Executiva municipal PSDB define que não vai apoiar reeleição de Ricardo Nunes em SP


Por 9 votos a 2, partido define que vai atuar em prol de uma candidatura própria na disputa pelo comando da capital; caso tucanato não encontre nome eleitoralmente viável, há possibilidade de composição com outro candidato que não seja Nunes

Por Zeca Ferreira
Atualização:

A comissão executiva municipal do PSDB definiu nesta sexta-feira, 22, que o partido não vai embarcar no projeto de reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Em vez disso, a legenda vai atuar em prol de uma candidatura própria na disputa pelo comando da capital. Caso os tucanos não consigam um nome eleitoralmente viável para a cabeça de chapa, existe a possibilidade de composição com outro candidato. O apoio a pré-candidata do PSB, deputada Tabata Amaral (SP), é tido como mais provável neste cenário.

Segundo o presidente municipal do PSDB, José Aníbal, a decisão de lançar candidatura própria - ou apoiar outro nome que não seja o de Nunes, caso a candidatura tucana não vingue - contou com nove votos favoráveis e dois contrários na reunião da executiva municipal. O encontrou ocorreu nesta sexta e durou cerca de duas horas. O órgão colegiado é composto por 15 membros, sendo que apenas três não participaram da reunião. Por presidir a comissão, Aníbal vota somente em caso de empate.

TQ SÃO PAULO 13.03.2018 NACIONAL José Aníbal assina ficha de inscrição para concorrer às prévias do PSDB para candidatura a Governo do Estado de São Paulo. FOTO TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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O dirigente partidário relatou à reportagem que a reunião da executiva municipal estava se encaminhando para acabar sem decisão, sendo necessário novo encontro na segunda-feira, 25. Porém, os membros da comissão foram surpreendidos por uma nota apócrifa, que afirmava que a maioria do colegiado apoiava o prefeito Ricardo Nunes. Segundo Aníbal, quatro pessoas citadas no texto desmentiram o apoio e o clima da reunião mudou. Depois do episódio, a maioria votou a favor do lançamento de candidatura própria. A assessoria de pré-campanha de Nunes não quis se manifestar sobre o caso.

Como mostrou o Estadão, a proximidade entre o prefeito da capital e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pesou na decisão do PSDB. Nunes busca o apoio do ex-mandatário para neutralizar possíveis candidaturas bolsonaristas na cidade. Pesquisas eleitorais mostram que nomes ligados a Bolsonaro tendem a tirar votos do emedebista. Em contrapartida ao apoio do ex-presidente, foi acordado que a posição de vice na chapa de Nunes será ocupada pelo PL. Além disso, o nome precisará ser aprovado por Bolsonaro, relatam pessoas próximas ao chefe do Executivo paulistano.

Aníbal esclarece que o fato de Nunes sequer querer discutir a hipótese dos tucanos indicarem o vice em sua chapa foi determinante na decisão da sigla de não apoiá-lo. Na avaliação de Aníbal, o prefeito tratou o PSDB como partido auxiliar. Além disso, o dirigente diz que a influência de Bolsonaro, a quem chama de “golpista”, na escolha do vice de Nunes é outro fator que contribuiu para a definição da estratégia eleitoral do partido na capital.

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A definição da executiva municipal, porém, não agrada todo partido. Exemplo disso é a insatisfação da bancada de vereadores do PSDB na Câmara Municipal. O Estadão apurou que ao menos quatro dos oito vereadores tucanos em exércitos vão deixar a legenda e apoiarão Nunes. Já neste terça-feira, 19, militantes do PSDB se reuniram para divulgar um manifesto a favor do prefeito. Intitulado “Movimento tucanos com Ricardo Nunes”, o ato teve a presença de parlamentares e de Tomás Covas, filho de Bruno Covas (PSDB), morto em 2021.

Antes do PSDB oficializar que não apoiará Nunes nas eleições, o prefeito se manifestou sobre o assunto diante dos rumores. Na quinta-feira, 21, ele disse que usar o apoio de Bolsonaro a sua candidatura à reeleição como justificativa para não apoiá-lo “não cola” pois Duarte Nogueira (PSDB), presidente da federação PSDB-Cidadania no Estado, declarou apoio ao ex-presidente no segundo turno da eleição presidencial em 2022. Perguntado se não seria uma incoerência, Aníbal minimiza o fato, diz que ocorreu há 1 ano e 4 meses e que o partido estava à deriva naquele momento.

Nunes tem o apoio de PL, PP, Solidariedade, Republicanos, PSD, Avante e Agir, além de esperar a adesão do União Brasil e do Podemos. Apesar disso, uma aliança com o PSDB seria importante para reforçar a ideia de que Nunes dá continuidade à gestão do ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), de quem foi vice.

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O entorno de Nunes pretende adiar a escolha do vice e só bater o martelo próximo do início das convenções partidárias, em julho. Nesta sexta-feira, 22, o presidente da Câmara Municipal, vereador Milton Leite (União Brasil, reiterou seu interesse em disputar as eleições municipais como candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Nunes.

Além de Leite, existem outros cinco nomes na disputa neste momento: o secretário de Relações Internacionais, Aldo Rebelo, que está licenciado do PDT; o ex-comandante da Rota, coronel Mello Araújo, que é próximo de Bolsonaro; a delegada Raquel Gallinati; o deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos), que recusou um convite de Nunes para ser secretário; e Sonaira Fernandes (Republicanos), que é secretária de Políticas para a Mulher no governo Tarcísio de Freitas.

A comissão executiva municipal do PSDB definiu nesta sexta-feira, 22, que o partido não vai embarcar no projeto de reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Em vez disso, a legenda vai atuar em prol de uma candidatura própria na disputa pelo comando da capital. Caso os tucanos não consigam um nome eleitoralmente viável para a cabeça de chapa, existe a possibilidade de composição com outro candidato. O apoio a pré-candidata do PSB, deputada Tabata Amaral (SP), é tido como mais provável neste cenário.

Segundo o presidente municipal do PSDB, José Aníbal, a decisão de lançar candidatura própria - ou apoiar outro nome que não seja o de Nunes, caso a candidatura tucana não vingue - contou com nove votos favoráveis e dois contrários na reunião da executiva municipal. O encontrou ocorreu nesta sexta e durou cerca de duas horas. O órgão colegiado é composto por 15 membros, sendo que apenas três não participaram da reunião. Por presidir a comissão, Aníbal vota somente em caso de empate.

TQ SÃO PAULO 13.03.2018 NACIONAL José Aníbal assina ficha de inscrição para concorrer às prévias do PSDB para candidatura a Governo do Estado de São Paulo. FOTO TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO Foto: Tiago Queiroz/Estadão

O dirigente partidário relatou à reportagem que a reunião da executiva municipal estava se encaminhando para acabar sem decisão, sendo necessário novo encontro na segunda-feira, 25. Porém, os membros da comissão foram surpreendidos por uma nota apócrifa, que afirmava que a maioria do colegiado apoiava o prefeito Ricardo Nunes. Segundo Aníbal, quatro pessoas citadas no texto desmentiram o apoio e o clima da reunião mudou. Depois do episódio, a maioria votou a favor do lançamento de candidatura própria. A assessoria de pré-campanha de Nunes não quis se manifestar sobre o caso.

Como mostrou o Estadão, a proximidade entre o prefeito da capital e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pesou na decisão do PSDB. Nunes busca o apoio do ex-mandatário para neutralizar possíveis candidaturas bolsonaristas na cidade. Pesquisas eleitorais mostram que nomes ligados a Bolsonaro tendem a tirar votos do emedebista. Em contrapartida ao apoio do ex-presidente, foi acordado que a posição de vice na chapa de Nunes será ocupada pelo PL. Além disso, o nome precisará ser aprovado por Bolsonaro, relatam pessoas próximas ao chefe do Executivo paulistano.

Aníbal esclarece que o fato de Nunes sequer querer discutir a hipótese dos tucanos indicarem o vice em sua chapa foi determinante na decisão da sigla de não apoiá-lo. Na avaliação de Aníbal, o prefeito tratou o PSDB como partido auxiliar. Além disso, o dirigente diz que a influência de Bolsonaro, a quem chama de “golpista”, na escolha do vice de Nunes é outro fator que contribuiu para a definição da estratégia eleitoral do partido na capital.

A definição da executiva municipal, porém, não agrada todo partido. Exemplo disso é a insatisfação da bancada de vereadores do PSDB na Câmara Municipal. O Estadão apurou que ao menos quatro dos oito vereadores tucanos em exércitos vão deixar a legenda e apoiarão Nunes. Já neste terça-feira, 19, militantes do PSDB se reuniram para divulgar um manifesto a favor do prefeito. Intitulado “Movimento tucanos com Ricardo Nunes”, o ato teve a presença de parlamentares e de Tomás Covas, filho de Bruno Covas (PSDB), morto em 2021.

Antes do PSDB oficializar que não apoiará Nunes nas eleições, o prefeito se manifestou sobre o assunto diante dos rumores. Na quinta-feira, 21, ele disse que usar o apoio de Bolsonaro a sua candidatura à reeleição como justificativa para não apoiá-lo “não cola” pois Duarte Nogueira (PSDB), presidente da federação PSDB-Cidadania no Estado, declarou apoio ao ex-presidente no segundo turno da eleição presidencial em 2022. Perguntado se não seria uma incoerência, Aníbal minimiza o fato, diz que ocorreu há 1 ano e 4 meses e que o partido estava à deriva naquele momento.

Nunes tem o apoio de PL, PP, Solidariedade, Republicanos, PSD, Avante e Agir, além de esperar a adesão do União Brasil e do Podemos. Apesar disso, uma aliança com o PSDB seria importante para reforçar a ideia de que Nunes dá continuidade à gestão do ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), de quem foi vice.

O entorno de Nunes pretende adiar a escolha do vice e só bater o martelo próximo do início das convenções partidárias, em julho. Nesta sexta-feira, 22, o presidente da Câmara Municipal, vereador Milton Leite (União Brasil, reiterou seu interesse em disputar as eleições municipais como candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Nunes.

Além de Leite, existem outros cinco nomes na disputa neste momento: o secretário de Relações Internacionais, Aldo Rebelo, que está licenciado do PDT; o ex-comandante da Rota, coronel Mello Araújo, que é próximo de Bolsonaro; a delegada Raquel Gallinati; o deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos), que recusou um convite de Nunes para ser secretário; e Sonaira Fernandes (Republicanos), que é secretária de Políticas para a Mulher no governo Tarcísio de Freitas.

A comissão executiva municipal do PSDB definiu nesta sexta-feira, 22, que o partido não vai embarcar no projeto de reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Em vez disso, a legenda vai atuar em prol de uma candidatura própria na disputa pelo comando da capital. Caso os tucanos não consigam um nome eleitoralmente viável para a cabeça de chapa, existe a possibilidade de composição com outro candidato. O apoio a pré-candidata do PSB, deputada Tabata Amaral (SP), é tido como mais provável neste cenário.

Segundo o presidente municipal do PSDB, José Aníbal, a decisão de lançar candidatura própria - ou apoiar outro nome que não seja o de Nunes, caso a candidatura tucana não vingue - contou com nove votos favoráveis e dois contrários na reunião da executiva municipal. O encontrou ocorreu nesta sexta e durou cerca de duas horas. O órgão colegiado é composto por 15 membros, sendo que apenas três não participaram da reunião. Por presidir a comissão, Aníbal vota somente em caso de empate.

TQ SÃO PAULO 13.03.2018 NACIONAL José Aníbal assina ficha de inscrição para concorrer às prévias do PSDB para candidatura a Governo do Estado de São Paulo. FOTO TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO Foto: Tiago Queiroz/Estadão

O dirigente partidário relatou à reportagem que a reunião da executiva municipal estava se encaminhando para acabar sem decisão, sendo necessário novo encontro na segunda-feira, 25. Porém, os membros da comissão foram surpreendidos por uma nota apócrifa, que afirmava que a maioria do colegiado apoiava o prefeito Ricardo Nunes. Segundo Aníbal, quatro pessoas citadas no texto desmentiram o apoio e o clima da reunião mudou. Depois do episódio, a maioria votou a favor do lançamento de candidatura própria. A assessoria de pré-campanha de Nunes não quis se manifestar sobre o caso.

Como mostrou o Estadão, a proximidade entre o prefeito da capital e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pesou na decisão do PSDB. Nunes busca o apoio do ex-mandatário para neutralizar possíveis candidaturas bolsonaristas na cidade. Pesquisas eleitorais mostram que nomes ligados a Bolsonaro tendem a tirar votos do emedebista. Em contrapartida ao apoio do ex-presidente, foi acordado que a posição de vice na chapa de Nunes será ocupada pelo PL. Além disso, o nome precisará ser aprovado por Bolsonaro, relatam pessoas próximas ao chefe do Executivo paulistano.

Aníbal esclarece que o fato de Nunes sequer querer discutir a hipótese dos tucanos indicarem o vice em sua chapa foi determinante na decisão da sigla de não apoiá-lo. Na avaliação de Aníbal, o prefeito tratou o PSDB como partido auxiliar. Além disso, o dirigente diz que a influência de Bolsonaro, a quem chama de “golpista”, na escolha do vice de Nunes é outro fator que contribuiu para a definição da estratégia eleitoral do partido na capital.

A definição da executiva municipal, porém, não agrada todo partido. Exemplo disso é a insatisfação da bancada de vereadores do PSDB na Câmara Municipal. O Estadão apurou que ao menos quatro dos oito vereadores tucanos em exércitos vão deixar a legenda e apoiarão Nunes. Já neste terça-feira, 19, militantes do PSDB se reuniram para divulgar um manifesto a favor do prefeito. Intitulado “Movimento tucanos com Ricardo Nunes”, o ato teve a presença de parlamentares e de Tomás Covas, filho de Bruno Covas (PSDB), morto em 2021.

Antes do PSDB oficializar que não apoiará Nunes nas eleições, o prefeito se manifestou sobre o assunto diante dos rumores. Na quinta-feira, 21, ele disse que usar o apoio de Bolsonaro a sua candidatura à reeleição como justificativa para não apoiá-lo “não cola” pois Duarte Nogueira (PSDB), presidente da federação PSDB-Cidadania no Estado, declarou apoio ao ex-presidente no segundo turno da eleição presidencial em 2022. Perguntado se não seria uma incoerência, Aníbal minimiza o fato, diz que ocorreu há 1 ano e 4 meses e que o partido estava à deriva naquele momento.

Nunes tem o apoio de PL, PP, Solidariedade, Republicanos, PSD, Avante e Agir, além de esperar a adesão do União Brasil e do Podemos. Apesar disso, uma aliança com o PSDB seria importante para reforçar a ideia de que Nunes dá continuidade à gestão do ex-prefeito Bruno Covas (PSDB), de quem foi vice.

O entorno de Nunes pretende adiar a escolha do vice e só bater o martelo próximo do início das convenções partidárias, em julho. Nesta sexta-feira, 22, o presidente da Câmara Municipal, vereador Milton Leite (União Brasil, reiterou seu interesse em disputar as eleições municipais como candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Nunes.

Além de Leite, existem outros cinco nomes na disputa neste momento: o secretário de Relações Internacionais, Aldo Rebelo, que está licenciado do PDT; o ex-comandante da Rota, coronel Mello Araújo, que é próximo de Bolsonaro; a delegada Raquel Gallinati; o deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos), que recusou um convite de Nunes para ser secretário; e Sonaira Fernandes (Republicanos), que é secretária de Políticas para a Mulher no governo Tarcísio de Freitas.

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