Escolhido para chefiar a PF fez segurança de Bolsonaro e tem a confiança dos filhos


Delegado Alexandre Ramagem tem 47 anos e é o atual chefe da Abin; exoneração de ex-diretor levou Moro a se demitir do ministério da Justiça

Por Vinícius Valfré

BRASÍLIA – Escolhido para dirigir a Polícia Federal, o delegado Alexandre Ramagem Rodrigues, de 47 anos, atual diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) chefiou, em 2018, a equipe responsável pela segurança do então candidato eleito Jair Bolsonaro e goza da confiança dos filhos do presidente.

Ramagem deve assumir o cargo no lugar do delegado Maurício Valeixo, cuja exoneração levou o ex-juiz da Operação Lava Jato Sergio Moro a se demitir do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A nomeação do novo diretor ainda depende de publicação no Diário Oficial da União.

Alexandre Ramagem Rodrigues é o escolhido para comandar a Polícia Federal Foto: Dida Sampaio/Estadão
continua após a publicidade

A tarefa que colocou Ramagem na vigilância direta de Bolsonaro por cerca de dois meses demandou “trabalho intenso de inteligência”. Ele foi o terceiro delegado a assumir a missão. O primeiro, Daniel França, foi substituído após o então candidato sofrer um atentado em Juiz de Fora, Minas Gerais. O outro, Antonio Marcos Teixeira, foi retirado logo após o segundo turno, em 28 de outubro.

Alexandre Ramagem passou em concurso da Polícia Federal em 2005. Chegou a ser nomeado superintendente no Ceará no ano passado, mas não chegou a assumir o posto. Foi convidado para trabalhar em Brasília, perto de Bolsonaro, como auxiliar direto de Carlos Alberto Santos Cruz, então chefe da Secretaria de Governo. Permaneceu como assessor especial de Luiz Eduardo Ramos, sucessor de Santos Cruz no cargo.

Da assessoria, foi indicado a chefe da Abin com a autoridade de quem gozava da “total confiança” da família Bolsonaro. Ele chegou ao posto depois de um lobby do deputado Eduardo, escrivão de carreira da PF, do vereador Carlos e do senador Flávio Bolsonaro.

continua após a publicidade

Na sabatina realizada pela Comissão de Relações Exteriores do Senado, como etapa do processo de nomeação, em junho de 2019, Flávio Bolsonaro fez diversos elogios ao policial. “Goza da total confiança”, disse o parlamentar na ocasião. “A sua competência não é questionada em momento nenhum”, afirmou o filho do presidente.

Flávio também fez votos para que delegado e equipe pudessem “alimentar” o presidente com informações para tomadas de “decisões importantes”. “É fundamental ter uma equipe que dispõe não só de tecnologia de ponta, à frente daquelas usadas por marginais, mas também do pessoal qualificado, que tenha a visão, a percepção, a iniciativa de identificar o que é importante, para que se busque, para alimentar o presidente da República e toda sua equipe”, disse o senador.

O parlamentar é alvo de investigações no Rio de Janeiro que apuram esquemas no gabinete do então deputado estadual. A pressão sobre Flávio se intensificou ainda em dezembro de 2018, quando o Estado revelou movimentações atípicas nas contas do ex-policial militar Fabrício Queiroz, seu assessor na Assembleia Legislativa.

BRASÍLIA – Escolhido para dirigir a Polícia Federal, o delegado Alexandre Ramagem Rodrigues, de 47 anos, atual diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) chefiou, em 2018, a equipe responsável pela segurança do então candidato eleito Jair Bolsonaro e goza da confiança dos filhos do presidente.

Ramagem deve assumir o cargo no lugar do delegado Maurício Valeixo, cuja exoneração levou o ex-juiz da Operação Lava Jato Sergio Moro a se demitir do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A nomeação do novo diretor ainda depende de publicação no Diário Oficial da União.

Alexandre Ramagem Rodrigues é o escolhido para comandar a Polícia Federal Foto: Dida Sampaio/Estadão

A tarefa que colocou Ramagem na vigilância direta de Bolsonaro por cerca de dois meses demandou “trabalho intenso de inteligência”. Ele foi o terceiro delegado a assumir a missão. O primeiro, Daniel França, foi substituído após o então candidato sofrer um atentado em Juiz de Fora, Minas Gerais. O outro, Antonio Marcos Teixeira, foi retirado logo após o segundo turno, em 28 de outubro.

Alexandre Ramagem passou em concurso da Polícia Federal em 2005. Chegou a ser nomeado superintendente no Ceará no ano passado, mas não chegou a assumir o posto. Foi convidado para trabalhar em Brasília, perto de Bolsonaro, como auxiliar direto de Carlos Alberto Santos Cruz, então chefe da Secretaria de Governo. Permaneceu como assessor especial de Luiz Eduardo Ramos, sucessor de Santos Cruz no cargo.

Da assessoria, foi indicado a chefe da Abin com a autoridade de quem gozava da “total confiança” da família Bolsonaro. Ele chegou ao posto depois de um lobby do deputado Eduardo, escrivão de carreira da PF, do vereador Carlos e do senador Flávio Bolsonaro.

Na sabatina realizada pela Comissão de Relações Exteriores do Senado, como etapa do processo de nomeação, em junho de 2019, Flávio Bolsonaro fez diversos elogios ao policial. “Goza da total confiança”, disse o parlamentar na ocasião. “A sua competência não é questionada em momento nenhum”, afirmou o filho do presidente.

Flávio também fez votos para que delegado e equipe pudessem “alimentar” o presidente com informações para tomadas de “decisões importantes”. “É fundamental ter uma equipe que dispõe não só de tecnologia de ponta, à frente daquelas usadas por marginais, mas também do pessoal qualificado, que tenha a visão, a percepção, a iniciativa de identificar o que é importante, para que se busque, para alimentar o presidente da República e toda sua equipe”, disse o senador.

O parlamentar é alvo de investigações no Rio de Janeiro que apuram esquemas no gabinete do então deputado estadual. A pressão sobre Flávio se intensificou ainda em dezembro de 2018, quando o Estado revelou movimentações atípicas nas contas do ex-policial militar Fabrício Queiroz, seu assessor na Assembleia Legislativa.

BRASÍLIA – Escolhido para dirigir a Polícia Federal, o delegado Alexandre Ramagem Rodrigues, de 47 anos, atual diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) chefiou, em 2018, a equipe responsável pela segurança do então candidato eleito Jair Bolsonaro e goza da confiança dos filhos do presidente.

Ramagem deve assumir o cargo no lugar do delegado Maurício Valeixo, cuja exoneração levou o ex-juiz da Operação Lava Jato Sergio Moro a se demitir do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A nomeação do novo diretor ainda depende de publicação no Diário Oficial da União.

Alexandre Ramagem Rodrigues é o escolhido para comandar a Polícia Federal Foto: Dida Sampaio/Estadão

A tarefa que colocou Ramagem na vigilância direta de Bolsonaro por cerca de dois meses demandou “trabalho intenso de inteligência”. Ele foi o terceiro delegado a assumir a missão. O primeiro, Daniel França, foi substituído após o então candidato sofrer um atentado em Juiz de Fora, Minas Gerais. O outro, Antonio Marcos Teixeira, foi retirado logo após o segundo turno, em 28 de outubro.

Alexandre Ramagem passou em concurso da Polícia Federal em 2005. Chegou a ser nomeado superintendente no Ceará no ano passado, mas não chegou a assumir o posto. Foi convidado para trabalhar em Brasília, perto de Bolsonaro, como auxiliar direto de Carlos Alberto Santos Cruz, então chefe da Secretaria de Governo. Permaneceu como assessor especial de Luiz Eduardo Ramos, sucessor de Santos Cruz no cargo.

Da assessoria, foi indicado a chefe da Abin com a autoridade de quem gozava da “total confiança” da família Bolsonaro. Ele chegou ao posto depois de um lobby do deputado Eduardo, escrivão de carreira da PF, do vereador Carlos e do senador Flávio Bolsonaro.

Na sabatina realizada pela Comissão de Relações Exteriores do Senado, como etapa do processo de nomeação, em junho de 2019, Flávio Bolsonaro fez diversos elogios ao policial. “Goza da total confiança”, disse o parlamentar na ocasião. “A sua competência não é questionada em momento nenhum”, afirmou o filho do presidente.

Flávio também fez votos para que delegado e equipe pudessem “alimentar” o presidente com informações para tomadas de “decisões importantes”. “É fundamental ter uma equipe que dispõe não só de tecnologia de ponta, à frente daquelas usadas por marginais, mas também do pessoal qualificado, que tenha a visão, a percepção, a iniciativa de identificar o que é importante, para que se busque, para alimentar o presidente da República e toda sua equipe”, disse o senador.

O parlamentar é alvo de investigações no Rio de Janeiro que apuram esquemas no gabinete do então deputado estadual. A pressão sobre Flávio se intensificou ainda em dezembro de 2018, quando o Estado revelou movimentações atípicas nas contas do ex-policial militar Fabrício Queiroz, seu assessor na Assembleia Legislativa.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.