Dino rebate Israel sobre ter impedido ataque do Hezbollah: ‘Nenhuma força estrangeira manda na PF’


Declaração responde ao gabinete do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, que agradeceu ao Brasil pela cooperação com o Mossad, serviço secreto de Israel

Por Isabella Alonso Panho
Atualização:

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nesta quinta-feira, 9, que “nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal”. A declaração é uma resposta ao primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, que afirmou que a prisão dos dois brasileiros suspeitos de agir pelo Hezbollah teve a colaboração do serviço secreto israelense, o Mossad.

“Nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal do Brasil. E nenhum representante de governo estrangeiro pode pretender antecipar resultado de investigação conduzida pela Polícia Federal, ainda em andamento”, escreveu Dino no X (antigo Twitter). O ministro também disse que a Operação Trapiche, que prendeu os dois brasileiros, vem de uma investigação anterior ao começo da guerra em Israel e não tem a ver com o conflito.

Flávio Dino demonstrou incômodo com a nota do primeiro-ministro de Israel, que apropriou-se de parte do mérito pelas prisões dos brasileiros suspeitos de ligação com o Hezbollah Foto: WILTON JUNIOR
continua após a publicidade

O gabinete de Netahyahu publicou uma nota nesta quarta, 8, que provocou a reação de Dino. “O Mossad agradece às autoridades brasileiras por seu papel na prisão da célula terrorista operando sob ordens do Hezbollah, que pretendia lançar um ataque contra alvos da comunidade judaica no Brasil”, diz o texto.

O primeiro-ministro tomou para o serviço secreto israelense parte do crédito pelas prisões, ao afirmar, em outro trecho da nota, que os dois brasileiros pertenceriam a uma rede mundial ligada ao Hezbollah que é alvo de investigações do serviço secreto israelense. “O Mossad continuará operando para prevenir esses ataques onde e quando for necessário”, disse Netahyahu.

A Polícia Federal suspeita que os dois presos estariam planejando ataques a prédios da comunidade judaica no Brasil. Um foi detido no aeroporto internacional de Guarulhos e o outro, em uma panificadora na capital paulista. Além disso, foram feitas buscas em 11 endereços em Minas Gerais, no Distrito Federal e em São Paulo.

continua após a publicidade

Dino rebateu o primeiro-ministro israelense dizendo que, apesar de seguir as cooperações internacionais, “o Brasil é um País soberano”. Ele também afirmou que os resultados da “investigação técnica, isenta e com apoio em provas analisadas exclusivamente pelas autoridades brasileiras” serão divulgados quando for “legalmente oportuno”.

O Hezbollah é uma milícia xiita, cujo nome significa “partido de Deus”. O grupo foi criado durante a guerra civil libanesa nos anos 1980 e é próximo do Hamas. Embora não tenha ingressado abertamente no conflito de Israel, o Hezbollah já disse que enxerga-o como uma “guerra santa”, elogiou o Hamas e trocou disparos com o exército israelense na fronteira do Líbano. A possibilidade de a milícia ingressar com suas forças na guerra é um dos pontos de tensão sobre o destino do confronto.

continua após a publicidade
O chefe do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, aparece em um telão enquanto discursa para uma plateia em Beirute, Líbano  Foto: Mohamed Azakir/Reuters

De acordo com o que divulgou o portal BBC News, os dois brasileiros presos nesta quarta já tinham escolhido os alvos dos ataques. Além de sinagogas, eles pretendiam atacar a Embaixada de Israel, em Brasília. Eles podem ser enquadrados nos crimes previstos na Lei de Terrorismo, de 2016, sancionada no final do governo de Dilma Rousseff.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) elogiou a operação da PF e pediu que as autoridades investiguem como os brasileiros foram cooptados para as ações que pretendiam fazer em nome do Hezbollah.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nesta quinta-feira, 9, que “nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal”. A declaração é uma resposta ao primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, que afirmou que a prisão dos dois brasileiros suspeitos de agir pelo Hezbollah teve a colaboração do serviço secreto israelense, o Mossad.

“Nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal do Brasil. E nenhum representante de governo estrangeiro pode pretender antecipar resultado de investigação conduzida pela Polícia Federal, ainda em andamento”, escreveu Dino no X (antigo Twitter). O ministro também disse que a Operação Trapiche, que prendeu os dois brasileiros, vem de uma investigação anterior ao começo da guerra em Israel e não tem a ver com o conflito.

Flávio Dino demonstrou incômodo com a nota do primeiro-ministro de Israel, que apropriou-se de parte do mérito pelas prisões dos brasileiros suspeitos de ligação com o Hezbollah Foto: WILTON JUNIOR

O gabinete de Netahyahu publicou uma nota nesta quarta, 8, que provocou a reação de Dino. “O Mossad agradece às autoridades brasileiras por seu papel na prisão da célula terrorista operando sob ordens do Hezbollah, que pretendia lançar um ataque contra alvos da comunidade judaica no Brasil”, diz o texto.

O primeiro-ministro tomou para o serviço secreto israelense parte do crédito pelas prisões, ao afirmar, em outro trecho da nota, que os dois brasileiros pertenceriam a uma rede mundial ligada ao Hezbollah que é alvo de investigações do serviço secreto israelense. “O Mossad continuará operando para prevenir esses ataques onde e quando for necessário”, disse Netahyahu.

A Polícia Federal suspeita que os dois presos estariam planejando ataques a prédios da comunidade judaica no Brasil. Um foi detido no aeroporto internacional de Guarulhos e o outro, em uma panificadora na capital paulista. Além disso, foram feitas buscas em 11 endereços em Minas Gerais, no Distrito Federal e em São Paulo.

Dino rebateu o primeiro-ministro israelense dizendo que, apesar de seguir as cooperações internacionais, “o Brasil é um País soberano”. Ele também afirmou que os resultados da “investigação técnica, isenta e com apoio em provas analisadas exclusivamente pelas autoridades brasileiras” serão divulgados quando for “legalmente oportuno”.

O Hezbollah é uma milícia xiita, cujo nome significa “partido de Deus”. O grupo foi criado durante a guerra civil libanesa nos anos 1980 e é próximo do Hamas. Embora não tenha ingressado abertamente no conflito de Israel, o Hezbollah já disse que enxerga-o como uma “guerra santa”, elogiou o Hamas e trocou disparos com o exército israelense na fronteira do Líbano. A possibilidade de a milícia ingressar com suas forças na guerra é um dos pontos de tensão sobre o destino do confronto.

O chefe do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, aparece em um telão enquanto discursa para uma plateia em Beirute, Líbano  Foto: Mohamed Azakir/Reuters

De acordo com o que divulgou o portal BBC News, os dois brasileiros presos nesta quarta já tinham escolhido os alvos dos ataques. Além de sinagogas, eles pretendiam atacar a Embaixada de Israel, em Brasília. Eles podem ser enquadrados nos crimes previstos na Lei de Terrorismo, de 2016, sancionada no final do governo de Dilma Rousseff.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) elogiou a operação da PF e pediu que as autoridades investiguem como os brasileiros foram cooptados para as ações que pretendiam fazer em nome do Hezbollah.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nesta quinta-feira, 9, que “nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal”. A declaração é uma resposta ao primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, que afirmou que a prisão dos dois brasileiros suspeitos de agir pelo Hezbollah teve a colaboração do serviço secreto israelense, o Mossad.

“Nenhuma força estrangeira manda na Polícia Federal do Brasil. E nenhum representante de governo estrangeiro pode pretender antecipar resultado de investigação conduzida pela Polícia Federal, ainda em andamento”, escreveu Dino no X (antigo Twitter). O ministro também disse que a Operação Trapiche, que prendeu os dois brasileiros, vem de uma investigação anterior ao começo da guerra em Israel e não tem a ver com o conflito.

Flávio Dino demonstrou incômodo com a nota do primeiro-ministro de Israel, que apropriou-se de parte do mérito pelas prisões dos brasileiros suspeitos de ligação com o Hezbollah Foto: WILTON JUNIOR

O gabinete de Netahyahu publicou uma nota nesta quarta, 8, que provocou a reação de Dino. “O Mossad agradece às autoridades brasileiras por seu papel na prisão da célula terrorista operando sob ordens do Hezbollah, que pretendia lançar um ataque contra alvos da comunidade judaica no Brasil”, diz o texto.

O primeiro-ministro tomou para o serviço secreto israelense parte do crédito pelas prisões, ao afirmar, em outro trecho da nota, que os dois brasileiros pertenceriam a uma rede mundial ligada ao Hezbollah que é alvo de investigações do serviço secreto israelense. “O Mossad continuará operando para prevenir esses ataques onde e quando for necessário”, disse Netahyahu.

A Polícia Federal suspeita que os dois presos estariam planejando ataques a prédios da comunidade judaica no Brasil. Um foi detido no aeroporto internacional de Guarulhos e o outro, em uma panificadora na capital paulista. Além disso, foram feitas buscas em 11 endereços em Minas Gerais, no Distrito Federal e em São Paulo.

Dino rebateu o primeiro-ministro israelense dizendo que, apesar de seguir as cooperações internacionais, “o Brasil é um País soberano”. Ele também afirmou que os resultados da “investigação técnica, isenta e com apoio em provas analisadas exclusivamente pelas autoridades brasileiras” serão divulgados quando for “legalmente oportuno”.

O Hezbollah é uma milícia xiita, cujo nome significa “partido de Deus”. O grupo foi criado durante a guerra civil libanesa nos anos 1980 e é próximo do Hamas. Embora não tenha ingressado abertamente no conflito de Israel, o Hezbollah já disse que enxerga-o como uma “guerra santa”, elogiou o Hamas e trocou disparos com o exército israelense na fronteira do Líbano. A possibilidade de a milícia ingressar com suas forças na guerra é um dos pontos de tensão sobre o destino do confronto.

O chefe do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, aparece em um telão enquanto discursa para uma plateia em Beirute, Líbano  Foto: Mohamed Azakir/Reuters

De acordo com o que divulgou o portal BBC News, os dois brasileiros presos nesta quarta já tinham escolhido os alvos dos ataques. Além de sinagogas, eles pretendiam atacar a Embaixada de Israel, em Brasília. Eles podem ser enquadrados nos crimes previstos na Lei de Terrorismo, de 2016, sancionada no final do governo de Dilma Rousseff.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) elogiou a operação da PF e pediu que as autoridades investiguem como os brasileiros foram cooptados para as ações que pretendiam fazer em nome do Hezbollah.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.