O tesouro de Kassab


PF encontrou R$ 301 mil em dinheiro vivo no apartamento do ministro durante buscas realizadas nesta quarta, 19; ex-prefeito afirmou que guardava montante em casa porque está com bens bloqueados pela Justiça

Por Fabio Serapião, Fausto Macedo, BRASÍLIA e SÃO PAULO
Dinheiro encontrado na residência de Kassab  

Suspeito de receber R$ 58 milhões do Grupo J&F, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações,  Gilberto Kassab (PSD), foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal nesta quarta-feira, 19. Durante o cumprimento da busca, os policiais federais encontraram R$ 301 mil no apartamento do ministro em São Paulo (SP).

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A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que foi secretário de Kassab durante sua gestão como prefeito de São Paulo, entre 2008 e 2012.

A partir de janeiro, Kassab será o secretário da Casa Civil do governo João Doria (PSDB), em São Paulo.

Além de Kassab, foram cumpridos mandados de busca em locais relacionados ao governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), e ao irmão do ministro, Renato Kassab. De acordo com a PF, a ação teve como objetivo "investigar o recebimento de vantagens indevidas", entre os anos de 2010 a 2016, por parte de Kassab.

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No pedido encaminhado a Alexandre de Moraes, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, sustentou que os repasses à Kassab foram feitos em duas situações distintas. Uma delas, entre 2010 e 2016, período em que Kassab teria recebido R$ 350 mil mensais, alcançando, ao todo R$ 30 milhões.

"O objetivo dos pagamentos era contar com poder de influência do ministro em eventual demanda futura de interesse do referido grupo", afirmou a procuradora-geral. Os repasses teriam sido feitos por meio de contratos falsos entre a J&F e uma empresa da família do ministro.

Na segunda ocasião, em 2014, segundo a PGR, foram pagos R$ 28 milhões ao diretório nacional do PSD, na época, presidido por Kassab. O objetivo dos pagamentos era garantir o apoio do PSD ao PT na disputa presidencial de 2014. "Neste caso, o repasse foi operacionalizado por meio de doações oficiais de campanha e outros artifícios como a quitação de notas fiscais falsas. Também há registro da entrega de dinheiro em espécie", sustentou a procuradora-geral.

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De acordo com Raquel, parte dos pagamentos efetuados foi feita quando Kassab já exercia o cargo de ministro no governo Michel Temer (MDB).

COM A PALAVRA, KASSAB

Ao Estado, o ministro afirmou que está tranquilo e que a Procuradoria ainda não concluiu a investigação. "Esta ainda é uma fase de apuração e eu me coloquei à disposição para colaborar como puder. Todos os documentos relacionados a esse assunto já foram devidamente encaminhados", disse Kassab.

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Sobre os contratos entre o Grupo J&F e sua empresa, apontados pela PGR como falsos, Kassab afirmou que os serviços contratados foram prestados e que ele possui toda a documentação para atestar o trabalho realizado.

O ministro afirmou ainda que guardava cerca de R$ 300 mil em seu apartamento porque está com os bens bloqueados pela Justiça. "Esta é uma consequência do bloqueio de bens com o qual estou convivendo."

COM A PALAVRA, ROBINSON FARIA

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A defesa de Robinson Faria não respondeu aos contatos da reportagem.

COM A PALAVRA, DORIA

A propósito das medidas tomadas em relação ao ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, o governo João Doria confia na conduta da Justiça e no amplo direito de defesa do ministro para os esclarecimentos necessários.

Dinheiro encontrado na residência de Kassab  

Suspeito de receber R$ 58 milhões do Grupo J&F, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações,  Gilberto Kassab (PSD), foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal nesta quarta-feira, 19. Durante o cumprimento da busca, os policiais federais encontraram R$ 301 mil no apartamento do ministro em São Paulo (SP).

A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que foi secretário de Kassab durante sua gestão como prefeito de São Paulo, entre 2008 e 2012.

A partir de janeiro, Kassab será o secretário da Casa Civil do governo João Doria (PSDB), em São Paulo.

Além de Kassab, foram cumpridos mandados de busca em locais relacionados ao governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), e ao irmão do ministro, Renato Kassab. De acordo com a PF, a ação teve como objetivo "investigar o recebimento de vantagens indevidas", entre os anos de 2010 a 2016, por parte de Kassab.

No pedido encaminhado a Alexandre de Moraes, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, sustentou que os repasses à Kassab foram feitos em duas situações distintas. Uma delas, entre 2010 e 2016, período em que Kassab teria recebido R$ 350 mil mensais, alcançando, ao todo R$ 30 milhões.

"O objetivo dos pagamentos era contar com poder de influência do ministro em eventual demanda futura de interesse do referido grupo", afirmou a procuradora-geral. Os repasses teriam sido feitos por meio de contratos falsos entre a J&F e uma empresa da família do ministro.

Na segunda ocasião, em 2014, segundo a PGR, foram pagos R$ 28 milhões ao diretório nacional do PSD, na época, presidido por Kassab. O objetivo dos pagamentos era garantir o apoio do PSD ao PT na disputa presidencial de 2014. "Neste caso, o repasse foi operacionalizado por meio de doações oficiais de campanha e outros artifícios como a quitação de notas fiscais falsas. Também há registro da entrega de dinheiro em espécie", sustentou a procuradora-geral.

De acordo com Raquel, parte dos pagamentos efetuados foi feita quando Kassab já exercia o cargo de ministro no governo Michel Temer (MDB).

COM A PALAVRA, KASSAB

Ao Estado, o ministro afirmou que está tranquilo e que a Procuradoria ainda não concluiu a investigação. "Esta ainda é uma fase de apuração e eu me coloquei à disposição para colaborar como puder. Todos os documentos relacionados a esse assunto já foram devidamente encaminhados", disse Kassab.

Sobre os contratos entre o Grupo J&F e sua empresa, apontados pela PGR como falsos, Kassab afirmou que os serviços contratados foram prestados e que ele possui toda a documentação para atestar o trabalho realizado.

O ministro afirmou ainda que guardava cerca de R$ 300 mil em seu apartamento porque está com os bens bloqueados pela Justiça. "Esta é uma consequência do bloqueio de bens com o qual estou convivendo."

COM A PALAVRA, ROBINSON FARIA

A defesa de Robinson Faria não respondeu aos contatos da reportagem.

COM A PALAVRA, DORIA

A propósito das medidas tomadas em relação ao ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, o governo João Doria confia na conduta da Justiça e no amplo direito de defesa do ministro para os esclarecimentos necessários.

Dinheiro encontrado na residência de Kassab  

Suspeito de receber R$ 58 milhões do Grupo J&F, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações,  Gilberto Kassab (PSD), foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal nesta quarta-feira, 19. Durante o cumprimento da busca, os policiais federais encontraram R$ 301 mil no apartamento do ministro em São Paulo (SP).

A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que foi secretário de Kassab durante sua gestão como prefeito de São Paulo, entre 2008 e 2012.

A partir de janeiro, Kassab será o secretário da Casa Civil do governo João Doria (PSDB), em São Paulo.

Além de Kassab, foram cumpridos mandados de busca em locais relacionados ao governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), e ao irmão do ministro, Renato Kassab. De acordo com a PF, a ação teve como objetivo "investigar o recebimento de vantagens indevidas", entre os anos de 2010 a 2016, por parte de Kassab.

No pedido encaminhado a Alexandre de Moraes, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, sustentou que os repasses à Kassab foram feitos em duas situações distintas. Uma delas, entre 2010 e 2016, período em que Kassab teria recebido R$ 350 mil mensais, alcançando, ao todo R$ 30 milhões.

"O objetivo dos pagamentos era contar com poder de influência do ministro em eventual demanda futura de interesse do referido grupo", afirmou a procuradora-geral. Os repasses teriam sido feitos por meio de contratos falsos entre a J&F e uma empresa da família do ministro.

Na segunda ocasião, em 2014, segundo a PGR, foram pagos R$ 28 milhões ao diretório nacional do PSD, na época, presidido por Kassab. O objetivo dos pagamentos era garantir o apoio do PSD ao PT na disputa presidencial de 2014. "Neste caso, o repasse foi operacionalizado por meio de doações oficiais de campanha e outros artifícios como a quitação de notas fiscais falsas. Também há registro da entrega de dinheiro em espécie", sustentou a procuradora-geral.

De acordo com Raquel, parte dos pagamentos efetuados foi feita quando Kassab já exercia o cargo de ministro no governo Michel Temer (MDB).

COM A PALAVRA, KASSAB

Ao Estado, o ministro afirmou que está tranquilo e que a Procuradoria ainda não concluiu a investigação. "Esta ainda é uma fase de apuração e eu me coloquei à disposição para colaborar como puder. Todos os documentos relacionados a esse assunto já foram devidamente encaminhados", disse Kassab.

Sobre os contratos entre o Grupo J&F e sua empresa, apontados pela PGR como falsos, Kassab afirmou que os serviços contratados foram prestados e que ele possui toda a documentação para atestar o trabalho realizado.

O ministro afirmou ainda que guardava cerca de R$ 300 mil em seu apartamento porque está com os bens bloqueados pela Justiça. "Esta é uma consequência do bloqueio de bens com o qual estou convivendo."

COM A PALAVRA, ROBINSON FARIA

A defesa de Robinson Faria não respondeu aos contatos da reportagem.

COM A PALAVRA, DORIA

A propósito das medidas tomadas em relação ao ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, o governo João Doria confia na conduta da Justiça e no amplo direito de defesa do ministro para os esclarecimentos necessários.

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