Fachin diz que Brasil pode sofrer atentado mais grave do que a invasão ao Capitólio nos EUA


Presidente do TSE fez palestra em Washington sobre os preparativos da Justiça Eleitoral para as eleições de outubro

Por Weslley Galzo
Atualização:

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, disse nesta quarta-feira, 6, em palestra nos Estados Unidos, que o Brasil pode passar por um episódio de ataques às instituições ainda mais grave do que o ocorrido na invasão ao Capitólio, a sede do Congresso norte-americano, localizado em Washington. “Nós poderemos ter um episódio ainda mais agravado do 6 de janeiro daqui, do Capitólio”, afirmou durante o evento organizado pelo instituto Wilson Center.

Em 6 de janeiro de 2021, apoiadores do ex-presidente republicano Donald Trump invadiram violentamente o prédio enquanto deputados e senadores faziam a contagem oficial dos votos recebidos pelo presidente eleito Joe Biden no colégio eleitoral. O atentado deixou cinco pessoas mortas. Na ocasião, parlamentares tiveram que ser retirados do prédio, ou se esconder em salas de auxiliares, para que não fossem agredidos pelos invasores.

Sessão plenária do TSE em junho de 2022 Foto: Divulgação/TSE
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Como mostrou o Estadão, o TSE tem investido cifras milionárias para reforçar o esquema de segurança do prédio e dos ministros. A Corte mantém um esquema de vigilância armada e monitoramento de ameaças em constante atualização No evento em Washington, Fachin ainda apelou que os eleitores brasileiros se armem “unicamente do seu voto” e chegou a rebater as declarações recentes do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que, caso reeleito, expandirá o acesso a armas no País. O ministro chegou a dizer que “sociedade armada é sociedade oprimida”.

Diante das investidas do governo e de ameaças dos apoiadores do atual presidente, Fachin frisou que “o Judiciário brasileiro não vai se vergar a quem quer que seja”. “Cada uma das instituições brasileiras precisa cumprir o seu papel nos limites que a Constituição atribui”, afirmou. “Instituições de estado respondem a interesses permanentes e duradouros de estado”, completou.

Fachada do prédio do Tribunal Superior Eleitoral  Foto: Dida Sampaio/Estadão
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Ao discursar, Fachin apresentou o receituário das ações que a Justiça Eleitoral deve adotar para garantir a lisura das eleições. O presidente do TSE frisou a importância de contar com o apoio do Congresso em caso de contestação do resultado da disputa em outubro, como vem ameaçando Bolsonaro.

Segundo o ministro, diante de um cenário de crise, os parlamentares deveriam deixar de lado as divergências ideológicas para defender o Judiciário e o sistema eletrônico de votação. “Se houver a dissolução de um dos poderes, o perigo poderá ir para o outro lado da rua”, afirmou.

Fachin também disse ser importante que a população demonstre publicamente “seus anseios de viver numa sociedade democrática”, caso a crise entre os Poderes se agrave.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, disse nesta quarta-feira, 6, em palestra nos Estados Unidos, que o Brasil pode passar por um episódio de ataques às instituições ainda mais grave do que o ocorrido na invasão ao Capitólio, a sede do Congresso norte-americano, localizado em Washington. “Nós poderemos ter um episódio ainda mais agravado do 6 de janeiro daqui, do Capitólio”, afirmou durante o evento organizado pelo instituto Wilson Center.

Em 6 de janeiro de 2021, apoiadores do ex-presidente republicano Donald Trump invadiram violentamente o prédio enquanto deputados e senadores faziam a contagem oficial dos votos recebidos pelo presidente eleito Joe Biden no colégio eleitoral. O atentado deixou cinco pessoas mortas. Na ocasião, parlamentares tiveram que ser retirados do prédio, ou se esconder em salas de auxiliares, para que não fossem agredidos pelos invasores.

Sessão plenária do TSE em junho de 2022 Foto: Divulgação/TSE

Como mostrou o Estadão, o TSE tem investido cifras milionárias para reforçar o esquema de segurança do prédio e dos ministros. A Corte mantém um esquema de vigilância armada e monitoramento de ameaças em constante atualização No evento em Washington, Fachin ainda apelou que os eleitores brasileiros se armem “unicamente do seu voto” e chegou a rebater as declarações recentes do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que, caso reeleito, expandirá o acesso a armas no País. O ministro chegou a dizer que “sociedade armada é sociedade oprimida”.

Diante das investidas do governo e de ameaças dos apoiadores do atual presidente, Fachin frisou que “o Judiciário brasileiro não vai se vergar a quem quer que seja”. “Cada uma das instituições brasileiras precisa cumprir o seu papel nos limites que a Constituição atribui”, afirmou. “Instituições de estado respondem a interesses permanentes e duradouros de estado”, completou.

Fachada do prédio do Tribunal Superior Eleitoral  Foto: Dida Sampaio/Estadão

Ao discursar, Fachin apresentou o receituário das ações que a Justiça Eleitoral deve adotar para garantir a lisura das eleições. O presidente do TSE frisou a importância de contar com o apoio do Congresso em caso de contestação do resultado da disputa em outubro, como vem ameaçando Bolsonaro.

Segundo o ministro, diante de um cenário de crise, os parlamentares deveriam deixar de lado as divergências ideológicas para defender o Judiciário e o sistema eletrônico de votação. “Se houver a dissolução de um dos poderes, o perigo poderá ir para o outro lado da rua”, afirmou.

Fachin também disse ser importante que a população demonstre publicamente “seus anseios de viver numa sociedade democrática”, caso a crise entre os Poderes se agrave.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, disse nesta quarta-feira, 6, em palestra nos Estados Unidos, que o Brasil pode passar por um episódio de ataques às instituições ainda mais grave do que o ocorrido na invasão ao Capitólio, a sede do Congresso norte-americano, localizado em Washington. “Nós poderemos ter um episódio ainda mais agravado do 6 de janeiro daqui, do Capitólio”, afirmou durante o evento organizado pelo instituto Wilson Center.

Em 6 de janeiro de 2021, apoiadores do ex-presidente republicano Donald Trump invadiram violentamente o prédio enquanto deputados e senadores faziam a contagem oficial dos votos recebidos pelo presidente eleito Joe Biden no colégio eleitoral. O atentado deixou cinco pessoas mortas. Na ocasião, parlamentares tiveram que ser retirados do prédio, ou se esconder em salas de auxiliares, para que não fossem agredidos pelos invasores.

Sessão plenária do TSE em junho de 2022 Foto: Divulgação/TSE

Como mostrou o Estadão, o TSE tem investido cifras milionárias para reforçar o esquema de segurança do prédio e dos ministros. A Corte mantém um esquema de vigilância armada e monitoramento de ameaças em constante atualização No evento em Washington, Fachin ainda apelou que os eleitores brasileiros se armem “unicamente do seu voto” e chegou a rebater as declarações recentes do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que, caso reeleito, expandirá o acesso a armas no País. O ministro chegou a dizer que “sociedade armada é sociedade oprimida”.

Diante das investidas do governo e de ameaças dos apoiadores do atual presidente, Fachin frisou que “o Judiciário brasileiro não vai se vergar a quem quer que seja”. “Cada uma das instituições brasileiras precisa cumprir o seu papel nos limites que a Constituição atribui”, afirmou. “Instituições de estado respondem a interesses permanentes e duradouros de estado”, completou.

Fachada do prédio do Tribunal Superior Eleitoral  Foto: Dida Sampaio/Estadão

Ao discursar, Fachin apresentou o receituário das ações que a Justiça Eleitoral deve adotar para garantir a lisura das eleições. O presidente do TSE frisou a importância de contar com o apoio do Congresso em caso de contestação do resultado da disputa em outubro, como vem ameaçando Bolsonaro.

Segundo o ministro, diante de um cenário de crise, os parlamentares deveriam deixar de lado as divergências ideológicas para defender o Judiciário e o sistema eletrônico de votação. “Se houver a dissolução de um dos poderes, o perigo poderá ir para o outro lado da rua”, afirmou.

Fachin também disse ser importante que a população demonstre publicamente “seus anseios de viver numa sociedade democrática”, caso a crise entre os Poderes se agrave.

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