Análises fora da bolha

Cassação de Deltan reforça projeto de Benedito para vaga no Supremo


Tendência é que Lula indique Zanin para vaga de Lewandowski, mas segunda cadeira é disputada por antigos indicados do petista

Por Felipe Moura Brasil
Atualização:

O desejo confesso de Lula de se vingar de Deltan Dallagnol e o voto do relator Benedito Gonçalves pela cassação de seu mandato de deputado federal, contornando a lei que não prevê inelegibilidade em caso de pedido de exoneração do Ministério Público sem processo administrativo disciplinar aberto, formam uma coincidência e tanto.

Ministro Benedito Gonçalves foi o relator de ações que levaram a cassação do mandato do deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) Foto: Gustavo Lima/STJ/Divulgação

Lula indicou Benedito Gonçalves para o Superior Tribunal de Justiça em 1.º de agosto de 2008 e foi representado na cerimônia de posse, em 17 de setembro, pelo então advogado-geral da União, Dias Toffoli. Um ano depois, Lula indicou Toffoli para a vaga do Supremo Tribunal Federal deixada pela morte de seu também escolhido Menezes Direito. O petista já havia indicado Joaquim Barbosa, Cezar Peluso, Ayres Britto e Ricardo Lewandowski, hoje aposentados; além de Cármen Lúcia.

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Eleita em 2010, Dilma Rousseff indicou Luiz Fux e Rosa Weber em 2011; Teori Zavascki em 2012 (ele morreu em acidente de avião em 2017, quando então Michel Temer escolheu Alexandre de Moraes); e Luís Roberto Barroso em 2013. Em 27 de outubro de 2014, dia seguinte da reeleição da petista, Benedito Gonçalves enviou a seguinte mensagem a Léo Pinheiro, empreiteiro da OAS e amigo de Lula:

“Meu amigo, parabéns, o ano 2015 começou ontem. Agora preciso da sua ajuda valiosa para meu projeto.”

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Naquele tempo, Benedito já tinha o “projeto” de ser indicado ao STF no governo do PT, como entenderam os agentes da Polícia Federal que investigavam Pinheiro no âmbito da Operação Lava Jato, coordenada por Deltan.

Antes de ser ele próprio alvo de delação do empreiteiro e de procedimento no Conselho Nacional de Justiça, o ministro foi cotado em 2015 para a vaga de Barbosa, mas Dilma acabou escolhendo Luiz Edson Fachin, que já havia disputado a anterior com Barroso e fora porta-voz de um manifesto de juristas a favor da eleição da petista. Teria Benedito entendido que manter o nome cotado em sucessivas disputas e tomar atitudes que agradam ao presidente de turno aumenta as chances de vitória?

A derrota de Jair Bolsonaro estragou o projeto de Augusto Aras, João Otávio de Noronha e outras autoridades, que contribuíram para a blindagem da família do ex-presidente, de chegar ao Supremo, mas reacendeu a esperança dos antigos indicados por Lula. Ninguém acredita que ele vá abrir mão de escolher seu advogado Cristiano Zanin para a vaga de Lewandowski, mas, para a de Rosa Weber, os créditos de quem faz contorcionismo para se “vingar dessa gente”, e ainda atrai os coleguinhas, já estão contando.

O desejo confesso de Lula de se vingar de Deltan Dallagnol e o voto do relator Benedito Gonçalves pela cassação de seu mandato de deputado federal, contornando a lei que não prevê inelegibilidade em caso de pedido de exoneração do Ministério Público sem processo administrativo disciplinar aberto, formam uma coincidência e tanto.

Ministro Benedito Gonçalves foi o relator de ações que levaram a cassação do mandato do deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) Foto: Gustavo Lima/STJ/Divulgação

Lula indicou Benedito Gonçalves para o Superior Tribunal de Justiça em 1.º de agosto de 2008 e foi representado na cerimônia de posse, em 17 de setembro, pelo então advogado-geral da União, Dias Toffoli. Um ano depois, Lula indicou Toffoli para a vaga do Supremo Tribunal Federal deixada pela morte de seu também escolhido Menezes Direito. O petista já havia indicado Joaquim Barbosa, Cezar Peluso, Ayres Britto e Ricardo Lewandowski, hoje aposentados; além de Cármen Lúcia.

Eleita em 2010, Dilma Rousseff indicou Luiz Fux e Rosa Weber em 2011; Teori Zavascki em 2012 (ele morreu em acidente de avião em 2017, quando então Michel Temer escolheu Alexandre de Moraes); e Luís Roberto Barroso em 2013. Em 27 de outubro de 2014, dia seguinte da reeleição da petista, Benedito Gonçalves enviou a seguinte mensagem a Léo Pinheiro, empreiteiro da OAS e amigo de Lula:

“Meu amigo, parabéns, o ano 2015 começou ontem. Agora preciso da sua ajuda valiosa para meu projeto.”

Naquele tempo, Benedito já tinha o “projeto” de ser indicado ao STF no governo do PT, como entenderam os agentes da Polícia Federal que investigavam Pinheiro no âmbito da Operação Lava Jato, coordenada por Deltan.

Antes de ser ele próprio alvo de delação do empreiteiro e de procedimento no Conselho Nacional de Justiça, o ministro foi cotado em 2015 para a vaga de Barbosa, mas Dilma acabou escolhendo Luiz Edson Fachin, que já havia disputado a anterior com Barroso e fora porta-voz de um manifesto de juristas a favor da eleição da petista. Teria Benedito entendido que manter o nome cotado em sucessivas disputas e tomar atitudes que agradam ao presidente de turno aumenta as chances de vitória?

A derrota de Jair Bolsonaro estragou o projeto de Augusto Aras, João Otávio de Noronha e outras autoridades, que contribuíram para a blindagem da família do ex-presidente, de chegar ao Supremo, mas reacendeu a esperança dos antigos indicados por Lula. Ninguém acredita que ele vá abrir mão de escolher seu advogado Cristiano Zanin para a vaga de Lewandowski, mas, para a de Rosa Weber, os créditos de quem faz contorcionismo para se “vingar dessa gente”, e ainda atrai os coleguinhas, já estão contando.

O desejo confesso de Lula de se vingar de Deltan Dallagnol e o voto do relator Benedito Gonçalves pela cassação de seu mandato de deputado federal, contornando a lei que não prevê inelegibilidade em caso de pedido de exoneração do Ministério Público sem processo administrativo disciplinar aberto, formam uma coincidência e tanto.

Ministro Benedito Gonçalves foi o relator de ações que levaram a cassação do mandato do deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) Foto: Gustavo Lima/STJ/Divulgação

Lula indicou Benedito Gonçalves para o Superior Tribunal de Justiça em 1.º de agosto de 2008 e foi representado na cerimônia de posse, em 17 de setembro, pelo então advogado-geral da União, Dias Toffoli. Um ano depois, Lula indicou Toffoli para a vaga do Supremo Tribunal Federal deixada pela morte de seu também escolhido Menezes Direito. O petista já havia indicado Joaquim Barbosa, Cezar Peluso, Ayres Britto e Ricardo Lewandowski, hoje aposentados; além de Cármen Lúcia.

Eleita em 2010, Dilma Rousseff indicou Luiz Fux e Rosa Weber em 2011; Teori Zavascki em 2012 (ele morreu em acidente de avião em 2017, quando então Michel Temer escolheu Alexandre de Moraes); e Luís Roberto Barroso em 2013. Em 27 de outubro de 2014, dia seguinte da reeleição da petista, Benedito Gonçalves enviou a seguinte mensagem a Léo Pinheiro, empreiteiro da OAS e amigo de Lula:

“Meu amigo, parabéns, o ano 2015 começou ontem. Agora preciso da sua ajuda valiosa para meu projeto.”

Naquele tempo, Benedito já tinha o “projeto” de ser indicado ao STF no governo do PT, como entenderam os agentes da Polícia Federal que investigavam Pinheiro no âmbito da Operação Lava Jato, coordenada por Deltan.

Antes de ser ele próprio alvo de delação do empreiteiro e de procedimento no Conselho Nacional de Justiça, o ministro foi cotado em 2015 para a vaga de Barbosa, mas Dilma acabou escolhendo Luiz Edson Fachin, que já havia disputado a anterior com Barroso e fora porta-voz de um manifesto de juristas a favor da eleição da petista. Teria Benedito entendido que manter o nome cotado em sucessivas disputas e tomar atitudes que agradam ao presidente de turno aumenta as chances de vitória?

A derrota de Jair Bolsonaro estragou o projeto de Augusto Aras, João Otávio de Noronha e outras autoridades, que contribuíram para a blindagem da família do ex-presidente, de chegar ao Supremo, mas reacendeu a esperança dos antigos indicados por Lula. Ninguém acredita que ele vá abrir mão de escolher seu advogado Cristiano Zanin para a vaga de Lewandowski, mas, para a de Rosa Weber, os créditos de quem faz contorcionismo para se “vingar dessa gente”, e ainda atrai os coleguinhas, já estão contando.

O desejo confesso de Lula de se vingar de Deltan Dallagnol e o voto do relator Benedito Gonçalves pela cassação de seu mandato de deputado federal, contornando a lei que não prevê inelegibilidade em caso de pedido de exoneração do Ministério Público sem processo administrativo disciplinar aberto, formam uma coincidência e tanto.

Ministro Benedito Gonçalves foi o relator de ações que levaram a cassação do mandato do deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) Foto: Gustavo Lima/STJ/Divulgação

Lula indicou Benedito Gonçalves para o Superior Tribunal de Justiça em 1.º de agosto de 2008 e foi representado na cerimônia de posse, em 17 de setembro, pelo então advogado-geral da União, Dias Toffoli. Um ano depois, Lula indicou Toffoli para a vaga do Supremo Tribunal Federal deixada pela morte de seu também escolhido Menezes Direito. O petista já havia indicado Joaquim Barbosa, Cezar Peluso, Ayres Britto e Ricardo Lewandowski, hoje aposentados; além de Cármen Lúcia.

Eleita em 2010, Dilma Rousseff indicou Luiz Fux e Rosa Weber em 2011; Teori Zavascki em 2012 (ele morreu em acidente de avião em 2017, quando então Michel Temer escolheu Alexandre de Moraes); e Luís Roberto Barroso em 2013. Em 27 de outubro de 2014, dia seguinte da reeleição da petista, Benedito Gonçalves enviou a seguinte mensagem a Léo Pinheiro, empreiteiro da OAS e amigo de Lula:

“Meu amigo, parabéns, o ano 2015 começou ontem. Agora preciso da sua ajuda valiosa para meu projeto.”

Naquele tempo, Benedito já tinha o “projeto” de ser indicado ao STF no governo do PT, como entenderam os agentes da Polícia Federal que investigavam Pinheiro no âmbito da Operação Lava Jato, coordenada por Deltan.

Antes de ser ele próprio alvo de delação do empreiteiro e de procedimento no Conselho Nacional de Justiça, o ministro foi cotado em 2015 para a vaga de Barbosa, mas Dilma acabou escolhendo Luiz Edson Fachin, que já havia disputado a anterior com Barroso e fora porta-voz de um manifesto de juristas a favor da eleição da petista. Teria Benedito entendido que manter o nome cotado em sucessivas disputas e tomar atitudes que agradam ao presidente de turno aumenta as chances de vitória?

A derrota de Jair Bolsonaro estragou o projeto de Augusto Aras, João Otávio de Noronha e outras autoridades, que contribuíram para a blindagem da família do ex-presidente, de chegar ao Supremo, mas reacendeu a esperança dos antigos indicados por Lula. Ninguém acredita que ele vá abrir mão de escolher seu advogado Cristiano Zanin para a vaga de Lewandowski, mas, para a de Rosa Weber, os créditos de quem faz contorcionismo para se “vingar dessa gente”, e ainda atrai os coleguinhas, já estão contando.

O desejo confesso de Lula de se vingar de Deltan Dallagnol e o voto do relator Benedito Gonçalves pela cassação de seu mandato de deputado federal, contornando a lei que não prevê inelegibilidade em caso de pedido de exoneração do Ministério Público sem processo administrativo disciplinar aberto, formam uma coincidência e tanto.

Ministro Benedito Gonçalves foi o relator de ações que levaram a cassação do mandato do deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) Foto: Gustavo Lima/STJ/Divulgação

Lula indicou Benedito Gonçalves para o Superior Tribunal de Justiça em 1.º de agosto de 2008 e foi representado na cerimônia de posse, em 17 de setembro, pelo então advogado-geral da União, Dias Toffoli. Um ano depois, Lula indicou Toffoli para a vaga do Supremo Tribunal Federal deixada pela morte de seu também escolhido Menezes Direito. O petista já havia indicado Joaquim Barbosa, Cezar Peluso, Ayres Britto e Ricardo Lewandowski, hoje aposentados; além de Cármen Lúcia.

Eleita em 2010, Dilma Rousseff indicou Luiz Fux e Rosa Weber em 2011; Teori Zavascki em 2012 (ele morreu em acidente de avião em 2017, quando então Michel Temer escolheu Alexandre de Moraes); e Luís Roberto Barroso em 2013. Em 27 de outubro de 2014, dia seguinte da reeleição da petista, Benedito Gonçalves enviou a seguinte mensagem a Léo Pinheiro, empreiteiro da OAS e amigo de Lula:

“Meu amigo, parabéns, o ano 2015 começou ontem. Agora preciso da sua ajuda valiosa para meu projeto.”

Naquele tempo, Benedito já tinha o “projeto” de ser indicado ao STF no governo do PT, como entenderam os agentes da Polícia Federal que investigavam Pinheiro no âmbito da Operação Lava Jato, coordenada por Deltan.

Antes de ser ele próprio alvo de delação do empreiteiro e de procedimento no Conselho Nacional de Justiça, o ministro foi cotado em 2015 para a vaga de Barbosa, mas Dilma acabou escolhendo Luiz Edson Fachin, que já havia disputado a anterior com Barroso e fora porta-voz de um manifesto de juristas a favor da eleição da petista. Teria Benedito entendido que manter o nome cotado em sucessivas disputas e tomar atitudes que agradam ao presidente de turno aumenta as chances de vitória?

A derrota de Jair Bolsonaro estragou o projeto de Augusto Aras, João Otávio de Noronha e outras autoridades, que contribuíram para a blindagem da família do ex-presidente, de chegar ao Supremo, mas reacendeu a esperança dos antigos indicados por Lula. Ninguém acredita que ele vá abrir mão de escolher seu advogado Cristiano Zanin para a vaga de Lewandowski, mas, para a de Rosa Weber, os créditos de quem faz contorcionismo para se “vingar dessa gente”, e ainda atrai os coleguinhas, já estão contando.

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