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Opinião|Sem munição, Bolsonaro enfrenta rejeição, má avaliação, dificuldade em SP e MG e... ele mesmo


Como um presidente pode se reeleger se 44% dos eleitores consideram seu governo ruim ou péssimo e só 30% avaliam como bom e ótimo?

Por Eliane Cantanhêde
Atualização:

O presidente Jair Bolsonaro terá de implodir várias muralhas para vencer em outubro, mas, seja qual for o resultado, já garantiu ineditismo. Se perder, será o único presidente derrotado na disputa pela reeleição. Se vencer, será o primeiro candidato a superar uma rejeição de mais de 50% a duas semanas das urnas.

E tem mais. Para derrotar o favorito nas pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro teria de implodir as muralhas que bloqueiam seu caminho com a mesma força com que detonou o teto de gastos, a responsabilidade fiscal e a lei eleitoral.

Ah! E sem apoio do Centrão, que foi uma mão na roda para aprovar a PEC da reeleição e os R$ 41 bilhões para comprar votos, mas não tem sido de grande valia para arrancar votos de Lula e dar para ele no Nordeste, por exemplo.

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Se o poderoso Centrão não ajuda muito, Bolsonaro é o principal vilão da sua candidatura, falando bobagens, atacando segmentos do eleitorado e amedrontando a Nação. Não tem marqueteiro, general, pastor, grupo ideológico e comício com dinheiro público que deem jeito.

A duas semanas do primeiro turno, presidente é mais desaprovado do que aprovado pelos eleitores, segundo pesquisas.  Foto: Marcos Correa/PR

O resultado é nos índices das pesquisas. Como um candidato pode vencer se mais da metade do eleitorado diz que não vota nele de jeito nenhum? Como um presidente pode se reeleger se 44% dos eleitores consideram seu governo ruim ou péssimo e só 30% avaliam como bom e ótimo?

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Nenhum candidato ganhou eleições com mais de 50% de rejeição nem com tal avaliação negativa. Na mesma fase de campanha, Fernando Henrique tinha 43% de ótimo/bom e 17% de ruim/péssimo; Lula, 48% e 17%; Dilma, 37% e 24%. Todos eram mais aprovados do que desaprovados, ao contrário de Bolsonaro.

Dizem a lenda e a realidade que todos os eleitos chegaram ao início da propaganda eleitoral na frente nas pesquisas, inclusive Bolsonaro em 2018. Em 2022, foi Lula. Também dizem a lenda e a realidade que só sobe a rampa do Planalto quem vence em Minas. Bolsonaro ganhou no Estado com 58% dos votos válidos. Hoje, está dez pontos atrás de Lula pelo Datafolha.

É a mesma diferença em São Paulo, onde Bolsonaro venceu com 68% dos votos válidos em 2018, mas está dez pontos atrás de Lula. Seu capital de votos esfarelou no maior colégio eleitoral do País e, como esgotou todo o seu arsenal, parte para a pancadaria na TV. Pode até aumentar a rejeição de Lula, mas não reduz a sua.

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Num mato sem cachorro, e sem armas, o que Bolsonaro foi buscar em Londres e Nova York? Uma bala de prata, dinamite ou bomba atômica? Está difícil de encontrar.

O presidente Jair Bolsonaro terá de implodir várias muralhas para vencer em outubro, mas, seja qual for o resultado, já garantiu ineditismo. Se perder, será o único presidente derrotado na disputa pela reeleição. Se vencer, será o primeiro candidato a superar uma rejeição de mais de 50% a duas semanas das urnas.

E tem mais. Para derrotar o favorito nas pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro teria de implodir as muralhas que bloqueiam seu caminho com a mesma força com que detonou o teto de gastos, a responsabilidade fiscal e a lei eleitoral.

Ah! E sem apoio do Centrão, que foi uma mão na roda para aprovar a PEC da reeleição e os R$ 41 bilhões para comprar votos, mas não tem sido de grande valia para arrancar votos de Lula e dar para ele no Nordeste, por exemplo.

Se o poderoso Centrão não ajuda muito, Bolsonaro é o principal vilão da sua candidatura, falando bobagens, atacando segmentos do eleitorado e amedrontando a Nação. Não tem marqueteiro, general, pastor, grupo ideológico e comício com dinheiro público que deem jeito.

A duas semanas do primeiro turno, presidente é mais desaprovado do que aprovado pelos eleitores, segundo pesquisas.  Foto: Marcos Correa/PR

O resultado é nos índices das pesquisas. Como um candidato pode vencer se mais da metade do eleitorado diz que não vota nele de jeito nenhum? Como um presidente pode se reeleger se 44% dos eleitores consideram seu governo ruim ou péssimo e só 30% avaliam como bom e ótimo?

Nenhum candidato ganhou eleições com mais de 50% de rejeição nem com tal avaliação negativa. Na mesma fase de campanha, Fernando Henrique tinha 43% de ótimo/bom e 17% de ruim/péssimo; Lula, 48% e 17%; Dilma, 37% e 24%. Todos eram mais aprovados do que desaprovados, ao contrário de Bolsonaro.

Dizem a lenda e a realidade que todos os eleitos chegaram ao início da propaganda eleitoral na frente nas pesquisas, inclusive Bolsonaro em 2018. Em 2022, foi Lula. Também dizem a lenda e a realidade que só sobe a rampa do Planalto quem vence em Minas. Bolsonaro ganhou no Estado com 58% dos votos válidos. Hoje, está dez pontos atrás de Lula pelo Datafolha.

É a mesma diferença em São Paulo, onde Bolsonaro venceu com 68% dos votos válidos em 2018, mas está dez pontos atrás de Lula. Seu capital de votos esfarelou no maior colégio eleitoral do País e, como esgotou todo o seu arsenal, parte para a pancadaria na TV. Pode até aumentar a rejeição de Lula, mas não reduz a sua.

Num mato sem cachorro, e sem armas, o que Bolsonaro foi buscar em Londres e Nova York? Uma bala de prata, dinamite ou bomba atômica? Está difícil de encontrar.

O presidente Jair Bolsonaro terá de implodir várias muralhas para vencer em outubro, mas, seja qual for o resultado, já garantiu ineditismo. Se perder, será o único presidente derrotado na disputa pela reeleição. Se vencer, será o primeiro candidato a superar uma rejeição de mais de 50% a duas semanas das urnas.

E tem mais. Para derrotar o favorito nas pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro teria de implodir as muralhas que bloqueiam seu caminho com a mesma força com que detonou o teto de gastos, a responsabilidade fiscal e a lei eleitoral.

Ah! E sem apoio do Centrão, que foi uma mão na roda para aprovar a PEC da reeleição e os R$ 41 bilhões para comprar votos, mas não tem sido de grande valia para arrancar votos de Lula e dar para ele no Nordeste, por exemplo.

Se o poderoso Centrão não ajuda muito, Bolsonaro é o principal vilão da sua candidatura, falando bobagens, atacando segmentos do eleitorado e amedrontando a Nação. Não tem marqueteiro, general, pastor, grupo ideológico e comício com dinheiro público que deem jeito.

A duas semanas do primeiro turno, presidente é mais desaprovado do que aprovado pelos eleitores, segundo pesquisas.  Foto: Marcos Correa/PR

O resultado é nos índices das pesquisas. Como um candidato pode vencer se mais da metade do eleitorado diz que não vota nele de jeito nenhum? Como um presidente pode se reeleger se 44% dos eleitores consideram seu governo ruim ou péssimo e só 30% avaliam como bom e ótimo?

Nenhum candidato ganhou eleições com mais de 50% de rejeição nem com tal avaliação negativa. Na mesma fase de campanha, Fernando Henrique tinha 43% de ótimo/bom e 17% de ruim/péssimo; Lula, 48% e 17%; Dilma, 37% e 24%. Todos eram mais aprovados do que desaprovados, ao contrário de Bolsonaro.

Dizem a lenda e a realidade que todos os eleitos chegaram ao início da propaganda eleitoral na frente nas pesquisas, inclusive Bolsonaro em 2018. Em 2022, foi Lula. Também dizem a lenda e a realidade que só sobe a rampa do Planalto quem vence em Minas. Bolsonaro ganhou no Estado com 58% dos votos válidos. Hoje, está dez pontos atrás de Lula pelo Datafolha.

É a mesma diferença em São Paulo, onde Bolsonaro venceu com 68% dos votos válidos em 2018, mas está dez pontos atrás de Lula. Seu capital de votos esfarelou no maior colégio eleitoral do País e, como esgotou todo o seu arsenal, parte para a pancadaria na TV. Pode até aumentar a rejeição de Lula, mas não reduz a sua.

Num mato sem cachorro, e sem armas, o que Bolsonaro foi buscar em Londres e Nova York? Uma bala de prata, dinamite ou bomba atômica? Está difícil de encontrar.

O presidente Jair Bolsonaro terá de implodir várias muralhas para vencer em outubro, mas, seja qual for o resultado, já garantiu ineditismo. Se perder, será o único presidente derrotado na disputa pela reeleição. Se vencer, será o primeiro candidato a superar uma rejeição de mais de 50% a duas semanas das urnas.

E tem mais. Para derrotar o favorito nas pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro teria de implodir as muralhas que bloqueiam seu caminho com a mesma força com que detonou o teto de gastos, a responsabilidade fiscal e a lei eleitoral.

Ah! E sem apoio do Centrão, que foi uma mão na roda para aprovar a PEC da reeleição e os R$ 41 bilhões para comprar votos, mas não tem sido de grande valia para arrancar votos de Lula e dar para ele no Nordeste, por exemplo.

Se o poderoso Centrão não ajuda muito, Bolsonaro é o principal vilão da sua candidatura, falando bobagens, atacando segmentos do eleitorado e amedrontando a Nação. Não tem marqueteiro, general, pastor, grupo ideológico e comício com dinheiro público que deem jeito.

A duas semanas do primeiro turno, presidente é mais desaprovado do que aprovado pelos eleitores, segundo pesquisas.  Foto: Marcos Correa/PR

O resultado é nos índices das pesquisas. Como um candidato pode vencer se mais da metade do eleitorado diz que não vota nele de jeito nenhum? Como um presidente pode se reeleger se 44% dos eleitores consideram seu governo ruim ou péssimo e só 30% avaliam como bom e ótimo?

Nenhum candidato ganhou eleições com mais de 50% de rejeição nem com tal avaliação negativa. Na mesma fase de campanha, Fernando Henrique tinha 43% de ótimo/bom e 17% de ruim/péssimo; Lula, 48% e 17%; Dilma, 37% e 24%. Todos eram mais aprovados do que desaprovados, ao contrário de Bolsonaro.

Dizem a lenda e a realidade que todos os eleitos chegaram ao início da propaganda eleitoral na frente nas pesquisas, inclusive Bolsonaro em 2018. Em 2022, foi Lula. Também dizem a lenda e a realidade que só sobe a rampa do Planalto quem vence em Minas. Bolsonaro ganhou no Estado com 58% dos votos válidos. Hoje, está dez pontos atrás de Lula pelo Datafolha.

É a mesma diferença em São Paulo, onde Bolsonaro venceu com 68% dos votos válidos em 2018, mas está dez pontos atrás de Lula. Seu capital de votos esfarelou no maior colégio eleitoral do País e, como esgotou todo o seu arsenal, parte para a pancadaria na TV. Pode até aumentar a rejeição de Lula, mas não reduz a sua.

Num mato sem cachorro, e sem armas, o que Bolsonaro foi buscar em Londres e Nova York? Uma bala de prata, dinamite ou bomba atômica? Está difícil de encontrar.

Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e do telejornal GloboNews em Pauta

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