‘Esse assunto já se encerrou faz tempo’, diz Moraes sobre relatório da Defesa


Presidente do TSE quer encerrar o caso da fiscalização feita pelos militares que não apontou provas de fraude nas eleições

Por Weslley Galzo
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, deu por encerrada a fiscalização do Ministério da Defesa no sistema eletrônico de votação. Ele indicou que o relatório apresentado ontem pelos militares não terá desdobramento e o resultado da eleição será respeitado. Questionado por jornalistas sobre as providências que adotaria a partir do pedido das Forças Armadas de instauração de investigação urgente sobre as urnas, Moraes afirmou: “esse assunto já se encerrou faz tempo”.

Logo após a divulgação do relatório das Forças Armadas na noite de ontem, Moraes emitiu uma nota em que agradece o envio do documento destacando que o trabalho dos militares não aponta qualquer fraude ocorrida na eleição.

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O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, em reunião com o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, em agosto deste ano. Foto: Divulgação / TSE

Nesta quinta-feira, 10, o Ministério da Defesa divulgou uma segunda nota dizendo que a fiscalização realizada “não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022″.

“Por isso, o Ministério da Defesa solicitou ao TSE, com urgência, a realização de uma investigação técnica sobre o ocorrido na compilação do código-fonte e de uma análise minuciosa dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas, criando-se, para esses fins, uma comissão específica de técnicos renomados da sociedade e de técnicos representantes das entidades fiscalizadoras”, diz a nota.

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Para o TSE, no entanto, como não foi encontrada nenhuma irregularidade e o mesmo relatório aponta que votos registros em boletins impresso pelas urnas coincidiram com os votos totalizados, não que se falar em questionamento do resultado.

A nota da Defesa foi divulgada após uma onda de reações negativas de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais. Usuários do Twitter disseram ter se sentido traídos pelas Forças Armadas por causa do resultado da fiscalização e da contagem paralela de votos.

Os militares fizeram diversas investidas na Justiça Eleitoral para que pudessem realizar a contagem paralela e instituir um teste de segurança das urnas com uso das digitais dos eleitores, como forma de evitar possíveis fraudes ou a instalação de um “código malicioso” nos dispositivos que teria a capacidade de alterar o resultado das eleições.

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O presidente Jair Bolsonaro com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, durante parada militar do bicentenário da Independência em setembro deste ano. Foto: AP / AP

O Estadão apurou que o uso da expressão “código malicioso” pelo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, foi interpretado no TSE como uma forma de Nogueira atender de alguma forma o presidente Jair Bolsonaro, que contava com esse relatório como a última cartada para contestar o resultado da eleição. Ainda não há confirmação se o presidente fará isso.

Segundo apurou o Estadão, o relatório da Defesa também causou mal estar no núcleo político do candidato vencedor das eleições deste, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em visita à sede do TSE na tarde ontem, Lula considerou ser um “absurdo” a forma como as Forças Armadas foram utilizadas politicamente na cruzada de Bolsonaro contra as urnas eletrônicas.

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Na manhã desta quinta-feira, 10, Lula fez discurso em que criticou a conduta do presidente e disse que ele humilhou as Forças Armadas no caso da fiscalização das urnas. “Ontem aconteceu uma coisa humilhante e deplorável para as nossas Forças Armadas. Um presidente da República, que é o chefe supremo das Forças Armadas, não tem o direito de envolver as Forças Armadas a fazer uma comissão para investigar urnas eletrônicas, coisas que são da sociedade civil, dos partidos políticos e do Congresso Nacional”, declarou Lula.

BRASÍLIA - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, deu por encerrada a fiscalização do Ministério da Defesa no sistema eletrônico de votação. Ele indicou que o relatório apresentado ontem pelos militares não terá desdobramento e o resultado da eleição será respeitado. Questionado por jornalistas sobre as providências que adotaria a partir do pedido das Forças Armadas de instauração de investigação urgente sobre as urnas, Moraes afirmou: “esse assunto já se encerrou faz tempo”.

Logo após a divulgação do relatório das Forças Armadas na noite de ontem, Moraes emitiu uma nota em que agradece o envio do documento destacando que o trabalho dos militares não aponta qualquer fraude ocorrida na eleição.

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, em reunião com o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, em agosto deste ano. Foto: Divulgação / TSE

Nesta quinta-feira, 10, o Ministério da Defesa divulgou uma segunda nota dizendo que a fiscalização realizada “não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022″.

“Por isso, o Ministério da Defesa solicitou ao TSE, com urgência, a realização de uma investigação técnica sobre o ocorrido na compilação do código-fonte e de uma análise minuciosa dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas, criando-se, para esses fins, uma comissão específica de técnicos renomados da sociedade e de técnicos representantes das entidades fiscalizadoras”, diz a nota.

Para o TSE, no entanto, como não foi encontrada nenhuma irregularidade e o mesmo relatório aponta que votos registros em boletins impresso pelas urnas coincidiram com os votos totalizados, não que se falar em questionamento do resultado.

A nota da Defesa foi divulgada após uma onda de reações negativas de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais. Usuários do Twitter disseram ter se sentido traídos pelas Forças Armadas por causa do resultado da fiscalização e da contagem paralela de votos.

Os militares fizeram diversas investidas na Justiça Eleitoral para que pudessem realizar a contagem paralela e instituir um teste de segurança das urnas com uso das digitais dos eleitores, como forma de evitar possíveis fraudes ou a instalação de um “código malicioso” nos dispositivos que teria a capacidade de alterar o resultado das eleições.

O presidente Jair Bolsonaro com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, durante parada militar do bicentenário da Independência em setembro deste ano. Foto: AP / AP

O Estadão apurou que o uso da expressão “código malicioso” pelo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, foi interpretado no TSE como uma forma de Nogueira atender de alguma forma o presidente Jair Bolsonaro, que contava com esse relatório como a última cartada para contestar o resultado da eleição. Ainda não há confirmação se o presidente fará isso.

Segundo apurou o Estadão, o relatório da Defesa também causou mal estar no núcleo político do candidato vencedor das eleições deste, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em visita à sede do TSE na tarde ontem, Lula considerou ser um “absurdo” a forma como as Forças Armadas foram utilizadas politicamente na cruzada de Bolsonaro contra as urnas eletrônicas.

Na manhã desta quinta-feira, 10, Lula fez discurso em que criticou a conduta do presidente e disse que ele humilhou as Forças Armadas no caso da fiscalização das urnas. “Ontem aconteceu uma coisa humilhante e deplorável para as nossas Forças Armadas. Um presidente da República, que é o chefe supremo das Forças Armadas, não tem o direito de envolver as Forças Armadas a fazer uma comissão para investigar urnas eletrônicas, coisas que são da sociedade civil, dos partidos políticos e do Congresso Nacional”, declarou Lula.

BRASÍLIA - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, deu por encerrada a fiscalização do Ministério da Defesa no sistema eletrônico de votação. Ele indicou que o relatório apresentado ontem pelos militares não terá desdobramento e o resultado da eleição será respeitado. Questionado por jornalistas sobre as providências que adotaria a partir do pedido das Forças Armadas de instauração de investigação urgente sobre as urnas, Moraes afirmou: “esse assunto já se encerrou faz tempo”.

Logo após a divulgação do relatório das Forças Armadas na noite de ontem, Moraes emitiu uma nota em que agradece o envio do documento destacando que o trabalho dos militares não aponta qualquer fraude ocorrida na eleição.

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, em reunião com o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, em agosto deste ano. Foto: Divulgação / TSE

Nesta quinta-feira, 10, o Ministério da Defesa divulgou uma segunda nota dizendo que a fiscalização realizada “não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022″.

“Por isso, o Ministério da Defesa solicitou ao TSE, com urgência, a realização de uma investigação técnica sobre o ocorrido na compilação do código-fonte e de uma análise minuciosa dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas, criando-se, para esses fins, uma comissão específica de técnicos renomados da sociedade e de técnicos representantes das entidades fiscalizadoras”, diz a nota.

Para o TSE, no entanto, como não foi encontrada nenhuma irregularidade e o mesmo relatório aponta que votos registros em boletins impresso pelas urnas coincidiram com os votos totalizados, não que se falar em questionamento do resultado.

A nota da Defesa foi divulgada após uma onda de reações negativas de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais. Usuários do Twitter disseram ter se sentido traídos pelas Forças Armadas por causa do resultado da fiscalização e da contagem paralela de votos.

Os militares fizeram diversas investidas na Justiça Eleitoral para que pudessem realizar a contagem paralela e instituir um teste de segurança das urnas com uso das digitais dos eleitores, como forma de evitar possíveis fraudes ou a instalação de um “código malicioso” nos dispositivos que teria a capacidade de alterar o resultado das eleições.

O presidente Jair Bolsonaro com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, durante parada militar do bicentenário da Independência em setembro deste ano. Foto: AP / AP

O Estadão apurou que o uso da expressão “código malicioso” pelo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, foi interpretado no TSE como uma forma de Nogueira atender de alguma forma o presidente Jair Bolsonaro, que contava com esse relatório como a última cartada para contestar o resultado da eleição. Ainda não há confirmação se o presidente fará isso.

Segundo apurou o Estadão, o relatório da Defesa também causou mal estar no núcleo político do candidato vencedor das eleições deste, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em visita à sede do TSE na tarde ontem, Lula considerou ser um “absurdo” a forma como as Forças Armadas foram utilizadas politicamente na cruzada de Bolsonaro contra as urnas eletrônicas.

Na manhã desta quinta-feira, 10, Lula fez discurso em que criticou a conduta do presidente e disse que ele humilhou as Forças Armadas no caso da fiscalização das urnas. “Ontem aconteceu uma coisa humilhante e deplorável para as nossas Forças Armadas. Um presidente da República, que é o chefe supremo das Forças Armadas, não tem o direito de envolver as Forças Armadas a fazer uma comissão para investigar urnas eletrônicas, coisas que são da sociedade civil, dos partidos políticos e do Congresso Nacional”, declarou Lula.

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