Entidades indígenas denunciam ‘omissão’ de órgãos federais e cobram pressa em buscas na Amazônia


Diante do desaparecimento do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, ongs acusam governo brasileiro de se eximir de suas responsabilidades diante da escalada de violência contra povos indígenas e defensores dos direitos humanos

Por Manoela Bonaldo
Atualização:

Quatro entidades que atuam na defesa dos povos indígenas da região do Vale do Javari denunciaram a “omissão” de autoridades e pediram ao governo brasileiro “celeridade” nas buscas ao jornalista Dom Phillips e ao indigenista Bruno Pereira, desaparecidos desde a manhã do último domingo, 5.

Em nota divulgada à imprensa na tarde desta terça-feira, 7, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), o Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (Opi), a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) afirmaram que o Exército, a Marinha e a Polícia Federal ainda não disponibilizaram efetivos suficientes para procurar os desaparecidos.

“Apesar do que tem sido veiculado nos canais oficiais do Ministério da Justiça, por exemplo, e em alguns veículos de imprensa, não há força tarefa atuando na região de maneira efetiva”, declararam as entidades.

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Imagem da campanha iniciada por ONGs cobrando empenho do governo federal nas buscas Foto: Arte @crisvector

Segundo o texto, na segunda-feira, 6, a Marinha ainda não havia iniciado as buscas e apenas um agente da Polícia Federal fora deslocado para a região.

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A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, movimento formado por 300 representantes do agronegócio, sociedade civil, setor financeiro e Academia, também cobrou a alocação de recursos do governo federal para ajudar nas buscas.

“Reforçamos os diversos pedidos da sociedade por uma ação imediata do Estado brasileiro, para que sejam alocados todos os equipamentos e o efetivo necessário das forças de segurança pública e das Forças Armadas, para ampliação das buscas e das investigações, com vistas à solução definitiva do caso”, escreveu em carta enviada à Presidência.

O grupo ressaltou ainda que a Amazônia sofre com a “disseminação do crime organizado e da violência, que se aproveitam da ausência ou precariedade de instituições de Estado.”

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Buscas

A Univaja e a Defensoria Pública da União (DPU) recorreram à Justiça Federal pedindo que a União disponibilize helicópteros, além do aumento no número de agentes e de barcos para as buscas.

Uma equipe de vigilância foi formada pela Univaja, que segue realizando as buscas com a ajuda da Polícia Militar do Amazonas. Atualmente há cerca de 100 pessoas realizando as buscas, incluindo moradores das comunidades vizinhas, segundo o assessor jurídico da Univaja, Yura Marubo.

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“É uma área de 200 km que será varrida para buscar algum indício de vida ou desaparecimento, seja ela com equipamentos ou coisas do tipo”, explicou Marubo.

“Acredito que até amanhã vamos ter respostas mais contundentes sobre esse desaparecimento, todavia, até o momento, não foi encontrado absolutamente nada, nem barco, equipamento, nem indício sobre os dois desaparecidos”, disse ao Estadão.

Falta de ordem superior

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Na segunda-feira, 6, o Comando Militar da Amazônia (CMA) afirmou que ainda não havia iniciado as buscas por não ter recebido ordem do Escalão Superior, conforme divulgou o jornalista e colunista do Estadão, Pedro Doria.

Hoje, o CMA afirmou ter iniciado as buscas pela região, que elas seguirão de forma ininterrupta por meio terrestre e fluvial e divulgou fotos dos agentes no local. Ainda ontem à noite, o Ministério da Defesa apresentou um balanço da atuação do governo na região, destacando o uso de helicópteros.

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O Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (Opi), porém, contestou a informação em publicação na noite desta terça-feira. Segundo a entidade, após 60 horas do desaparecimento, “ainda não há aeronaves” realizando buscas na região.

O Ministério das Relações Exteriores também se manifestou sobre o caso nesta terça-feira, afirmando grande preocupação com a notícia do desaparecimento da dupla e que a Polícia Federal “desde logo” está atuando na região e tomando providências para localizá-los.

Procurado para se pronunciar sobre as acusações das entidades ligadas aos povos indígenas, o Palácio do Planalto não se manifestou até o momento. No fim da manhã, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que os desaparecidos podem ter sido vítimas de “execução” e criticou a ‘aventura’ da dupla.

Quatro entidades que atuam na defesa dos povos indígenas da região do Vale do Javari denunciaram a “omissão” de autoridades e pediram ao governo brasileiro “celeridade” nas buscas ao jornalista Dom Phillips e ao indigenista Bruno Pereira, desaparecidos desde a manhã do último domingo, 5.

Em nota divulgada à imprensa na tarde desta terça-feira, 7, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), o Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (Opi), a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) afirmaram que o Exército, a Marinha e a Polícia Federal ainda não disponibilizaram efetivos suficientes para procurar os desaparecidos.

“Apesar do que tem sido veiculado nos canais oficiais do Ministério da Justiça, por exemplo, e em alguns veículos de imprensa, não há força tarefa atuando na região de maneira efetiva”, declararam as entidades.

Imagem da campanha iniciada por ONGs cobrando empenho do governo federal nas buscas Foto: Arte @crisvector

Segundo o texto, na segunda-feira, 6, a Marinha ainda não havia iniciado as buscas e apenas um agente da Polícia Federal fora deslocado para a região.

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, movimento formado por 300 representantes do agronegócio, sociedade civil, setor financeiro e Academia, também cobrou a alocação de recursos do governo federal para ajudar nas buscas.

“Reforçamos os diversos pedidos da sociedade por uma ação imediata do Estado brasileiro, para que sejam alocados todos os equipamentos e o efetivo necessário das forças de segurança pública e das Forças Armadas, para ampliação das buscas e das investigações, com vistas à solução definitiva do caso”, escreveu em carta enviada à Presidência.

O grupo ressaltou ainda que a Amazônia sofre com a “disseminação do crime organizado e da violência, que se aproveitam da ausência ou precariedade de instituições de Estado.”

Buscas

A Univaja e a Defensoria Pública da União (DPU) recorreram à Justiça Federal pedindo que a União disponibilize helicópteros, além do aumento no número de agentes e de barcos para as buscas.

Uma equipe de vigilância foi formada pela Univaja, que segue realizando as buscas com a ajuda da Polícia Militar do Amazonas. Atualmente há cerca de 100 pessoas realizando as buscas, incluindo moradores das comunidades vizinhas, segundo o assessor jurídico da Univaja, Yura Marubo.

“É uma área de 200 km que será varrida para buscar algum indício de vida ou desaparecimento, seja ela com equipamentos ou coisas do tipo”, explicou Marubo.

“Acredito que até amanhã vamos ter respostas mais contundentes sobre esse desaparecimento, todavia, até o momento, não foi encontrado absolutamente nada, nem barco, equipamento, nem indício sobre os dois desaparecidos”, disse ao Estadão.

Falta de ordem superior

Na segunda-feira, 6, o Comando Militar da Amazônia (CMA) afirmou que ainda não havia iniciado as buscas por não ter recebido ordem do Escalão Superior, conforme divulgou o jornalista e colunista do Estadão, Pedro Doria.

Hoje, o CMA afirmou ter iniciado as buscas pela região, que elas seguirão de forma ininterrupta por meio terrestre e fluvial e divulgou fotos dos agentes no local. Ainda ontem à noite, o Ministério da Defesa apresentou um balanço da atuação do governo na região, destacando o uso de helicópteros.

O Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (Opi), porém, contestou a informação em publicação na noite desta terça-feira. Segundo a entidade, após 60 horas do desaparecimento, “ainda não há aeronaves” realizando buscas na região.

O Ministério das Relações Exteriores também se manifestou sobre o caso nesta terça-feira, afirmando grande preocupação com a notícia do desaparecimento da dupla e que a Polícia Federal “desde logo” está atuando na região e tomando providências para localizá-los.

Procurado para se pronunciar sobre as acusações das entidades ligadas aos povos indígenas, o Palácio do Planalto não se manifestou até o momento. No fim da manhã, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que os desaparecidos podem ter sido vítimas de “execução” e criticou a ‘aventura’ da dupla.

Quatro entidades que atuam na defesa dos povos indígenas da região do Vale do Javari denunciaram a “omissão” de autoridades e pediram ao governo brasileiro “celeridade” nas buscas ao jornalista Dom Phillips e ao indigenista Bruno Pereira, desaparecidos desde a manhã do último domingo, 5.

Em nota divulgada à imprensa na tarde desta terça-feira, 7, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), o Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (Opi), a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) afirmaram que o Exército, a Marinha e a Polícia Federal ainda não disponibilizaram efetivos suficientes para procurar os desaparecidos.

“Apesar do que tem sido veiculado nos canais oficiais do Ministério da Justiça, por exemplo, e em alguns veículos de imprensa, não há força tarefa atuando na região de maneira efetiva”, declararam as entidades.

Imagem da campanha iniciada por ONGs cobrando empenho do governo federal nas buscas Foto: Arte @crisvector

Segundo o texto, na segunda-feira, 6, a Marinha ainda não havia iniciado as buscas e apenas um agente da Polícia Federal fora deslocado para a região.

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, movimento formado por 300 representantes do agronegócio, sociedade civil, setor financeiro e Academia, também cobrou a alocação de recursos do governo federal para ajudar nas buscas.

“Reforçamos os diversos pedidos da sociedade por uma ação imediata do Estado brasileiro, para que sejam alocados todos os equipamentos e o efetivo necessário das forças de segurança pública e das Forças Armadas, para ampliação das buscas e das investigações, com vistas à solução definitiva do caso”, escreveu em carta enviada à Presidência.

O grupo ressaltou ainda que a Amazônia sofre com a “disseminação do crime organizado e da violência, que se aproveitam da ausência ou precariedade de instituições de Estado.”

Buscas

A Univaja e a Defensoria Pública da União (DPU) recorreram à Justiça Federal pedindo que a União disponibilize helicópteros, além do aumento no número de agentes e de barcos para as buscas.

Uma equipe de vigilância foi formada pela Univaja, que segue realizando as buscas com a ajuda da Polícia Militar do Amazonas. Atualmente há cerca de 100 pessoas realizando as buscas, incluindo moradores das comunidades vizinhas, segundo o assessor jurídico da Univaja, Yura Marubo.

“É uma área de 200 km que será varrida para buscar algum indício de vida ou desaparecimento, seja ela com equipamentos ou coisas do tipo”, explicou Marubo.

“Acredito que até amanhã vamos ter respostas mais contundentes sobre esse desaparecimento, todavia, até o momento, não foi encontrado absolutamente nada, nem barco, equipamento, nem indício sobre os dois desaparecidos”, disse ao Estadão.

Falta de ordem superior

Na segunda-feira, 6, o Comando Militar da Amazônia (CMA) afirmou que ainda não havia iniciado as buscas por não ter recebido ordem do Escalão Superior, conforme divulgou o jornalista e colunista do Estadão, Pedro Doria.

Hoje, o CMA afirmou ter iniciado as buscas pela região, que elas seguirão de forma ininterrupta por meio terrestre e fluvial e divulgou fotos dos agentes no local. Ainda ontem à noite, o Ministério da Defesa apresentou um balanço da atuação do governo na região, destacando o uso de helicópteros.

O Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (Opi), porém, contestou a informação em publicação na noite desta terça-feira. Segundo a entidade, após 60 horas do desaparecimento, “ainda não há aeronaves” realizando buscas na região.

O Ministério das Relações Exteriores também se manifestou sobre o caso nesta terça-feira, afirmando grande preocupação com a notícia do desaparecimento da dupla e que a Polícia Federal “desde logo” está atuando na região e tomando providências para localizá-los.

Procurado para se pronunciar sobre as acusações das entidades ligadas aos povos indígenas, o Palácio do Planalto não se manifestou até o momento. No fim da manhã, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que os desaparecidos podem ter sido vítimas de “execução” e criticou a ‘aventura’ da dupla.

Quatro entidades que atuam na defesa dos povos indígenas da região do Vale do Javari denunciaram a “omissão” de autoridades e pediram ao governo brasileiro “celeridade” nas buscas ao jornalista Dom Phillips e ao indigenista Bruno Pereira, desaparecidos desde a manhã do último domingo, 5.

Em nota divulgada à imprensa na tarde desta terça-feira, 7, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), o Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (Opi), a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) afirmaram que o Exército, a Marinha e a Polícia Federal ainda não disponibilizaram efetivos suficientes para procurar os desaparecidos.

“Apesar do que tem sido veiculado nos canais oficiais do Ministério da Justiça, por exemplo, e em alguns veículos de imprensa, não há força tarefa atuando na região de maneira efetiva”, declararam as entidades.

Imagem da campanha iniciada por ONGs cobrando empenho do governo federal nas buscas Foto: Arte @crisvector

Segundo o texto, na segunda-feira, 6, a Marinha ainda não havia iniciado as buscas e apenas um agente da Polícia Federal fora deslocado para a região.

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, movimento formado por 300 representantes do agronegócio, sociedade civil, setor financeiro e Academia, também cobrou a alocação de recursos do governo federal para ajudar nas buscas.

“Reforçamos os diversos pedidos da sociedade por uma ação imediata do Estado brasileiro, para que sejam alocados todos os equipamentos e o efetivo necessário das forças de segurança pública e das Forças Armadas, para ampliação das buscas e das investigações, com vistas à solução definitiva do caso”, escreveu em carta enviada à Presidência.

O grupo ressaltou ainda que a Amazônia sofre com a “disseminação do crime organizado e da violência, que se aproveitam da ausência ou precariedade de instituições de Estado.”

Buscas

A Univaja e a Defensoria Pública da União (DPU) recorreram à Justiça Federal pedindo que a União disponibilize helicópteros, além do aumento no número de agentes e de barcos para as buscas.

Uma equipe de vigilância foi formada pela Univaja, que segue realizando as buscas com a ajuda da Polícia Militar do Amazonas. Atualmente há cerca de 100 pessoas realizando as buscas, incluindo moradores das comunidades vizinhas, segundo o assessor jurídico da Univaja, Yura Marubo.

“É uma área de 200 km que será varrida para buscar algum indício de vida ou desaparecimento, seja ela com equipamentos ou coisas do tipo”, explicou Marubo.

“Acredito que até amanhã vamos ter respostas mais contundentes sobre esse desaparecimento, todavia, até o momento, não foi encontrado absolutamente nada, nem barco, equipamento, nem indício sobre os dois desaparecidos”, disse ao Estadão.

Falta de ordem superior

Na segunda-feira, 6, o Comando Militar da Amazônia (CMA) afirmou que ainda não havia iniciado as buscas por não ter recebido ordem do Escalão Superior, conforme divulgou o jornalista e colunista do Estadão, Pedro Doria.

Hoje, o CMA afirmou ter iniciado as buscas pela região, que elas seguirão de forma ininterrupta por meio terrestre e fluvial e divulgou fotos dos agentes no local. Ainda ontem à noite, o Ministério da Defesa apresentou um balanço da atuação do governo na região, destacando o uso de helicópteros.

O Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (Opi), porém, contestou a informação em publicação na noite desta terça-feira. Segundo a entidade, após 60 horas do desaparecimento, “ainda não há aeronaves” realizando buscas na região.

O Ministério das Relações Exteriores também se manifestou sobre o caso nesta terça-feira, afirmando grande preocupação com a notícia do desaparecimento da dupla e que a Polícia Federal “desde logo” está atuando na região e tomando providências para localizá-los.

Procurado para se pronunciar sobre as acusações das entidades ligadas aos povos indígenas, o Palácio do Planalto não se manifestou até o momento. No fim da manhã, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que os desaparecidos podem ter sido vítimas de “execução” e criticou a ‘aventura’ da dupla.

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