BRASÍLIA - Na sessão solene que marcou a abertura do Ano Judiciário de 2018, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, destacou a necessidade de isonomia na aplicação da lei e comentou sobre o cenário de tensões políticas “exacerbadas”.
+ É inadmissível e inaceitável desacatar a Justiça, diz Cármen em abertura do ano Judiciário
“Não podemos nos envolver na turbulência política, nem ignorá-las”, disse o presidente da OAB em relação à classe dos advogados, ao discursar depois da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia.
“Justiça é Justiça, política é política”, frisou Lamachia, afirmando que a independência do judiciário é o “pilar do estado democrático de direito”, e que, em meio as crises, esse fundamento é posto a prova, e desafiado pela retórica “irresponsável dos grupos políticos” epelo “desespero dos que não têm o hábito de prestar contas de seus atos à sociedade”.
+ Revisar prisão após 2ª instância por Lula seria apequenar STF, diz Cármen Lúcia
O presidente da OAB ainda afirmou que, apesar dos pesares e momentos difíceis do processo evolutivo, o Brasil vive um desses ciclos vitais. “A força da serenidade há de ser o toque fundamental. A advocacia brasileira sabe e tem consciência das suas responsabilidades”, frisou Lamachia.
A solenidade, que começou com 35 minutos de atraso, reuniu a cúpula dos três poderes, contando com as presenças do presidente Michel Temer e dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).