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Opinião|O efeito das multidões do 7 de Setembro foi só isso e se esgotou ou está apenas começando?


O QG bolsonarista esperava mais e o lulista temia mais da primeira pesquisa após as demonstrações convocadas pelo presidente

Por Eliane Cantanhêde
Atualização:

O 7 de Setembro de Jair Bolsonaro, transmitido à exaustão, fez cosquinha nos índices a favor da reeleição, deixando uma dúvida: as pesquisas captaram todo o impacto da demonstração de força bolsonarista, ou as imagens de imensas multidões na propaganda eleitoral da TV continuarão produzindo efeitos, atraindo eleitores e eleitoras? O efeito se esgotou ou está apenas começando?

A diferença entre Bolsonaro e o favorito das pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva, caiu de 26 para 11 pontos desde dezembro, mas a redução é a conta-gotas e foi só de dois pontos da última pesquisa Datafolha para cá, depois de o presidente Bolsonaro esquecer o 7 de Setembro e o bicentenário da Independência e deixar o candidato Bolsonaro livre, leve e solto em megacomícios à custa de recursos públicos e da implosão das leis.

Eliane Cantanhêde: 'Com metade dos eleitores dizendo que não votam em Bolsonaro de jeito nenhum, de onde tirar votos?'.  Foto: Wilton Junior/Estadão
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O QG bolsonarista esperava mais e o lulista temia mais da primeira pesquisa após o 7 de Setembro, que mostrou oscilação positiva do presidente no total e em alguns segmentos, mas trouxe más notícias também. Bolsonaro chegou a 34%, o seu melhor índice em toda a campanha, e a 11 pontos de diferença para Lula, a menor do ano. Além disso, ele subiu dois e Lula caiu quatro entre evangélicos.

A pior notícia para Bolsonaro é que ele continua empacado nos eleitorados mais numerosos: Sudeste, Nordeste, menos renda e escolaridade e até entre quem recebe o Auxílio Brasil, assimilado como o Bolsa Família de Lula. Tudo isso depois das multidões, da “princesa” e o “imbrochável”, dos R$ 41 bilhões para comprar votos, de garfar parte do ICMS dos Estados para baixar o preço da gasolina e da queda da inflação e do desemprego. O que falta?

Lula bateu num sólido teto, não sobe, não cai, oscilando entre 48 e 45 pontos desde maio, e a má notícia para ele é que o segundo turno é bem provável. Simone Tebet manteve 5% e o recuo de dois pontos de Ciro Gomes (de 9% para 7%) não reverteu para ele. Não por isso, mas quem subiu dois pontos foi Bolsonaro.

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A boa notícia para Lula, além da liderança nos maiores eleitorados, é a rejeição de Bolsonaro. Se a de Lula foi de 37% para 39%, a do presidente se mantém em 51% nos dois últimos Datafolha. Com metade dos eleitores dizendo que não votam nele de jeito nenhum, de onde tirar votos?

É assim que o segundo turno vai se materializando e, com ele, o pavor de Lula, do eleitor e do País diante do segundo assassinato de petista por bolsonarista sem que o presidente-candidato dê voz de comando pela paz e pela vida. Os ataques às urnas eletrônicas cessaram, começaram os tiros e facadas que matam pessoas e ameaçam a democracia.

O 7 de Setembro de Jair Bolsonaro, transmitido à exaustão, fez cosquinha nos índices a favor da reeleição, deixando uma dúvida: as pesquisas captaram todo o impacto da demonstração de força bolsonarista, ou as imagens de imensas multidões na propaganda eleitoral da TV continuarão produzindo efeitos, atraindo eleitores e eleitoras? O efeito se esgotou ou está apenas começando?

A diferença entre Bolsonaro e o favorito das pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva, caiu de 26 para 11 pontos desde dezembro, mas a redução é a conta-gotas e foi só de dois pontos da última pesquisa Datafolha para cá, depois de o presidente Bolsonaro esquecer o 7 de Setembro e o bicentenário da Independência e deixar o candidato Bolsonaro livre, leve e solto em megacomícios à custa de recursos públicos e da implosão das leis.

Eliane Cantanhêde: 'Com metade dos eleitores dizendo que não votam em Bolsonaro de jeito nenhum, de onde tirar votos?'.  Foto: Wilton Junior/Estadão

O QG bolsonarista esperava mais e o lulista temia mais da primeira pesquisa após o 7 de Setembro, que mostrou oscilação positiva do presidente no total e em alguns segmentos, mas trouxe más notícias também. Bolsonaro chegou a 34%, o seu melhor índice em toda a campanha, e a 11 pontos de diferença para Lula, a menor do ano. Além disso, ele subiu dois e Lula caiu quatro entre evangélicos.

A pior notícia para Bolsonaro é que ele continua empacado nos eleitorados mais numerosos: Sudeste, Nordeste, menos renda e escolaridade e até entre quem recebe o Auxílio Brasil, assimilado como o Bolsa Família de Lula. Tudo isso depois das multidões, da “princesa” e o “imbrochável”, dos R$ 41 bilhões para comprar votos, de garfar parte do ICMS dos Estados para baixar o preço da gasolina e da queda da inflação e do desemprego. O que falta?

Lula bateu num sólido teto, não sobe, não cai, oscilando entre 48 e 45 pontos desde maio, e a má notícia para ele é que o segundo turno é bem provável. Simone Tebet manteve 5% e o recuo de dois pontos de Ciro Gomes (de 9% para 7%) não reverteu para ele. Não por isso, mas quem subiu dois pontos foi Bolsonaro.

A boa notícia para Lula, além da liderança nos maiores eleitorados, é a rejeição de Bolsonaro. Se a de Lula foi de 37% para 39%, a do presidente se mantém em 51% nos dois últimos Datafolha. Com metade dos eleitores dizendo que não votam nele de jeito nenhum, de onde tirar votos?

É assim que o segundo turno vai se materializando e, com ele, o pavor de Lula, do eleitor e do País diante do segundo assassinato de petista por bolsonarista sem que o presidente-candidato dê voz de comando pela paz e pela vida. Os ataques às urnas eletrônicas cessaram, começaram os tiros e facadas que matam pessoas e ameaçam a democracia.

O 7 de Setembro de Jair Bolsonaro, transmitido à exaustão, fez cosquinha nos índices a favor da reeleição, deixando uma dúvida: as pesquisas captaram todo o impacto da demonstração de força bolsonarista, ou as imagens de imensas multidões na propaganda eleitoral da TV continuarão produzindo efeitos, atraindo eleitores e eleitoras? O efeito se esgotou ou está apenas começando?

A diferença entre Bolsonaro e o favorito das pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva, caiu de 26 para 11 pontos desde dezembro, mas a redução é a conta-gotas e foi só de dois pontos da última pesquisa Datafolha para cá, depois de o presidente Bolsonaro esquecer o 7 de Setembro e o bicentenário da Independência e deixar o candidato Bolsonaro livre, leve e solto em megacomícios à custa de recursos públicos e da implosão das leis.

Eliane Cantanhêde: 'Com metade dos eleitores dizendo que não votam em Bolsonaro de jeito nenhum, de onde tirar votos?'.  Foto: Wilton Junior/Estadão

O QG bolsonarista esperava mais e o lulista temia mais da primeira pesquisa após o 7 de Setembro, que mostrou oscilação positiva do presidente no total e em alguns segmentos, mas trouxe más notícias também. Bolsonaro chegou a 34%, o seu melhor índice em toda a campanha, e a 11 pontos de diferença para Lula, a menor do ano. Além disso, ele subiu dois e Lula caiu quatro entre evangélicos.

A pior notícia para Bolsonaro é que ele continua empacado nos eleitorados mais numerosos: Sudeste, Nordeste, menos renda e escolaridade e até entre quem recebe o Auxílio Brasil, assimilado como o Bolsa Família de Lula. Tudo isso depois das multidões, da “princesa” e o “imbrochável”, dos R$ 41 bilhões para comprar votos, de garfar parte do ICMS dos Estados para baixar o preço da gasolina e da queda da inflação e do desemprego. O que falta?

Lula bateu num sólido teto, não sobe, não cai, oscilando entre 48 e 45 pontos desde maio, e a má notícia para ele é que o segundo turno é bem provável. Simone Tebet manteve 5% e o recuo de dois pontos de Ciro Gomes (de 9% para 7%) não reverteu para ele. Não por isso, mas quem subiu dois pontos foi Bolsonaro.

A boa notícia para Lula, além da liderança nos maiores eleitorados, é a rejeição de Bolsonaro. Se a de Lula foi de 37% para 39%, a do presidente se mantém em 51% nos dois últimos Datafolha. Com metade dos eleitores dizendo que não votam nele de jeito nenhum, de onde tirar votos?

É assim que o segundo turno vai se materializando e, com ele, o pavor de Lula, do eleitor e do País diante do segundo assassinato de petista por bolsonarista sem que o presidente-candidato dê voz de comando pela paz e pela vida. Os ataques às urnas eletrônicas cessaram, começaram os tiros e facadas que matam pessoas e ameaçam a democracia.

O 7 de Setembro de Jair Bolsonaro, transmitido à exaustão, fez cosquinha nos índices a favor da reeleição, deixando uma dúvida: as pesquisas captaram todo o impacto da demonstração de força bolsonarista, ou as imagens de imensas multidões na propaganda eleitoral da TV continuarão produzindo efeitos, atraindo eleitores e eleitoras? O efeito se esgotou ou está apenas começando?

A diferença entre Bolsonaro e o favorito das pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva, caiu de 26 para 11 pontos desde dezembro, mas a redução é a conta-gotas e foi só de dois pontos da última pesquisa Datafolha para cá, depois de o presidente Bolsonaro esquecer o 7 de Setembro e o bicentenário da Independência e deixar o candidato Bolsonaro livre, leve e solto em megacomícios à custa de recursos públicos e da implosão das leis.

Eliane Cantanhêde: 'Com metade dos eleitores dizendo que não votam em Bolsonaro de jeito nenhum, de onde tirar votos?'.  Foto: Wilton Junior/Estadão

O QG bolsonarista esperava mais e o lulista temia mais da primeira pesquisa após o 7 de Setembro, que mostrou oscilação positiva do presidente no total e em alguns segmentos, mas trouxe más notícias também. Bolsonaro chegou a 34%, o seu melhor índice em toda a campanha, e a 11 pontos de diferença para Lula, a menor do ano. Além disso, ele subiu dois e Lula caiu quatro entre evangélicos.

A pior notícia para Bolsonaro é que ele continua empacado nos eleitorados mais numerosos: Sudeste, Nordeste, menos renda e escolaridade e até entre quem recebe o Auxílio Brasil, assimilado como o Bolsa Família de Lula. Tudo isso depois das multidões, da “princesa” e o “imbrochável”, dos R$ 41 bilhões para comprar votos, de garfar parte do ICMS dos Estados para baixar o preço da gasolina e da queda da inflação e do desemprego. O que falta?

Lula bateu num sólido teto, não sobe, não cai, oscilando entre 48 e 45 pontos desde maio, e a má notícia para ele é que o segundo turno é bem provável. Simone Tebet manteve 5% e o recuo de dois pontos de Ciro Gomes (de 9% para 7%) não reverteu para ele. Não por isso, mas quem subiu dois pontos foi Bolsonaro.

A boa notícia para Lula, além da liderança nos maiores eleitorados, é a rejeição de Bolsonaro. Se a de Lula foi de 37% para 39%, a do presidente se mantém em 51% nos dois últimos Datafolha. Com metade dos eleitores dizendo que não votam nele de jeito nenhum, de onde tirar votos?

É assim que o segundo turno vai se materializando e, com ele, o pavor de Lula, do eleitor e do País diante do segundo assassinato de petista por bolsonarista sem que o presidente-candidato dê voz de comando pela paz e pela vida. Os ataques às urnas eletrônicas cessaram, começaram os tiros e facadas que matam pessoas e ameaçam a democracia.

Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e do telejornal GloboNews em Pauta

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