exigir mágica nem cobrar Lula por culpas que não são de Lula. Quando forem, pau nele!

Enquanto o ainda presidente Jair Bolsonaro deixa as motociatas para lá e se concentra em cerimônias militares, grupos bolsonaristas continuam atacando irresponsavelmente as eleições e cobrando que jornalistas e especialistas sejam “tão implacáveis” com o presidente eleito Lula como foram com Bolsonaro. OK. Isso vale para qualquer presidente. Mas depende de como as coisas caminharem.

Se vier uma pandemia e Lula tratar como “gripezinha”, criticar quem faz isolamento social como “maricas”, rir das pessoas morrendo sem oxigênio, trabalhar contra vacinas e máscaras e fizer propaganda de remédio inadequado, os bolsonaristas podem ficar tranquilos. Pau nele!

As universidades, escolas, a Farmácia Popular, a merenda escolar, o Programa Nacional de Vacinação, tudo está no osso. Foto: Wilton Junior/Estadão

Se Lula interferir politicamente nos órgãos de fiscalização e controle, atacar o Judiciário o tempo todo e participar de atos golpistas, não tenham a menor dúvida. Pau nele! Se promover um desmanche espantoso no ambiente, na educação, na saúde, na cultura, nem precisa dizer.

E venha Lula xingar a mulher do presidente francês e a responsável por Direitos Humanos da ONU, bater de frente com os EUA de Joe Biden, China, Alemanha, França, Noruega, Argentina, Chile... Ih! Jornalistas, diplomatas, agropecuaristas, investidores e toda a academia vão... cair de pau!

Ou seja: vem governo, vai governo e a mídia continua no papel dela, que é divulgar e comentar fatos e reações, independente de ideologias e partidos. Foi assim com o próprio Lula, Dilma Rousseff e Bolsonaro, um prodígio em falas e atos reprováveis. E será novamente com Lula.

O momento é de acompanhar a transição, a montagem do governo, a construção de maioria no Congresso e de relações republicanas com o Judiciário. E, quando Lula desdenha da responsabilidade fiscal, o mercado, os economistas do País e, claro, a mídia, registram. E cobram.

Só não dá para tratar presidentes e circunstâncias desiguais de forma igual. A herança, desta vez, é realmente maldita e a grande questão é como conciliar as urgências da miséria, fome, saúde, educação, ambiente, ciência e tecnologia, cultura com a falta de recursos.

As universidades, escolas, a Farmácia Popular, a merenda escolar, o Programa Nacional de Vacinação, tudo está no osso. A demanda reprimida de atendimentos e tratamentos do SUS é assustadora, a Polícia Federal sem dinheiro até para passaporte, as dívidas com organismos internacionais são astronômicas.

Teremos muito tempo para criticar o governo Lula e os holofotes já estão focados para detectar qualquer indício de mensalão e petrolão, mas não dá para exigir mágica nem cobrar Lula por culpas que não são de Lula. Quando forem, pau nele!

Enquanto o ainda presidente Jair Bolsonaro deixa as motociatas para lá e se concentra em cerimônias militares, grupos bolsonaristas continuam atacando irresponsavelmente as eleições e cobrando que jornalistas e especialistas sejam “tão implacáveis” com o presidente eleito Lula como foram com Bolsonaro. OK. Isso vale para qualquer presidente. Mas depende de como as coisas caminharem.

Se vier uma pandemia e Lula tratar como “gripezinha”, criticar quem faz isolamento social como “maricas”, rir das pessoas morrendo sem oxigênio, trabalhar contra vacinas e máscaras e fizer propaganda de remédio inadequado, os bolsonaristas podem ficar tranquilos. Pau nele!

As universidades, escolas, a Farmácia Popular, a merenda escolar, o Programa Nacional de Vacinação, tudo está no osso. Foto: Wilton Junior/Estadão

Se Lula interferir politicamente nos órgãos de fiscalização e controle, atacar o Judiciário o tempo todo e participar de atos golpistas, não tenham a menor dúvida. Pau nele! Se promover um desmanche espantoso no ambiente, na educação, na saúde, na cultura, nem precisa dizer.

E venha Lula xingar a mulher do presidente francês e a responsável por Direitos Humanos da ONU, bater de frente com os EUA de Joe Biden, China, Alemanha, França, Noruega, Argentina, Chile... Ih! Jornalistas, diplomatas, agropecuaristas, investidores e toda a academia vão... cair de pau!

Ou seja: vem governo, vai governo e a mídia continua no papel dela, que é divulgar e comentar fatos e reações, independente de ideologias e partidos. Foi assim com o próprio Lula, Dilma Rousseff e Bolsonaro, um prodígio em falas e atos reprováveis. E será novamente com Lula.

O momento é de acompanhar a transição, a montagem do governo, a construção de maioria no Congresso e de relações republicanas com o Judiciário. E, quando Lula desdenha da responsabilidade fiscal, o mercado, os economistas do País e, claro, a mídia, registram. E cobram.

Só não dá para tratar presidentes e circunstâncias desiguais de forma igual. A herança, desta vez, é realmente maldita e a grande questão é como conciliar as urgências da miséria, fome, saúde, educação, ambiente, ciência e tecnologia, cultura com a falta de recursos.

As universidades, escolas, a Farmácia Popular, a merenda escolar, o Programa Nacional de Vacinação, tudo está no osso. A demanda reprimida de atendimentos e tratamentos do SUS é assustadora, a Polícia Federal sem dinheiro até para passaporte, as dívidas com organismos internacionais são astronômicas.

Teremos muito tempo para criticar o governo Lula e os holofotes já estão focados para detectar qualquer indício de mensalão e petrolão, mas não dá para exigir mágica nem cobrar Lula por culpas que não são de Lula. Quando forem, pau nele!

Enquanto o ainda presidente Jair Bolsonaro deixa as motociatas para lá e se concentra em cerimônias militares, grupos bolsonaristas continuam atacando irresponsavelmente as eleições e cobrando que jornalistas e especialistas sejam “tão implacáveis” com o presidente eleito Lula como foram com Bolsonaro. OK. Isso vale para qualquer presidente. Mas depende de como as coisas caminharem.

Se vier uma pandemia e Lula tratar como “gripezinha”, criticar quem faz isolamento social como “maricas”, rir das pessoas morrendo sem oxigênio, trabalhar contra vacinas e máscaras e fizer propaganda de remédio inadequado, os bolsonaristas podem ficar tranquilos. Pau nele!

As universidades, escolas, a Farmácia Popular, a merenda escolar, o Programa Nacional de Vacinação, tudo está no osso. Foto: Wilton Junior/Estadão

Se Lula interferir politicamente nos órgãos de fiscalização e controle, atacar o Judiciário o tempo todo e participar de atos golpistas, não tenham a menor dúvida. Pau nele! Se promover um desmanche espantoso no ambiente, na educação, na saúde, na cultura, nem precisa dizer.

E venha Lula xingar a mulher do presidente francês e a responsável por Direitos Humanos da ONU, bater de frente com os EUA de Joe Biden, China, Alemanha, França, Noruega, Argentina, Chile... Ih! Jornalistas, diplomatas, agropecuaristas, investidores e toda a academia vão... cair de pau!

Ou seja: vem governo, vai governo e a mídia continua no papel dela, que é divulgar e comentar fatos e reações, independente de ideologias e partidos. Foi assim com o próprio Lula, Dilma Rousseff e Bolsonaro, um prodígio em falas e atos reprováveis. E será novamente com Lula.

O momento é de acompanhar a transição, a montagem do governo, a construção de maioria no Congresso e de relações republicanas com o Judiciário. E, quando Lula desdenha da responsabilidade fiscal, o mercado, os economistas do País e, claro, a mídia, registram. E cobram.

Só não dá para tratar presidentes e circunstâncias desiguais de forma igual. A herança, desta vez, é realmente maldita e a grande questão é como conciliar as urgências da miséria, fome, saúde, educação, ambiente, ciência e tecnologia, cultura com a falta de recursos.

As universidades, escolas, a Farmácia Popular, a merenda escolar, o Programa Nacional de Vacinação, tudo está no osso. A demanda reprimida de atendimentos e tratamentos do SUS é assustadora, a Polícia Federal sem dinheiro até para passaporte, as dívidas com organismos internacionais são astronômicas.

Teremos muito tempo para criticar o governo Lula e os holofotes já estão focados para detectar qualquer indício de mensalão e petrolão, mas não dá para exigir mágica nem cobrar Lula por culpas que não são de Lula. Quando forem, pau nele!

Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e do telejornal GloboNews em Pauta

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