Em meio a previsão de novo temporal, Nunes suspende agenda de campanha e intensifica críticas à Enel


Prefeito cancelou, na madrugada desta quarta-feira, participação em debate que iria ocorrer no meio da manhã; Nunes reforça estratégia de responsabilizar governo federal e critica Guilherme Boulos (PSOL) por explorar tema em campanha

Por Bianca Gomes e Pedro Augusto Figueiredo
Atualização:

Em alerta com a previsão de um novo temporal nesta sexta-feira, 18, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) suspendeu suas agendas de campanha e endureceu o discurso contra a Enel, levando as críticas à empresa para o horário eleitoral e para as redes sociais. O prefeito, que teme um desgaste eleitoral em função das chuvas, também reforçou a estratégia de responsabilizar o governo federal pela crise envolvendo a concessionária privada de energia.

Na madrugada desta quarta-feira, 17, o prefeito cancelou a participação em um debate com seu concorrente, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), alegando que terá que participar de uma reunião extraordinária no Palácio dos Bandeirantes, com concessionárias de energia.

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Desde segunda-feira, 14, a campanha do emedebista impulsionou nove anúncios no Facebook e no Instagram sobre o tema. São cortes do debate da Band onde Nunes se coloca contra a Enel, cobra o governo federal, se solidariza com os afetados pelo apagão e diz que Guilherme Boulos (PSOL), como deputado federal, poderia ter proposto mudanças na legislação para dar poder à Prefeitura de fiscalizar e multar a empresa.

“Guilherme Boulos, você precisa explicar por que você sequer, como deputado federal, fez alguma sugestão de alteração da lei federal. A lei federal diz que as concessões de energia elétrica cabem ao governo federal, que não fez nada. Se tivesse tirado a Enel a gente não teria tido esse problema pela terceira vez”, diz Nunes no vídeo veiculado em um dos anúncios. Somados, os impulsionamentos alcançaram 1,3 milhões de contas.

Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nuns (MDB) em debate no segundo turno  Foto: Taba Benedicto/Estadão
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Nos últimos dias, no horário eleitoral, a campanha de Nunes acusou Boulos de se “promover” com a tragédia, enquanto o atual prefeito “trabalha”. As inserções mostram Nunes na central de monitoramento onde foi instituído um comitê de crise.

“Sabe o que é triste? Com tanta luta, com tanto sofrimento do nosso povo, a gente vê, infelizmente, um candidato lacrar na internet. Querer usar a dor do povo para ficar fazendo videozinho. E eu aqui, trabalhando com a minha equipe, na rua, virando a madrugada”, afirma Nunes em um dos vídeos, destacando que entrou com ação judicial contra a Enel. Em outra inserção, a campanha do prefeito reforça que a Enel é responsabilidade da União.

Em vídeos publicados nas suas redes sociais, o prefeito acusa o governo Lula (PT) de “passar pano” para a Enel e diz que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), queria renovar com a empresa. Silveira rebateu dizendo que o prefeito lançou uma fake news. Em outra publicação, o prefeito questiona: “Cadê o interventor na Enel, Lula?”.

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Boulos tem apostado suas fichas no desgaste do prefeito com o apagão. A sua propaganda no horário eleitoral desta quarta-feira diz que São Paulo não pode ficar mais quatro anos “nas mãos de um prefeito tão apagado”, usando um trocadilho. “Se o Ricardo não dá conta nem de podar as árvores da cidade, tá na hora de podar o Ricardo”, diz o locutor.

Levantamento realizado pela consultoria Fatto Inteligência Política aponta que Nunes ganhou no primeiro turno em quatro dos bairros mais impactados pelo apagão, enquanto outros três locais deram a vitória a Boulos.

“Os bairros mais atingidos pelo blackout estão concentrados no centro-sul da capital paulista. Desses, Ricardo Nunes venceu no Jabaquara, Pedreira, Santo Amaro e Socorro, enquanto Boulos venceu no Campo Limpo, Jardim São Luís e em Pinheiros”, diz relatório enviado aos clientes.

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A consultoria aponta ainda que os bairros onde Pablo Marçal (PRTB) foi mais votado, que em tese seriam os locais mais visados no segundo turno pelos candidatos do MDB e do PSOL, foram menos impactados pela falta de energia elétrica.

Como mostrou o Estadão, a campanha de Nunes avalia que o apagão do último final de semana terá efeitos eleitorais limitados porque entende que o prefeito conseguiu transmitir a mensagem que parte do problema é responsabilidade federal, já que cabe à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) recomendar a caducidade do contrato e ao Ministério de Minas e Energia prosseguir com o eventual rompimento.

Há temor, no entanto, que um novo apagão possa mudar o cenário e prejudicar Nunes. O prefeito afirmou nesta quarta-feira, 16, que a previsão é de chuva na sexta-feira, 18, e no sábado, 19, mas ponderou que ainda não se sabe qual será a intensidade da precipitação.

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“Não temos, neste momento, confirmação pelo CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência da Prefeitura) de que terá, como foi colocado por algumas pessoas, a quantidade de chuva e de ventos (do registrado anteriormente) para sexta e sábado”, disse o prefeito.

Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta coloca Nunes com 12 pontos de vantagem sobre Boulos. Segundo o levantamento, o prefeito tem 45% das intenções de voto contra 33% do psolista. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. As entrevistas foram realizadas entre os dias 13 e 15 de outubro, o que significa que elas ocorreram enquanto parte da população ainda sofria as consequências do apagão.

Em alerta com a previsão de um novo temporal nesta sexta-feira, 18, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) suspendeu suas agendas de campanha e endureceu o discurso contra a Enel, levando as críticas à empresa para o horário eleitoral e para as redes sociais. O prefeito, que teme um desgaste eleitoral em função das chuvas, também reforçou a estratégia de responsabilizar o governo federal pela crise envolvendo a concessionária privada de energia.

Na madrugada desta quarta-feira, 17, o prefeito cancelou a participação em um debate com seu concorrente, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), alegando que terá que participar de uma reunião extraordinária no Palácio dos Bandeirantes, com concessionárias de energia.

Desde segunda-feira, 14, a campanha do emedebista impulsionou nove anúncios no Facebook e no Instagram sobre o tema. São cortes do debate da Band onde Nunes se coloca contra a Enel, cobra o governo federal, se solidariza com os afetados pelo apagão e diz que Guilherme Boulos (PSOL), como deputado federal, poderia ter proposto mudanças na legislação para dar poder à Prefeitura de fiscalizar e multar a empresa.

“Guilherme Boulos, você precisa explicar por que você sequer, como deputado federal, fez alguma sugestão de alteração da lei federal. A lei federal diz que as concessões de energia elétrica cabem ao governo federal, que não fez nada. Se tivesse tirado a Enel a gente não teria tido esse problema pela terceira vez”, diz Nunes no vídeo veiculado em um dos anúncios. Somados, os impulsionamentos alcançaram 1,3 milhões de contas.

Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nuns (MDB) em debate no segundo turno  Foto: Taba Benedicto/Estadão

Nos últimos dias, no horário eleitoral, a campanha de Nunes acusou Boulos de se “promover” com a tragédia, enquanto o atual prefeito “trabalha”. As inserções mostram Nunes na central de monitoramento onde foi instituído um comitê de crise.

“Sabe o que é triste? Com tanta luta, com tanto sofrimento do nosso povo, a gente vê, infelizmente, um candidato lacrar na internet. Querer usar a dor do povo para ficar fazendo videozinho. E eu aqui, trabalhando com a minha equipe, na rua, virando a madrugada”, afirma Nunes em um dos vídeos, destacando que entrou com ação judicial contra a Enel. Em outra inserção, a campanha do prefeito reforça que a Enel é responsabilidade da União.

Em vídeos publicados nas suas redes sociais, o prefeito acusa o governo Lula (PT) de “passar pano” para a Enel e diz que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), queria renovar com a empresa. Silveira rebateu dizendo que o prefeito lançou uma fake news. Em outra publicação, o prefeito questiona: “Cadê o interventor na Enel, Lula?”.

Boulos tem apostado suas fichas no desgaste do prefeito com o apagão. A sua propaganda no horário eleitoral desta quarta-feira diz que São Paulo não pode ficar mais quatro anos “nas mãos de um prefeito tão apagado”, usando um trocadilho. “Se o Ricardo não dá conta nem de podar as árvores da cidade, tá na hora de podar o Ricardo”, diz o locutor.

Levantamento realizado pela consultoria Fatto Inteligência Política aponta que Nunes ganhou no primeiro turno em quatro dos bairros mais impactados pelo apagão, enquanto outros três locais deram a vitória a Boulos.

“Os bairros mais atingidos pelo blackout estão concentrados no centro-sul da capital paulista. Desses, Ricardo Nunes venceu no Jabaquara, Pedreira, Santo Amaro e Socorro, enquanto Boulos venceu no Campo Limpo, Jardim São Luís e em Pinheiros”, diz relatório enviado aos clientes.

A consultoria aponta ainda que os bairros onde Pablo Marçal (PRTB) foi mais votado, que em tese seriam os locais mais visados no segundo turno pelos candidatos do MDB e do PSOL, foram menos impactados pela falta de energia elétrica.

Como mostrou o Estadão, a campanha de Nunes avalia que o apagão do último final de semana terá efeitos eleitorais limitados porque entende que o prefeito conseguiu transmitir a mensagem que parte do problema é responsabilidade federal, já que cabe à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) recomendar a caducidade do contrato e ao Ministério de Minas e Energia prosseguir com o eventual rompimento.

Há temor, no entanto, que um novo apagão possa mudar o cenário e prejudicar Nunes. O prefeito afirmou nesta quarta-feira, 16, que a previsão é de chuva na sexta-feira, 18, e no sábado, 19, mas ponderou que ainda não se sabe qual será a intensidade da precipitação.

“Não temos, neste momento, confirmação pelo CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência da Prefeitura) de que terá, como foi colocado por algumas pessoas, a quantidade de chuva e de ventos (do registrado anteriormente) para sexta e sábado”, disse o prefeito.

Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta coloca Nunes com 12 pontos de vantagem sobre Boulos. Segundo o levantamento, o prefeito tem 45% das intenções de voto contra 33% do psolista. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. As entrevistas foram realizadas entre os dias 13 e 15 de outubro, o que significa que elas ocorreram enquanto parte da população ainda sofria as consequências do apagão.

Em alerta com a previsão de um novo temporal nesta sexta-feira, 18, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) suspendeu suas agendas de campanha e endureceu o discurso contra a Enel, levando as críticas à empresa para o horário eleitoral e para as redes sociais. O prefeito, que teme um desgaste eleitoral em função das chuvas, também reforçou a estratégia de responsabilizar o governo federal pela crise envolvendo a concessionária privada de energia.

Na madrugada desta quarta-feira, 17, o prefeito cancelou a participação em um debate com seu concorrente, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), alegando que terá que participar de uma reunião extraordinária no Palácio dos Bandeirantes, com concessionárias de energia.

Desde segunda-feira, 14, a campanha do emedebista impulsionou nove anúncios no Facebook e no Instagram sobre o tema. São cortes do debate da Band onde Nunes se coloca contra a Enel, cobra o governo federal, se solidariza com os afetados pelo apagão e diz que Guilherme Boulos (PSOL), como deputado federal, poderia ter proposto mudanças na legislação para dar poder à Prefeitura de fiscalizar e multar a empresa.

“Guilherme Boulos, você precisa explicar por que você sequer, como deputado federal, fez alguma sugestão de alteração da lei federal. A lei federal diz que as concessões de energia elétrica cabem ao governo federal, que não fez nada. Se tivesse tirado a Enel a gente não teria tido esse problema pela terceira vez”, diz Nunes no vídeo veiculado em um dos anúncios. Somados, os impulsionamentos alcançaram 1,3 milhões de contas.

Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nuns (MDB) em debate no segundo turno  Foto: Taba Benedicto/Estadão

Nos últimos dias, no horário eleitoral, a campanha de Nunes acusou Boulos de se “promover” com a tragédia, enquanto o atual prefeito “trabalha”. As inserções mostram Nunes na central de monitoramento onde foi instituído um comitê de crise.

“Sabe o que é triste? Com tanta luta, com tanto sofrimento do nosso povo, a gente vê, infelizmente, um candidato lacrar na internet. Querer usar a dor do povo para ficar fazendo videozinho. E eu aqui, trabalhando com a minha equipe, na rua, virando a madrugada”, afirma Nunes em um dos vídeos, destacando que entrou com ação judicial contra a Enel. Em outra inserção, a campanha do prefeito reforça que a Enel é responsabilidade da União.

Em vídeos publicados nas suas redes sociais, o prefeito acusa o governo Lula (PT) de “passar pano” para a Enel e diz que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), queria renovar com a empresa. Silveira rebateu dizendo que o prefeito lançou uma fake news. Em outra publicação, o prefeito questiona: “Cadê o interventor na Enel, Lula?”.

Boulos tem apostado suas fichas no desgaste do prefeito com o apagão. A sua propaganda no horário eleitoral desta quarta-feira diz que São Paulo não pode ficar mais quatro anos “nas mãos de um prefeito tão apagado”, usando um trocadilho. “Se o Ricardo não dá conta nem de podar as árvores da cidade, tá na hora de podar o Ricardo”, diz o locutor.

Levantamento realizado pela consultoria Fatto Inteligência Política aponta que Nunes ganhou no primeiro turno em quatro dos bairros mais impactados pelo apagão, enquanto outros três locais deram a vitória a Boulos.

“Os bairros mais atingidos pelo blackout estão concentrados no centro-sul da capital paulista. Desses, Ricardo Nunes venceu no Jabaquara, Pedreira, Santo Amaro e Socorro, enquanto Boulos venceu no Campo Limpo, Jardim São Luís e em Pinheiros”, diz relatório enviado aos clientes.

A consultoria aponta ainda que os bairros onde Pablo Marçal (PRTB) foi mais votado, que em tese seriam os locais mais visados no segundo turno pelos candidatos do MDB e do PSOL, foram menos impactados pela falta de energia elétrica.

Como mostrou o Estadão, a campanha de Nunes avalia que o apagão do último final de semana terá efeitos eleitorais limitados porque entende que o prefeito conseguiu transmitir a mensagem que parte do problema é responsabilidade federal, já que cabe à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) recomendar a caducidade do contrato e ao Ministério de Minas e Energia prosseguir com o eventual rompimento.

Há temor, no entanto, que um novo apagão possa mudar o cenário e prejudicar Nunes. O prefeito afirmou nesta quarta-feira, 16, que a previsão é de chuva na sexta-feira, 18, e no sábado, 19, mas ponderou que ainda não se sabe qual será a intensidade da precipitação.

“Não temos, neste momento, confirmação pelo CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência da Prefeitura) de que terá, como foi colocado por algumas pessoas, a quantidade de chuva e de ventos (do registrado anteriormente) para sexta e sábado”, disse o prefeito.

Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta coloca Nunes com 12 pontos de vantagem sobre Boulos. Segundo o levantamento, o prefeito tem 45% das intenções de voto contra 33% do psolista. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. As entrevistas foram realizadas entre os dias 13 e 15 de outubro, o que significa que elas ocorreram enquanto parte da população ainda sofria as consequências do apagão.

Em alerta com a previsão de um novo temporal nesta sexta-feira, 18, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) suspendeu suas agendas de campanha e endureceu o discurso contra a Enel, levando as críticas à empresa para o horário eleitoral e para as redes sociais. O prefeito, que teme um desgaste eleitoral em função das chuvas, também reforçou a estratégia de responsabilizar o governo federal pela crise envolvendo a concessionária privada de energia.

Na madrugada desta quarta-feira, 17, o prefeito cancelou a participação em um debate com seu concorrente, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), alegando que terá que participar de uma reunião extraordinária no Palácio dos Bandeirantes, com concessionárias de energia.

Desde segunda-feira, 14, a campanha do emedebista impulsionou nove anúncios no Facebook e no Instagram sobre o tema. São cortes do debate da Band onde Nunes se coloca contra a Enel, cobra o governo federal, se solidariza com os afetados pelo apagão e diz que Guilherme Boulos (PSOL), como deputado federal, poderia ter proposto mudanças na legislação para dar poder à Prefeitura de fiscalizar e multar a empresa.

“Guilherme Boulos, você precisa explicar por que você sequer, como deputado federal, fez alguma sugestão de alteração da lei federal. A lei federal diz que as concessões de energia elétrica cabem ao governo federal, que não fez nada. Se tivesse tirado a Enel a gente não teria tido esse problema pela terceira vez”, diz Nunes no vídeo veiculado em um dos anúncios. Somados, os impulsionamentos alcançaram 1,3 milhões de contas.

Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nuns (MDB) em debate no segundo turno  Foto: Taba Benedicto/Estadão

Nos últimos dias, no horário eleitoral, a campanha de Nunes acusou Boulos de se “promover” com a tragédia, enquanto o atual prefeito “trabalha”. As inserções mostram Nunes na central de monitoramento onde foi instituído um comitê de crise.

“Sabe o que é triste? Com tanta luta, com tanto sofrimento do nosso povo, a gente vê, infelizmente, um candidato lacrar na internet. Querer usar a dor do povo para ficar fazendo videozinho. E eu aqui, trabalhando com a minha equipe, na rua, virando a madrugada”, afirma Nunes em um dos vídeos, destacando que entrou com ação judicial contra a Enel. Em outra inserção, a campanha do prefeito reforça que a Enel é responsabilidade da União.

Em vídeos publicados nas suas redes sociais, o prefeito acusa o governo Lula (PT) de “passar pano” para a Enel e diz que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), queria renovar com a empresa. Silveira rebateu dizendo que o prefeito lançou uma fake news. Em outra publicação, o prefeito questiona: “Cadê o interventor na Enel, Lula?”.

Boulos tem apostado suas fichas no desgaste do prefeito com o apagão. A sua propaganda no horário eleitoral desta quarta-feira diz que São Paulo não pode ficar mais quatro anos “nas mãos de um prefeito tão apagado”, usando um trocadilho. “Se o Ricardo não dá conta nem de podar as árvores da cidade, tá na hora de podar o Ricardo”, diz o locutor.

Levantamento realizado pela consultoria Fatto Inteligência Política aponta que Nunes ganhou no primeiro turno em quatro dos bairros mais impactados pelo apagão, enquanto outros três locais deram a vitória a Boulos.

“Os bairros mais atingidos pelo blackout estão concentrados no centro-sul da capital paulista. Desses, Ricardo Nunes venceu no Jabaquara, Pedreira, Santo Amaro e Socorro, enquanto Boulos venceu no Campo Limpo, Jardim São Luís e em Pinheiros”, diz relatório enviado aos clientes.

A consultoria aponta ainda que os bairros onde Pablo Marçal (PRTB) foi mais votado, que em tese seriam os locais mais visados no segundo turno pelos candidatos do MDB e do PSOL, foram menos impactados pela falta de energia elétrica.

Como mostrou o Estadão, a campanha de Nunes avalia que o apagão do último final de semana terá efeitos eleitorais limitados porque entende que o prefeito conseguiu transmitir a mensagem que parte do problema é responsabilidade federal, já que cabe à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) recomendar a caducidade do contrato e ao Ministério de Minas e Energia prosseguir com o eventual rompimento.

Há temor, no entanto, que um novo apagão possa mudar o cenário e prejudicar Nunes. O prefeito afirmou nesta quarta-feira, 16, que a previsão é de chuva na sexta-feira, 18, e no sábado, 19, mas ponderou que ainda não se sabe qual será a intensidade da precipitação.

“Não temos, neste momento, confirmação pelo CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência da Prefeitura) de que terá, como foi colocado por algumas pessoas, a quantidade de chuva e de ventos (do registrado anteriormente) para sexta e sábado”, disse o prefeito.

Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta coloca Nunes com 12 pontos de vantagem sobre Boulos. Segundo o levantamento, o prefeito tem 45% das intenções de voto contra 33% do psolista. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. As entrevistas foram realizadas entre os dias 13 e 15 de outubro, o que significa que elas ocorreram enquanto parte da população ainda sofria as consequências do apagão.

Em alerta com a previsão de um novo temporal nesta sexta-feira, 18, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) suspendeu suas agendas de campanha e endureceu o discurso contra a Enel, levando as críticas à empresa para o horário eleitoral e para as redes sociais. O prefeito, que teme um desgaste eleitoral em função das chuvas, também reforçou a estratégia de responsabilizar o governo federal pela crise envolvendo a concessionária privada de energia.

Na madrugada desta quarta-feira, 17, o prefeito cancelou a participação em um debate com seu concorrente, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), alegando que terá que participar de uma reunião extraordinária no Palácio dos Bandeirantes, com concessionárias de energia.

Desde segunda-feira, 14, a campanha do emedebista impulsionou nove anúncios no Facebook e no Instagram sobre o tema. São cortes do debate da Band onde Nunes se coloca contra a Enel, cobra o governo federal, se solidariza com os afetados pelo apagão e diz que Guilherme Boulos (PSOL), como deputado federal, poderia ter proposto mudanças na legislação para dar poder à Prefeitura de fiscalizar e multar a empresa.

“Guilherme Boulos, você precisa explicar por que você sequer, como deputado federal, fez alguma sugestão de alteração da lei federal. A lei federal diz que as concessões de energia elétrica cabem ao governo federal, que não fez nada. Se tivesse tirado a Enel a gente não teria tido esse problema pela terceira vez”, diz Nunes no vídeo veiculado em um dos anúncios. Somados, os impulsionamentos alcançaram 1,3 milhões de contas.

Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nuns (MDB) em debate no segundo turno  Foto: Taba Benedicto/Estadão

Nos últimos dias, no horário eleitoral, a campanha de Nunes acusou Boulos de se “promover” com a tragédia, enquanto o atual prefeito “trabalha”. As inserções mostram Nunes na central de monitoramento onde foi instituído um comitê de crise.

“Sabe o que é triste? Com tanta luta, com tanto sofrimento do nosso povo, a gente vê, infelizmente, um candidato lacrar na internet. Querer usar a dor do povo para ficar fazendo videozinho. E eu aqui, trabalhando com a minha equipe, na rua, virando a madrugada”, afirma Nunes em um dos vídeos, destacando que entrou com ação judicial contra a Enel. Em outra inserção, a campanha do prefeito reforça que a Enel é responsabilidade da União.

Em vídeos publicados nas suas redes sociais, o prefeito acusa o governo Lula (PT) de “passar pano” para a Enel e diz que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), queria renovar com a empresa. Silveira rebateu dizendo que o prefeito lançou uma fake news. Em outra publicação, o prefeito questiona: “Cadê o interventor na Enel, Lula?”.

Boulos tem apostado suas fichas no desgaste do prefeito com o apagão. A sua propaganda no horário eleitoral desta quarta-feira diz que São Paulo não pode ficar mais quatro anos “nas mãos de um prefeito tão apagado”, usando um trocadilho. “Se o Ricardo não dá conta nem de podar as árvores da cidade, tá na hora de podar o Ricardo”, diz o locutor.

Levantamento realizado pela consultoria Fatto Inteligência Política aponta que Nunes ganhou no primeiro turno em quatro dos bairros mais impactados pelo apagão, enquanto outros três locais deram a vitória a Boulos.

“Os bairros mais atingidos pelo blackout estão concentrados no centro-sul da capital paulista. Desses, Ricardo Nunes venceu no Jabaquara, Pedreira, Santo Amaro e Socorro, enquanto Boulos venceu no Campo Limpo, Jardim São Luís e em Pinheiros”, diz relatório enviado aos clientes.

A consultoria aponta ainda que os bairros onde Pablo Marçal (PRTB) foi mais votado, que em tese seriam os locais mais visados no segundo turno pelos candidatos do MDB e do PSOL, foram menos impactados pela falta de energia elétrica.

Como mostrou o Estadão, a campanha de Nunes avalia que o apagão do último final de semana terá efeitos eleitorais limitados porque entende que o prefeito conseguiu transmitir a mensagem que parte do problema é responsabilidade federal, já que cabe à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) recomendar a caducidade do contrato e ao Ministério de Minas e Energia prosseguir com o eventual rompimento.

Há temor, no entanto, que um novo apagão possa mudar o cenário e prejudicar Nunes. O prefeito afirmou nesta quarta-feira, 16, que a previsão é de chuva na sexta-feira, 18, e no sábado, 19, mas ponderou que ainda não se sabe qual será a intensidade da precipitação.

“Não temos, neste momento, confirmação pelo CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência da Prefeitura) de que terá, como foi colocado por algumas pessoas, a quantidade de chuva e de ventos (do registrado anteriormente) para sexta e sábado”, disse o prefeito.

Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta coloca Nunes com 12 pontos de vantagem sobre Boulos. Segundo o levantamento, o prefeito tem 45% das intenções de voto contra 33% do psolista. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. As entrevistas foram realizadas entre os dias 13 e 15 de outubro, o que significa que elas ocorreram enquanto parte da população ainda sofria as consequências do apagão.

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