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Opinião|Sem Bolsonaro nem atentado e com choro e agenda de ‘reconstrução’, Lula toma posse num mar vermelho


Presidente recebeu a faixa presidencial de representantes da diversidade brasileira e fez duras críticas ao ex-chefe do executivo, a quem não citou nominalmente

Por Eliane Cantanhêde

Sem golpe, atentado terrorista e Jair Bolsonaro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o seu terceiro mandato num dia de sol, festivo, desfilando no Rolls Royce e dizendo que tomou posse pela primeira vez em 2003 com uma palavra-chave, mudança, e agora adotou outra, reconstrução. É a diferença de receber o governo de Fernando Henrique Cardoso ou de Bolsonaro, que lhe deixou uma terra arrasada e não fez falta.

Quem passou a faixa presidencial para Lula foram representantes da diversidade brasileira, que foram entregando a faixa um para o outro até chegar ao peito do presidente eleito, diplomado e agora empossado pelas mãos de uma mulher negra, de 33 anos, catadora desde os 14. Veio pela segunda vez o Hino Nacional. Lula chorou.

Lula sobe a rampa acompanhado por representantes da diversidade brasileira, em frente a uma multidão de vermelho. Foto: Daniel Teixeira/Estadão
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Em cerimônias cheias de simbologia e emoção, com muita gente e alegre cantoria, Lula esteve todo o tempo ao lado de sua mulher, Janja, do seu vice, Geraldo Alckmin, e da mulher dele, Lu, repetindo, assim, a demonstração de força e cumplicidade que também deu ao seu primeiro vice, José Alencar. Se a intenção era apresentar seu governo como “frente ampla”, isso não estava em sintonia com as multidões maciçamente de vermelho.

Como previsto, discurso real, do coração, da alma, foi reservado para o parlatório de mármore branco à frente do Palácio do Planalto, de onde se dirigiu, não mais às autoridades, brasileiras e internacionais, mas ao “povo brasileiro”. Lula sendo Lula, chorou pela segunda vez ao condenar a fome, a miséria, a injustiça e repetir a conclamação à paz e ao fim do ódio e gritar que vai governar para os 200 milhões de brasileiros: “Não há dois Brasis!”

Nos dois discursos, o do Congresso e o do parlatório do Planalto, Lula fez duras críticas ao governo Bolsonaro, a quem não citou nominalmente. Classificou o antigo governo como “projeto de destruição nacional” e os dados de todas as áreas de “estarrecedores”, de saúde e educação a meio ambiente. Cometeu, porém, pelo menos um erro factual, ao dizer que “dilapidaram as estatais”. Para quem presidiu a Petrobras na era do petrolão, foi, no mínimo, constrangedor.

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Ao bolsonaristas que continuavam acampados em torno de quartéis, ontem mesmo ainda ameaçando a posse de Lula, mesmo depois abandonados pelo líder  e Messias, que saiu pela portas dos fundos do Alvorada e foi curtir Orlando, nos Estados Unidos, o novo presidente avisou: “O Brasil quer paz para trabalhar, produzir, estudar e cuidar dos seus filhos”.

Sem golpe, atentado terrorista e Jair Bolsonaro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o seu terceiro mandato num dia de sol, festivo, desfilando no Rolls Royce e dizendo que tomou posse pela primeira vez em 2003 com uma palavra-chave, mudança, e agora adotou outra, reconstrução. É a diferença de receber o governo de Fernando Henrique Cardoso ou de Bolsonaro, que lhe deixou uma terra arrasada e não fez falta.

Quem passou a faixa presidencial para Lula foram representantes da diversidade brasileira, que foram entregando a faixa um para o outro até chegar ao peito do presidente eleito, diplomado e agora empossado pelas mãos de uma mulher negra, de 33 anos, catadora desde os 14. Veio pela segunda vez o Hino Nacional. Lula chorou.

Lula sobe a rampa acompanhado por representantes da diversidade brasileira, em frente a uma multidão de vermelho. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Em cerimônias cheias de simbologia e emoção, com muita gente e alegre cantoria, Lula esteve todo o tempo ao lado de sua mulher, Janja, do seu vice, Geraldo Alckmin, e da mulher dele, Lu, repetindo, assim, a demonstração de força e cumplicidade que também deu ao seu primeiro vice, José Alencar. Se a intenção era apresentar seu governo como “frente ampla”, isso não estava em sintonia com as multidões maciçamente de vermelho.

Como previsto, discurso real, do coração, da alma, foi reservado para o parlatório de mármore branco à frente do Palácio do Planalto, de onde se dirigiu, não mais às autoridades, brasileiras e internacionais, mas ao “povo brasileiro”. Lula sendo Lula, chorou pela segunda vez ao condenar a fome, a miséria, a injustiça e repetir a conclamação à paz e ao fim do ódio e gritar que vai governar para os 200 milhões de brasileiros: “Não há dois Brasis!”

Nos dois discursos, o do Congresso e o do parlatório do Planalto, Lula fez duras críticas ao governo Bolsonaro, a quem não citou nominalmente. Classificou o antigo governo como “projeto de destruição nacional” e os dados de todas as áreas de “estarrecedores”, de saúde e educação a meio ambiente. Cometeu, porém, pelo menos um erro factual, ao dizer que “dilapidaram as estatais”. Para quem presidiu a Petrobras na era do petrolão, foi, no mínimo, constrangedor.

Ao bolsonaristas que continuavam acampados em torno de quartéis, ontem mesmo ainda ameaçando a posse de Lula, mesmo depois abandonados pelo líder  e Messias, que saiu pela portas dos fundos do Alvorada e foi curtir Orlando, nos Estados Unidos, o novo presidente avisou: “O Brasil quer paz para trabalhar, produzir, estudar e cuidar dos seus filhos”.

Sem golpe, atentado terrorista e Jair Bolsonaro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o seu terceiro mandato num dia de sol, festivo, desfilando no Rolls Royce e dizendo que tomou posse pela primeira vez em 2003 com uma palavra-chave, mudança, e agora adotou outra, reconstrução. É a diferença de receber o governo de Fernando Henrique Cardoso ou de Bolsonaro, que lhe deixou uma terra arrasada e não fez falta.

Quem passou a faixa presidencial para Lula foram representantes da diversidade brasileira, que foram entregando a faixa um para o outro até chegar ao peito do presidente eleito, diplomado e agora empossado pelas mãos de uma mulher negra, de 33 anos, catadora desde os 14. Veio pela segunda vez o Hino Nacional. Lula chorou.

Lula sobe a rampa acompanhado por representantes da diversidade brasileira, em frente a uma multidão de vermelho. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Em cerimônias cheias de simbologia e emoção, com muita gente e alegre cantoria, Lula esteve todo o tempo ao lado de sua mulher, Janja, do seu vice, Geraldo Alckmin, e da mulher dele, Lu, repetindo, assim, a demonstração de força e cumplicidade que também deu ao seu primeiro vice, José Alencar. Se a intenção era apresentar seu governo como “frente ampla”, isso não estava em sintonia com as multidões maciçamente de vermelho.

Como previsto, discurso real, do coração, da alma, foi reservado para o parlatório de mármore branco à frente do Palácio do Planalto, de onde se dirigiu, não mais às autoridades, brasileiras e internacionais, mas ao “povo brasileiro”. Lula sendo Lula, chorou pela segunda vez ao condenar a fome, a miséria, a injustiça e repetir a conclamação à paz e ao fim do ódio e gritar que vai governar para os 200 milhões de brasileiros: “Não há dois Brasis!”

Nos dois discursos, o do Congresso e o do parlatório do Planalto, Lula fez duras críticas ao governo Bolsonaro, a quem não citou nominalmente. Classificou o antigo governo como “projeto de destruição nacional” e os dados de todas as áreas de “estarrecedores”, de saúde e educação a meio ambiente. Cometeu, porém, pelo menos um erro factual, ao dizer que “dilapidaram as estatais”. Para quem presidiu a Petrobras na era do petrolão, foi, no mínimo, constrangedor.

Ao bolsonaristas que continuavam acampados em torno de quartéis, ontem mesmo ainda ameaçando a posse de Lula, mesmo depois abandonados pelo líder  e Messias, que saiu pela portas dos fundos do Alvorada e foi curtir Orlando, nos Estados Unidos, o novo presidente avisou: “O Brasil quer paz para trabalhar, produzir, estudar e cuidar dos seus filhos”.

Sem golpe, atentado terrorista e Jair Bolsonaro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o seu terceiro mandato num dia de sol, festivo, desfilando no Rolls Royce e dizendo que tomou posse pela primeira vez em 2003 com uma palavra-chave, mudança, e agora adotou outra, reconstrução. É a diferença de receber o governo de Fernando Henrique Cardoso ou de Bolsonaro, que lhe deixou uma terra arrasada e não fez falta.

Quem passou a faixa presidencial para Lula foram representantes da diversidade brasileira, que foram entregando a faixa um para o outro até chegar ao peito do presidente eleito, diplomado e agora empossado pelas mãos de uma mulher negra, de 33 anos, catadora desde os 14. Veio pela segunda vez o Hino Nacional. Lula chorou.

Lula sobe a rampa acompanhado por representantes da diversidade brasileira, em frente a uma multidão de vermelho. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Em cerimônias cheias de simbologia e emoção, com muita gente e alegre cantoria, Lula esteve todo o tempo ao lado de sua mulher, Janja, do seu vice, Geraldo Alckmin, e da mulher dele, Lu, repetindo, assim, a demonstração de força e cumplicidade que também deu ao seu primeiro vice, José Alencar. Se a intenção era apresentar seu governo como “frente ampla”, isso não estava em sintonia com as multidões maciçamente de vermelho.

Como previsto, discurso real, do coração, da alma, foi reservado para o parlatório de mármore branco à frente do Palácio do Planalto, de onde se dirigiu, não mais às autoridades, brasileiras e internacionais, mas ao “povo brasileiro”. Lula sendo Lula, chorou pela segunda vez ao condenar a fome, a miséria, a injustiça e repetir a conclamação à paz e ao fim do ódio e gritar que vai governar para os 200 milhões de brasileiros: “Não há dois Brasis!”

Nos dois discursos, o do Congresso e o do parlatório do Planalto, Lula fez duras críticas ao governo Bolsonaro, a quem não citou nominalmente. Classificou o antigo governo como “projeto de destruição nacional” e os dados de todas as áreas de “estarrecedores”, de saúde e educação a meio ambiente. Cometeu, porém, pelo menos um erro factual, ao dizer que “dilapidaram as estatais”. Para quem presidiu a Petrobras na era do petrolão, foi, no mínimo, constrangedor.

Ao bolsonaristas que continuavam acampados em torno de quartéis, ontem mesmo ainda ameaçando a posse de Lula, mesmo depois abandonados pelo líder  e Messias, que saiu pela portas dos fundos do Alvorada e foi curtir Orlando, nos Estados Unidos, o novo presidente avisou: “O Brasil quer paz para trabalhar, produzir, estudar e cuidar dos seus filhos”.

Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e do telejornal GloboNews em Pauta

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