Entidades indígenas e ambientais lamentam morte de Bruno e Dom e cobram segurança na Amazônia


Em nota, entidades lembram outras tragédias envolvendo a morte de ativistas ambientais e mostram descontentamento com as ações da gestão Bolsonaro com o Meio Ambiente e a população indígena

Por Natália Santos
Atualização:

A Polícia Federal afirmou nesta quarta-feira, 15, que o jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira foram assassinados no Vale do Javari no domingo, 5. O anúncio gerou reação de organizações indígenas, ambientais, de direitos humanos e de jornalistas que lamentaram o ocorrido e cobraram segurança na Amazônia e investigações “transparente e independente” do caso.

A confirmação veio após Amarildo Oliveira, conhecido como “Pelado”, preso por suspeita de participação no desaparecimento, confessar envolvimento no crime. Nesta manhã, a PF encontrou remanescentes humanos em um local a 3,1 km do rio em que a dupla estava quando desapareceu no domingo, 5.

Ato no Rio reúne neste domingo, 12, amigos, familiares e apoiadores de Dom Phillips e Bruno Pereira. Foto: Antonio Lacerda/EFE
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A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), que ajudou nas buscas por Bruno e Dom, definiu o assassinato da dupla como “crime político”, uma vez que ambos era defensores dos Direitos Humanos e estavam desempenhando atividades de em benefício de povos indígenas do Vale do Javari quando desapareceram. “O que acontecerá conosco? Continuaremos vivendo sob ameaças? Precisamos aprofundar e ampliar a investigação. Precisamos de fiscalização territorial efetiva no interior da Terra Indígena Vale do Javari. Precisamos que as Bases de Proteção Etnoambiental (BAPEs) da FUNAI sejam fortalecidas”, disse.

A Greenpeace Brasil e Greenpeace Reino Unido afirmou em nota que as mortes de Bruno e Dom “não se tratam de fatalidades mas, sim, de um projeto criminoso do governo Bolsonaro”, que, segundo o grupo, abre alas para que atividades predatórias e crimes se reproduzam e transformem a Amazônia em domínio particular do crime organizado. “Quando quem busca advogar por um mundo mais verde, justo e pacífico tem sua vida colocada à prova, não restam dúvidas de que a nossa jovem democracia está em risco e se equilibra em uma corda bamba”, disse.

O Observatório do Clima defendeu que o assassinato da dupla tem “a digital da necropolítica brasileira” e lembrou de outras tragédias envolvendo ativistas ambientais como Chico Mendes, Dorothy Stang, João Cláudio e Maria, dentre outros. “A necropolítica, marca do atual governo, também está presente nas mortes de Dom e Bruno”, disse.

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A organização não-governamental WWF-Brasil afirmou que “o descaso do governo com a Amazônia e os defensores de seus povos e da floresta que permitiu o assassinato de Dom e Bruno”. “O nível de violência aplicada a Bruno e Dom explicita como a Amazônia está à mercê da lei do mais forte, sob a qual a brutalidade é a moeda corrente”, disse em nota.

O Conectas Direitos Humanos apontou que a morte de Bruno e Dom é “mais um capítulo triste e sombrio da nossa história” que evidencia “grave cenário de insegurança” em que se encontram defensores de DHs, jornalistas, lideranças indígenas e de comunidades tradicionais que lutam pelos direitos humanos. “Exigimos apuração célere do caso, sua elucidação e responsabilização dos envolvidos”, disse.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) reforçou em nota um pedido para às autoridades nacionais e internacionais para que a execução seja apurada de “forma célere, transparente e independente, sem qualquer interferência que possa atrapalhar a investigação”. A associação ainda lembrou declarações polêmicas dadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o caso. A nota também conta com a assinatura de outras oito organizações: Associação de Jornalismo Digital (Ajor), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Artigo 19, Intervozes, Instituto Palavra Aberta, Instituto Vladimir Herzog, Repórteres sem Fronteiras (RSF) e Tornavoz.

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A Anistia Internacional expressou pesar pelo falecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips e afirmou que os assassinatos “são inaceitáveis, mas não são casos isolados”. “O Brasil é um dos países que mais mata ambientalistas e defensores de direitos humanos em todo o mundo, e esta realidade é consequência de uma política que promove ataques a legislação ambiental, desmantela as instituições de promoção e proteção dos direitos dos povos indígenas e criminaliza as lutas e organizações populares”, disse Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil.

A Polícia Federal afirmou nesta quarta-feira, 15, que o jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira foram assassinados no Vale do Javari no domingo, 5. O anúncio gerou reação de organizações indígenas, ambientais, de direitos humanos e de jornalistas que lamentaram o ocorrido e cobraram segurança na Amazônia e investigações “transparente e independente” do caso.

A confirmação veio após Amarildo Oliveira, conhecido como “Pelado”, preso por suspeita de participação no desaparecimento, confessar envolvimento no crime. Nesta manhã, a PF encontrou remanescentes humanos em um local a 3,1 km do rio em que a dupla estava quando desapareceu no domingo, 5.

Ato no Rio reúne neste domingo, 12, amigos, familiares e apoiadores de Dom Phillips e Bruno Pereira. Foto: Antonio Lacerda/EFE

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), que ajudou nas buscas por Bruno e Dom, definiu o assassinato da dupla como “crime político”, uma vez que ambos era defensores dos Direitos Humanos e estavam desempenhando atividades de em benefício de povos indígenas do Vale do Javari quando desapareceram. “O que acontecerá conosco? Continuaremos vivendo sob ameaças? Precisamos aprofundar e ampliar a investigação. Precisamos de fiscalização territorial efetiva no interior da Terra Indígena Vale do Javari. Precisamos que as Bases de Proteção Etnoambiental (BAPEs) da FUNAI sejam fortalecidas”, disse.

A Greenpeace Brasil e Greenpeace Reino Unido afirmou em nota que as mortes de Bruno e Dom “não se tratam de fatalidades mas, sim, de um projeto criminoso do governo Bolsonaro”, que, segundo o grupo, abre alas para que atividades predatórias e crimes se reproduzam e transformem a Amazônia em domínio particular do crime organizado. “Quando quem busca advogar por um mundo mais verde, justo e pacífico tem sua vida colocada à prova, não restam dúvidas de que a nossa jovem democracia está em risco e se equilibra em uma corda bamba”, disse.

O Observatório do Clima defendeu que o assassinato da dupla tem “a digital da necropolítica brasileira” e lembrou de outras tragédias envolvendo ativistas ambientais como Chico Mendes, Dorothy Stang, João Cláudio e Maria, dentre outros. “A necropolítica, marca do atual governo, também está presente nas mortes de Dom e Bruno”, disse.

A organização não-governamental WWF-Brasil afirmou que “o descaso do governo com a Amazônia e os defensores de seus povos e da floresta que permitiu o assassinato de Dom e Bruno”. “O nível de violência aplicada a Bruno e Dom explicita como a Amazônia está à mercê da lei do mais forte, sob a qual a brutalidade é a moeda corrente”, disse em nota.

O Conectas Direitos Humanos apontou que a morte de Bruno e Dom é “mais um capítulo triste e sombrio da nossa história” que evidencia “grave cenário de insegurança” em que se encontram defensores de DHs, jornalistas, lideranças indígenas e de comunidades tradicionais que lutam pelos direitos humanos. “Exigimos apuração célere do caso, sua elucidação e responsabilização dos envolvidos”, disse.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) reforçou em nota um pedido para às autoridades nacionais e internacionais para que a execução seja apurada de “forma célere, transparente e independente, sem qualquer interferência que possa atrapalhar a investigação”. A associação ainda lembrou declarações polêmicas dadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o caso. A nota também conta com a assinatura de outras oito organizações: Associação de Jornalismo Digital (Ajor), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Artigo 19, Intervozes, Instituto Palavra Aberta, Instituto Vladimir Herzog, Repórteres sem Fronteiras (RSF) e Tornavoz.

A Anistia Internacional expressou pesar pelo falecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips e afirmou que os assassinatos “são inaceitáveis, mas não são casos isolados”. “O Brasil é um dos países que mais mata ambientalistas e defensores de direitos humanos em todo o mundo, e esta realidade é consequência de uma política que promove ataques a legislação ambiental, desmantela as instituições de promoção e proteção dos direitos dos povos indígenas e criminaliza as lutas e organizações populares”, disse Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil.

A Polícia Federal afirmou nesta quarta-feira, 15, que o jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira foram assassinados no Vale do Javari no domingo, 5. O anúncio gerou reação de organizações indígenas, ambientais, de direitos humanos e de jornalistas que lamentaram o ocorrido e cobraram segurança na Amazônia e investigações “transparente e independente” do caso.

A confirmação veio após Amarildo Oliveira, conhecido como “Pelado”, preso por suspeita de participação no desaparecimento, confessar envolvimento no crime. Nesta manhã, a PF encontrou remanescentes humanos em um local a 3,1 km do rio em que a dupla estava quando desapareceu no domingo, 5.

Ato no Rio reúne neste domingo, 12, amigos, familiares e apoiadores de Dom Phillips e Bruno Pereira. Foto: Antonio Lacerda/EFE

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), que ajudou nas buscas por Bruno e Dom, definiu o assassinato da dupla como “crime político”, uma vez que ambos era defensores dos Direitos Humanos e estavam desempenhando atividades de em benefício de povos indígenas do Vale do Javari quando desapareceram. “O que acontecerá conosco? Continuaremos vivendo sob ameaças? Precisamos aprofundar e ampliar a investigação. Precisamos de fiscalização territorial efetiva no interior da Terra Indígena Vale do Javari. Precisamos que as Bases de Proteção Etnoambiental (BAPEs) da FUNAI sejam fortalecidas”, disse.

A Greenpeace Brasil e Greenpeace Reino Unido afirmou em nota que as mortes de Bruno e Dom “não se tratam de fatalidades mas, sim, de um projeto criminoso do governo Bolsonaro”, que, segundo o grupo, abre alas para que atividades predatórias e crimes se reproduzam e transformem a Amazônia em domínio particular do crime organizado. “Quando quem busca advogar por um mundo mais verde, justo e pacífico tem sua vida colocada à prova, não restam dúvidas de que a nossa jovem democracia está em risco e se equilibra em uma corda bamba”, disse.

O Observatório do Clima defendeu que o assassinato da dupla tem “a digital da necropolítica brasileira” e lembrou de outras tragédias envolvendo ativistas ambientais como Chico Mendes, Dorothy Stang, João Cláudio e Maria, dentre outros. “A necropolítica, marca do atual governo, também está presente nas mortes de Dom e Bruno”, disse.

A organização não-governamental WWF-Brasil afirmou que “o descaso do governo com a Amazônia e os defensores de seus povos e da floresta que permitiu o assassinato de Dom e Bruno”. “O nível de violência aplicada a Bruno e Dom explicita como a Amazônia está à mercê da lei do mais forte, sob a qual a brutalidade é a moeda corrente”, disse em nota.

O Conectas Direitos Humanos apontou que a morte de Bruno e Dom é “mais um capítulo triste e sombrio da nossa história” que evidencia “grave cenário de insegurança” em que se encontram defensores de DHs, jornalistas, lideranças indígenas e de comunidades tradicionais que lutam pelos direitos humanos. “Exigimos apuração célere do caso, sua elucidação e responsabilização dos envolvidos”, disse.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) reforçou em nota um pedido para às autoridades nacionais e internacionais para que a execução seja apurada de “forma célere, transparente e independente, sem qualquer interferência que possa atrapalhar a investigação”. A associação ainda lembrou declarações polêmicas dadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o caso. A nota também conta com a assinatura de outras oito organizações: Associação de Jornalismo Digital (Ajor), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Artigo 19, Intervozes, Instituto Palavra Aberta, Instituto Vladimir Herzog, Repórteres sem Fronteiras (RSF) e Tornavoz.

A Anistia Internacional expressou pesar pelo falecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips e afirmou que os assassinatos “são inaceitáveis, mas não são casos isolados”. “O Brasil é um dos países que mais mata ambientalistas e defensores de direitos humanos em todo o mundo, e esta realidade é consequência de uma política que promove ataques a legislação ambiental, desmantela as instituições de promoção e proteção dos direitos dos povos indígenas e criminaliza as lutas e organizações populares”, disse Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil.

A Polícia Federal afirmou nesta quarta-feira, 15, que o jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira foram assassinados no Vale do Javari no domingo, 5. O anúncio gerou reação de organizações indígenas, ambientais, de direitos humanos e de jornalistas que lamentaram o ocorrido e cobraram segurança na Amazônia e investigações “transparente e independente” do caso.

A confirmação veio após Amarildo Oliveira, conhecido como “Pelado”, preso por suspeita de participação no desaparecimento, confessar envolvimento no crime. Nesta manhã, a PF encontrou remanescentes humanos em um local a 3,1 km do rio em que a dupla estava quando desapareceu no domingo, 5.

Ato no Rio reúne neste domingo, 12, amigos, familiares e apoiadores de Dom Phillips e Bruno Pereira. Foto: Antonio Lacerda/EFE

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), que ajudou nas buscas por Bruno e Dom, definiu o assassinato da dupla como “crime político”, uma vez que ambos era defensores dos Direitos Humanos e estavam desempenhando atividades de em benefício de povos indígenas do Vale do Javari quando desapareceram. “O que acontecerá conosco? Continuaremos vivendo sob ameaças? Precisamos aprofundar e ampliar a investigação. Precisamos de fiscalização territorial efetiva no interior da Terra Indígena Vale do Javari. Precisamos que as Bases de Proteção Etnoambiental (BAPEs) da FUNAI sejam fortalecidas”, disse.

A Greenpeace Brasil e Greenpeace Reino Unido afirmou em nota que as mortes de Bruno e Dom “não se tratam de fatalidades mas, sim, de um projeto criminoso do governo Bolsonaro”, que, segundo o grupo, abre alas para que atividades predatórias e crimes se reproduzam e transformem a Amazônia em domínio particular do crime organizado. “Quando quem busca advogar por um mundo mais verde, justo e pacífico tem sua vida colocada à prova, não restam dúvidas de que a nossa jovem democracia está em risco e se equilibra em uma corda bamba”, disse.

O Observatório do Clima defendeu que o assassinato da dupla tem “a digital da necropolítica brasileira” e lembrou de outras tragédias envolvendo ativistas ambientais como Chico Mendes, Dorothy Stang, João Cláudio e Maria, dentre outros. “A necropolítica, marca do atual governo, também está presente nas mortes de Dom e Bruno”, disse.

A organização não-governamental WWF-Brasil afirmou que “o descaso do governo com a Amazônia e os defensores de seus povos e da floresta que permitiu o assassinato de Dom e Bruno”. “O nível de violência aplicada a Bruno e Dom explicita como a Amazônia está à mercê da lei do mais forte, sob a qual a brutalidade é a moeda corrente”, disse em nota.

O Conectas Direitos Humanos apontou que a morte de Bruno e Dom é “mais um capítulo triste e sombrio da nossa história” que evidencia “grave cenário de insegurança” em que se encontram defensores de DHs, jornalistas, lideranças indígenas e de comunidades tradicionais que lutam pelos direitos humanos. “Exigimos apuração célere do caso, sua elucidação e responsabilização dos envolvidos”, disse.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) reforçou em nota um pedido para às autoridades nacionais e internacionais para que a execução seja apurada de “forma célere, transparente e independente, sem qualquer interferência que possa atrapalhar a investigação”. A associação ainda lembrou declarações polêmicas dadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o caso. A nota também conta com a assinatura de outras oito organizações: Associação de Jornalismo Digital (Ajor), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Artigo 19, Intervozes, Instituto Palavra Aberta, Instituto Vladimir Herzog, Repórteres sem Fronteiras (RSF) e Tornavoz.

A Anistia Internacional expressou pesar pelo falecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips e afirmou que os assassinatos “são inaceitáveis, mas não são casos isolados”. “O Brasil é um dos países que mais mata ambientalistas e defensores de direitos humanos em todo o mundo, e esta realidade é consequência de uma política que promove ataques a legislação ambiental, desmantela as instituições de promoção e proteção dos direitos dos povos indígenas e criminaliza as lutas e organizações populares”, disse Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil.

A Polícia Federal afirmou nesta quarta-feira, 15, que o jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira foram assassinados no Vale do Javari no domingo, 5. O anúncio gerou reação de organizações indígenas, ambientais, de direitos humanos e de jornalistas que lamentaram o ocorrido e cobraram segurança na Amazônia e investigações “transparente e independente” do caso.

A confirmação veio após Amarildo Oliveira, conhecido como “Pelado”, preso por suspeita de participação no desaparecimento, confessar envolvimento no crime. Nesta manhã, a PF encontrou remanescentes humanos em um local a 3,1 km do rio em que a dupla estava quando desapareceu no domingo, 5.

Ato no Rio reúne neste domingo, 12, amigos, familiares e apoiadores de Dom Phillips e Bruno Pereira. Foto: Antonio Lacerda/EFE

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), que ajudou nas buscas por Bruno e Dom, definiu o assassinato da dupla como “crime político”, uma vez que ambos era defensores dos Direitos Humanos e estavam desempenhando atividades de em benefício de povos indígenas do Vale do Javari quando desapareceram. “O que acontecerá conosco? Continuaremos vivendo sob ameaças? Precisamos aprofundar e ampliar a investigação. Precisamos de fiscalização territorial efetiva no interior da Terra Indígena Vale do Javari. Precisamos que as Bases de Proteção Etnoambiental (BAPEs) da FUNAI sejam fortalecidas”, disse.

A Greenpeace Brasil e Greenpeace Reino Unido afirmou em nota que as mortes de Bruno e Dom “não se tratam de fatalidades mas, sim, de um projeto criminoso do governo Bolsonaro”, que, segundo o grupo, abre alas para que atividades predatórias e crimes se reproduzam e transformem a Amazônia em domínio particular do crime organizado. “Quando quem busca advogar por um mundo mais verde, justo e pacífico tem sua vida colocada à prova, não restam dúvidas de que a nossa jovem democracia está em risco e se equilibra em uma corda bamba”, disse.

O Observatório do Clima defendeu que o assassinato da dupla tem “a digital da necropolítica brasileira” e lembrou de outras tragédias envolvendo ativistas ambientais como Chico Mendes, Dorothy Stang, João Cláudio e Maria, dentre outros. “A necropolítica, marca do atual governo, também está presente nas mortes de Dom e Bruno”, disse.

A organização não-governamental WWF-Brasil afirmou que “o descaso do governo com a Amazônia e os defensores de seus povos e da floresta que permitiu o assassinato de Dom e Bruno”. “O nível de violência aplicada a Bruno e Dom explicita como a Amazônia está à mercê da lei do mais forte, sob a qual a brutalidade é a moeda corrente”, disse em nota.

O Conectas Direitos Humanos apontou que a morte de Bruno e Dom é “mais um capítulo triste e sombrio da nossa história” que evidencia “grave cenário de insegurança” em que se encontram defensores de DHs, jornalistas, lideranças indígenas e de comunidades tradicionais que lutam pelos direitos humanos. “Exigimos apuração célere do caso, sua elucidação e responsabilização dos envolvidos”, disse.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) reforçou em nota um pedido para às autoridades nacionais e internacionais para que a execução seja apurada de “forma célere, transparente e independente, sem qualquer interferência que possa atrapalhar a investigação”. A associação ainda lembrou declarações polêmicas dadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o caso. A nota também conta com a assinatura de outras oito organizações: Associação de Jornalismo Digital (Ajor), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Artigo 19, Intervozes, Instituto Palavra Aberta, Instituto Vladimir Herzog, Repórteres sem Fronteiras (RSF) e Tornavoz.

A Anistia Internacional expressou pesar pelo falecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips e afirmou que os assassinatos “são inaceitáveis, mas não são casos isolados”. “O Brasil é um dos países que mais mata ambientalistas e defensores de direitos humanos em todo o mundo, e esta realidade é consequência de uma política que promove ataques a legislação ambiental, desmantela as instituições de promoção e proteção dos direitos dos povos indígenas e criminaliza as lutas e organizações populares”, disse Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil.

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