Escalado por Lula para ‘construir pontes’ com as Forças Armadas, Múcio já atua antes da nomeação


Presidente eleito escolheu seu antigo articulador político no Palácio do Planalto como novo ministro da Defesa

Por Felipe Frazão

BRASÍLIA - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta sexta-feira, dia 9, a escolha de José Múcio para o cargo de ministro da Defesa. Ex-deputado e ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Múcio foi um dos nomes do primeiro escalão antecipados por Lula. Experiente parlamentar, amigo do petista e ex-articulador político no Palácio do Planalto, Múcio será o elo direto com as Forças Armadas e trabalhará para minar a resistência a Lula nas cúpulas militares e mudar o tratamento a comportamentos partidários.

Múcio, que se diz um “construtor de pontes”, já começou a agir antes mesmo da indicação. Em contato com Lula, participou da escolha nesta quinta-feira, dia 8, dos próximos comandantes-gerais das três forças. Os escolhidos foram o general Júlio César Arruda (Exército), o almirante Marcos Olsen (Marinha), e o brigadeiro Marcelo Damasceno (Aeronáutica). Os altos comandos das três Forças foram informados extraoficialmente.

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O ex-ministro do TCU, José Múcio, foi indicado para ser o ministro da Defesa no governo Lula. Foto: Dida Sampaio / Estadão

Eles deverão agora iniciar a transição com passagens de comando internamente. Lula estava pressionado por não ter conseguido formalizar um grupo de trabalho técnico, para fazer um diagnóstico de prioridades de um ministério com orçamento robustecido e gastos de longo prazo bilionários. Ele consultou ex-comandantes de antigos governos do PT, bem como a cúpula militar demitida por Jair Bolsonaro na mais forte crise militar da história recente.

A temperatura se elevou no entorno de Lula com a decisão dos comandantes atuais, nomeados por Jair Bolsonaro, de sair do cargo antes da hora, em vez de aguardar a posse do eleito, como é praxe. Aliados de Lula interpretaram o ato como um sinal de desprezo político. As providências já estavam sendo tomadas para a despedida. Seria uma das primeiras crises de Lula na caserna, e Múcio teve de agir para debelar.

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Havia um impasse e falta de acesso de quatros ligados ao PT com trânsito nas atuais cúpulas militares, muito mais próximas do bolsonarismo. Na campanha, Lula não havia conseguido acesso aos comandantes. Prometera desmilitarizar o governo, substituindo na máquina cerca de 6 mil militares que ocupam cargos civis.

Petistas como Aloizio Mercadante, ex-ministro que é filho de militar, chegaram a dizer que enxergavam um problema institucional com relação ao papel social das Forças Armadas. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, criticou a compra de 98 blindados italianos no fim da gestão Bolsonaro por R$ 3,3 bilhões para o Exército, uma “imoralidade”, segundo ela. O Exército soltou nota para justificar a aquisição e apontou que “setores” se equivocaram.

O próximo ministro precisará conviver com provável redução do orçamento da Defesa perante outras pastas, ao contrário do que vinha ocorrendo sob Bolsonaro. Mesmo assim, um dos projetos estratégicos, o KC 390, teve seu contrato de unidades reduzido ante o previsto. Além do KC, Múcio terá o desafio de levar adiante com menos atrasos os projetos estratégicos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, como o programa de caças Grippen e o de submarinos.

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Os militares querem ainda compromisso de que Lula não vai rever a reforma da aposentadoria e de remunerações dos militares aprovada em 2019 de forma benéfica por Bolsonaro, querem evitar interferências na promoção dos generais e manter escolas militares distante de revisão curricular.

Múcio terá ainda de convencer os comandantes a tratar de forma mais rigorosa transgressões disciplinares por envolvimento político. A falta de punição ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello é um divisor de águas. Deputado eleito pelo PL, ele era general da ativa e ministro de Bolsonaro quando participou de ato de campanha. Enquanto oficiais da reserva críticos ao protagonismo político e partidarização das Forças Armadas eram submetidos a processos, oficiais e praças da ativa se envolviam com manifestações bolsonaristas de teor golpista diante de quarteis. As concentrações, permitidas pelos militares, também serão um desafio se perdurarem.

Os atuais comandantes, general Marco Antonio Freire Gomes, almirante Almir Garnier Santos e o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Jr haviam considerado as manifestações legítimas desde que sem exageros. Eles escreveram uma carta conjunta, revelada pelo Estadão.

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Bem recebido na caserna, Múcio foi o escolhido depois de muitas especulações e conversas de bastidores que envolviam nomes de dois ex-ministros da Defesa até hoje bem quistos na tropa, como Aldo Rebelo e Nelson Jobim. Como prometido, Lula escolheu um civil com experiência institucional, como sugeriram militares.

Aos 74 anos, José Múcio Monteiro Filho foi deputado federal, um dos nomes mais influentes de PTB, PFL, PSC, PSDB e PSD. Em quase cinco décadas, ele passou por diversos partidos. Começou na Arena, partido ligado ao regime militar, onde atuou de 1966 a 1979. Pernambucano do Recife, é formado em Engenharia.

Foi contemporâneo de Roberto Jefferson e Jair Bolsonaro na Câmara, entre outros hoje ligados à extrema direita. O atual presidente chegou a declarar-se “apaixonado” por Múcio, que não aceitou convites para integrar a gestão dele. Ao contrário, Múcio foi um crítico do presidente durante a pandemia da covid-19.

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Na Câmara por cinco mandatos, foi líder do governo Lula. Licenciou-se para assumir cargos na prefeitura do Recife, sua cidade natal, e no governo de Pernambuco e para assumir como ministro da Secretaria de Relações Institucionais. Em 2009, foi indicado ao Tribunal de Contas da União, do qual se aposentou no início de janeiro de 2021, dois anos antes da aposentadoria obrigatória. Foi vice-prefeito e prefeito de Rio Formoso (PE).

Como mostrou o Estadão, o ministro agia para abrir as portas a empresários no governo. Ele se organizou para sair dos negócios privados a fim de assumir o cargo de ministro da Defesa. Ele escolheu para a cúpula do órgão um nome próximo a si, ex-colaborador no TCU, e o almirante Renato Aguiar Freire, que era o mais antigo da Marinha, como chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.

Múcio será o primeiro civil a voltar a chefiar a Defesa desde 2018, quando pela primeira vez desde 1999, quando criado, o ministério foi entregue a um fardado, o general Joaquim Silva e Luna.

BRASÍLIA - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta sexta-feira, dia 9, a escolha de José Múcio para o cargo de ministro da Defesa. Ex-deputado e ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Múcio foi um dos nomes do primeiro escalão antecipados por Lula. Experiente parlamentar, amigo do petista e ex-articulador político no Palácio do Planalto, Múcio será o elo direto com as Forças Armadas e trabalhará para minar a resistência a Lula nas cúpulas militares e mudar o tratamento a comportamentos partidários.

Múcio, que se diz um “construtor de pontes”, já começou a agir antes mesmo da indicação. Em contato com Lula, participou da escolha nesta quinta-feira, dia 8, dos próximos comandantes-gerais das três forças. Os escolhidos foram o general Júlio César Arruda (Exército), o almirante Marcos Olsen (Marinha), e o brigadeiro Marcelo Damasceno (Aeronáutica). Os altos comandos das três Forças foram informados extraoficialmente.

O ex-ministro do TCU, José Múcio, foi indicado para ser o ministro da Defesa no governo Lula. Foto: Dida Sampaio / Estadão

Eles deverão agora iniciar a transição com passagens de comando internamente. Lula estava pressionado por não ter conseguido formalizar um grupo de trabalho técnico, para fazer um diagnóstico de prioridades de um ministério com orçamento robustecido e gastos de longo prazo bilionários. Ele consultou ex-comandantes de antigos governos do PT, bem como a cúpula militar demitida por Jair Bolsonaro na mais forte crise militar da história recente.

A temperatura se elevou no entorno de Lula com a decisão dos comandantes atuais, nomeados por Jair Bolsonaro, de sair do cargo antes da hora, em vez de aguardar a posse do eleito, como é praxe. Aliados de Lula interpretaram o ato como um sinal de desprezo político. As providências já estavam sendo tomadas para a despedida. Seria uma das primeiras crises de Lula na caserna, e Múcio teve de agir para debelar.

Havia um impasse e falta de acesso de quatros ligados ao PT com trânsito nas atuais cúpulas militares, muito mais próximas do bolsonarismo. Na campanha, Lula não havia conseguido acesso aos comandantes. Prometera desmilitarizar o governo, substituindo na máquina cerca de 6 mil militares que ocupam cargos civis.

Petistas como Aloizio Mercadante, ex-ministro que é filho de militar, chegaram a dizer que enxergavam um problema institucional com relação ao papel social das Forças Armadas. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, criticou a compra de 98 blindados italianos no fim da gestão Bolsonaro por R$ 3,3 bilhões para o Exército, uma “imoralidade”, segundo ela. O Exército soltou nota para justificar a aquisição e apontou que “setores” se equivocaram.

O próximo ministro precisará conviver com provável redução do orçamento da Defesa perante outras pastas, ao contrário do que vinha ocorrendo sob Bolsonaro. Mesmo assim, um dos projetos estratégicos, o KC 390, teve seu contrato de unidades reduzido ante o previsto. Além do KC, Múcio terá o desafio de levar adiante com menos atrasos os projetos estratégicos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, como o programa de caças Grippen e o de submarinos.

Os militares querem ainda compromisso de que Lula não vai rever a reforma da aposentadoria e de remunerações dos militares aprovada em 2019 de forma benéfica por Bolsonaro, querem evitar interferências na promoção dos generais e manter escolas militares distante de revisão curricular.

Múcio terá ainda de convencer os comandantes a tratar de forma mais rigorosa transgressões disciplinares por envolvimento político. A falta de punição ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello é um divisor de águas. Deputado eleito pelo PL, ele era general da ativa e ministro de Bolsonaro quando participou de ato de campanha. Enquanto oficiais da reserva críticos ao protagonismo político e partidarização das Forças Armadas eram submetidos a processos, oficiais e praças da ativa se envolviam com manifestações bolsonaristas de teor golpista diante de quarteis. As concentrações, permitidas pelos militares, também serão um desafio se perdurarem.

Os atuais comandantes, general Marco Antonio Freire Gomes, almirante Almir Garnier Santos e o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Jr haviam considerado as manifestações legítimas desde que sem exageros. Eles escreveram uma carta conjunta, revelada pelo Estadão.

Bem recebido na caserna, Múcio foi o escolhido depois de muitas especulações e conversas de bastidores que envolviam nomes de dois ex-ministros da Defesa até hoje bem quistos na tropa, como Aldo Rebelo e Nelson Jobim. Como prometido, Lula escolheu um civil com experiência institucional, como sugeriram militares.

Aos 74 anos, José Múcio Monteiro Filho foi deputado federal, um dos nomes mais influentes de PTB, PFL, PSC, PSDB e PSD. Em quase cinco décadas, ele passou por diversos partidos. Começou na Arena, partido ligado ao regime militar, onde atuou de 1966 a 1979. Pernambucano do Recife, é formado em Engenharia.

Foi contemporâneo de Roberto Jefferson e Jair Bolsonaro na Câmara, entre outros hoje ligados à extrema direita. O atual presidente chegou a declarar-se “apaixonado” por Múcio, que não aceitou convites para integrar a gestão dele. Ao contrário, Múcio foi um crítico do presidente durante a pandemia da covid-19.

Na Câmara por cinco mandatos, foi líder do governo Lula. Licenciou-se para assumir cargos na prefeitura do Recife, sua cidade natal, e no governo de Pernambuco e para assumir como ministro da Secretaria de Relações Institucionais. Em 2009, foi indicado ao Tribunal de Contas da União, do qual se aposentou no início de janeiro de 2021, dois anos antes da aposentadoria obrigatória. Foi vice-prefeito e prefeito de Rio Formoso (PE).

Como mostrou o Estadão, o ministro agia para abrir as portas a empresários no governo. Ele se organizou para sair dos negócios privados a fim de assumir o cargo de ministro da Defesa. Ele escolheu para a cúpula do órgão um nome próximo a si, ex-colaborador no TCU, e o almirante Renato Aguiar Freire, que era o mais antigo da Marinha, como chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.

Múcio será o primeiro civil a voltar a chefiar a Defesa desde 2018, quando pela primeira vez desde 1999, quando criado, o ministério foi entregue a um fardado, o general Joaquim Silva e Luna.

BRASÍLIA - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta sexta-feira, dia 9, a escolha de José Múcio para o cargo de ministro da Defesa. Ex-deputado e ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Múcio foi um dos nomes do primeiro escalão antecipados por Lula. Experiente parlamentar, amigo do petista e ex-articulador político no Palácio do Planalto, Múcio será o elo direto com as Forças Armadas e trabalhará para minar a resistência a Lula nas cúpulas militares e mudar o tratamento a comportamentos partidários.

Múcio, que se diz um “construtor de pontes”, já começou a agir antes mesmo da indicação. Em contato com Lula, participou da escolha nesta quinta-feira, dia 8, dos próximos comandantes-gerais das três forças. Os escolhidos foram o general Júlio César Arruda (Exército), o almirante Marcos Olsen (Marinha), e o brigadeiro Marcelo Damasceno (Aeronáutica). Os altos comandos das três Forças foram informados extraoficialmente.

O ex-ministro do TCU, José Múcio, foi indicado para ser o ministro da Defesa no governo Lula. Foto: Dida Sampaio / Estadão

Eles deverão agora iniciar a transição com passagens de comando internamente. Lula estava pressionado por não ter conseguido formalizar um grupo de trabalho técnico, para fazer um diagnóstico de prioridades de um ministério com orçamento robustecido e gastos de longo prazo bilionários. Ele consultou ex-comandantes de antigos governos do PT, bem como a cúpula militar demitida por Jair Bolsonaro na mais forte crise militar da história recente.

A temperatura se elevou no entorno de Lula com a decisão dos comandantes atuais, nomeados por Jair Bolsonaro, de sair do cargo antes da hora, em vez de aguardar a posse do eleito, como é praxe. Aliados de Lula interpretaram o ato como um sinal de desprezo político. As providências já estavam sendo tomadas para a despedida. Seria uma das primeiras crises de Lula na caserna, e Múcio teve de agir para debelar.

Havia um impasse e falta de acesso de quatros ligados ao PT com trânsito nas atuais cúpulas militares, muito mais próximas do bolsonarismo. Na campanha, Lula não havia conseguido acesso aos comandantes. Prometera desmilitarizar o governo, substituindo na máquina cerca de 6 mil militares que ocupam cargos civis.

Petistas como Aloizio Mercadante, ex-ministro que é filho de militar, chegaram a dizer que enxergavam um problema institucional com relação ao papel social das Forças Armadas. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, criticou a compra de 98 blindados italianos no fim da gestão Bolsonaro por R$ 3,3 bilhões para o Exército, uma “imoralidade”, segundo ela. O Exército soltou nota para justificar a aquisição e apontou que “setores” se equivocaram.

O próximo ministro precisará conviver com provável redução do orçamento da Defesa perante outras pastas, ao contrário do que vinha ocorrendo sob Bolsonaro. Mesmo assim, um dos projetos estratégicos, o KC 390, teve seu contrato de unidades reduzido ante o previsto. Além do KC, Múcio terá o desafio de levar adiante com menos atrasos os projetos estratégicos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, como o programa de caças Grippen e o de submarinos.

Os militares querem ainda compromisso de que Lula não vai rever a reforma da aposentadoria e de remunerações dos militares aprovada em 2019 de forma benéfica por Bolsonaro, querem evitar interferências na promoção dos generais e manter escolas militares distante de revisão curricular.

Múcio terá ainda de convencer os comandantes a tratar de forma mais rigorosa transgressões disciplinares por envolvimento político. A falta de punição ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello é um divisor de águas. Deputado eleito pelo PL, ele era general da ativa e ministro de Bolsonaro quando participou de ato de campanha. Enquanto oficiais da reserva críticos ao protagonismo político e partidarização das Forças Armadas eram submetidos a processos, oficiais e praças da ativa se envolviam com manifestações bolsonaristas de teor golpista diante de quarteis. As concentrações, permitidas pelos militares, também serão um desafio se perdurarem.

Os atuais comandantes, general Marco Antonio Freire Gomes, almirante Almir Garnier Santos e o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Jr haviam considerado as manifestações legítimas desde que sem exageros. Eles escreveram uma carta conjunta, revelada pelo Estadão.

Bem recebido na caserna, Múcio foi o escolhido depois de muitas especulações e conversas de bastidores que envolviam nomes de dois ex-ministros da Defesa até hoje bem quistos na tropa, como Aldo Rebelo e Nelson Jobim. Como prometido, Lula escolheu um civil com experiência institucional, como sugeriram militares.

Aos 74 anos, José Múcio Monteiro Filho foi deputado federal, um dos nomes mais influentes de PTB, PFL, PSC, PSDB e PSD. Em quase cinco décadas, ele passou por diversos partidos. Começou na Arena, partido ligado ao regime militar, onde atuou de 1966 a 1979. Pernambucano do Recife, é formado em Engenharia.

Foi contemporâneo de Roberto Jefferson e Jair Bolsonaro na Câmara, entre outros hoje ligados à extrema direita. O atual presidente chegou a declarar-se “apaixonado” por Múcio, que não aceitou convites para integrar a gestão dele. Ao contrário, Múcio foi um crítico do presidente durante a pandemia da covid-19.

Na Câmara por cinco mandatos, foi líder do governo Lula. Licenciou-se para assumir cargos na prefeitura do Recife, sua cidade natal, e no governo de Pernambuco e para assumir como ministro da Secretaria de Relações Institucionais. Em 2009, foi indicado ao Tribunal de Contas da União, do qual se aposentou no início de janeiro de 2021, dois anos antes da aposentadoria obrigatória. Foi vice-prefeito e prefeito de Rio Formoso (PE).

Como mostrou o Estadão, o ministro agia para abrir as portas a empresários no governo. Ele se organizou para sair dos negócios privados a fim de assumir o cargo de ministro da Defesa. Ele escolheu para a cúpula do órgão um nome próximo a si, ex-colaborador no TCU, e o almirante Renato Aguiar Freire, que era o mais antigo da Marinha, como chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.

Múcio será o primeiro civil a voltar a chefiar a Defesa desde 2018, quando pela primeira vez desde 1999, quando criado, o ministério foi entregue a um fardado, o general Joaquim Silva e Luna.

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