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Opinião|Num 7 de Setembro seco, sem emoção e impacto, Xandão roubou a cena em Brasília e na Paulista


O ministro, sorridente e aclamado em Brasília, foi atacado pelos ‘patriotas’ que apoiam Elon Musk em São Paulo e pediam anistia para os criminosos que atentaram contra a democracia

Por Eliane Cantanhêde

Com o Brasil tão polarizado, até o 7 de Setembro foi rachado entre a cerimônia oficial e militar com o presidente Lula em Brasília e a manifestação bolsonarista verde e amarela na Avenida Paulista. O personagem-chave nos dois casos foi o ministro do Supremo Alexandre de Moraes e a boa notícia é que a data nacional voltou a ser comemorada oficialmente na capital da República, em vez de ser capturada por um presidente-candidato para sua própria campanha nas praias do Rio de Janeiro.

Nenhum dos dois atos foi emocionante, marcante, como se fossem apenas uma obrigação. Moraes, sorridente e aclamado em Brasília, foi atacado pelos “patriotas” que apoiam Elon Musk em São Paulo e pediam anistia para os criminosos que atentaram contra a democracia, invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Moraes é implacável com os golpistas, já o bolsonarismo foi o principal arregimentador e é o maior defensor deles. Lados opostos...

O ministro Alexandre de Mores teve lugar de destaque na cerimônia de 7 de Setembro em Brasília Foto: Wilton Junior/Estadão
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Quem foi tirar uma casquinha (ou bons cortes para a internet) no ato da Paulista foi o ex-coach Pablo Marçal. Chegou de viagem, tentou pular no palanque de Jair Bolsonaro com o ato já encerrado e foi impedido pelo organizador do evento, pastor Silas Malafaia, indignado. Mas o prefeito Ricardo Nunes, embolado com Marçal no segundo lugar nas pesquisas para a prefeitura, marcou presença.

Resta saber o que os dois vão fazer com as imagens, já que, pelo Instituto Quaest, 49% dos eleitores paulistanos preferem um candidato independente; 32%, o que tiver apoio de Lula; só 17%, o de Bolsonaro. Provavelmente, Marçal vai aproveitar o 7 de Setembro não para exibir Bolsonaro, mas sim a multidão, que mais uma vez foi significativa. Já Nunes deve ser parcimonioso no uso do ex-presidente, o suficiente para ajudar, sem atrapalhar.

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Em Brasília, duas ausências deram o que falar. A principal foi a da primeira-dama Janja, que, em vez de desfilar no Rolls Royce com o presidente, viajou, a convite, para o Catar, uma monarquia absoluta onde as mulheres são obrigadas a fazer sexo com seus “guardiões” (maridos) e não podem dar um passo sem autorização deles. Trocar o Dia da Independência pelo Catar soou estranho, mas fica pior ainda diante da conhecida antipatia de Janja pela área militar e da “crise Silvio Almeida” que paira no ar doentiamente seco de Brasília.

E por onde andava o presidente da Câmara, ausente no palanque que abrigou os presidentes da República, do Supremo e do Senado? Em Alagoas, logo ali, em “compromissos políticos”. É... a guerra da Câmara não é só contra o Supremo, assim como a polarização nacional deixou de ser entre Bolsonaro e Lula e é entre o que os dois lados defendem e representam. Neste momento, todos brigam, ninguém tem razão.

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Com o Brasil tão polarizado, até o 7 de Setembro foi rachado entre a cerimônia oficial e militar com o presidente Lula em Brasília e a manifestação bolsonarista verde e amarela na Avenida Paulista. O personagem-chave nos dois casos foi o ministro do Supremo Alexandre de Moraes e a boa notícia é que a data nacional voltou a ser comemorada oficialmente na capital da República, em vez de ser capturada por um presidente-candidato para sua própria campanha nas praias do Rio de Janeiro.

Nenhum dos dois atos foi emocionante, marcante, como se fossem apenas uma obrigação. Moraes, sorridente e aclamado em Brasília, foi atacado pelos “patriotas” que apoiam Elon Musk em São Paulo e pediam anistia para os criminosos que atentaram contra a democracia, invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Moraes é implacável com os golpistas, já o bolsonarismo foi o principal arregimentador e é o maior defensor deles. Lados opostos...

O ministro Alexandre de Mores teve lugar de destaque na cerimônia de 7 de Setembro em Brasília Foto: Wilton Junior/Estadão

Quem foi tirar uma casquinha (ou bons cortes para a internet) no ato da Paulista foi o ex-coach Pablo Marçal. Chegou de viagem, tentou pular no palanque de Jair Bolsonaro com o ato já encerrado e foi impedido pelo organizador do evento, pastor Silas Malafaia, indignado. Mas o prefeito Ricardo Nunes, embolado com Marçal no segundo lugar nas pesquisas para a prefeitura, marcou presença.

Resta saber o que os dois vão fazer com as imagens, já que, pelo Instituto Quaest, 49% dos eleitores paulistanos preferem um candidato independente; 32%, o que tiver apoio de Lula; só 17%, o de Bolsonaro. Provavelmente, Marçal vai aproveitar o 7 de Setembro não para exibir Bolsonaro, mas sim a multidão, que mais uma vez foi significativa. Já Nunes deve ser parcimonioso no uso do ex-presidente, o suficiente para ajudar, sem atrapalhar.

Em Brasília, duas ausências deram o que falar. A principal foi a da primeira-dama Janja, que, em vez de desfilar no Rolls Royce com o presidente, viajou, a convite, para o Catar, uma monarquia absoluta onde as mulheres são obrigadas a fazer sexo com seus “guardiões” (maridos) e não podem dar um passo sem autorização deles. Trocar o Dia da Independência pelo Catar soou estranho, mas fica pior ainda diante da conhecida antipatia de Janja pela área militar e da “crise Silvio Almeida” que paira no ar doentiamente seco de Brasília.

E por onde andava o presidente da Câmara, ausente no palanque que abrigou os presidentes da República, do Supremo e do Senado? Em Alagoas, logo ali, em “compromissos políticos”. É... a guerra da Câmara não é só contra o Supremo, assim como a polarização nacional deixou de ser entre Bolsonaro e Lula e é entre o que os dois lados defendem e representam. Neste momento, todos brigam, ninguém tem razão.

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Com o Brasil tão polarizado, até o 7 de Setembro foi rachado entre a cerimônia oficial e militar com o presidente Lula em Brasília e a manifestação bolsonarista verde e amarela na Avenida Paulista. O personagem-chave nos dois casos foi o ministro do Supremo Alexandre de Moraes e a boa notícia é que a data nacional voltou a ser comemorada oficialmente na capital da República, em vez de ser capturada por um presidente-candidato para sua própria campanha nas praias do Rio de Janeiro.

Nenhum dos dois atos foi emocionante, marcante, como se fossem apenas uma obrigação. Moraes, sorridente e aclamado em Brasília, foi atacado pelos “patriotas” que apoiam Elon Musk em São Paulo e pediam anistia para os criminosos que atentaram contra a democracia, invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Moraes é implacável com os golpistas, já o bolsonarismo foi o principal arregimentador e é o maior defensor deles. Lados opostos...

O ministro Alexandre de Mores teve lugar de destaque na cerimônia de 7 de Setembro em Brasília Foto: Wilton Junior/Estadão

Quem foi tirar uma casquinha (ou bons cortes para a internet) no ato da Paulista foi o ex-coach Pablo Marçal. Chegou de viagem, tentou pular no palanque de Jair Bolsonaro com o ato já encerrado e foi impedido pelo organizador do evento, pastor Silas Malafaia, indignado. Mas o prefeito Ricardo Nunes, embolado com Marçal no segundo lugar nas pesquisas para a prefeitura, marcou presença.

Resta saber o que os dois vão fazer com as imagens, já que, pelo Instituto Quaest, 49% dos eleitores paulistanos preferem um candidato independente; 32%, o que tiver apoio de Lula; só 17%, o de Bolsonaro. Provavelmente, Marçal vai aproveitar o 7 de Setembro não para exibir Bolsonaro, mas sim a multidão, que mais uma vez foi significativa. Já Nunes deve ser parcimonioso no uso do ex-presidente, o suficiente para ajudar, sem atrapalhar.

Em Brasília, duas ausências deram o que falar. A principal foi a da primeira-dama Janja, que, em vez de desfilar no Rolls Royce com o presidente, viajou, a convite, para o Catar, uma monarquia absoluta onde as mulheres são obrigadas a fazer sexo com seus “guardiões” (maridos) e não podem dar um passo sem autorização deles. Trocar o Dia da Independência pelo Catar soou estranho, mas fica pior ainda diante da conhecida antipatia de Janja pela área militar e da “crise Silvio Almeida” que paira no ar doentiamente seco de Brasília.

E por onde andava o presidente da Câmara, ausente no palanque que abrigou os presidentes da República, do Supremo e do Senado? Em Alagoas, logo ali, em “compromissos políticos”. É... a guerra da Câmara não é só contra o Supremo, assim como a polarização nacional deixou de ser entre Bolsonaro e Lula e é entre o que os dois lados defendem e representam. Neste momento, todos brigam, ninguém tem razão.

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Nenhum dos dois atos foi emocionante, marcante, como se fossem apenas uma obrigação. Moraes, sorridente e aclamado em Brasília, foi atacado pelos “patriotas” que apoiam Elon Musk em São Paulo e pediam anistia para os criminosos que atentaram contra a democracia, invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Moraes é implacável com os golpistas, já o bolsonarismo foi o principal arregimentador e é o maior defensor deles. Lados opostos...

O ministro Alexandre de Mores teve lugar de destaque na cerimônia de 7 de Setembro em Brasília Foto: Wilton Junior/Estadão

Quem foi tirar uma casquinha (ou bons cortes para a internet) no ato da Paulista foi o ex-coach Pablo Marçal. Chegou de viagem, tentou pular no palanque de Jair Bolsonaro com o ato já encerrado e foi impedido pelo organizador do evento, pastor Silas Malafaia, indignado. Mas o prefeito Ricardo Nunes, embolado com Marçal no segundo lugar nas pesquisas para a prefeitura, marcou presença.

Resta saber o que os dois vão fazer com as imagens, já que, pelo Instituto Quaest, 49% dos eleitores paulistanos preferem um candidato independente; 32%, o que tiver apoio de Lula; só 17%, o de Bolsonaro. Provavelmente, Marçal vai aproveitar o 7 de Setembro não para exibir Bolsonaro, mas sim a multidão, que mais uma vez foi significativa. Já Nunes deve ser parcimonioso no uso do ex-presidente, o suficiente para ajudar, sem atrapalhar.

Em Brasília, duas ausências deram o que falar. A principal foi a da primeira-dama Janja, que, em vez de desfilar no Rolls Royce com o presidente, viajou, a convite, para o Catar, uma monarquia absoluta onde as mulheres são obrigadas a fazer sexo com seus “guardiões” (maridos) e não podem dar um passo sem autorização deles. Trocar o Dia da Independência pelo Catar soou estranho, mas fica pior ainda diante da conhecida antipatia de Janja pela área militar e da “crise Silvio Almeida” que paira no ar doentiamente seco de Brasília.

E por onde andava o presidente da Câmara, ausente no palanque que abrigou os presidentes da República, do Supremo e do Senado? Em Alagoas, logo ali, em “compromissos políticos”. É... a guerra da Câmara não é só contra o Supremo, assim como a polarização nacional deixou de ser entre Bolsonaro e Lula e é entre o que os dois lados defendem e representam. Neste momento, todos brigam, ninguém tem razão.

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Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e do telejornal GloboNews em Pauta

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