Um olhar crítico no poder e nos poderosos

Opinião|Recados do presidente de Portugal, ao vir duas vezes ao Brasil antes das eleições


Marcelo Rebelo de Sousa deixou claro que não se mete em questões internas e não apoia nem rejeita candidatos

Por Eliane Cantanhêde

Ao vir ao Brasil duas vezes no mesmo semestre, às vésperas das eleições, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, de Portugal, um país invadido por brasileiros, cria uma situação ruim, desconfortável, e outra boa, neutralizante.

A ruim é que as visitas e fotos podem ser interpretadas como apoio à reeleição de Jair Bolsonaro. A boa é que, com ele e outros estrangeiros, Bolsonaro vai pensar duas vezes antes de repetir nos 200 anos da Independência as ameaças à democracia do ano passado.

Eliane: 'Marcelo Rebelo de Sousa deixou claro que não se mete em questões internas e não apoia nem rejeita candidatos.' Foto: Manuel de Almeida/Pool via AP
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No último encontro, Rebelo de Sousa ficou chocado com Bolsonaro, que, isolado no mundo, sem entender de geopolítica internacional nem de questões bilaterais, saiu contando piadas de péssimo gosto.

Então, por que se dispõe a vir novamente ao Brasil duas vezes, em julho e em setembro, com o risco de Bolsonaro ameaçar descumprir ordem judicial e dar golpes? Porque ele não tinha como negar o convite feito aos líderes dos nove países de língua portuguesa e porque, com convidados internacionais, Bolsonaro terá coragem de ameaçar eleições, Supremo, democracia?

Rebelo de Sousa deu seu recado na conferência “Brasil-Portugal: perspectivas de futuro”, da Fundação Calouste Gulbenkian: governos vêm e vão, o que importa é o povo. E, sem citar Bolsonaro, disse que viria ao Brasil a convite do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco – que estava presente, ao contrário de Arthur Lira, da Câmara, e do chanceler Carlos França, que não apareceram. O governo só foi representado pela embaixada.

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Pacheco também deu seu recado. Fez uma lista de avanços do Brasil nos últimos governos, como Plano Real, Bolsa Família e reforma da Previdência e, sem citar Bolsonaro, disse o que brasileiros e portugueses queriam ouvir: as instituições brasileiras, a começar pelo Senado, estão prontas para defender as eleições e a democracia.

Rebelo de Sousa também tratou carinhosamente Marina Silva no seu discurso e ao se apresentar a ela: “Então, é a senhora que tanto encanta os portugueses?” Em jantar em Queluz, onde d. Pedro I nasceu e morreu, o presidente conduziu Pacheco e Marina para conhecer os salões impregnados de história. A deferência com a ex-ministra teve um tom de desagravo, após resistências brasileiras a ela na conferência, em meio a desastre ambiental, Amazônia, reservas indígenas e o assassinato brutal de Bruno Pereira e Dom Phillips.

Ou seja: o presidente português deixou claro lá e deixará claro cá que não se mete em questões internas e não apoia nem rejeita candidatos. Ah! Para enterrar qualquer dúvida, ele também deverá se encontrar com Lula.

Ao vir ao Brasil duas vezes no mesmo semestre, às vésperas das eleições, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, de Portugal, um país invadido por brasileiros, cria uma situação ruim, desconfortável, e outra boa, neutralizante.

A ruim é que as visitas e fotos podem ser interpretadas como apoio à reeleição de Jair Bolsonaro. A boa é que, com ele e outros estrangeiros, Bolsonaro vai pensar duas vezes antes de repetir nos 200 anos da Independência as ameaças à democracia do ano passado.

Eliane: 'Marcelo Rebelo de Sousa deixou claro que não se mete em questões internas e não apoia nem rejeita candidatos.' Foto: Manuel de Almeida/Pool via AP

No último encontro, Rebelo de Sousa ficou chocado com Bolsonaro, que, isolado no mundo, sem entender de geopolítica internacional nem de questões bilaterais, saiu contando piadas de péssimo gosto.

Então, por que se dispõe a vir novamente ao Brasil duas vezes, em julho e em setembro, com o risco de Bolsonaro ameaçar descumprir ordem judicial e dar golpes? Porque ele não tinha como negar o convite feito aos líderes dos nove países de língua portuguesa e porque, com convidados internacionais, Bolsonaro terá coragem de ameaçar eleições, Supremo, democracia?

Rebelo de Sousa deu seu recado na conferência “Brasil-Portugal: perspectivas de futuro”, da Fundação Calouste Gulbenkian: governos vêm e vão, o que importa é o povo. E, sem citar Bolsonaro, disse que viria ao Brasil a convite do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco – que estava presente, ao contrário de Arthur Lira, da Câmara, e do chanceler Carlos França, que não apareceram. O governo só foi representado pela embaixada.

Pacheco também deu seu recado. Fez uma lista de avanços do Brasil nos últimos governos, como Plano Real, Bolsa Família e reforma da Previdência e, sem citar Bolsonaro, disse o que brasileiros e portugueses queriam ouvir: as instituições brasileiras, a começar pelo Senado, estão prontas para defender as eleições e a democracia.

Rebelo de Sousa também tratou carinhosamente Marina Silva no seu discurso e ao se apresentar a ela: “Então, é a senhora que tanto encanta os portugueses?” Em jantar em Queluz, onde d. Pedro I nasceu e morreu, o presidente conduziu Pacheco e Marina para conhecer os salões impregnados de história. A deferência com a ex-ministra teve um tom de desagravo, após resistências brasileiras a ela na conferência, em meio a desastre ambiental, Amazônia, reservas indígenas e o assassinato brutal de Bruno Pereira e Dom Phillips.

Ou seja: o presidente português deixou claro lá e deixará claro cá que não se mete em questões internas e não apoia nem rejeita candidatos. Ah! Para enterrar qualquer dúvida, ele também deverá se encontrar com Lula.

Ao vir ao Brasil duas vezes no mesmo semestre, às vésperas das eleições, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, de Portugal, um país invadido por brasileiros, cria uma situação ruim, desconfortável, e outra boa, neutralizante.

A ruim é que as visitas e fotos podem ser interpretadas como apoio à reeleição de Jair Bolsonaro. A boa é que, com ele e outros estrangeiros, Bolsonaro vai pensar duas vezes antes de repetir nos 200 anos da Independência as ameaças à democracia do ano passado.

Eliane: 'Marcelo Rebelo de Sousa deixou claro que não se mete em questões internas e não apoia nem rejeita candidatos.' Foto: Manuel de Almeida/Pool via AP

No último encontro, Rebelo de Sousa ficou chocado com Bolsonaro, que, isolado no mundo, sem entender de geopolítica internacional nem de questões bilaterais, saiu contando piadas de péssimo gosto.

Então, por que se dispõe a vir novamente ao Brasil duas vezes, em julho e em setembro, com o risco de Bolsonaro ameaçar descumprir ordem judicial e dar golpes? Porque ele não tinha como negar o convite feito aos líderes dos nove países de língua portuguesa e porque, com convidados internacionais, Bolsonaro terá coragem de ameaçar eleições, Supremo, democracia?

Rebelo de Sousa deu seu recado na conferência “Brasil-Portugal: perspectivas de futuro”, da Fundação Calouste Gulbenkian: governos vêm e vão, o que importa é o povo. E, sem citar Bolsonaro, disse que viria ao Brasil a convite do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco – que estava presente, ao contrário de Arthur Lira, da Câmara, e do chanceler Carlos França, que não apareceram. O governo só foi representado pela embaixada.

Pacheco também deu seu recado. Fez uma lista de avanços do Brasil nos últimos governos, como Plano Real, Bolsa Família e reforma da Previdência e, sem citar Bolsonaro, disse o que brasileiros e portugueses queriam ouvir: as instituições brasileiras, a começar pelo Senado, estão prontas para defender as eleições e a democracia.

Rebelo de Sousa também tratou carinhosamente Marina Silva no seu discurso e ao se apresentar a ela: “Então, é a senhora que tanto encanta os portugueses?” Em jantar em Queluz, onde d. Pedro I nasceu e morreu, o presidente conduziu Pacheco e Marina para conhecer os salões impregnados de história. A deferência com a ex-ministra teve um tom de desagravo, após resistências brasileiras a ela na conferência, em meio a desastre ambiental, Amazônia, reservas indígenas e o assassinato brutal de Bruno Pereira e Dom Phillips.

Ou seja: o presidente português deixou claro lá e deixará claro cá que não se mete em questões internas e não apoia nem rejeita candidatos. Ah! Para enterrar qualquer dúvida, ele também deverá se encontrar com Lula.

Ao vir ao Brasil duas vezes no mesmo semestre, às vésperas das eleições, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, de Portugal, um país invadido por brasileiros, cria uma situação ruim, desconfortável, e outra boa, neutralizante.

A ruim é que as visitas e fotos podem ser interpretadas como apoio à reeleição de Jair Bolsonaro. A boa é que, com ele e outros estrangeiros, Bolsonaro vai pensar duas vezes antes de repetir nos 200 anos da Independência as ameaças à democracia do ano passado.

Eliane: 'Marcelo Rebelo de Sousa deixou claro que não se mete em questões internas e não apoia nem rejeita candidatos.' Foto: Manuel de Almeida/Pool via AP

No último encontro, Rebelo de Sousa ficou chocado com Bolsonaro, que, isolado no mundo, sem entender de geopolítica internacional nem de questões bilaterais, saiu contando piadas de péssimo gosto.

Então, por que se dispõe a vir novamente ao Brasil duas vezes, em julho e em setembro, com o risco de Bolsonaro ameaçar descumprir ordem judicial e dar golpes? Porque ele não tinha como negar o convite feito aos líderes dos nove países de língua portuguesa e porque, com convidados internacionais, Bolsonaro terá coragem de ameaçar eleições, Supremo, democracia?

Rebelo de Sousa deu seu recado na conferência “Brasil-Portugal: perspectivas de futuro”, da Fundação Calouste Gulbenkian: governos vêm e vão, o que importa é o povo. E, sem citar Bolsonaro, disse que viria ao Brasil a convite do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco – que estava presente, ao contrário de Arthur Lira, da Câmara, e do chanceler Carlos França, que não apareceram. O governo só foi representado pela embaixada.

Pacheco também deu seu recado. Fez uma lista de avanços do Brasil nos últimos governos, como Plano Real, Bolsa Família e reforma da Previdência e, sem citar Bolsonaro, disse o que brasileiros e portugueses queriam ouvir: as instituições brasileiras, a começar pelo Senado, estão prontas para defender as eleições e a democracia.

Rebelo de Sousa também tratou carinhosamente Marina Silva no seu discurso e ao se apresentar a ela: “Então, é a senhora que tanto encanta os portugueses?” Em jantar em Queluz, onde d. Pedro I nasceu e morreu, o presidente conduziu Pacheco e Marina para conhecer os salões impregnados de história. A deferência com a ex-ministra teve um tom de desagravo, após resistências brasileiras a ela na conferência, em meio a desastre ambiental, Amazônia, reservas indígenas e o assassinato brutal de Bruno Pereira e Dom Phillips.

Ou seja: o presidente português deixou claro lá e deixará claro cá que não se mete em questões internas e não apoia nem rejeita candidatos. Ah! Para enterrar qualquer dúvida, ele também deverá se encontrar com Lula.

Ao vir ao Brasil duas vezes no mesmo semestre, às vésperas das eleições, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, de Portugal, um país invadido por brasileiros, cria uma situação ruim, desconfortável, e outra boa, neutralizante.

A ruim é que as visitas e fotos podem ser interpretadas como apoio à reeleição de Jair Bolsonaro. A boa é que, com ele e outros estrangeiros, Bolsonaro vai pensar duas vezes antes de repetir nos 200 anos da Independência as ameaças à democracia do ano passado.

Eliane: 'Marcelo Rebelo de Sousa deixou claro que não se mete em questões internas e não apoia nem rejeita candidatos.' Foto: Manuel de Almeida/Pool via AP

No último encontro, Rebelo de Sousa ficou chocado com Bolsonaro, que, isolado no mundo, sem entender de geopolítica internacional nem de questões bilaterais, saiu contando piadas de péssimo gosto.

Então, por que se dispõe a vir novamente ao Brasil duas vezes, em julho e em setembro, com o risco de Bolsonaro ameaçar descumprir ordem judicial e dar golpes? Porque ele não tinha como negar o convite feito aos líderes dos nove países de língua portuguesa e porque, com convidados internacionais, Bolsonaro terá coragem de ameaçar eleições, Supremo, democracia?

Rebelo de Sousa deu seu recado na conferência “Brasil-Portugal: perspectivas de futuro”, da Fundação Calouste Gulbenkian: governos vêm e vão, o que importa é o povo. E, sem citar Bolsonaro, disse que viria ao Brasil a convite do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco – que estava presente, ao contrário de Arthur Lira, da Câmara, e do chanceler Carlos França, que não apareceram. O governo só foi representado pela embaixada.

Pacheco também deu seu recado. Fez uma lista de avanços do Brasil nos últimos governos, como Plano Real, Bolsa Família e reforma da Previdência e, sem citar Bolsonaro, disse o que brasileiros e portugueses queriam ouvir: as instituições brasileiras, a começar pelo Senado, estão prontas para defender as eleições e a democracia.

Rebelo de Sousa também tratou carinhosamente Marina Silva no seu discurso e ao se apresentar a ela: “Então, é a senhora que tanto encanta os portugueses?” Em jantar em Queluz, onde d. Pedro I nasceu e morreu, o presidente conduziu Pacheco e Marina para conhecer os salões impregnados de história. A deferência com a ex-ministra teve um tom de desagravo, após resistências brasileiras a ela na conferência, em meio a desastre ambiental, Amazônia, reservas indígenas e o assassinato brutal de Bruno Pereira e Dom Phillips.

Ou seja: o presidente português deixou claro lá e deixará claro cá que não se mete em questões internas e não apoia nem rejeita candidatos. Ah! Para enterrar qualquer dúvida, ele também deverá se encontrar com Lula.

Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e do telejornal GloboNews em Pauta

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