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Opinião|Varredura no Supremo


A Polícia Federal realizará, neste final de semana, varreduras em telefones e gabinetes da presidente do Supremo Tribunal Federal, Carmen Lúcia, de todos os ministros que assim desejarem e de todo o terceiro andar do prédio, que fica na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Por Eliane Cantanhêde

O pedido foi feita pela ministra Carmen Lúcia ao diretor geral da PF, Leandro Daiello, e reflete o clima de tensão, desconfiança e irritação que tomou conta de Brasília, por causa da crise política e do avanço das investigações sobre chamados "figurões" da República.

Um dos motivos da decisão foi a informação de que a Agência Brasileira de Informações (Abin) estaria grampeando os telefones do ministro Luis Edson Fachin, relator da Lava Jato. Apesar de o presidente Michel Temer ter telefonado para Carmen Lúcia desmentindo que tenha pedido ou autorizado tal grampo, a presidente do STF soltou uma nota contundente em defesa da instituição.

"É inadmissível a prática de gravíssimo crime contra o Supremo Tribunal Federal, contra a Democracia e contra as liberdades, se confirmada informação de devassa ilegal da vida de um de seus integrantes", escreveu. "Própria de ditaduras (...), mais gravosa é ela se voltada contra a responsável atuação de um juiz, sendo absolutamente inaceitável numa República Democrática."

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Quem considerou a nota excessivamente dura alegou que a notícia, publicada na imprensa, não havia sido confirmada. Mas houve quem considerasse o contrário, que poderia ser mais dura ainda, já que havia todos os indícios de que o telefone de Fachin fora, sim, grampeado. Agora, o pedido de varredura nos telefones do STF é interpretado como uma confirmação de que houve grampo mesmo, e que Carmen Lúcia sabe disso.

Além do grampo nos telefones de Fachin, dois outros episódios serviram para a decisão de fazer a varredura no Supremo: o grampo encontrado (e nunca admitido) na Procuradoria Geral da República e a tentativa de aproveitar as investigações sobre o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) para tentar encontrar algo eventualmente comprometedor contra o ministro do próprio STF Gilmar Mendes.

Havia três formas de fazer a varredura dos telefones e gabinetes do Supremo: pela PF, por uma agência privada especializada nesse trabalho ou a pela própria Polícia Judiciária que, aliás, é chefiada por uma delegada federal. Em conversas com outros ministros, Carmen Lúcia decidiu pedir que a PF assumisse a tarefa.

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O pedido foi feita pela ministra Carmen Lúcia ao diretor geral da PF, Leandro Daiello, e reflete o clima de tensão, desconfiança e irritação que tomou conta de Brasília, por causa da crise política e do avanço das investigações sobre chamados "figurões" da República.

Um dos motivos da decisão foi a informação de que a Agência Brasileira de Informações (Abin) estaria grampeando os telefones do ministro Luis Edson Fachin, relator da Lava Jato. Apesar de o presidente Michel Temer ter telefonado para Carmen Lúcia desmentindo que tenha pedido ou autorizado tal grampo, a presidente do STF soltou uma nota contundente em defesa da instituição.

"É inadmissível a prática de gravíssimo crime contra o Supremo Tribunal Federal, contra a Democracia e contra as liberdades, se confirmada informação de devassa ilegal da vida de um de seus integrantes", escreveu. "Própria de ditaduras (...), mais gravosa é ela se voltada contra a responsável atuação de um juiz, sendo absolutamente inaceitável numa República Democrática."

Quem considerou a nota excessivamente dura alegou que a notícia, publicada na imprensa, não havia sido confirmada. Mas houve quem considerasse o contrário, que poderia ser mais dura ainda, já que havia todos os indícios de que o telefone de Fachin fora, sim, grampeado. Agora, o pedido de varredura nos telefones do STF é interpretado como uma confirmação de que houve grampo mesmo, e que Carmen Lúcia sabe disso.

Além do grampo nos telefones de Fachin, dois outros episódios serviram para a decisão de fazer a varredura no Supremo: o grampo encontrado (e nunca admitido) na Procuradoria Geral da República e a tentativa de aproveitar as investigações sobre o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) para tentar encontrar algo eventualmente comprometedor contra o ministro do próprio STF Gilmar Mendes.

Havia três formas de fazer a varredura dos telefones e gabinetes do Supremo: pela PF, por uma agência privada especializada nesse trabalho ou a pela própria Polícia Judiciária que, aliás, é chefiada por uma delegada federal. Em conversas com outros ministros, Carmen Lúcia decidiu pedir que a PF assumisse a tarefa.

 

O pedido foi feita pela ministra Carmen Lúcia ao diretor geral da PF, Leandro Daiello, e reflete o clima de tensão, desconfiança e irritação que tomou conta de Brasília, por causa da crise política e do avanço das investigações sobre chamados "figurões" da República.

Um dos motivos da decisão foi a informação de que a Agência Brasileira de Informações (Abin) estaria grampeando os telefones do ministro Luis Edson Fachin, relator da Lava Jato. Apesar de o presidente Michel Temer ter telefonado para Carmen Lúcia desmentindo que tenha pedido ou autorizado tal grampo, a presidente do STF soltou uma nota contundente em defesa da instituição.

"É inadmissível a prática de gravíssimo crime contra o Supremo Tribunal Federal, contra a Democracia e contra as liberdades, se confirmada informação de devassa ilegal da vida de um de seus integrantes", escreveu. "Própria de ditaduras (...), mais gravosa é ela se voltada contra a responsável atuação de um juiz, sendo absolutamente inaceitável numa República Democrática."

Quem considerou a nota excessivamente dura alegou que a notícia, publicada na imprensa, não havia sido confirmada. Mas houve quem considerasse o contrário, que poderia ser mais dura ainda, já que havia todos os indícios de que o telefone de Fachin fora, sim, grampeado. Agora, o pedido de varredura nos telefones do STF é interpretado como uma confirmação de que houve grampo mesmo, e que Carmen Lúcia sabe disso.

Além do grampo nos telefones de Fachin, dois outros episódios serviram para a decisão de fazer a varredura no Supremo: o grampo encontrado (e nunca admitido) na Procuradoria Geral da República e a tentativa de aproveitar as investigações sobre o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) para tentar encontrar algo eventualmente comprometedor contra o ministro do próprio STF Gilmar Mendes.

Havia três formas de fazer a varredura dos telefones e gabinetes do Supremo: pela PF, por uma agência privada especializada nesse trabalho ou a pela própria Polícia Judiciária que, aliás, é chefiada por uma delegada federal. Em conversas com outros ministros, Carmen Lúcia decidiu pedir que a PF assumisse a tarefa.

 

O pedido foi feita pela ministra Carmen Lúcia ao diretor geral da PF, Leandro Daiello, e reflete o clima de tensão, desconfiança e irritação que tomou conta de Brasília, por causa da crise política e do avanço das investigações sobre chamados "figurões" da República.

Um dos motivos da decisão foi a informação de que a Agência Brasileira de Informações (Abin) estaria grampeando os telefones do ministro Luis Edson Fachin, relator da Lava Jato. Apesar de o presidente Michel Temer ter telefonado para Carmen Lúcia desmentindo que tenha pedido ou autorizado tal grampo, a presidente do STF soltou uma nota contundente em defesa da instituição.

"É inadmissível a prática de gravíssimo crime contra o Supremo Tribunal Federal, contra a Democracia e contra as liberdades, se confirmada informação de devassa ilegal da vida de um de seus integrantes", escreveu. "Própria de ditaduras (...), mais gravosa é ela se voltada contra a responsável atuação de um juiz, sendo absolutamente inaceitável numa República Democrática."

Quem considerou a nota excessivamente dura alegou que a notícia, publicada na imprensa, não havia sido confirmada. Mas houve quem considerasse o contrário, que poderia ser mais dura ainda, já que havia todos os indícios de que o telefone de Fachin fora, sim, grampeado. Agora, o pedido de varredura nos telefones do STF é interpretado como uma confirmação de que houve grampo mesmo, e que Carmen Lúcia sabe disso.

Além do grampo nos telefones de Fachin, dois outros episódios serviram para a decisão de fazer a varredura no Supremo: o grampo encontrado (e nunca admitido) na Procuradoria Geral da República e a tentativa de aproveitar as investigações sobre o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) para tentar encontrar algo eventualmente comprometedor contra o ministro do próprio STF Gilmar Mendes.

Havia três formas de fazer a varredura dos telefones e gabinetes do Supremo: pela PF, por uma agência privada especializada nesse trabalho ou a pela própria Polícia Judiciária que, aliás, é chefiada por uma delegada federal. Em conversas com outros ministros, Carmen Lúcia decidiu pedir que a PF assumisse a tarefa.

 

Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e do telejornal GloboNews em Pauta

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