Foro de São Paulo retoma reuniões com Lula em Brasília sob ataques de apoiadores de Bolsonaro


Pesquisador avalia que opositores deram mais visibilidade ao encontro de partidos de esquerda; bolsonaristas armaram evento paralelo para espezinhar petistas

Por Daniel Haidar
Atualização:

BRASÍLIA – Com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de dirigentes do PT e de outros partidos ou movimentos de esquerda da América Latina, o Foro de São Paulo retoma suas reuniões presenciais anuais nesta quinta-feira, 29, em Brasília, depois de três anos sem encontros por conta da pandemia do coronavírus. A última reunião ocorreu em Caracas, na Venezuela, em 2019.

O encontro deve silenciar sobre violações aos direitos humanos em governos de esquerda na Venezuela e na Nicarágua, mas promete debater a “integração dos povos da região”. Dirigentes partidários também devem tratar do impacto das estratégias de desinformação em eleições – um documento da organização cita como exemplos as disputas presidenciais dos Estados Unidos desde 2016 e do Brasil desde 2018.

Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, participa de reunião do Foro de São Paulo, em Havana, em 2018 Foto: Miraflores Palace/Handout via REUTERS
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Iniciado no mesmo dia em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a ficar inelegível por oito anos, o Foro de São Paulo rendeu novo ânimo para bolsonaristas fustigarem o PT e a esquerda. A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) disse que protocolou no Ministério Público Federal um pedido para que fosse impedida judicialmente a realização do encontro. Opositores de Lula também armaram um evento paralelo no Senado, batizado de “Foro do Brasil”, para espezinhar petistas.

Um pesquisador avalia que os ataques de opositores deram ainda mais visibilidade ao Foro de São Paulo, que assim foi batizado depois realizado pela primeira vez na capital paulista, em julho de 1990, quando foi convocado por Lula e pelo ditador cubano Fidel Castro (1926-2016).

“O Foro de São Paulo se transformou em um espantalho e assumiu um tamanho que não teria se não fossem os ataques da ultradireita e do autoritarismo. São encontros que estimulam a formulação de pensamento partidário”, afirmou ao Estadão o internacionalista Daniel Wanderley, autor da monografia “O Partido dos Trabalhadores e o Foro de São Paulo: ‘Laboratório’ de hegemonia política partidária na América Latina”.

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Em sua 26ª edição, a reunião de esquerda acontece uma semana depois de Lula se comprometer com o Papa Francisco que solicitaria ao ditador esquerdista Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, a libertação do bispo de Matagalpa, dom Rolando José Álvarez Lagos, encarcerado por se opor às violações de direitos humanos no país. No entanto, o discurso na direção do PT é evitar, no Foro de São Paulo, a “ingerência nas questões internas dos países”.

“Todos os países da região têm eleições, ainda que nem sempre sejam eleições e sistemas políticos com os quais todos se identifiquem. A gente respeita as escolhas dos povos e temos cuidado com a não ingerência nas questões internas dos países. Buscamos um esforço de construção de unidade dentro das divergências”, afirmou a dirigente petista Mônica Valente, secretária-executiva do Foro de São Paulo.

BRASÍLIA – Com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de dirigentes do PT e de outros partidos ou movimentos de esquerda da América Latina, o Foro de São Paulo retoma suas reuniões presenciais anuais nesta quinta-feira, 29, em Brasília, depois de três anos sem encontros por conta da pandemia do coronavírus. A última reunião ocorreu em Caracas, na Venezuela, em 2019.

O encontro deve silenciar sobre violações aos direitos humanos em governos de esquerda na Venezuela e na Nicarágua, mas promete debater a “integração dos povos da região”. Dirigentes partidários também devem tratar do impacto das estratégias de desinformação em eleições – um documento da organização cita como exemplos as disputas presidenciais dos Estados Unidos desde 2016 e do Brasil desde 2018.

Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, participa de reunião do Foro de São Paulo, em Havana, em 2018 Foto: Miraflores Palace/Handout via REUTERS

Iniciado no mesmo dia em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a ficar inelegível por oito anos, o Foro de São Paulo rendeu novo ânimo para bolsonaristas fustigarem o PT e a esquerda. A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) disse que protocolou no Ministério Público Federal um pedido para que fosse impedida judicialmente a realização do encontro. Opositores de Lula também armaram um evento paralelo no Senado, batizado de “Foro do Brasil”, para espezinhar petistas.

Um pesquisador avalia que os ataques de opositores deram ainda mais visibilidade ao Foro de São Paulo, que assim foi batizado depois realizado pela primeira vez na capital paulista, em julho de 1990, quando foi convocado por Lula e pelo ditador cubano Fidel Castro (1926-2016).

“O Foro de São Paulo se transformou em um espantalho e assumiu um tamanho que não teria se não fossem os ataques da ultradireita e do autoritarismo. São encontros que estimulam a formulação de pensamento partidário”, afirmou ao Estadão o internacionalista Daniel Wanderley, autor da monografia “O Partido dos Trabalhadores e o Foro de São Paulo: ‘Laboratório’ de hegemonia política partidária na América Latina”.

Em sua 26ª edição, a reunião de esquerda acontece uma semana depois de Lula se comprometer com o Papa Francisco que solicitaria ao ditador esquerdista Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, a libertação do bispo de Matagalpa, dom Rolando José Álvarez Lagos, encarcerado por se opor às violações de direitos humanos no país. No entanto, o discurso na direção do PT é evitar, no Foro de São Paulo, a “ingerência nas questões internas dos países”.

“Todos os países da região têm eleições, ainda que nem sempre sejam eleições e sistemas políticos com os quais todos se identifiquem. A gente respeita as escolhas dos povos e temos cuidado com a não ingerência nas questões internas dos países. Buscamos um esforço de construção de unidade dentro das divergências”, afirmou a dirigente petista Mônica Valente, secretária-executiva do Foro de São Paulo.

BRASÍLIA – Com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de dirigentes do PT e de outros partidos ou movimentos de esquerda da América Latina, o Foro de São Paulo retoma suas reuniões presenciais anuais nesta quinta-feira, 29, em Brasília, depois de três anos sem encontros por conta da pandemia do coronavírus. A última reunião ocorreu em Caracas, na Venezuela, em 2019.

O encontro deve silenciar sobre violações aos direitos humanos em governos de esquerda na Venezuela e na Nicarágua, mas promete debater a “integração dos povos da região”. Dirigentes partidários também devem tratar do impacto das estratégias de desinformação em eleições – um documento da organização cita como exemplos as disputas presidenciais dos Estados Unidos desde 2016 e do Brasil desde 2018.

Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, participa de reunião do Foro de São Paulo, em Havana, em 2018 Foto: Miraflores Palace/Handout via REUTERS

Iniciado no mesmo dia em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a ficar inelegível por oito anos, o Foro de São Paulo rendeu novo ânimo para bolsonaristas fustigarem o PT e a esquerda. A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) disse que protocolou no Ministério Público Federal um pedido para que fosse impedida judicialmente a realização do encontro. Opositores de Lula também armaram um evento paralelo no Senado, batizado de “Foro do Brasil”, para espezinhar petistas.

Um pesquisador avalia que os ataques de opositores deram ainda mais visibilidade ao Foro de São Paulo, que assim foi batizado depois realizado pela primeira vez na capital paulista, em julho de 1990, quando foi convocado por Lula e pelo ditador cubano Fidel Castro (1926-2016).

“O Foro de São Paulo se transformou em um espantalho e assumiu um tamanho que não teria se não fossem os ataques da ultradireita e do autoritarismo. São encontros que estimulam a formulação de pensamento partidário”, afirmou ao Estadão o internacionalista Daniel Wanderley, autor da monografia “O Partido dos Trabalhadores e o Foro de São Paulo: ‘Laboratório’ de hegemonia política partidária na América Latina”.

Em sua 26ª edição, a reunião de esquerda acontece uma semana depois de Lula se comprometer com o Papa Francisco que solicitaria ao ditador esquerdista Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, a libertação do bispo de Matagalpa, dom Rolando José Álvarez Lagos, encarcerado por se opor às violações de direitos humanos no país. No entanto, o discurso na direção do PT é evitar, no Foro de São Paulo, a “ingerência nas questões internas dos países”.

“Todos os países da região têm eleições, ainda que nem sempre sejam eleições e sistemas políticos com os quais todos se identifiquem. A gente respeita as escolhas dos povos e temos cuidado com a não ingerência nas questões internas dos países. Buscamos um esforço de construção de unidade dentro das divergências”, afirmou a dirigente petista Mônica Valente, secretária-executiva do Foro de São Paulo.

BRASÍLIA – Com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de dirigentes do PT e de outros partidos ou movimentos de esquerda da América Latina, o Foro de São Paulo retoma suas reuniões presenciais anuais nesta quinta-feira, 29, em Brasília, depois de três anos sem encontros por conta da pandemia do coronavírus. A última reunião ocorreu em Caracas, na Venezuela, em 2019.

O encontro deve silenciar sobre violações aos direitos humanos em governos de esquerda na Venezuela e na Nicarágua, mas promete debater a “integração dos povos da região”. Dirigentes partidários também devem tratar do impacto das estratégias de desinformação em eleições – um documento da organização cita como exemplos as disputas presidenciais dos Estados Unidos desde 2016 e do Brasil desde 2018.

Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, participa de reunião do Foro de São Paulo, em Havana, em 2018 Foto: Miraflores Palace/Handout via REUTERS

Iniciado no mesmo dia em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a ficar inelegível por oito anos, o Foro de São Paulo rendeu novo ânimo para bolsonaristas fustigarem o PT e a esquerda. A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) disse que protocolou no Ministério Público Federal um pedido para que fosse impedida judicialmente a realização do encontro. Opositores de Lula também armaram um evento paralelo no Senado, batizado de “Foro do Brasil”, para espezinhar petistas.

Um pesquisador avalia que os ataques de opositores deram ainda mais visibilidade ao Foro de São Paulo, que assim foi batizado depois realizado pela primeira vez na capital paulista, em julho de 1990, quando foi convocado por Lula e pelo ditador cubano Fidel Castro (1926-2016).

“O Foro de São Paulo se transformou em um espantalho e assumiu um tamanho que não teria se não fossem os ataques da ultradireita e do autoritarismo. São encontros que estimulam a formulação de pensamento partidário”, afirmou ao Estadão o internacionalista Daniel Wanderley, autor da monografia “O Partido dos Trabalhadores e o Foro de São Paulo: ‘Laboratório’ de hegemonia política partidária na América Latina”.

Em sua 26ª edição, a reunião de esquerda acontece uma semana depois de Lula se comprometer com o Papa Francisco que solicitaria ao ditador esquerdista Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, a libertação do bispo de Matagalpa, dom Rolando José Álvarez Lagos, encarcerado por se opor às violações de direitos humanos no país. No entanto, o discurso na direção do PT é evitar, no Foro de São Paulo, a “ingerência nas questões internas dos países”.

“Todos os países da região têm eleições, ainda que nem sempre sejam eleições e sistemas políticos com os quais todos se identifiquem. A gente respeita as escolhas dos povos e temos cuidado com a não ingerência nas questões internas dos países. Buscamos um esforço de construção de unidade dentro das divergências”, afirmou a dirigente petista Mônica Valente, secretária-executiva do Foro de São Paulo.

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