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Opinião|Setembro chegou e Bolsonaro vai botar navios e aviões na campanha e ‘canhões’ contra Lula


Com o presidente acossado pela compra de 107 imóveis por familiares, 51 deles em dinheiro vivo, petista ganhou munição numa área-chave: a corrupção.

Por Eliane Cantanhêde
Atualização:

Com sua obsessão em transformar o 7 de Setembro e o bicentenário da República nos maiores espetáculos da Terra e da sua campanha à reeleição, Jair Bolsonaro criou um problemão para a prefeitura do Rio e uma saia-justa para as Forças Armadas, particularmente o Exército. Mas não foi só isso. Mais uma vez, gerou enorme constrangimento para países amigos do Brasil.

As forças navais do Brasil e de 18 outros países das Américas estão no País para participar da Operação Unitas, exercício conjunto que vem desde 1960 e, neste ano, justamente ano eleitoral, ocorre no Brasil, a partir do Rio. E agora? Os países discutem nos bastidores se vão ou não reforçar o bicentenário da independência brasileira, o que corresponde a dar mais visibilidade à campanha de Bolsonaro.

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Setembro chegou com Bolsonaro atrás nas pesquisas. Foto: Albari Rosa/AFP

São 5,5 mil militares, 20 navios de guerra, um submarino e 21 aeronaves que fazem a alegria das famílias e serão chamariz para a campanha. A operação começa oficialmente no dia seguinte, mas muitos países participarão do 7 de Setembro/bicentenário e um dos mais importantes, senão o mais, os EUA, faz suspense. “Duvido que isso mude a opinião do eleitor que não decidiu em quem votar”, diz um diplomata de um dos 18 países.

O problema são os países amigos serem usados grosseiramente não para manobras militares, mas para manobras eleitoreiras de um presidente que já convidou embaixadores estrangeiros para servir de figurantes naquela cena lamentável em que ele achincalhou o sistema eleitoral, o TSE e ministros do STF, ao vivo e em cores. Navios e aviões estrangeiros serão, certamente, um chamariz para o ato de campanha bolsonarista.

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Nas Forças Armadas brasileiras, imagine-se o espanto quando o presidente se dispôs a exigir que a parada do 7 de Setembro seja na Praia de Copacabana. O jeito para nem desobedecer a Bolsonaro nem cumprir ordem absurda foi cancelar a parada no centro e quebrar um galho em Copacabana.

Setembro chegou com Bolsonaro atrás nas pesquisas, acossado pela compra de 107 imóveis por familiares, 51 deles em dinheiro vivo. Para tentar confundir a galera, diz que a maioria dos imóveis era do ex-cunhado, mas eram só oito, dentro do esquema. E alegou que “moeda corrente não é dinheiro vivo”, mas, sim, a moeda do País, atualmente, o real. Ah, sei!

Como Bolsonaro torrou todos os cartuchos e não atingiu o alvo – encostar ou superar Lula (PT) –, ele vai partir para a ignorância. Exigir um 7 de Setembro e um bicentenário da independência em Copacabana é parte disso. Tem mais: os canhões de fake news estão voltados para o favorito nas pesquisas. Mas Lula ganhou munição numa área-chave: a corrupção.

Com sua obsessão em transformar o 7 de Setembro e o bicentenário da República nos maiores espetáculos da Terra e da sua campanha à reeleição, Jair Bolsonaro criou um problemão para a prefeitura do Rio e uma saia-justa para as Forças Armadas, particularmente o Exército. Mas não foi só isso. Mais uma vez, gerou enorme constrangimento para países amigos do Brasil.

As forças navais do Brasil e de 18 outros países das Américas estão no País para participar da Operação Unitas, exercício conjunto que vem desde 1960 e, neste ano, justamente ano eleitoral, ocorre no Brasil, a partir do Rio. E agora? Os países discutem nos bastidores se vão ou não reforçar o bicentenário da independência brasileira, o que corresponde a dar mais visibilidade à campanha de Bolsonaro.

Setembro chegou com Bolsonaro atrás nas pesquisas. Foto: Albari Rosa/AFP

São 5,5 mil militares, 20 navios de guerra, um submarino e 21 aeronaves que fazem a alegria das famílias e serão chamariz para a campanha. A operação começa oficialmente no dia seguinte, mas muitos países participarão do 7 de Setembro/bicentenário e um dos mais importantes, senão o mais, os EUA, faz suspense. “Duvido que isso mude a opinião do eleitor que não decidiu em quem votar”, diz um diplomata de um dos 18 países.

O problema são os países amigos serem usados grosseiramente não para manobras militares, mas para manobras eleitoreiras de um presidente que já convidou embaixadores estrangeiros para servir de figurantes naquela cena lamentável em que ele achincalhou o sistema eleitoral, o TSE e ministros do STF, ao vivo e em cores. Navios e aviões estrangeiros serão, certamente, um chamariz para o ato de campanha bolsonarista.

Nas Forças Armadas brasileiras, imagine-se o espanto quando o presidente se dispôs a exigir que a parada do 7 de Setembro seja na Praia de Copacabana. O jeito para nem desobedecer a Bolsonaro nem cumprir ordem absurda foi cancelar a parada no centro e quebrar um galho em Copacabana.

Setembro chegou com Bolsonaro atrás nas pesquisas, acossado pela compra de 107 imóveis por familiares, 51 deles em dinheiro vivo. Para tentar confundir a galera, diz que a maioria dos imóveis era do ex-cunhado, mas eram só oito, dentro do esquema. E alegou que “moeda corrente não é dinheiro vivo”, mas, sim, a moeda do País, atualmente, o real. Ah, sei!

Como Bolsonaro torrou todos os cartuchos e não atingiu o alvo – encostar ou superar Lula (PT) –, ele vai partir para a ignorância. Exigir um 7 de Setembro e um bicentenário da independência em Copacabana é parte disso. Tem mais: os canhões de fake news estão voltados para o favorito nas pesquisas. Mas Lula ganhou munição numa área-chave: a corrupção.

Com sua obsessão em transformar o 7 de Setembro e o bicentenário da República nos maiores espetáculos da Terra e da sua campanha à reeleição, Jair Bolsonaro criou um problemão para a prefeitura do Rio e uma saia-justa para as Forças Armadas, particularmente o Exército. Mas não foi só isso. Mais uma vez, gerou enorme constrangimento para países amigos do Brasil.

As forças navais do Brasil e de 18 outros países das Américas estão no País para participar da Operação Unitas, exercício conjunto que vem desde 1960 e, neste ano, justamente ano eleitoral, ocorre no Brasil, a partir do Rio. E agora? Os países discutem nos bastidores se vão ou não reforçar o bicentenário da independência brasileira, o que corresponde a dar mais visibilidade à campanha de Bolsonaro.

Setembro chegou com Bolsonaro atrás nas pesquisas. Foto: Albari Rosa/AFP

São 5,5 mil militares, 20 navios de guerra, um submarino e 21 aeronaves que fazem a alegria das famílias e serão chamariz para a campanha. A operação começa oficialmente no dia seguinte, mas muitos países participarão do 7 de Setembro/bicentenário e um dos mais importantes, senão o mais, os EUA, faz suspense. “Duvido que isso mude a opinião do eleitor que não decidiu em quem votar”, diz um diplomata de um dos 18 países.

O problema são os países amigos serem usados grosseiramente não para manobras militares, mas para manobras eleitoreiras de um presidente que já convidou embaixadores estrangeiros para servir de figurantes naquela cena lamentável em que ele achincalhou o sistema eleitoral, o TSE e ministros do STF, ao vivo e em cores. Navios e aviões estrangeiros serão, certamente, um chamariz para o ato de campanha bolsonarista.

Nas Forças Armadas brasileiras, imagine-se o espanto quando o presidente se dispôs a exigir que a parada do 7 de Setembro seja na Praia de Copacabana. O jeito para nem desobedecer a Bolsonaro nem cumprir ordem absurda foi cancelar a parada no centro e quebrar um galho em Copacabana.

Setembro chegou com Bolsonaro atrás nas pesquisas, acossado pela compra de 107 imóveis por familiares, 51 deles em dinheiro vivo. Para tentar confundir a galera, diz que a maioria dos imóveis era do ex-cunhado, mas eram só oito, dentro do esquema. E alegou que “moeda corrente não é dinheiro vivo”, mas, sim, a moeda do País, atualmente, o real. Ah, sei!

Como Bolsonaro torrou todos os cartuchos e não atingiu o alvo – encostar ou superar Lula (PT) –, ele vai partir para a ignorância. Exigir um 7 de Setembro e um bicentenário da independência em Copacabana é parte disso. Tem mais: os canhões de fake news estão voltados para o favorito nas pesquisas. Mas Lula ganhou munição numa área-chave: a corrupção.

Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e da GloboNews

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