Disputas de poder e o debate político-cultural brasileiro

Opinião|Para pacificação do Brasil, Alexandre de Moraes deveria se eximir de julgar Bolsonaro


Se ele sair dos casos que envolvem Bolsonaro, inclusive, as forças de extrema-direita que tentaram um golpe no país perdem um de seus principais argumentos para defender o antigo presidente

Por Fabiano Lana

Mesmo que seja uma decisão tecnicamente correta, com provas robustas, que condene o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus cúmplices por uma série de crimes cometidos contra o Estado, parte expressiva da população brasileira não irá aceitar o resultado caso conste a assinatura do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A disputa brasileira chegou a tal ponto que mesmo juízes são vistos como mero apêndices de agremiações partidárias, com interesses políticos. É escassa a crença em justiça cega e imparcialidade.

Nesse sentido, de buscar uma pacificação do país, o mais sensato seria o juiz Alexandre de Moraes renunciar a suas atribuições nos casos. A questão é que Moraes se tornou uma espécie de Sergio Moro invertido. Nada que vem dele é visto mais como uma decisão judicial, mas simplesmente perseguição ou vingança de quem também é vítima nessa teia.

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Se Moraes sair dos casos que envolvem Bolsonaro, inclusive, as forças de extrema-direita que tentaram um golpe no país perdem um de seus principais argumentos para defender o antigo presidente. No caso, de que ele seria vítima de uma trama jurídico-política que tem como objetivo não só tirá-lo do páreo e encarcerá-lo, mas também manter o presidente Lula e integrantes de seu partido no poder.

Se Alexandre de Moraes continuar no comando do caso, condenação de Jair Bolsonaro não será aceita por parte da sociedade Foto: Isac Nóbrega/PR

Delírio? Pode ser. Por outro lado, essa é a convicção de muitos dos que deram a Bolsonaro os quase 50% nas eleições presidenciais de 2022 e, mesmo com tudo o que se revela, não desistem de seguir com seu líder. Dizer que Bolsonaro é um inocente que sofre um processo de açoite público é tema de conversas nas festas de família, nos bares, nas redes sociais, entre gente de todas as classes, entre empresários ou profissionais liberais. É um tema posto ao qual o próprio Supremo não tem conseguido dar uma resposta que os convença – anular os atos da Lava Jato, decerto, não ajudou.

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Hoje, com Alexandre de Moraes na frente dos processos, não importam os fatos. O que se vai ver ter é sentimento de que houve arbitrariedade. A presença do juiz será um elemento para que a seita bolsonarista tente transformá-lo em um mártir. Spoiler: podem conseguir.

Aqui os argumentos não são jurídicos, mas sobre o destino da nação. A questão é que o Brasil precisa superar essa bifurcação política, precisa ajustar suas contas, precisa retomar a rota do desenvolvimento sustentável, precisa ainda tirar milhões da pobreza, cuidar da infraestrutura, do saneamento básico, numa lista gigantesca de tarefas urgentes a cumprir. O pior que pode acontecer é os nossos verdadeiros objetivos ficarem embaçados por quem vê os acontecimentos da nossa história por meio do ressentimento e da raiva contra a democracia aqui instalada.

Sim, Bolsonaro pode merecer a cadeia por um longo tempo por tudo que aprontou. Mas é preciso muita habilidade e sabedoria política para mostrar a milhões que ele deve ser punido porque assim o mereceu, e não por algum tipo de tirania praticada por um ou um grupo de indivíduos – mesmo que a impressão não proceda. Esse é o dilema que enfrentamos.

Mesmo que seja uma decisão tecnicamente correta, com provas robustas, que condene o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus cúmplices por uma série de crimes cometidos contra o Estado, parte expressiva da população brasileira não irá aceitar o resultado caso conste a assinatura do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A disputa brasileira chegou a tal ponto que mesmo juízes são vistos como mero apêndices de agremiações partidárias, com interesses políticos. É escassa a crença em justiça cega e imparcialidade.

Nesse sentido, de buscar uma pacificação do país, o mais sensato seria o juiz Alexandre de Moraes renunciar a suas atribuições nos casos. A questão é que Moraes se tornou uma espécie de Sergio Moro invertido. Nada que vem dele é visto mais como uma decisão judicial, mas simplesmente perseguição ou vingança de quem também é vítima nessa teia.

Se Moraes sair dos casos que envolvem Bolsonaro, inclusive, as forças de extrema-direita que tentaram um golpe no país perdem um de seus principais argumentos para defender o antigo presidente. No caso, de que ele seria vítima de uma trama jurídico-política que tem como objetivo não só tirá-lo do páreo e encarcerá-lo, mas também manter o presidente Lula e integrantes de seu partido no poder.

Se Alexandre de Moraes continuar no comando do caso, condenação de Jair Bolsonaro não será aceita por parte da sociedade Foto: Isac Nóbrega/PR

Delírio? Pode ser. Por outro lado, essa é a convicção de muitos dos que deram a Bolsonaro os quase 50% nas eleições presidenciais de 2022 e, mesmo com tudo o que se revela, não desistem de seguir com seu líder. Dizer que Bolsonaro é um inocente que sofre um processo de açoite público é tema de conversas nas festas de família, nos bares, nas redes sociais, entre gente de todas as classes, entre empresários ou profissionais liberais. É um tema posto ao qual o próprio Supremo não tem conseguido dar uma resposta que os convença – anular os atos da Lava Jato, decerto, não ajudou.

Hoje, com Alexandre de Moraes na frente dos processos, não importam os fatos. O que se vai ver ter é sentimento de que houve arbitrariedade. A presença do juiz será um elemento para que a seita bolsonarista tente transformá-lo em um mártir. Spoiler: podem conseguir.

Aqui os argumentos não são jurídicos, mas sobre o destino da nação. A questão é que o Brasil precisa superar essa bifurcação política, precisa ajustar suas contas, precisa retomar a rota do desenvolvimento sustentável, precisa ainda tirar milhões da pobreza, cuidar da infraestrutura, do saneamento básico, numa lista gigantesca de tarefas urgentes a cumprir. O pior que pode acontecer é os nossos verdadeiros objetivos ficarem embaçados por quem vê os acontecimentos da nossa história por meio do ressentimento e da raiva contra a democracia aqui instalada.

Sim, Bolsonaro pode merecer a cadeia por um longo tempo por tudo que aprontou. Mas é preciso muita habilidade e sabedoria política para mostrar a milhões que ele deve ser punido porque assim o mereceu, e não por algum tipo de tirania praticada por um ou um grupo de indivíduos – mesmo que a impressão não proceda. Esse é o dilema que enfrentamos.

Mesmo que seja uma decisão tecnicamente correta, com provas robustas, que condene o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus cúmplices por uma série de crimes cometidos contra o Estado, parte expressiva da população brasileira não irá aceitar o resultado caso conste a assinatura do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A disputa brasileira chegou a tal ponto que mesmo juízes são vistos como mero apêndices de agremiações partidárias, com interesses políticos. É escassa a crença em justiça cega e imparcialidade.

Nesse sentido, de buscar uma pacificação do país, o mais sensato seria o juiz Alexandre de Moraes renunciar a suas atribuições nos casos. A questão é que Moraes se tornou uma espécie de Sergio Moro invertido. Nada que vem dele é visto mais como uma decisão judicial, mas simplesmente perseguição ou vingança de quem também é vítima nessa teia.

Se Moraes sair dos casos que envolvem Bolsonaro, inclusive, as forças de extrema-direita que tentaram um golpe no país perdem um de seus principais argumentos para defender o antigo presidente. No caso, de que ele seria vítima de uma trama jurídico-política que tem como objetivo não só tirá-lo do páreo e encarcerá-lo, mas também manter o presidente Lula e integrantes de seu partido no poder.

Se Alexandre de Moraes continuar no comando do caso, condenação de Jair Bolsonaro não será aceita por parte da sociedade Foto: Isac Nóbrega/PR

Delírio? Pode ser. Por outro lado, essa é a convicção de muitos dos que deram a Bolsonaro os quase 50% nas eleições presidenciais de 2022 e, mesmo com tudo o que se revela, não desistem de seguir com seu líder. Dizer que Bolsonaro é um inocente que sofre um processo de açoite público é tema de conversas nas festas de família, nos bares, nas redes sociais, entre gente de todas as classes, entre empresários ou profissionais liberais. É um tema posto ao qual o próprio Supremo não tem conseguido dar uma resposta que os convença – anular os atos da Lava Jato, decerto, não ajudou.

Hoje, com Alexandre de Moraes na frente dos processos, não importam os fatos. O que se vai ver ter é sentimento de que houve arbitrariedade. A presença do juiz será um elemento para que a seita bolsonarista tente transformá-lo em um mártir. Spoiler: podem conseguir.

Aqui os argumentos não são jurídicos, mas sobre o destino da nação. A questão é que o Brasil precisa superar essa bifurcação política, precisa ajustar suas contas, precisa retomar a rota do desenvolvimento sustentável, precisa ainda tirar milhões da pobreza, cuidar da infraestrutura, do saneamento básico, numa lista gigantesca de tarefas urgentes a cumprir. O pior que pode acontecer é os nossos verdadeiros objetivos ficarem embaçados por quem vê os acontecimentos da nossa história por meio do ressentimento e da raiva contra a democracia aqui instalada.

Sim, Bolsonaro pode merecer a cadeia por um longo tempo por tudo que aprontou. Mas é preciso muita habilidade e sabedoria política para mostrar a milhões que ele deve ser punido porque assim o mereceu, e não por algum tipo de tirania praticada por um ou um grupo de indivíduos – mesmo que a impressão não proceda. Esse é o dilema que enfrentamos.

Mesmo que seja uma decisão tecnicamente correta, com provas robustas, que condene o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus cúmplices por uma série de crimes cometidos contra o Estado, parte expressiva da população brasileira não irá aceitar o resultado caso conste a assinatura do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A disputa brasileira chegou a tal ponto que mesmo juízes são vistos como mero apêndices de agremiações partidárias, com interesses políticos. É escassa a crença em justiça cega e imparcialidade.

Nesse sentido, de buscar uma pacificação do país, o mais sensato seria o juiz Alexandre de Moraes renunciar a suas atribuições nos casos. A questão é que Moraes se tornou uma espécie de Sergio Moro invertido. Nada que vem dele é visto mais como uma decisão judicial, mas simplesmente perseguição ou vingança de quem também é vítima nessa teia.

Se Moraes sair dos casos que envolvem Bolsonaro, inclusive, as forças de extrema-direita que tentaram um golpe no país perdem um de seus principais argumentos para defender o antigo presidente. No caso, de que ele seria vítima de uma trama jurídico-política que tem como objetivo não só tirá-lo do páreo e encarcerá-lo, mas também manter o presidente Lula e integrantes de seu partido no poder.

Se Alexandre de Moraes continuar no comando do caso, condenação de Jair Bolsonaro não será aceita por parte da sociedade Foto: Isac Nóbrega/PR

Delírio? Pode ser. Por outro lado, essa é a convicção de muitos dos que deram a Bolsonaro os quase 50% nas eleições presidenciais de 2022 e, mesmo com tudo o que se revela, não desistem de seguir com seu líder. Dizer que Bolsonaro é um inocente que sofre um processo de açoite público é tema de conversas nas festas de família, nos bares, nas redes sociais, entre gente de todas as classes, entre empresários ou profissionais liberais. É um tema posto ao qual o próprio Supremo não tem conseguido dar uma resposta que os convença – anular os atos da Lava Jato, decerto, não ajudou.

Hoje, com Alexandre de Moraes na frente dos processos, não importam os fatos. O que se vai ver ter é sentimento de que houve arbitrariedade. A presença do juiz será um elemento para que a seita bolsonarista tente transformá-lo em um mártir. Spoiler: podem conseguir.

Aqui os argumentos não são jurídicos, mas sobre o destino da nação. A questão é que o Brasil precisa superar essa bifurcação política, precisa ajustar suas contas, precisa retomar a rota do desenvolvimento sustentável, precisa ainda tirar milhões da pobreza, cuidar da infraestrutura, do saneamento básico, numa lista gigantesca de tarefas urgentes a cumprir. O pior que pode acontecer é os nossos verdadeiros objetivos ficarem embaçados por quem vê os acontecimentos da nossa história por meio do ressentimento e da raiva contra a democracia aqui instalada.

Sim, Bolsonaro pode merecer a cadeia por um longo tempo por tudo que aprontou. Mas é preciso muita habilidade e sabedoria política para mostrar a milhões que ele deve ser punido porque assim o mereceu, e não por algum tipo de tirania praticada por um ou um grupo de indivíduos – mesmo que a impressão não proceda. Esse é o dilema que enfrentamos.

Mesmo que seja uma decisão tecnicamente correta, com provas robustas, que condene o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus cúmplices por uma série de crimes cometidos contra o Estado, parte expressiva da população brasileira não irá aceitar o resultado caso conste a assinatura do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A disputa brasileira chegou a tal ponto que mesmo juízes são vistos como mero apêndices de agremiações partidárias, com interesses políticos. É escassa a crença em justiça cega e imparcialidade.

Nesse sentido, de buscar uma pacificação do país, o mais sensato seria o juiz Alexandre de Moraes renunciar a suas atribuições nos casos. A questão é que Moraes se tornou uma espécie de Sergio Moro invertido. Nada que vem dele é visto mais como uma decisão judicial, mas simplesmente perseguição ou vingança de quem também é vítima nessa teia.

Se Moraes sair dos casos que envolvem Bolsonaro, inclusive, as forças de extrema-direita que tentaram um golpe no país perdem um de seus principais argumentos para defender o antigo presidente. No caso, de que ele seria vítima de uma trama jurídico-política que tem como objetivo não só tirá-lo do páreo e encarcerá-lo, mas também manter o presidente Lula e integrantes de seu partido no poder.

Se Alexandre de Moraes continuar no comando do caso, condenação de Jair Bolsonaro não será aceita por parte da sociedade Foto: Isac Nóbrega/PR

Delírio? Pode ser. Por outro lado, essa é a convicção de muitos dos que deram a Bolsonaro os quase 50% nas eleições presidenciais de 2022 e, mesmo com tudo o que se revela, não desistem de seguir com seu líder. Dizer que Bolsonaro é um inocente que sofre um processo de açoite público é tema de conversas nas festas de família, nos bares, nas redes sociais, entre gente de todas as classes, entre empresários ou profissionais liberais. É um tema posto ao qual o próprio Supremo não tem conseguido dar uma resposta que os convença – anular os atos da Lava Jato, decerto, não ajudou.

Hoje, com Alexandre de Moraes na frente dos processos, não importam os fatos. O que se vai ver ter é sentimento de que houve arbitrariedade. A presença do juiz será um elemento para que a seita bolsonarista tente transformá-lo em um mártir. Spoiler: podem conseguir.

Aqui os argumentos não são jurídicos, mas sobre o destino da nação. A questão é que o Brasil precisa superar essa bifurcação política, precisa ajustar suas contas, precisa retomar a rota do desenvolvimento sustentável, precisa ainda tirar milhões da pobreza, cuidar da infraestrutura, do saneamento básico, numa lista gigantesca de tarefas urgentes a cumprir. O pior que pode acontecer é os nossos verdadeiros objetivos ficarem embaçados por quem vê os acontecimentos da nossa história por meio do ressentimento e da raiva contra a democracia aqui instalada.

Sim, Bolsonaro pode merecer a cadeia por um longo tempo por tudo que aprontou. Mas é preciso muita habilidade e sabedoria política para mostrar a milhões que ele deve ser punido porque assim o mereceu, e não por algum tipo de tirania praticada por um ou um grupo de indivíduos – mesmo que a impressão não proceda. Esse é o dilema que enfrentamos.

Opinião por Fabiano Lana

Fabiano Lana é formado em Comunicação Social pela UFMG e em Filosofia pela UnB, onde também tem mestrado na área. Foi repórter do Jornal do Brasil, entre outros veículos. Atua como consultor de comunicação. É autor do livro “Riobaldo agarra sua morte”, em que discute interseções entre jornalismo, política e ética.

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