‘Feirão’ da defesa: advogados oferecem serviços a golpistas presos a R$ 1 mil por pessoa


‘Hotelzinho de porta fechada’: detidos ficarão em área especial no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, em local reservado para fazer audiência de custódia

Por André Borges
Atualização:

BRASÍLIA – A negociação era intensa na tarde desta segunda-feira, 9, nos corredores da Academia da Polícia Federal, em Brasília. Depois de um grupo de advogados ser levado a uma sala, a PF liberou os profissionais para conversarem com as primeiras pessoas detidas. Foram priorizados os idosos que estão detidos na unidade de Sobradinho, no entorno de Brasília.

Nos corredores da PF, advogados começaram a chamar pessoas, tentando agrupá-las por cidades ou Estados. “Quem aqui é de Brasília e região?”, gritava um advogado, tentando dar início a um processo de triagem. O espanto foi geral, ao ouvirem que estavam detidos e que seriam encaminhados para o Complexo Penitenciário da Papuda, cadeia conhecida por abrigar nomes da corrupção na política.

Fila de advogados que foram à PF para representar detidos envolvidos com os atos de vandalismo em Brasília Foto: André Borges
continua após a publicidade

Rodeado por um grupo de golpistas que carregavam mochilas e sacolas, um advogado dizia: “Eu preciso que, agora, vocês se atenham à prisão. Vocês têm advogados? Já constituíram advogados?”, questionava, pedindo a uma auxiliar que pegasse um papel e uma caneta para anotar nomes e dados pessoais dos clientes potenciais.

Perguntado por um dos detidos sobre o valor dos seus serviços, o advogado foi direto. “Eu faço por R$ 1 mil o acompanhamento da oitiva (depoimento) e da briga pela audiência de custódia”, respondeu.

Em dado momento, chegou a haver, inclusive, discussão entre um advogada e uma advogada, que discordavam sobre a forma de agir na situação e de abordar as pessoas. A PF, ao perceber que a alternativa de contato nos corredores não estava surtindo efeito, procurou encaminhar os cerca de 50 advogados presentes até uma sala, para colocar ordem na situação.

continua após a publicidade

Enquanto isso, mais um profissional do Direito fazia os cálculos com um colega sobre o potencial de atendimento aos clientes. “Acho que dá uma média de 26 clientes por pessoas”, comentou.

Cerca de 1,5 mil pessoas estão detidas no local. A Polícia Federal tentava organizar o atendimento judicial aos grupos e a quem tiver interesse.

continua após a publicidade

‘Hotelzinho de porta fechada’

Uma das preocupações dos detidos era saber, afinal, para qual área do Complexo Penitenciário da Papuda seriam encaminhados. Um dos advogados explicou que não ficariam no meio de outros bandidos. “Vocês vão ficar na Papuda. É uma área especial, uma área custodiada, chamada quarentena, que é para quem ainda vai fazer audiência de custódia”, comentou, recorrendo a uma ilustração retórica para ser mais claro. “É um hotelzinho de porta fechada. Não é uma ala perigosa.”

O comentário não pareceu aliviar a tensão dos que acompanhavam as declarações. Algumas pessoas começaram a chorar, ao saberem dos crimes potenciais que deveriam responder. Os corredores da Academia da Polícia Federal foram tomados por pessoas com sacolas, à espera de atendimento.

continua após a publicidade

Durante as exposições dos crimes imputados aos detidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, advogados relataram acusações ligadas aos crimes da lei antiterrorismo e crimes de dano e de associação criminosa, além da “abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, e de tentativa de golpe de Estado, todos previstos no Código Penal.

Não há previsão sobre quando o trabalho com os advogados será concluído. Na tarde desta segunda-feira, 9, ônibus com mais pessoas detidas ainda entrava nas dependências da PF. Os golpistas foram agrupados dentro de um tipo de ginásio que faz parte da estrutura da unidade, em Sobradinho.

BRASÍLIA – A negociação era intensa na tarde desta segunda-feira, 9, nos corredores da Academia da Polícia Federal, em Brasília. Depois de um grupo de advogados ser levado a uma sala, a PF liberou os profissionais para conversarem com as primeiras pessoas detidas. Foram priorizados os idosos que estão detidos na unidade de Sobradinho, no entorno de Brasília.

Nos corredores da PF, advogados começaram a chamar pessoas, tentando agrupá-las por cidades ou Estados. “Quem aqui é de Brasília e região?”, gritava um advogado, tentando dar início a um processo de triagem. O espanto foi geral, ao ouvirem que estavam detidos e que seriam encaminhados para o Complexo Penitenciário da Papuda, cadeia conhecida por abrigar nomes da corrupção na política.

Fila de advogados que foram à PF para representar detidos envolvidos com os atos de vandalismo em Brasília Foto: André Borges

Rodeado por um grupo de golpistas que carregavam mochilas e sacolas, um advogado dizia: “Eu preciso que, agora, vocês se atenham à prisão. Vocês têm advogados? Já constituíram advogados?”, questionava, pedindo a uma auxiliar que pegasse um papel e uma caneta para anotar nomes e dados pessoais dos clientes potenciais.

Perguntado por um dos detidos sobre o valor dos seus serviços, o advogado foi direto. “Eu faço por R$ 1 mil o acompanhamento da oitiva (depoimento) e da briga pela audiência de custódia”, respondeu.

Em dado momento, chegou a haver, inclusive, discussão entre um advogada e uma advogada, que discordavam sobre a forma de agir na situação e de abordar as pessoas. A PF, ao perceber que a alternativa de contato nos corredores não estava surtindo efeito, procurou encaminhar os cerca de 50 advogados presentes até uma sala, para colocar ordem na situação.

Enquanto isso, mais um profissional do Direito fazia os cálculos com um colega sobre o potencial de atendimento aos clientes. “Acho que dá uma média de 26 clientes por pessoas”, comentou.

Cerca de 1,5 mil pessoas estão detidas no local. A Polícia Federal tentava organizar o atendimento judicial aos grupos e a quem tiver interesse.

‘Hotelzinho de porta fechada’

Uma das preocupações dos detidos era saber, afinal, para qual área do Complexo Penitenciário da Papuda seriam encaminhados. Um dos advogados explicou que não ficariam no meio de outros bandidos. “Vocês vão ficar na Papuda. É uma área especial, uma área custodiada, chamada quarentena, que é para quem ainda vai fazer audiência de custódia”, comentou, recorrendo a uma ilustração retórica para ser mais claro. “É um hotelzinho de porta fechada. Não é uma ala perigosa.”

O comentário não pareceu aliviar a tensão dos que acompanhavam as declarações. Algumas pessoas começaram a chorar, ao saberem dos crimes potenciais que deveriam responder. Os corredores da Academia da Polícia Federal foram tomados por pessoas com sacolas, à espera de atendimento.

Durante as exposições dos crimes imputados aos detidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, advogados relataram acusações ligadas aos crimes da lei antiterrorismo e crimes de dano e de associação criminosa, além da “abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, e de tentativa de golpe de Estado, todos previstos no Código Penal.

Não há previsão sobre quando o trabalho com os advogados será concluído. Na tarde desta segunda-feira, 9, ônibus com mais pessoas detidas ainda entrava nas dependências da PF. Os golpistas foram agrupados dentro de um tipo de ginásio que faz parte da estrutura da unidade, em Sobradinho.

BRASÍLIA – A negociação era intensa na tarde desta segunda-feira, 9, nos corredores da Academia da Polícia Federal, em Brasília. Depois de um grupo de advogados ser levado a uma sala, a PF liberou os profissionais para conversarem com as primeiras pessoas detidas. Foram priorizados os idosos que estão detidos na unidade de Sobradinho, no entorno de Brasília.

Nos corredores da PF, advogados começaram a chamar pessoas, tentando agrupá-las por cidades ou Estados. “Quem aqui é de Brasília e região?”, gritava um advogado, tentando dar início a um processo de triagem. O espanto foi geral, ao ouvirem que estavam detidos e que seriam encaminhados para o Complexo Penitenciário da Papuda, cadeia conhecida por abrigar nomes da corrupção na política.

Fila de advogados que foram à PF para representar detidos envolvidos com os atos de vandalismo em Brasília Foto: André Borges

Rodeado por um grupo de golpistas que carregavam mochilas e sacolas, um advogado dizia: “Eu preciso que, agora, vocês se atenham à prisão. Vocês têm advogados? Já constituíram advogados?”, questionava, pedindo a uma auxiliar que pegasse um papel e uma caneta para anotar nomes e dados pessoais dos clientes potenciais.

Perguntado por um dos detidos sobre o valor dos seus serviços, o advogado foi direto. “Eu faço por R$ 1 mil o acompanhamento da oitiva (depoimento) e da briga pela audiência de custódia”, respondeu.

Em dado momento, chegou a haver, inclusive, discussão entre um advogada e uma advogada, que discordavam sobre a forma de agir na situação e de abordar as pessoas. A PF, ao perceber que a alternativa de contato nos corredores não estava surtindo efeito, procurou encaminhar os cerca de 50 advogados presentes até uma sala, para colocar ordem na situação.

Enquanto isso, mais um profissional do Direito fazia os cálculos com um colega sobre o potencial de atendimento aos clientes. “Acho que dá uma média de 26 clientes por pessoas”, comentou.

Cerca de 1,5 mil pessoas estão detidas no local. A Polícia Federal tentava organizar o atendimento judicial aos grupos e a quem tiver interesse.

‘Hotelzinho de porta fechada’

Uma das preocupações dos detidos era saber, afinal, para qual área do Complexo Penitenciário da Papuda seriam encaminhados. Um dos advogados explicou que não ficariam no meio de outros bandidos. “Vocês vão ficar na Papuda. É uma área especial, uma área custodiada, chamada quarentena, que é para quem ainda vai fazer audiência de custódia”, comentou, recorrendo a uma ilustração retórica para ser mais claro. “É um hotelzinho de porta fechada. Não é uma ala perigosa.”

O comentário não pareceu aliviar a tensão dos que acompanhavam as declarações. Algumas pessoas começaram a chorar, ao saberem dos crimes potenciais que deveriam responder. Os corredores da Academia da Polícia Federal foram tomados por pessoas com sacolas, à espera de atendimento.

Durante as exposições dos crimes imputados aos detidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, advogados relataram acusações ligadas aos crimes da lei antiterrorismo e crimes de dano e de associação criminosa, além da “abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, e de tentativa de golpe de Estado, todos previstos no Código Penal.

Não há previsão sobre quando o trabalho com os advogados será concluído. Na tarde desta segunda-feira, 9, ônibus com mais pessoas detidas ainda entrava nas dependências da PF. Os golpistas foram agrupados dentro de um tipo de ginásio que faz parte da estrutura da unidade, em Sobradinho.

BRASÍLIA – A negociação era intensa na tarde desta segunda-feira, 9, nos corredores da Academia da Polícia Federal, em Brasília. Depois de um grupo de advogados ser levado a uma sala, a PF liberou os profissionais para conversarem com as primeiras pessoas detidas. Foram priorizados os idosos que estão detidos na unidade de Sobradinho, no entorno de Brasília.

Nos corredores da PF, advogados começaram a chamar pessoas, tentando agrupá-las por cidades ou Estados. “Quem aqui é de Brasília e região?”, gritava um advogado, tentando dar início a um processo de triagem. O espanto foi geral, ao ouvirem que estavam detidos e que seriam encaminhados para o Complexo Penitenciário da Papuda, cadeia conhecida por abrigar nomes da corrupção na política.

Fila de advogados que foram à PF para representar detidos envolvidos com os atos de vandalismo em Brasília Foto: André Borges

Rodeado por um grupo de golpistas que carregavam mochilas e sacolas, um advogado dizia: “Eu preciso que, agora, vocês se atenham à prisão. Vocês têm advogados? Já constituíram advogados?”, questionava, pedindo a uma auxiliar que pegasse um papel e uma caneta para anotar nomes e dados pessoais dos clientes potenciais.

Perguntado por um dos detidos sobre o valor dos seus serviços, o advogado foi direto. “Eu faço por R$ 1 mil o acompanhamento da oitiva (depoimento) e da briga pela audiência de custódia”, respondeu.

Em dado momento, chegou a haver, inclusive, discussão entre um advogada e uma advogada, que discordavam sobre a forma de agir na situação e de abordar as pessoas. A PF, ao perceber que a alternativa de contato nos corredores não estava surtindo efeito, procurou encaminhar os cerca de 50 advogados presentes até uma sala, para colocar ordem na situação.

Enquanto isso, mais um profissional do Direito fazia os cálculos com um colega sobre o potencial de atendimento aos clientes. “Acho que dá uma média de 26 clientes por pessoas”, comentou.

Cerca de 1,5 mil pessoas estão detidas no local. A Polícia Federal tentava organizar o atendimento judicial aos grupos e a quem tiver interesse.

‘Hotelzinho de porta fechada’

Uma das preocupações dos detidos era saber, afinal, para qual área do Complexo Penitenciário da Papuda seriam encaminhados. Um dos advogados explicou que não ficariam no meio de outros bandidos. “Vocês vão ficar na Papuda. É uma área especial, uma área custodiada, chamada quarentena, que é para quem ainda vai fazer audiência de custódia”, comentou, recorrendo a uma ilustração retórica para ser mais claro. “É um hotelzinho de porta fechada. Não é uma ala perigosa.”

O comentário não pareceu aliviar a tensão dos que acompanhavam as declarações. Algumas pessoas começaram a chorar, ao saberem dos crimes potenciais que deveriam responder. Os corredores da Academia da Polícia Federal foram tomados por pessoas com sacolas, à espera de atendimento.

Durante as exposições dos crimes imputados aos detidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, advogados relataram acusações ligadas aos crimes da lei antiterrorismo e crimes de dano e de associação criminosa, além da “abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, e de tentativa de golpe de Estado, todos previstos no Código Penal.

Não há previsão sobre quando o trabalho com os advogados será concluído. Na tarde desta segunda-feira, 9, ônibus com mais pessoas detidas ainda entrava nas dependências da PF. Os golpistas foram agrupados dentro de um tipo de ginásio que faz parte da estrutura da unidade, em Sobradinho.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.