Filho de ex-líder do governo, Miguel Coelho disputa voto bolsonarista com candidato do presidente


Ex-prefeito de Petrolina se aproxima de evangélicos para tentar levar chegar ao segundo turno

Por Augusto Tenório
Atualização:

ESPECIAL PARA O ESTADÃO/RECIFE - Filho de Fernando Bezerra Coelho (MDB), ex-líder do governo Jair Bolsonaro no Senado, Miguel Coelho (União Brasil) se movimenta atrás do voto bolsonarista. No Estado, o presidente apoia o candidato do PL, Anderson Ferreira. A estratégia da família Coelho é conseguir votos nas igrejas evangélicas, base de apoio do titular do Palácio do Planalto.

Coelho conta ainda com um maior tempo de TV que os concorrentes e recursos do partido que ficou com a maior fatia dos recursos públicos para financiar a campanha em todo o País. O ex-prefeito de Petrolina disputa voto a voto com Raquel Lyra (PSDB) e Ferreira um lugar no segundo turno. De acordo com a última pesquisa Ipec, a tucana tem 11% de intenção de voto, enquanto o candidato de Bolsonaro, 10%, e o Coelho, 9%. Marília Arraes (Solidariedade) lidera, com 33%.

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Conforme aliados, porém, o movimento é cuidadoso. Ele deve manter em público o discurso de neutralidade sobre a disputa nacional para evitar desgaste da associação com o nome do presidente, que não é bem avaliado no Estado. De acordo com o Paraná Pesquisas, ele é rejeitado por 58,5% dos eleitores. Segundo um estrategista da campanha, Coelho “não vai se colocar como bolsonarista, mas muito menos como lulista ou antibolsonarista”. Segundo o interlocutor, Miguel Coelho é grato pela atenção que recebeu do governo federal quando era prefeito de Petrolina.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), em Caruaru, com o ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto e Anderson Ferreira, respectivos pré-candidatos do PL ao Senado e ao governo de Pernambuco Foto: Augusto Tenório/Estadão

O candidato do União Brasil anunciou na última semana o apoio da vereadora Michele Collins e do deputado estadual Cleiton Collins, que integram a tropa de choque bolsonarista do PP em Pernambuco. A adesão do casal aproxima o candidato dos evangélicos e o fortalece na Região Metropolitana do Recife, região que detém 42% do eleitorado pernambucano.

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No evento que marcou a chegada dos novos aliados, a foto do candidato do União Brasil foi colocada ao lado da imagem do presidente.

Durante sua gestão de Petrolina, cidade considerada “capital” do Sertão do São Francisco, Miguel Coelho desfrutou de atenção especial de Brasília. Antes de deixar a liderança do governo Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra destinou R$ 330 milhões em emendas parlamentares para o município. Entre 2016 e 2018, R$ 90 milhões foram endereçados ao poder público local. Nos dois primeiros anos de governo Bolsonaro, esse montante foi multiplicado em cinco vezes, chegando a R$ 490 milhões.

Candidato assina ‘Carta ao povo de Deus de Pernambuco’

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Na semana anterior à chegada dos Collins, Miguel Coelho entregou uma carta assumindo uma série de compromissos direcionados à comunidade cristã do Estado. O documento foi entregue ao pastor Ailton José Alves, presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Pernambuco e da Convenção das Assembleias de Deus de Pernambuco (Conadepe).

“Sou cristão, católico, tenho uma família linda e acredito que a fé tem um valor sagrado. O povo de Petrolina já conhece minha história e valores, mas agora me apresento para os cristãos de todo o Estado. Então, tomamos a iniciativa de falar desses compromissos com todas as lideranças religiosas pernambucanas. Governar e promover a transformação que desejamos requer diálogo, respeito e parceria com todos os segmentos da sociedade”, disse Miguel Coelho na ocasião.

ESPECIAL PARA O ESTADÃO/RECIFE - Filho de Fernando Bezerra Coelho (MDB), ex-líder do governo Jair Bolsonaro no Senado, Miguel Coelho (União Brasil) se movimenta atrás do voto bolsonarista. No Estado, o presidente apoia o candidato do PL, Anderson Ferreira. A estratégia da família Coelho é conseguir votos nas igrejas evangélicas, base de apoio do titular do Palácio do Planalto.

Coelho conta ainda com um maior tempo de TV que os concorrentes e recursos do partido que ficou com a maior fatia dos recursos públicos para financiar a campanha em todo o País. O ex-prefeito de Petrolina disputa voto a voto com Raquel Lyra (PSDB) e Ferreira um lugar no segundo turno. De acordo com a última pesquisa Ipec, a tucana tem 11% de intenção de voto, enquanto o candidato de Bolsonaro, 10%, e o Coelho, 9%. Marília Arraes (Solidariedade) lidera, com 33%.

Conforme aliados, porém, o movimento é cuidadoso. Ele deve manter em público o discurso de neutralidade sobre a disputa nacional para evitar desgaste da associação com o nome do presidente, que não é bem avaliado no Estado. De acordo com o Paraná Pesquisas, ele é rejeitado por 58,5% dos eleitores. Segundo um estrategista da campanha, Coelho “não vai se colocar como bolsonarista, mas muito menos como lulista ou antibolsonarista”. Segundo o interlocutor, Miguel Coelho é grato pela atenção que recebeu do governo federal quando era prefeito de Petrolina.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), em Caruaru, com o ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto e Anderson Ferreira, respectivos pré-candidatos do PL ao Senado e ao governo de Pernambuco Foto: Augusto Tenório/Estadão

O candidato do União Brasil anunciou na última semana o apoio da vereadora Michele Collins e do deputado estadual Cleiton Collins, que integram a tropa de choque bolsonarista do PP em Pernambuco. A adesão do casal aproxima o candidato dos evangélicos e o fortalece na Região Metropolitana do Recife, região que detém 42% do eleitorado pernambucano.

No evento que marcou a chegada dos novos aliados, a foto do candidato do União Brasil foi colocada ao lado da imagem do presidente.

Durante sua gestão de Petrolina, cidade considerada “capital” do Sertão do São Francisco, Miguel Coelho desfrutou de atenção especial de Brasília. Antes de deixar a liderança do governo Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra destinou R$ 330 milhões em emendas parlamentares para o município. Entre 2016 e 2018, R$ 90 milhões foram endereçados ao poder público local. Nos dois primeiros anos de governo Bolsonaro, esse montante foi multiplicado em cinco vezes, chegando a R$ 490 milhões.

Candidato assina ‘Carta ao povo de Deus de Pernambuco’

Na semana anterior à chegada dos Collins, Miguel Coelho entregou uma carta assumindo uma série de compromissos direcionados à comunidade cristã do Estado. O documento foi entregue ao pastor Ailton José Alves, presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Pernambuco e da Convenção das Assembleias de Deus de Pernambuco (Conadepe).

“Sou cristão, católico, tenho uma família linda e acredito que a fé tem um valor sagrado. O povo de Petrolina já conhece minha história e valores, mas agora me apresento para os cristãos de todo o Estado. Então, tomamos a iniciativa de falar desses compromissos com todas as lideranças religiosas pernambucanas. Governar e promover a transformação que desejamos requer diálogo, respeito e parceria com todos os segmentos da sociedade”, disse Miguel Coelho na ocasião.

ESPECIAL PARA O ESTADÃO/RECIFE - Filho de Fernando Bezerra Coelho (MDB), ex-líder do governo Jair Bolsonaro no Senado, Miguel Coelho (União Brasil) se movimenta atrás do voto bolsonarista. No Estado, o presidente apoia o candidato do PL, Anderson Ferreira. A estratégia da família Coelho é conseguir votos nas igrejas evangélicas, base de apoio do titular do Palácio do Planalto.

Coelho conta ainda com um maior tempo de TV que os concorrentes e recursos do partido que ficou com a maior fatia dos recursos públicos para financiar a campanha em todo o País. O ex-prefeito de Petrolina disputa voto a voto com Raquel Lyra (PSDB) e Ferreira um lugar no segundo turno. De acordo com a última pesquisa Ipec, a tucana tem 11% de intenção de voto, enquanto o candidato de Bolsonaro, 10%, e o Coelho, 9%. Marília Arraes (Solidariedade) lidera, com 33%.

Conforme aliados, porém, o movimento é cuidadoso. Ele deve manter em público o discurso de neutralidade sobre a disputa nacional para evitar desgaste da associação com o nome do presidente, que não é bem avaliado no Estado. De acordo com o Paraná Pesquisas, ele é rejeitado por 58,5% dos eleitores. Segundo um estrategista da campanha, Coelho “não vai se colocar como bolsonarista, mas muito menos como lulista ou antibolsonarista”. Segundo o interlocutor, Miguel Coelho é grato pela atenção que recebeu do governo federal quando era prefeito de Petrolina.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), em Caruaru, com o ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto e Anderson Ferreira, respectivos pré-candidatos do PL ao Senado e ao governo de Pernambuco Foto: Augusto Tenório/Estadão

O candidato do União Brasil anunciou na última semana o apoio da vereadora Michele Collins e do deputado estadual Cleiton Collins, que integram a tropa de choque bolsonarista do PP em Pernambuco. A adesão do casal aproxima o candidato dos evangélicos e o fortalece na Região Metropolitana do Recife, região que detém 42% do eleitorado pernambucano.

No evento que marcou a chegada dos novos aliados, a foto do candidato do União Brasil foi colocada ao lado da imagem do presidente.

Durante sua gestão de Petrolina, cidade considerada “capital” do Sertão do São Francisco, Miguel Coelho desfrutou de atenção especial de Brasília. Antes de deixar a liderança do governo Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra destinou R$ 330 milhões em emendas parlamentares para o município. Entre 2016 e 2018, R$ 90 milhões foram endereçados ao poder público local. Nos dois primeiros anos de governo Bolsonaro, esse montante foi multiplicado em cinco vezes, chegando a R$ 490 milhões.

Candidato assina ‘Carta ao povo de Deus de Pernambuco’

Na semana anterior à chegada dos Collins, Miguel Coelho entregou uma carta assumindo uma série de compromissos direcionados à comunidade cristã do Estado. O documento foi entregue ao pastor Ailton José Alves, presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Pernambuco e da Convenção das Assembleias de Deus de Pernambuco (Conadepe).

“Sou cristão, católico, tenho uma família linda e acredito que a fé tem um valor sagrado. O povo de Petrolina já conhece minha história e valores, mas agora me apresento para os cristãos de todo o Estado. Então, tomamos a iniciativa de falar desses compromissos com todas as lideranças religiosas pernambucanas. Governar e promover a transformação que desejamos requer diálogo, respeito e parceria com todos os segmentos da sociedade”, disse Miguel Coelho na ocasião.

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