EUA avaliam reagir a ofensiva de Bolsonaro contra urnas eletrônicas


Governo Biden estuda se pronunciar em defesa da confiabilidade das eleições brasileiras, após presidente brasileiro difundir suspeitas sem provas em reunião com embaixadores

Por Felipe Frazão
Atualização:

BRASÍLIA – O governo Joe Biden avalia divulgar uma declaração oficial de confiança nas instituições democráticas brasileiras, um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro lançar dúvidas sobre a lisura das eleições. A reação dos Estados Unidos deve sair por Washington e não por meio da Embaixada em Brasília.

O tom será o mesmo de pronunciamentos anteriores. Por meio de discursos do presidente Joe Biden e de recados de enviados da Casa Branca e do Departamento de Estado ao Brasil, o governo norte-americano já manifestou “total confiança” nas instituições brasileiras em promover eleições livres e justas. Segundo eles, o sistema de votação eletrônica é seguro e confiável.

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Presidente Jair Bolsonaro em discurso contra urnas eletrônicas no Palácio da Alvorada diante de grupo de 70 diplomatas estrangeiros Foto: Clauber Cleber Caetano / PR

Em junho, quando viajou a Los Angeles para a Cúpula das Américas e se reuniu em privado com Biden, Bolsonaro pediu ajuda ao norte-americano para enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT à Presidência da República, segundo a agência Bloomberg. O presidente sugeriu que Lula seria um entrave a interesses americanos. O governo brasileiro negou o pedido. A Casa Branca afirmou apenas que Bolsonaro prometeu respeitar o resultado, durante a conversa com Biden.

A embaixada norte-americana enviou o encarregado de negócios Douglas Koneff para assistir à apresentação de Bolsonaro, feita a cerca de 70 diplomatas de todo o mundo. Ele confirmou presença de última hora e era um dos únicos chefes temporários de embaixadas convidados ao Palácio da Alvorada. Koneff também assistira, em maio, a uma apresentação sobre a segurança das urnas eletrônicas promovida pelo Tribunal Superior Eleitoral.

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Pré-candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro usou o Palácio da Alvorada e a estrutura do governo para repetir suspeitas já desmentidas por órgãos oficiais sobre as eleições de 2018 e a segurança das urnas eletrônicas. Foto: Reprodução/Estadão

Orientados por seus governos, embaixadores em Brasília mantiveram discrição sobre o encontro e suas impressões a respeito do discurso de Bolsonaro. Agora, como já houve tempo de os diplomatas relatarem o ocorrido, por telegramas ou telefonemas, às respectivas capitais, a postura começou a mudar. Ao Estadão, embaixadores afirmaram que Bolsonaro não sustentou sua argumentação em provas cabais de fraude e, portanto, não conseguiu convencê-los sobre a fragilidade da votação no País.

BRASÍLIA – O governo Joe Biden avalia divulgar uma declaração oficial de confiança nas instituições democráticas brasileiras, um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro lançar dúvidas sobre a lisura das eleições. A reação dos Estados Unidos deve sair por Washington e não por meio da Embaixada em Brasília.

O tom será o mesmo de pronunciamentos anteriores. Por meio de discursos do presidente Joe Biden e de recados de enviados da Casa Branca e do Departamento de Estado ao Brasil, o governo norte-americano já manifestou “total confiança” nas instituições brasileiras em promover eleições livres e justas. Segundo eles, o sistema de votação eletrônica é seguro e confiável.

Presidente Jair Bolsonaro em discurso contra urnas eletrônicas no Palácio da Alvorada diante de grupo de 70 diplomatas estrangeiros Foto: Clauber Cleber Caetano / PR

Em junho, quando viajou a Los Angeles para a Cúpula das Américas e se reuniu em privado com Biden, Bolsonaro pediu ajuda ao norte-americano para enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT à Presidência da República, segundo a agência Bloomberg. O presidente sugeriu que Lula seria um entrave a interesses americanos. O governo brasileiro negou o pedido. A Casa Branca afirmou apenas que Bolsonaro prometeu respeitar o resultado, durante a conversa com Biden.

A embaixada norte-americana enviou o encarregado de negócios Douglas Koneff para assistir à apresentação de Bolsonaro, feita a cerca de 70 diplomatas de todo o mundo. Ele confirmou presença de última hora e era um dos únicos chefes temporários de embaixadas convidados ao Palácio da Alvorada. Koneff também assistira, em maio, a uma apresentação sobre a segurança das urnas eletrônicas promovida pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Pré-candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro usou o Palácio da Alvorada e a estrutura do governo para repetir suspeitas já desmentidas por órgãos oficiais sobre as eleições de 2018 e a segurança das urnas eletrônicas. Foto: Reprodução/Estadão

Orientados por seus governos, embaixadores em Brasília mantiveram discrição sobre o encontro e suas impressões a respeito do discurso de Bolsonaro. Agora, como já houve tempo de os diplomatas relatarem o ocorrido, por telegramas ou telefonemas, às respectivas capitais, a postura começou a mudar. Ao Estadão, embaixadores afirmaram que Bolsonaro não sustentou sua argumentação em provas cabais de fraude e, portanto, não conseguiu convencê-los sobre a fragilidade da votação no País.

BRASÍLIA – O governo Joe Biden avalia divulgar uma declaração oficial de confiança nas instituições democráticas brasileiras, um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro lançar dúvidas sobre a lisura das eleições. A reação dos Estados Unidos deve sair por Washington e não por meio da Embaixada em Brasília.

O tom será o mesmo de pronunciamentos anteriores. Por meio de discursos do presidente Joe Biden e de recados de enviados da Casa Branca e do Departamento de Estado ao Brasil, o governo norte-americano já manifestou “total confiança” nas instituições brasileiras em promover eleições livres e justas. Segundo eles, o sistema de votação eletrônica é seguro e confiável.

Presidente Jair Bolsonaro em discurso contra urnas eletrônicas no Palácio da Alvorada diante de grupo de 70 diplomatas estrangeiros Foto: Clauber Cleber Caetano / PR

Em junho, quando viajou a Los Angeles para a Cúpula das Américas e se reuniu em privado com Biden, Bolsonaro pediu ajuda ao norte-americano para enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT à Presidência da República, segundo a agência Bloomberg. O presidente sugeriu que Lula seria um entrave a interesses americanos. O governo brasileiro negou o pedido. A Casa Branca afirmou apenas que Bolsonaro prometeu respeitar o resultado, durante a conversa com Biden.

A embaixada norte-americana enviou o encarregado de negócios Douglas Koneff para assistir à apresentação de Bolsonaro, feita a cerca de 70 diplomatas de todo o mundo. Ele confirmou presença de última hora e era um dos únicos chefes temporários de embaixadas convidados ao Palácio da Alvorada. Koneff também assistira, em maio, a uma apresentação sobre a segurança das urnas eletrônicas promovida pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Pré-candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro usou o Palácio da Alvorada e a estrutura do governo para repetir suspeitas já desmentidas por órgãos oficiais sobre as eleições de 2018 e a segurança das urnas eletrônicas. Foto: Reprodução/Estadão

Orientados por seus governos, embaixadores em Brasília mantiveram discrição sobre o encontro e suas impressões a respeito do discurso de Bolsonaro. Agora, como já houve tempo de os diplomatas relatarem o ocorrido, por telegramas ou telefonemas, às respectivas capitais, a postura começou a mudar. Ao Estadão, embaixadores afirmaram que Bolsonaro não sustentou sua argumentação em provas cabais de fraude e, portanto, não conseguiu convencê-los sobre a fragilidade da votação no País.

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