Em sabatina, Boulos defende parecer no caso Janones e diz que Lula não errou no 1º de Maio


Pré-candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo disse que polarização na capital paulista é “inevitável”

Por Bianca Gomes
Atualização:

Pré-candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL-SP) defendeu nesta sexta-feira, 12, em sabatina promovida pelo site UOL e pelo jornal Folha de S. Paulo, o seu parecer no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados que pediu o arquivamento da representação contra o deputado federal André Janones (Avante-MG) pela suposta prática de “rachadinha”. Segundo o líder sem-teto, rachadinha é crime, “independente de quem faça”, “se for o Flávio Bolsonaro” ou o “Janones”, mas não se pode usar “dois pesos e duas medidas” no colegiado.

Deputado Federal, Guilherme Boulos, durante durante cerimônia promovida pelo governo federal de lançamento da pedra fundamental do Campus Zona Leste da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e do Campus Cidade Tiradentes do Instituto Federal de São Paulo, no Instituto das Cidades.  Foto: Ricardo Stuckert /Ricardo Stuckert / PR Ricardo Stuckert / PR

“Acredito, independente de quem faça, que rachadinha é crime. Se for o Flávio Bolsonaro é crime. O Janones, é crime. Quem quer que seja. O que eu não posso é usar dois pesos e duas medidas. Temos uma jurisprudência no Conselho de Ética da Câmara que diz o seguinte: o que ocorre antes do atual mandato como parlamentar não pode ser julgado. O que pode ser julgado é o que ocorre neste mandato”, disse Boulos, citando que deputados bolsonaristas que estimularam o 8 de janeiro não foram julgados pelo colegiado porque ainda não haviam tomado posse. “Se um critério é utilizado para os bolsonaristas, esse mesmo critério precisa ser usado para quem é do outro campo ideológico”, concluiu.

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Ainda que Boulos afirme que o fato ocorreu do começo do mandato, o Estadão mostrou que a gravação mostrando a suposta prática de rachadinha foi feita em 5 de fevereiro de 2019, um dia antes da sessão inaugural do Congresso.

Boulos também saiu em defesa do pedido de voto que o presidente Lula (PT) fez para a sua pré-candidatura no ato de 1º de Maio com as centrais sindicais, em São Paulo. Na ocasião, o petista fez um apelo para que seus eleitores votassem em Boulos para prefeito de São Paulo, o que é vedado pela legislação eleitoral. Apesar de Lula ter sido condenado a pagar uma multa de R$ 20 mil, como mostrou a Coluna do Estadão, o líder sem-teto disse que o aliado não errou.

“Não era um ato público de governo. Era das centrais sindicais. Ele (Lula) emitiu a posição dele de voto”, sustentou Boulos, que antes havia criticado o prefeito Ricardo Nunes (MDB), seu adversário na corrida eleitoral, por uso da máquina pública na pré-campanha. “Eu não acho que o presidente errou. Expressou a posição dele no 1º de Maio, num ato das centrais sindicais que não era um ato oficial de governo”, seguiu ele, ignorando que o evento chegou a ser transmitido no canal oficial da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que depois apagou o vídeo.

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Durante a sabatina, com duração de uma hora, Boulos repetiu sua principal estratégia de campanha de colar a imagem de Nunes à do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que a polarização da campanha municipal é “inevitável” e que a cidade precisa saber “quem apoia quem”. O líder sem-teto disse que o atual prefeito “vendeu a alma para o Bolsonaro” e está “refém do bolsonarismo”. “Essa é uma eleição sobre a cidade de São Paulo, com impacto nacional. Eu quero discutir os temas da cidade, mas é inevitável, ainda mais num País polarizado, a gente saber quem apoia quem.”

Ao comentar sobre sua vida pregressa, Boulos defendeu sua atuação de duas décadas no movimento por moradia, mas disse que amadureceu e aprendeu, no mandato como deputado federal, a conversar com quem pensa diferente. Ele negou, porém, que tenha “amolecido”.

“Antes, eu via uma situação de injustiça e reagia com raiva. O que eu aprendi ao longo do tempo é que às vezes essa não é a melhor maneira (de agir). Você vai ficar dando murro em ponta de faca e não é a forma mais eficiente. Às vezes, você tem que engolir, respirar e, tendo os mesmos princípios, agir de forma diferente, aprender a dialogar com quem pensa diferente. E eu aprendi a fazer isso no meu mandato”, discursou ele, citando que seus projetos de lei foram aprovados com o apoio de partidos como Republicanos, PSDB e União Brasil.

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Questionado se irá manter e ampliar a tarifa zero na cidade, uma bandeira histórica de seu partido, o PSOL, Boulos respondeu que é um defensor da medida, mas que ela só pode ser feita após acabar com a farra dos subsídios ao transporte público. Ele não deixou claro, porém, se irá manter o programa aos domingos implementado pela atual gestão.

Quando perguntado se é a favor da descriminalização da maconha, Boulos se restringiu a dizer que é a favor de “diferenciar usuário de traficante”. No passado, ele já defendeu a legalização da maconha, mas agora tem evitado falar sobre o tema para evitar desgastes com o eleitorado.

Em duas ocasiões, Boulos explorou a indicação do ex-comandante da Rota Ricardo Mello Araújo (PL) para ser vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes, outra estratégia que deve se repetir na campanha. Mello Araújo não era o nome de preferência do emedebista, mas foi escolhido após pressão de Bolsonaro. Boulos lembrou de uma declaração na qual o ex-coronel defendeu que a abordagem policial precisa ser diferente em bairros de elite e na periferia.

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Ao responder sobre a escolha do também ex-Rota Alexandre Gasparian para auxiliar no plano de governo da área de segurança pública, Boulos disse que o aliado ficou pouco tempo na Rota e atuou pela punição de policiais envolvidos em crimes.

Em duas ocasiões, Boulos explorou a indicação do ex-comandante da Rota Ricardo Mello Araújo (PL) para ser vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes, outra estratégia que deve se repetir na campanha. Mello Araújo não era o nome de preferência do emedebista, mas foi escolhido após pressão de Bolsonaro. Boulos lembrou de uma declaração na qual o ex-coronel defendeu que a abordagem policial precisa ser diferente em bairros de elite e na periferia.

Ao responder sobre a escolha do também ex-Rota Alexandre Gasparian para auxiliar no plano de governo da área de segurança pública, Boulos disse que o aliado ficou pouco tempo na Rota e atuou pela punição de policiais envolvidos em crimes.

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Pré-candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL-SP) defendeu nesta sexta-feira, 12, em sabatina promovida pelo site UOL e pelo jornal Folha de S. Paulo, o seu parecer no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados que pediu o arquivamento da representação contra o deputado federal André Janones (Avante-MG) pela suposta prática de “rachadinha”. Segundo o líder sem-teto, rachadinha é crime, “independente de quem faça”, “se for o Flávio Bolsonaro” ou o “Janones”, mas não se pode usar “dois pesos e duas medidas” no colegiado.

Deputado Federal, Guilherme Boulos, durante durante cerimônia promovida pelo governo federal de lançamento da pedra fundamental do Campus Zona Leste da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e do Campus Cidade Tiradentes do Instituto Federal de São Paulo, no Instituto das Cidades.  Foto: Ricardo Stuckert /Ricardo Stuckert / PR Ricardo Stuckert / PR

“Acredito, independente de quem faça, que rachadinha é crime. Se for o Flávio Bolsonaro é crime. O Janones, é crime. Quem quer que seja. O que eu não posso é usar dois pesos e duas medidas. Temos uma jurisprudência no Conselho de Ética da Câmara que diz o seguinte: o que ocorre antes do atual mandato como parlamentar não pode ser julgado. O que pode ser julgado é o que ocorre neste mandato”, disse Boulos, citando que deputados bolsonaristas que estimularam o 8 de janeiro não foram julgados pelo colegiado porque ainda não haviam tomado posse. “Se um critério é utilizado para os bolsonaristas, esse mesmo critério precisa ser usado para quem é do outro campo ideológico”, concluiu.

Ainda que Boulos afirme que o fato ocorreu do começo do mandato, o Estadão mostrou que a gravação mostrando a suposta prática de rachadinha foi feita em 5 de fevereiro de 2019, um dia antes da sessão inaugural do Congresso.

Boulos também saiu em defesa do pedido de voto que o presidente Lula (PT) fez para a sua pré-candidatura no ato de 1º de Maio com as centrais sindicais, em São Paulo. Na ocasião, o petista fez um apelo para que seus eleitores votassem em Boulos para prefeito de São Paulo, o que é vedado pela legislação eleitoral. Apesar de Lula ter sido condenado a pagar uma multa de R$ 20 mil, como mostrou a Coluna do Estadão, o líder sem-teto disse que o aliado não errou.

“Não era um ato público de governo. Era das centrais sindicais. Ele (Lula) emitiu a posição dele de voto”, sustentou Boulos, que antes havia criticado o prefeito Ricardo Nunes (MDB), seu adversário na corrida eleitoral, por uso da máquina pública na pré-campanha. “Eu não acho que o presidente errou. Expressou a posição dele no 1º de Maio, num ato das centrais sindicais que não era um ato oficial de governo”, seguiu ele, ignorando que o evento chegou a ser transmitido no canal oficial da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que depois apagou o vídeo.

Durante a sabatina, com duração de uma hora, Boulos repetiu sua principal estratégia de campanha de colar a imagem de Nunes à do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que a polarização da campanha municipal é “inevitável” e que a cidade precisa saber “quem apoia quem”. O líder sem-teto disse que o atual prefeito “vendeu a alma para o Bolsonaro” e está “refém do bolsonarismo”. “Essa é uma eleição sobre a cidade de São Paulo, com impacto nacional. Eu quero discutir os temas da cidade, mas é inevitável, ainda mais num País polarizado, a gente saber quem apoia quem.”

Ao comentar sobre sua vida pregressa, Boulos defendeu sua atuação de duas décadas no movimento por moradia, mas disse que amadureceu e aprendeu, no mandato como deputado federal, a conversar com quem pensa diferente. Ele negou, porém, que tenha “amolecido”.

“Antes, eu via uma situação de injustiça e reagia com raiva. O que eu aprendi ao longo do tempo é que às vezes essa não é a melhor maneira (de agir). Você vai ficar dando murro em ponta de faca e não é a forma mais eficiente. Às vezes, você tem que engolir, respirar e, tendo os mesmos princípios, agir de forma diferente, aprender a dialogar com quem pensa diferente. E eu aprendi a fazer isso no meu mandato”, discursou ele, citando que seus projetos de lei foram aprovados com o apoio de partidos como Republicanos, PSDB e União Brasil.

Questionado se irá manter e ampliar a tarifa zero na cidade, uma bandeira histórica de seu partido, o PSOL, Boulos respondeu que é um defensor da medida, mas que ela só pode ser feita após acabar com a farra dos subsídios ao transporte público. Ele não deixou claro, porém, se irá manter o programa aos domingos implementado pela atual gestão.

Quando perguntado se é a favor da descriminalização da maconha, Boulos se restringiu a dizer que é a favor de “diferenciar usuário de traficante”. No passado, ele já defendeu a legalização da maconha, mas agora tem evitado falar sobre o tema para evitar desgastes com o eleitorado.

Em duas ocasiões, Boulos explorou a indicação do ex-comandante da Rota Ricardo Mello Araújo (PL) para ser vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes, outra estratégia que deve se repetir na campanha. Mello Araújo não era o nome de preferência do emedebista, mas foi escolhido após pressão de Bolsonaro. Boulos lembrou de uma declaração na qual o ex-coronel defendeu que a abordagem policial precisa ser diferente em bairros de elite e na periferia.

Ao responder sobre a escolha do também ex-Rota Alexandre Gasparian para auxiliar no plano de governo da área de segurança pública, Boulos disse que o aliado ficou pouco tempo na Rota e atuou pela punição de policiais envolvidos em crimes.

Em duas ocasiões, Boulos explorou a indicação do ex-comandante da Rota Ricardo Mello Araújo (PL) para ser vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes, outra estratégia que deve se repetir na campanha. Mello Araújo não era o nome de preferência do emedebista, mas foi escolhido após pressão de Bolsonaro. Boulos lembrou de uma declaração na qual o ex-coronel defendeu que a abordagem policial precisa ser diferente em bairros de elite e na periferia.

Ao responder sobre a escolha do também ex-Rota Alexandre Gasparian para auxiliar no plano de governo da área de segurança pública, Boulos disse que o aliado ficou pouco tempo na Rota e atuou pela punição de policiais envolvidos em crimes.

Pré-candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL-SP) defendeu nesta sexta-feira, 12, em sabatina promovida pelo site UOL e pelo jornal Folha de S. Paulo, o seu parecer no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados que pediu o arquivamento da representação contra o deputado federal André Janones (Avante-MG) pela suposta prática de “rachadinha”. Segundo o líder sem-teto, rachadinha é crime, “independente de quem faça”, “se for o Flávio Bolsonaro” ou o “Janones”, mas não se pode usar “dois pesos e duas medidas” no colegiado.

Deputado Federal, Guilherme Boulos, durante durante cerimônia promovida pelo governo federal de lançamento da pedra fundamental do Campus Zona Leste da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e do Campus Cidade Tiradentes do Instituto Federal de São Paulo, no Instituto das Cidades.  Foto: Ricardo Stuckert /Ricardo Stuckert / PR Ricardo Stuckert / PR

“Acredito, independente de quem faça, que rachadinha é crime. Se for o Flávio Bolsonaro é crime. O Janones, é crime. Quem quer que seja. O que eu não posso é usar dois pesos e duas medidas. Temos uma jurisprudência no Conselho de Ética da Câmara que diz o seguinte: o que ocorre antes do atual mandato como parlamentar não pode ser julgado. O que pode ser julgado é o que ocorre neste mandato”, disse Boulos, citando que deputados bolsonaristas que estimularam o 8 de janeiro não foram julgados pelo colegiado porque ainda não haviam tomado posse. “Se um critério é utilizado para os bolsonaristas, esse mesmo critério precisa ser usado para quem é do outro campo ideológico”, concluiu.

Ainda que Boulos afirme que o fato ocorreu do começo do mandato, o Estadão mostrou que a gravação mostrando a suposta prática de rachadinha foi feita em 5 de fevereiro de 2019, um dia antes da sessão inaugural do Congresso.

Boulos também saiu em defesa do pedido de voto que o presidente Lula (PT) fez para a sua pré-candidatura no ato de 1º de Maio com as centrais sindicais, em São Paulo. Na ocasião, o petista fez um apelo para que seus eleitores votassem em Boulos para prefeito de São Paulo, o que é vedado pela legislação eleitoral. Apesar de Lula ter sido condenado a pagar uma multa de R$ 20 mil, como mostrou a Coluna do Estadão, o líder sem-teto disse que o aliado não errou.

“Não era um ato público de governo. Era das centrais sindicais. Ele (Lula) emitiu a posição dele de voto”, sustentou Boulos, que antes havia criticado o prefeito Ricardo Nunes (MDB), seu adversário na corrida eleitoral, por uso da máquina pública na pré-campanha. “Eu não acho que o presidente errou. Expressou a posição dele no 1º de Maio, num ato das centrais sindicais que não era um ato oficial de governo”, seguiu ele, ignorando que o evento chegou a ser transmitido no canal oficial da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que depois apagou o vídeo.

Durante a sabatina, com duração de uma hora, Boulos repetiu sua principal estratégia de campanha de colar a imagem de Nunes à do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que a polarização da campanha municipal é “inevitável” e que a cidade precisa saber “quem apoia quem”. O líder sem-teto disse que o atual prefeito “vendeu a alma para o Bolsonaro” e está “refém do bolsonarismo”. “Essa é uma eleição sobre a cidade de São Paulo, com impacto nacional. Eu quero discutir os temas da cidade, mas é inevitável, ainda mais num País polarizado, a gente saber quem apoia quem.”

Ao comentar sobre sua vida pregressa, Boulos defendeu sua atuação de duas décadas no movimento por moradia, mas disse que amadureceu e aprendeu, no mandato como deputado federal, a conversar com quem pensa diferente. Ele negou, porém, que tenha “amolecido”.

“Antes, eu via uma situação de injustiça e reagia com raiva. O que eu aprendi ao longo do tempo é que às vezes essa não é a melhor maneira (de agir). Você vai ficar dando murro em ponta de faca e não é a forma mais eficiente. Às vezes, você tem que engolir, respirar e, tendo os mesmos princípios, agir de forma diferente, aprender a dialogar com quem pensa diferente. E eu aprendi a fazer isso no meu mandato”, discursou ele, citando que seus projetos de lei foram aprovados com o apoio de partidos como Republicanos, PSDB e União Brasil.

Questionado se irá manter e ampliar a tarifa zero na cidade, uma bandeira histórica de seu partido, o PSOL, Boulos respondeu que é um defensor da medida, mas que ela só pode ser feita após acabar com a farra dos subsídios ao transporte público. Ele não deixou claro, porém, se irá manter o programa aos domingos implementado pela atual gestão.

Quando perguntado se é a favor da descriminalização da maconha, Boulos se restringiu a dizer que é a favor de “diferenciar usuário de traficante”. No passado, ele já defendeu a legalização da maconha, mas agora tem evitado falar sobre o tema para evitar desgastes com o eleitorado.

Em duas ocasiões, Boulos explorou a indicação do ex-comandante da Rota Ricardo Mello Araújo (PL) para ser vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes, outra estratégia que deve se repetir na campanha. Mello Araújo não era o nome de preferência do emedebista, mas foi escolhido após pressão de Bolsonaro. Boulos lembrou de uma declaração na qual o ex-coronel defendeu que a abordagem policial precisa ser diferente em bairros de elite e na periferia.

Ao responder sobre a escolha do também ex-Rota Alexandre Gasparian para auxiliar no plano de governo da área de segurança pública, Boulos disse que o aliado ficou pouco tempo na Rota e atuou pela punição de policiais envolvidos em crimes.

Em duas ocasiões, Boulos explorou a indicação do ex-comandante da Rota Ricardo Mello Araújo (PL) para ser vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes, outra estratégia que deve se repetir na campanha. Mello Araújo não era o nome de preferência do emedebista, mas foi escolhido após pressão de Bolsonaro. Boulos lembrou de uma declaração na qual o ex-coronel defendeu que a abordagem policial precisa ser diferente em bairros de elite e na periferia.

Ao responder sobre a escolha do também ex-Rota Alexandre Gasparian para auxiliar no plano de governo da área de segurança pública, Boulos disse que o aliado ficou pouco tempo na Rota e atuou pela punição de policiais envolvidos em crimes.

Pré-candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL-SP) defendeu nesta sexta-feira, 12, em sabatina promovida pelo site UOL e pelo jornal Folha de S. Paulo, o seu parecer no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados que pediu o arquivamento da representação contra o deputado federal André Janones (Avante-MG) pela suposta prática de “rachadinha”. Segundo o líder sem-teto, rachadinha é crime, “independente de quem faça”, “se for o Flávio Bolsonaro” ou o “Janones”, mas não se pode usar “dois pesos e duas medidas” no colegiado.

Deputado Federal, Guilherme Boulos, durante durante cerimônia promovida pelo governo federal de lançamento da pedra fundamental do Campus Zona Leste da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e do Campus Cidade Tiradentes do Instituto Federal de São Paulo, no Instituto das Cidades.  Foto: Ricardo Stuckert /Ricardo Stuckert / PR Ricardo Stuckert / PR

“Acredito, independente de quem faça, que rachadinha é crime. Se for o Flávio Bolsonaro é crime. O Janones, é crime. Quem quer que seja. O que eu não posso é usar dois pesos e duas medidas. Temos uma jurisprudência no Conselho de Ética da Câmara que diz o seguinte: o que ocorre antes do atual mandato como parlamentar não pode ser julgado. O que pode ser julgado é o que ocorre neste mandato”, disse Boulos, citando que deputados bolsonaristas que estimularam o 8 de janeiro não foram julgados pelo colegiado porque ainda não haviam tomado posse. “Se um critério é utilizado para os bolsonaristas, esse mesmo critério precisa ser usado para quem é do outro campo ideológico”, concluiu.

Ainda que Boulos afirme que o fato ocorreu do começo do mandato, o Estadão mostrou que a gravação mostrando a suposta prática de rachadinha foi feita em 5 de fevereiro de 2019, um dia antes da sessão inaugural do Congresso.

Boulos também saiu em defesa do pedido de voto que o presidente Lula (PT) fez para a sua pré-candidatura no ato de 1º de Maio com as centrais sindicais, em São Paulo. Na ocasião, o petista fez um apelo para que seus eleitores votassem em Boulos para prefeito de São Paulo, o que é vedado pela legislação eleitoral. Apesar de Lula ter sido condenado a pagar uma multa de R$ 20 mil, como mostrou a Coluna do Estadão, o líder sem-teto disse que o aliado não errou.

“Não era um ato público de governo. Era das centrais sindicais. Ele (Lula) emitiu a posição dele de voto”, sustentou Boulos, que antes havia criticado o prefeito Ricardo Nunes (MDB), seu adversário na corrida eleitoral, por uso da máquina pública na pré-campanha. “Eu não acho que o presidente errou. Expressou a posição dele no 1º de Maio, num ato das centrais sindicais que não era um ato oficial de governo”, seguiu ele, ignorando que o evento chegou a ser transmitido no canal oficial da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que depois apagou o vídeo.

Durante a sabatina, com duração de uma hora, Boulos repetiu sua principal estratégia de campanha de colar a imagem de Nunes à do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que a polarização da campanha municipal é “inevitável” e que a cidade precisa saber “quem apoia quem”. O líder sem-teto disse que o atual prefeito “vendeu a alma para o Bolsonaro” e está “refém do bolsonarismo”. “Essa é uma eleição sobre a cidade de São Paulo, com impacto nacional. Eu quero discutir os temas da cidade, mas é inevitável, ainda mais num País polarizado, a gente saber quem apoia quem.”

Ao comentar sobre sua vida pregressa, Boulos defendeu sua atuação de duas décadas no movimento por moradia, mas disse que amadureceu e aprendeu, no mandato como deputado federal, a conversar com quem pensa diferente. Ele negou, porém, que tenha “amolecido”.

“Antes, eu via uma situação de injustiça e reagia com raiva. O que eu aprendi ao longo do tempo é que às vezes essa não é a melhor maneira (de agir). Você vai ficar dando murro em ponta de faca e não é a forma mais eficiente. Às vezes, você tem que engolir, respirar e, tendo os mesmos princípios, agir de forma diferente, aprender a dialogar com quem pensa diferente. E eu aprendi a fazer isso no meu mandato”, discursou ele, citando que seus projetos de lei foram aprovados com o apoio de partidos como Republicanos, PSDB e União Brasil.

Questionado se irá manter e ampliar a tarifa zero na cidade, uma bandeira histórica de seu partido, o PSOL, Boulos respondeu que é um defensor da medida, mas que ela só pode ser feita após acabar com a farra dos subsídios ao transporte público. Ele não deixou claro, porém, se irá manter o programa aos domingos implementado pela atual gestão.

Quando perguntado se é a favor da descriminalização da maconha, Boulos se restringiu a dizer que é a favor de “diferenciar usuário de traficante”. No passado, ele já defendeu a legalização da maconha, mas agora tem evitado falar sobre o tema para evitar desgastes com o eleitorado.

Em duas ocasiões, Boulos explorou a indicação do ex-comandante da Rota Ricardo Mello Araújo (PL) para ser vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes, outra estratégia que deve se repetir na campanha. Mello Araújo não era o nome de preferência do emedebista, mas foi escolhido após pressão de Bolsonaro. Boulos lembrou de uma declaração na qual o ex-coronel defendeu que a abordagem policial precisa ser diferente em bairros de elite e na periferia.

Ao responder sobre a escolha do também ex-Rota Alexandre Gasparian para auxiliar no plano de governo da área de segurança pública, Boulos disse que o aliado ficou pouco tempo na Rota e atuou pela punição de policiais envolvidos em crimes.

Em duas ocasiões, Boulos explorou a indicação do ex-comandante da Rota Ricardo Mello Araújo (PL) para ser vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes, outra estratégia que deve se repetir na campanha. Mello Araújo não era o nome de preferência do emedebista, mas foi escolhido após pressão de Bolsonaro. Boulos lembrou de uma declaração na qual o ex-coronel defendeu que a abordagem policial precisa ser diferente em bairros de elite e na periferia.

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