Entenda o discurso de Bolsonaro na ONU: leia análises de colunistas e especialistas do Estadão


Adriana Fernandes, Eliane Cantanhêde, Hussein Kalout e André Borges avaliam os significados e efeitos da fala do presidente na abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas sob as perspectivas econômica, política, geopolítica e ambiental

Por Redação

Ao abrir a 76ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Jair Bolsonaro fez um discurso com ao menos 11 mentiras e alegações enganosas, adotando uma retórica sob medida para agradar a sua base de apoiadores nesta terça-feira, 21. O presidente divulgou dados falsos sobre meio ambiente e a Amazônia, insistiu na narrativa de que seu governo é melhor do que o retratado na imprensa e disse que o Brasil esteve “à beira do socialismo”, além de insistir na defesa do chamado “tratamento precoce” para covid-19.

O presidente Jair Bolsonaro durante o discruso na abertura da76ª Assembleia Geral da ONU Foto: Alan Santos/PR

A repercussão do discurso na imprensa internacional e entre políticos brasileiros provocou diversas críticas. Políticos condenaram a distância entre as falas do presidente e a realidade do País. Jornais como o Washington Post, Wall Street Journal e Guardian ainda ressaltaram o fato de Bolsonaro ter comparecido ao evento sem estar vacinado.

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Confira as análises de colunistas e especialistas do Estadão com foco na economia, de Adriana Fernandes; política, de Eliane Cantanhêde; geopolítica e política internacional, de Hussein Kalout; e meio ambiente, de André Borges.

Adriana Fernandes: Na ONU, Bolsonaro mistura alhos com bugalhos para transferir culpa pela alta na inflação

Jair Bolsonaro usou o seu discurso na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas como palanque eleitoral para se livrar da pressão que o seu governo sofre com a alta da inflação. A desculpa da vez foi que as medidas de isolamento e lockdown deixaram um legado de inflação, numa nova tentativa de culpar governadores e prefeitos pela elevação atual dos preços no Brasil e que pode lhe tirar capital político nas eleições do ano que vem, quando buscará a reeleição. Leia mais.

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Eliane Cantanhêde: O Brasil da realidade paralela

Convicto em sua realidade paralela, Bolsonaro voltou a insistir na ONU que seu governo tirou o Brasil do rumo do comunismo — o que é não só ficção, mas uma fraude histórica —, e fez a descrição de um país onde tudo está uma maravilha: queda do desmatamento, comunidades indígenas livres e felizes, recuperação de credibilidade externa, economia de vento em popa, empregos brotando, vacinas para todos. Leia mais. 

Hussein Kalout: A irrelevância do discurso de Bolsonaro na ONU

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O discurso radical e com passagens em tom disfarçadamente diplomático do Presidente da República em nada ajudará o interesse nacional e muito menos aponta caminho para o enfrentamento dos reais problemas do País, como as mazelas da fome, do desemprego e da desesperança em futuro minimamente digno aos brasileiros. Leia mais.

André Borges: Brasil verde descrito por Bolsonaro na ONU é ficção sem respaldo na realidade

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Agosto foi o quinto mês deste ano em que o desmatamento atingiu o pior cenário em uma década, como apontam dos dados de satélite monitorados pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Se na Amazônia de Bolsonaro “84% da floresta está intacta, abrigando a maior biodiversidade do planeta”, na Amazônia real o fogo e a derrubada das árvores nobres avançam de forma descontrolada sobre as terras indígenas e unidades de conservação. Os meses de março, abril, maio e julho também tiveram a maior área devastada em dez anos. No acumulado de janeiro a agosto, a área devastada em 2021 é 48% maior do que no mesmo período no ano passado. Leia mais.

TV ESTADÃO: Comparamos os discursos de Bolsonaro na ONU

Ao abrir a 76ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Jair Bolsonaro fez um discurso com ao menos 11 mentiras e alegações enganosas, adotando uma retórica sob medida para agradar a sua base de apoiadores nesta terça-feira, 21. O presidente divulgou dados falsos sobre meio ambiente e a Amazônia, insistiu na narrativa de que seu governo é melhor do que o retratado na imprensa e disse que o Brasil esteve “à beira do socialismo”, além de insistir na defesa do chamado “tratamento precoce” para covid-19.

O presidente Jair Bolsonaro durante o discruso na abertura da76ª Assembleia Geral da ONU Foto: Alan Santos/PR

A repercussão do discurso na imprensa internacional e entre políticos brasileiros provocou diversas críticas. Políticos condenaram a distância entre as falas do presidente e a realidade do País. Jornais como o Washington Post, Wall Street Journal e Guardian ainda ressaltaram o fato de Bolsonaro ter comparecido ao evento sem estar vacinado.

Confira as análises de colunistas e especialistas do Estadão com foco na economia, de Adriana Fernandes; política, de Eliane Cantanhêde; geopolítica e política internacional, de Hussein Kalout; e meio ambiente, de André Borges.

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Jair Bolsonaro usou o seu discurso na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas como palanque eleitoral para se livrar da pressão que o seu governo sofre com a alta da inflação. A desculpa da vez foi que as medidas de isolamento e lockdown deixaram um legado de inflação, numa nova tentativa de culpar governadores e prefeitos pela elevação atual dos preços no Brasil e que pode lhe tirar capital político nas eleições do ano que vem, quando buscará a reeleição. Leia mais.

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Convicto em sua realidade paralela, Bolsonaro voltou a insistir na ONU que seu governo tirou o Brasil do rumo do comunismo — o que é não só ficção, mas uma fraude histórica —, e fez a descrição de um país onde tudo está uma maravilha: queda do desmatamento, comunidades indígenas livres e felizes, recuperação de credibilidade externa, economia de vento em popa, empregos brotando, vacinas para todos. Leia mais. 

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O discurso radical e com passagens em tom disfarçadamente diplomático do Presidente da República em nada ajudará o interesse nacional e muito menos aponta caminho para o enfrentamento dos reais problemas do País, como as mazelas da fome, do desemprego e da desesperança em futuro minimamente digno aos brasileiros. Leia mais.

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Agosto foi o quinto mês deste ano em que o desmatamento atingiu o pior cenário em uma década, como apontam dos dados de satélite monitorados pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Se na Amazônia de Bolsonaro “84% da floresta está intacta, abrigando a maior biodiversidade do planeta”, na Amazônia real o fogo e a derrubada das árvores nobres avançam de forma descontrolada sobre as terras indígenas e unidades de conservação. Os meses de março, abril, maio e julho também tiveram a maior área devastada em dez anos. No acumulado de janeiro a agosto, a área devastada em 2021 é 48% maior do que no mesmo período no ano passado. Leia mais.

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Ao abrir a 76ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Jair Bolsonaro fez um discurso com ao menos 11 mentiras e alegações enganosas, adotando uma retórica sob medida para agradar a sua base de apoiadores nesta terça-feira, 21. O presidente divulgou dados falsos sobre meio ambiente e a Amazônia, insistiu na narrativa de que seu governo é melhor do que o retratado na imprensa e disse que o Brasil esteve “à beira do socialismo”, além de insistir na defesa do chamado “tratamento precoce” para covid-19.

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A repercussão do discurso na imprensa internacional e entre políticos brasileiros provocou diversas críticas. Políticos condenaram a distância entre as falas do presidente e a realidade do País. Jornais como o Washington Post, Wall Street Journal e Guardian ainda ressaltaram o fato de Bolsonaro ter comparecido ao evento sem estar vacinado.

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Jair Bolsonaro usou o seu discurso na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas como palanque eleitoral para se livrar da pressão que o seu governo sofre com a alta da inflação. A desculpa da vez foi que as medidas de isolamento e lockdown deixaram um legado de inflação, numa nova tentativa de culpar governadores e prefeitos pela elevação atual dos preços no Brasil e que pode lhe tirar capital político nas eleições do ano que vem, quando buscará a reeleição. Leia mais.

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Convicto em sua realidade paralela, Bolsonaro voltou a insistir na ONU que seu governo tirou o Brasil do rumo do comunismo — o que é não só ficção, mas uma fraude histórica —, e fez a descrição de um país onde tudo está uma maravilha: queda do desmatamento, comunidades indígenas livres e felizes, recuperação de credibilidade externa, economia de vento em popa, empregos brotando, vacinas para todos. Leia mais. 

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O discurso radical e com passagens em tom disfarçadamente diplomático do Presidente da República em nada ajudará o interesse nacional e muito menos aponta caminho para o enfrentamento dos reais problemas do País, como as mazelas da fome, do desemprego e da desesperança em futuro minimamente digno aos brasileiros. Leia mais.

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Agosto foi o quinto mês deste ano em que o desmatamento atingiu o pior cenário em uma década, como apontam dos dados de satélite monitorados pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Se na Amazônia de Bolsonaro “84% da floresta está intacta, abrigando a maior biodiversidade do planeta”, na Amazônia real o fogo e a derrubada das árvores nobres avançam de forma descontrolada sobre as terras indígenas e unidades de conservação. Os meses de março, abril, maio e julho também tiveram a maior área devastada em dez anos. No acumulado de janeiro a agosto, a área devastada em 2021 é 48% maior do que no mesmo período no ano passado. Leia mais.

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Ao abrir a 76ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Jair Bolsonaro fez um discurso com ao menos 11 mentiras e alegações enganosas, adotando uma retórica sob medida para agradar a sua base de apoiadores nesta terça-feira, 21. O presidente divulgou dados falsos sobre meio ambiente e a Amazônia, insistiu na narrativa de que seu governo é melhor do que o retratado na imprensa e disse que o Brasil esteve “à beira do socialismo”, além de insistir na defesa do chamado “tratamento precoce” para covid-19.

O presidente Jair Bolsonaro durante o discruso na abertura da76ª Assembleia Geral da ONU Foto: Alan Santos/PR

A repercussão do discurso na imprensa internacional e entre políticos brasileiros provocou diversas críticas. Políticos condenaram a distância entre as falas do presidente e a realidade do País. Jornais como o Washington Post, Wall Street Journal e Guardian ainda ressaltaram o fato de Bolsonaro ter comparecido ao evento sem estar vacinado.

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Jair Bolsonaro usou o seu discurso na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas como palanque eleitoral para se livrar da pressão que o seu governo sofre com a alta da inflação. A desculpa da vez foi que as medidas de isolamento e lockdown deixaram um legado de inflação, numa nova tentativa de culpar governadores e prefeitos pela elevação atual dos preços no Brasil e que pode lhe tirar capital político nas eleições do ano que vem, quando buscará a reeleição. Leia mais.

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Convicto em sua realidade paralela, Bolsonaro voltou a insistir na ONU que seu governo tirou o Brasil do rumo do comunismo — o que é não só ficção, mas uma fraude histórica —, e fez a descrição de um país onde tudo está uma maravilha: queda do desmatamento, comunidades indígenas livres e felizes, recuperação de credibilidade externa, economia de vento em popa, empregos brotando, vacinas para todos. Leia mais. 

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Agosto foi o quinto mês deste ano em que o desmatamento atingiu o pior cenário em uma década, como apontam dos dados de satélite monitorados pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Se na Amazônia de Bolsonaro “84% da floresta está intacta, abrigando a maior biodiversidade do planeta”, na Amazônia real o fogo e a derrubada das árvores nobres avançam de forma descontrolada sobre as terras indígenas e unidades de conservação. Os meses de março, abril, maio e julho também tiveram a maior área devastada em dez anos. No acumulado de janeiro a agosto, a área devastada em 2021 é 48% maior do que no mesmo período no ano passado. Leia mais.

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A repercussão do discurso na imprensa internacional e entre políticos brasileiros provocou diversas críticas. Políticos condenaram a distância entre as falas do presidente e a realidade do País. Jornais como o Washington Post, Wall Street Journal e Guardian ainda ressaltaram o fato de Bolsonaro ter comparecido ao evento sem estar vacinado.

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Eliane Cantanhêde: O Brasil da realidade paralela

Convicto em sua realidade paralela, Bolsonaro voltou a insistir na ONU que seu governo tirou o Brasil do rumo do comunismo — o que é não só ficção, mas uma fraude histórica —, e fez a descrição de um país onde tudo está uma maravilha: queda do desmatamento, comunidades indígenas livres e felizes, recuperação de credibilidade externa, economia de vento em popa, empregos brotando, vacinas para todos. Leia mais. 

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O discurso radical e com passagens em tom disfarçadamente diplomático do Presidente da República em nada ajudará o interesse nacional e muito menos aponta caminho para o enfrentamento dos reais problemas do País, como as mazelas da fome, do desemprego e da desesperança em futuro minimamente digno aos brasileiros. Leia mais.

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Agosto foi o quinto mês deste ano em que o desmatamento atingiu o pior cenário em uma década, como apontam dos dados de satélite monitorados pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Se na Amazônia de Bolsonaro “84% da floresta está intacta, abrigando a maior biodiversidade do planeta”, na Amazônia real o fogo e a derrubada das árvores nobres avançam de forma descontrolada sobre as terras indígenas e unidades de conservação. Os meses de março, abril, maio e julho também tiveram a maior área devastada em dez anos. No acumulado de janeiro a agosto, a área devastada em 2021 é 48% maior do que no mesmo período no ano passado. Leia mais.

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