O candidato ao governo de São Paulo pelo PDT, Elvis Cezar, criticou a gestão atual do Estado no quesito da segurança pública e afirmou que, se eleito, pretende investir na contratação de mais policiais militares. A declaração foi realizada durante a manhã desta quarta-feira, 17, na , na sabatina promovida pelo Estadão com a FAAP.
Cezar ainda afirmou ter votado no atual presidente, Jair Bolsonaro (PL) em 2018, mas que agora é contra voto de ‘exceção’ e apoia o colega de partido, Ciro Gomes, à uma vaga no Palácio do Planalto. ”A polícia civil nunca teve uma precarização tão grande e ausência de profissionais”, afirmou Ceza. “Esse negócio de ter professor e policial adversário do Estado é só para governo que não tem sabedoria”, disse.
“Quem aqui acha razoável uma cidade com um milhão e meio de habitantes como Guarulhos ter apenas uma delegacia de plantão? Está errado isso”, afirmou o candidato, ao listar suas propostas para a área, que se concentram no aumento da contratação de pessoal e na implementação de tecnologias e no centro de controle de indicadores. Ele ainda criticou o valor do aumento concedido à categoria no fim da gestão de João Doria (PSDB), que, segundo ele, deveria ter elevado mais o reajuste.
Cezar ainda citou uma proposta voltada para o público feminino, que seria a ‘tornozeleira lilás”, a ser usada por homens condenados por agressão à mulheres ou violência doméstica.”Esses canalhas vão ter vergonha de andar com tornozeleira liás porque todo mundo vai saber quem são os agressores de mulheres”, disse. O candidato do PDT também declarou ser a favor das câmeras nos uniformes dos policiais e prometeu mantê-las, mas argumentou que esse “não é o maior problema” da corporação.
O pedetista defendeu, ainda, que as políticas públicas para aumentar a segurança tenham foco nas periferias, sendo implementadas primeiro nos bairros menos centrais, e incluam o aumento da oferta de educação. Quanto à cracolândia, o candidato afirmou que o acolhimento dos dependentes químicos será feito com “acompanhamento, inteligência e segurança dos profissionais”, além da formulação de políticas de assistência social e saúde.O pedetista defendeu a realização de um chamamento público em colaboração com clínicas de recuperação.
“Vamos utilizar todas as vagas nesse chamamento, e a partir daí, vamos tirando essas pessoas e levando para as clínicas, onde vamos curá-las e profissionalizadas”.Elvis também defendeu incentivo à contratação de ex-dependentes químicos, com bônus para as empresas que o fizerem.
Questionado sobre a cassação de seus mandatos como vereador e prefeito de Santana de Parnaíba, em 2012 e 2013, respectivamente, Cezar disse ser “totalmente a favor da Lei da Ficha Limpa” e argumentou que o processo que resultou em seu afastamento da Câmara municipal resultou de fraude.
Ele perdeu o mandato de vereador por quebra de decoro parlamentar, e de prefeito por causa da Lei da Ficha Limpa. Na ocasião, como gestor da cidade, ele substituía seu pai, o ex-prefeito Antônio da Rocha Marmo, também cassado.