O empresário Elon Musk, novo chefe do Twitter, afirmou neste domingo, 6, que vai examinar supostos casos de censura na plataforma contra influenciadores e políticos do Brasil. O comentarista da rádio Jovem Pan Paulo Figueiredo Filho marcou o bilionário em uma publicação reclamando da falta de liberdade de expressão no País, citando contas que foram derrubadas por decisão da Justiça. Musk respondeu: “Vou dar uma olhada nisso”.
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) alegam censura por parte das redes sociais, que, obedecendo a decisões judiciais ou por iniciativa própria, suspendem perfis de aliados do chefe do Executivo. Recentemente, o deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL) teve suas contas do Twitter e do Instagram suspensas após disseminar informações falsas sobre a segurança das urnas eletrônicas transmitidas em uma live de um canal um argentino que, como mostrou o Estadão, distorcia informações sobre o sistema eletrônico de votação.
Antes, no mesmo “fio” de tuítes, uma brasileira listou outras contas de direita que foram restringidas no Twitter, como a do deputado federal Daniel Silveira (PTB), do cantor Zezé di Camargo, do empresário Luciano Hang, do blogueiro Allan dos Santos, entre outras.
No fim de semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal colha depoimento do economista Marcos Cintra (União Brasil), ex-secretário da Receita Federal, após ele ter levantado suspeitas sobre as urnas eletrônicas e o resultado das eleições presidenciais nas redes sociais. Moraes ainda proibiu o economista de publicar o que chamou de “notícias fraudulentas” a respeito das eleições.
Na sua publicação, Cintra levanta dúvidas sobre o resultado das urnas que deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), citando informações falsas que, segundo sua conferência, há “centenas” de urnas sem nenhum voto no presidente Jair Bolsonaro. Cintra ainda disse que não admite que o “TSE seja cúmplice”.