Disputas de poder e o debate político-cultural brasileiro

Opinião|O centro domina SP, RJ e BH


Diante de postulantes marcados por uma conduta ideológica mais aguerrida, os votantes das três maiores cidades do Brasil parecem ter feito um cálculo pragmático

Por Fabiano Lana

Ainda é uma tendência, mas, nas três maiores cidades do Brasil, as primeiras pesquisas do segundo turno mostram que o eleitor opta por candidatos com propostas menos radicais ou com uma trajetória política menos beligerante.

Diante de postulantes marcados por uma conduta ideológica mais aguerrida, o votante parece ter feito um cálculo pragmático. Decide por quem em tese, na sua visão, é o mais capaz de fazer o que um prefeito precisa fazer: cuidar da zeladoria, da mobilidade urbana, de postos de saúde ou da iluminação.

Movimentação em zona eleitoral na Rocinha, na zona oeste do Rio de Janeiro Foto: Pedro Kirilos/Estadão
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Essa deliberação eleitoral pode ser capaz de neutralizar a “extrema” direita, no caso de Belo Horizonte ou no Rio, e a esquerda tida como mais radical, no caso de São Paulo.

Analisemos caso a caso. Eduardo Paes, um político que já migrou por diversos partidos sempre ao centro, derrotou um delegado ligado a Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro. Em São Paulo, por mais que esteja com camisas bem alinhadas, barba bem feita e fala ponderada, Guilherme Boulos não conseguiu se livrar da pecha de “invasor”, adquirida dos tempos em que liderava o Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST).

Em Belo Horizonte, até há poucas semanas poucos conheciam o atual prefeito, Fuad Noman, com 77 anos e longa trajetória nos bastidores da administração pública. Mesmo assim, até agora, preferem o mandatário a um político de 27 anos, Bruno Engler, que carrega em sua trajetória uma pauta bolsonarista ortodoxa, incluindo defesa da hidroxicloroquina e armar a população.

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É cedo para dizer que tal fenômeno se repetirá em 2026. A Presidência tem um sentido simbólico maior do que uma prefeitura, e o eleitor se guia mais, nos pleitos nacionais, por valores intangíveis do que por interesses concretos aferíveis em seu cotidiano.

Mas algo pode servir para reflexão: o centro poderia ter chances se apresentasse um candidato com potencial. A verdade, entretanto, é que neste momento não há nenhum à vista.

Ainda é uma tendência, mas, nas três maiores cidades do Brasil, as primeiras pesquisas do segundo turno mostram que o eleitor opta por candidatos com propostas menos radicais ou com uma trajetória política menos beligerante.

Diante de postulantes marcados por uma conduta ideológica mais aguerrida, o votante parece ter feito um cálculo pragmático. Decide por quem em tese, na sua visão, é o mais capaz de fazer o que um prefeito precisa fazer: cuidar da zeladoria, da mobilidade urbana, de postos de saúde ou da iluminação.

Movimentação em zona eleitoral na Rocinha, na zona oeste do Rio de Janeiro Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Essa deliberação eleitoral pode ser capaz de neutralizar a “extrema” direita, no caso de Belo Horizonte ou no Rio, e a esquerda tida como mais radical, no caso de São Paulo.

Analisemos caso a caso. Eduardo Paes, um político que já migrou por diversos partidos sempre ao centro, derrotou um delegado ligado a Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro. Em São Paulo, por mais que esteja com camisas bem alinhadas, barba bem feita e fala ponderada, Guilherme Boulos não conseguiu se livrar da pecha de “invasor”, adquirida dos tempos em que liderava o Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST).

Em Belo Horizonte, até há poucas semanas poucos conheciam o atual prefeito, Fuad Noman, com 77 anos e longa trajetória nos bastidores da administração pública. Mesmo assim, até agora, preferem o mandatário a um político de 27 anos, Bruno Engler, que carrega em sua trajetória uma pauta bolsonarista ortodoxa, incluindo defesa da hidroxicloroquina e armar a população.

É cedo para dizer que tal fenômeno se repetirá em 2026. A Presidência tem um sentido simbólico maior do que uma prefeitura, e o eleitor se guia mais, nos pleitos nacionais, por valores intangíveis do que por interesses concretos aferíveis em seu cotidiano.

Mas algo pode servir para reflexão: o centro poderia ter chances se apresentasse um candidato com potencial. A verdade, entretanto, é que neste momento não há nenhum à vista.

Ainda é uma tendência, mas, nas três maiores cidades do Brasil, as primeiras pesquisas do segundo turno mostram que o eleitor opta por candidatos com propostas menos radicais ou com uma trajetória política menos beligerante.

Diante de postulantes marcados por uma conduta ideológica mais aguerrida, o votante parece ter feito um cálculo pragmático. Decide por quem em tese, na sua visão, é o mais capaz de fazer o que um prefeito precisa fazer: cuidar da zeladoria, da mobilidade urbana, de postos de saúde ou da iluminação.

Movimentação em zona eleitoral na Rocinha, na zona oeste do Rio de Janeiro Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Essa deliberação eleitoral pode ser capaz de neutralizar a “extrema” direita, no caso de Belo Horizonte ou no Rio, e a esquerda tida como mais radical, no caso de São Paulo.

Analisemos caso a caso. Eduardo Paes, um político que já migrou por diversos partidos sempre ao centro, derrotou um delegado ligado a Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro. Em São Paulo, por mais que esteja com camisas bem alinhadas, barba bem feita e fala ponderada, Guilherme Boulos não conseguiu se livrar da pecha de “invasor”, adquirida dos tempos em que liderava o Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST).

Em Belo Horizonte, até há poucas semanas poucos conheciam o atual prefeito, Fuad Noman, com 77 anos e longa trajetória nos bastidores da administração pública. Mesmo assim, até agora, preferem o mandatário a um político de 27 anos, Bruno Engler, que carrega em sua trajetória uma pauta bolsonarista ortodoxa, incluindo defesa da hidroxicloroquina e armar a população.

É cedo para dizer que tal fenômeno se repetirá em 2026. A Presidência tem um sentido simbólico maior do que uma prefeitura, e o eleitor se guia mais, nos pleitos nacionais, por valores intangíveis do que por interesses concretos aferíveis em seu cotidiano.

Mas algo pode servir para reflexão: o centro poderia ter chances se apresentasse um candidato com potencial. A verdade, entretanto, é que neste momento não há nenhum à vista.

Ainda é uma tendência, mas, nas três maiores cidades do Brasil, as primeiras pesquisas do segundo turno mostram que o eleitor opta por candidatos com propostas menos radicais ou com uma trajetória política menos beligerante.

Diante de postulantes marcados por uma conduta ideológica mais aguerrida, o votante parece ter feito um cálculo pragmático. Decide por quem em tese, na sua visão, é o mais capaz de fazer o que um prefeito precisa fazer: cuidar da zeladoria, da mobilidade urbana, de postos de saúde ou da iluminação.

Movimentação em zona eleitoral na Rocinha, na zona oeste do Rio de Janeiro Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Essa deliberação eleitoral pode ser capaz de neutralizar a “extrema” direita, no caso de Belo Horizonte ou no Rio, e a esquerda tida como mais radical, no caso de São Paulo.

Analisemos caso a caso. Eduardo Paes, um político que já migrou por diversos partidos sempre ao centro, derrotou um delegado ligado a Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro. Em São Paulo, por mais que esteja com camisas bem alinhadas, barba bem feita e fala ponderada, Guilherme Boulos não conseguiu se livrar da pecha de “invasor”, adquirida dos tempos em que liderava o Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST).

Em Belo Horizonte, até há poucas semanas poucos conheciam o atual prefeito, Fuad Noman, com 77 anos e longa trajetória nos bastidores da administração pública. Mesmo assim, até agora, preferem o mandatário a um político de 27 anos, Bruno Engler, que carrega em sua trajetória uma pauta bolsonarista ortodoxa, incluindo defesa da hidroxicloroquina e armar a população.

É cedo para dizer que tal fenômeno se repetirá em 2026. A Presidência tem um sentido simbólico maior do que uma prefeitura, e o eleitor se guia mais, nos pleitos nacionais, por valores intangíveis do que por interesses concretos aferíveis em seu cotidiano.

Mas algo pode servir para reflexão: o centro poderia ter chances se apresentasse um candidato com potencial. A verdade, entretanto, é que neste momento não há nenhum à vista.

Opinião por Fabiano Lana

Fabiano Lana é formado em Comunicação Social pela UFMG e em Filosofia pela UnB, onde também tem mestrado na área. Foi repórter do Jornal do Brasil, entre outros veículos. Atua como consultor de comunicação. É autor do livro “Riobaldo agarra sua morte”, em que discute interseções entre jornalismo, política e ética.

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