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Opinião|Bolsonaro, ‘o horrível no botequim’: por que o ex-presidente sempre se ‘refugia’ em reduto em Angra?


Ex-presidente reúne 30 ao seu redor numa manhã no litoral fluminense, mas espalha sua mensagem pelas redes para se manter influente em ano de eleição municipal

Por Francisco Leali
Atualização:

De camiseta e shorts sentado à cabeceira da mesa como o senhor do pedaço, Jair Bolsonaro fez pose de despojado ex-presidente. Fala mansa, pregou aos que o cercavam ali num botequim de Mambucaba, distrito de Angra dos Reis, litoral sul do Rio de Janeiro. No encontro, o próprio admite-se como o “horrível”, mas emenda que o “outro cara”, codinome para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é pior e “não tem como dar certo”. A aparente confissão do ex-presidente não está restrita ao grupinho de uns 30 ali ao seu redor. Foi gravada e distribuída nas redes sociais de Bolsonaro para se espalhar pelo País.

Jair Bolsonaro em botequim na Vila Histórica de Mambucaba, distrito de Angra dos Reis Foto: @jairbolsonaro via X

Inelegível por ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), está em casa no microuniverso da Vila Histórica de Mambucaba. No segundo turno de 2022, a zona eleitoral que reúne os eleitores dali de boa parte de Angra deu a ele 68% dos votos. Para o petista, foram apenas 32%.

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Entre os seus, o que Bolsonaro fala deve soar como sinfonia. No litoral fluminense, a cena toda repete a receita de sucesso do ex-presidente tanto na sua primeira campanha em 2018, como no exercício da presidência da República: tudo tem um que de improviso e simplicidade. Braços cruzados com jeito de o pai da família que ensina como ver o mundo lá fora, Bolsonaro aparece falando que a economia vai mal, que pequenos empresários lucram menos enquanto o governo ajuda nações amigas do PT. O ex-presidente ainda fala de política internacional, mencionando ligações do partido de Lula com Hamas e Hezbollah.

Mais do mesmo? O que Bolsonaro levou à mesa do botequim mambucabense é o extrato do discurso que deve repetir na disputa municipal deste ano. Para todo canto que vá, ainda que apresentando-se no estilo bermudão de férias, lança a palavra do enfrentamento à esquerda e aos candidatos que estejam com o atual presidente. Sabe ele que sua pregação ainda ecoa em boa parte dos eleitores, principalmente nos setores onde o PT, como já disse o próprio Lula, não sabe fazer-se ouvir.

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O ex e o atual presidente podem até, como andaram dizendo, forçar que o pleito municipal seja contaminado pela polarização federal que coloca um e outro como inimigos políticos. Mas em centros urbanos como São Paulo, onde a cracolândia se expandiu, e no Rio de Janeiro, onde o crime organizado segue dando as cartas em várias localidades, o eleitor pode esperar que o candidato à prefeito fale do problema da esquina ao invés de reproduzir o embate entre petistas e bolsonaristas que se engalfinham nas redes.

De camiseta e shorts sentado à cabeceira da mesa como o senhor do pedaço, Jair Bolsonaro fez pose de despojado ex-presidente. Fala mansa, pregou aos que o cercavam ali num botequim de Mambucaba, distrito de Angra dos Reis, litoral sul do Rio de Janeiro. No encontro, o próprio admite-se como o “horrível”, mas emenda que o “outro cara”, codinome para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é pior e “não tem como dar certo”. A aparente confissão do ex-presidente não está restrita ao grupinho de uns 30 ali ao seu redor. Foi gravada e distribuída nas redes sociais de Bolsonaro para se espalhar pelo País.

Jair Bolsonaro em botequim na Vila Histórica de Mambucaba, distrito de Angra dos Reis Foto: @jairbolsonaro via X

Inelegível por ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), está em casa no microuniverso da Vila Histórica de Mambucaba. No segundo turno de 2022, a zona eleitoral que reúne os eleitores dali de boa parte de Angra deu a ele 68% dos votos. Para o petista, foram apenas 32%.

Entre os seus, o que Bolsonaro fala deve soar como sinfonia. No litoral fluminense, a cena toda repete a receita de sucesso do ex-presidente tanto na sua primeira campanha em 2018, como no exercício da presidência da República: tudo tem um que de improviso e simplicidade. Braços cruzados com jeito de o pai da família que ensina como ver o mundo lá fora, Bolsonaro aparece falando que a economia vai mal, que pequenos empresários lucram menos enquanto o governo ajuda nações amigas do PT. O ex-presidente ainda fala de política internacional, mencionando ligações do partido de Lula com Hamas e Hezbollah.

Mais do mesmo? O que Bolsonaro levou à mesa do botequim mambucabense é o extrato do discurso que deve repetir na disputa municipal deste ano. Para todo canto que vá, ainda que apresentando-se no estilo bermudão de férias, lança a palavra do enfrentamento à esquerda e aos candidatos que estejam com o atual presidente. Sabe ele que sua pregação ainda ecoa em boa parte dos eleitores, principalmente nos setores onde o PT, como já disse o próprio Lula, não sabe fazer-se ouvir.

O ex e o atual presidente podem até, como andaram dizendo, forçar que o pleito municipal seja contaminado pela polarização federal que coloca um e outro como inimigos políticos. Mas em centros urbanos como São Paulo, onde a cracolândia se expandiu, e no Rio de Janeiro, onde o crime organizado segue dando as cartas em várias localidades, o eleitor pode esperar que o candidato à prefeito fale do problema da esquina ao invés de reproduzir o embate entre petistas e bolsonaristas que se engalfinham nas redes.

De camiseta e shorts sentado à cabeceira da mesa como o senhor do pedaço, Jair Bolsonaro fez pose de despojado ex-presidente. Fala mansa, pregou aos que o cercavam ali num botequim de Mambucaba, distrito de Angra dos Reis, litoral sul do Rio de Janeiro. No encontro, o próprio admite-se como o “horrível”, mas emenda que o “outro cara”, codinome para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é pior e “não tem como dar certo”. A aparente confissão do ex-presidente não está restrita ao grupinho de uns 30 ali ao seu redor. Foi gravada e distribuída nas redes sociais de Bolsonaro para se espalhar pelo País.

Jair Bolsonaro em botequim na Vila Histórica de Mambucaba, distrito de Angra dos Reis Foto: @jairbolsonaro via X

Inelegível por ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), está em casa no microuniverso da Vila Histórica de Mambucaba. No segundo turno de 2022, a zona eleitoral que reúne os eleitores dali de boa parte de Angra deu a ele 68% dos votos. Para o petista, foram apenas 32%.

Entre os seus, o que Bolsonaro fala deve soar como sinfonia. No litoral fluminense, a cena toda repete a receita de sucesso do ex-presidente tanto na sua primeira campanha em 2018, como no exercício da presidência da República: tudo tem um que de improviso e simplicidade. Braços cruzados com jeito de o pai da família que ensina como ver o mundo lá fora, Bolsonaro aparece falando que a economia vai mal, que pequenos empresários lucram menos enquanto o governo ajuda nações amigas do PT. O ex-presidente ainda fala de política internacional, mencionando ligações do partido de Lula com Hamas e Hezbollah.

Mais do mesmo? O que Bolsonaro levou à mesa do botequim mambucabense é o extrato do discurso que deve repetir na disputa municipal deste ano. Para todo canto que vá, ainda que apresentando-se no estilo bermudão de férias, lança a palavra do enfrentamento à esquerda e aos candidatos que estejam com o atual presidente. Sabe ele que sua pregação ainda ecoa em boa parte dos eleitores, principalmente nos setores onde o PT, como já disse o próprio Lula, não sabe fazer-se ouvir.

O ex e o atual presidente podem até, como andaram dizendo, forçar que o pleito municipal seja contaminado pela polarização federal que coloca um e outro como inimigos políticos. Mas em centros urbanos como São Paulo, onde a cracolândia se expandiu, e no Rio de Janeiro, onde o crime organizado segue dando as cartas em várias localidades, o eleitor pode esperar que o candidato à prefeito fale do problema da esquina ao invés de reproduzir o embate entre petistas e bolsonaristas que se engalfinham nas redes.

De camiseta e shorts sentado à cabeceira da mesa como o senhor do pedaço, Jair Bolsonaro fez pose de despojado ex-presidente. Fala mansa, pregou aos que o cercavam ali num botequim de Mambucaba, distrito de Angra dos Reis, litoral sul do Rio de Janeiro. No encontro, o próprio admite-se como o “horrível”, mas emenda que o “outro cara”, codinome para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é pior e “não tem como dar certo”. A aparente confissão do ex-presidente não está restrita ao grupinho de uns 30 ali ao seu redor. Foi gravada e distribuída nas redes sociais de Bolsonaro para se espalhar pelo País.

Jair Bolsonaro em botequim na Vila Histórica de Mambucaba, distrito de Angra dos Reis Foto: @jairbolsonaro via X

Inelegível por ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), está em casa no microuniverso da Vila Histórica de Mambucaba. No segundo turno de 2022, a zona eleitoral que reúne os eleitores dali de boa parte de Angra deu a ele 68% dos votos. Para o petista, foram apenas 32%.

Entre os seus, o que Bolsonaro fala deve soar como sinfonia. No litoral fluminense, a cena toda repete a receita de sucesso do ex-presidente tanto na sua primeira campanha em 2018, como no exercício da presidência da República: tudo tem um que de improviso e simplicidade. Braços cruzados com jeito de o pai da família que ensina como ver o mundo lá fora, Bolsonaro aparece falando que a economia vai mal, que pequenos empresários lucram menos enquanto o governo ajuda nações amigas do PT. O ex-presidente ainda fala de política internacional, mencionando ligações do partido de Lula com Hamas e Hezbollah.

Mais do mesmo? O que Bolsonaro levou à mesa do botequim mambucabense é o extrato do discurso que deve repetir na disputa municipal deste ano. Para todo canto que vá, ainda que apresentando-se no estilo bermudão de férias, lança a palavra do enfrentamento à esquerda e aos candidatos que estejam com o atual presidente. Sabe ele que sua pregação ainda ecoa em boa parte dos eleitores, principalmente nos setores onde o PT, como já disse o próprio Lula, não sabe fazer-se ouvir.

O ex e o atual presidente podem até, como andaram dizendo, forçar que o pleito municipal seja contaminado pela polarização federal que coloca um e outro como inimigos políticos. Mas em centros urbanos como São Paulo, onde a cracolândia se expandiu, e no Rio de Janeiro, onde o crime organizado segue dando as cartas em várias localidades, o eleitor pode esperar que o candidato à prefeito fale do problema da esquina ao invés de reproduzir o embate entre petistas e bolsonaristas que se engalfinham nas redes.

De camiseta e shorts sentado à cabeceira da mesa como o senhor do pedaço, Jair Bolsonaro fez pose de despojado ex-presidente. Fala mansa, pregou aos que o cercavam ali num botequim de Mambucaba, distrito de Angra dos Reis, litoral sul do Rio de Janeiro. No encontro, o próprio admite-se como o “horrível”, mas emenda que o “outro cara”, codinome para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é pior e “não tem como dar certo”. A aparente confissão do ex-presidente não está restrita ao grupinho de uns 30 ali ao seu redor. Foi gravada e distribuída nas redes sociais de Bolsonaro para se espalhar pelo País.

Jair Bolsonaro em botequim na Vila Histórica de Mambucaba, distrito de Angra dos Reis Foto: @jairbolsonaro via X

Inelegível por ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), está em casa no microuniverso da Vila Histórica de Mambucaba. No segundo turno de 2022, a zona eleitoral que reúne os eleitores dali de boa parte de Angra deu a ele 68% dos votos. Para o petista, foram apenas 32%.

Entre os seus, o que Bolsonaro fala deve soar como sinfonia. No litoral fluminense, a cena toda repete a receita de sucesso do ex-presidente tanto na sua primeira campanha em 2018, como no exercício da presidência da República: tudo tem um que de improviso e simplicidade. Braços cruzados com jeito de o pai da família que ensina como ver o mundo lá fora, Bolsonaro aparece falando que a economia vai mal, que pequenos empresários lucram menos enquanto o governo ajuda nações amigas do PT. O ex-presidente ainda fala de política internacional, mencionando ligações do partido de Lula com Hamas e Hezbollah.

Mais do mesmo? O que Bolsonaro levou à mesa do botequim mambucabense é o extrato do discurso que deve repetir na disputa municipal deste ano. Para todo canto que vá, ainda que apresentando-se no estilo bermudão de férias, lança a palavra do enfrentamento à esquerda e aos candidatos que estejam com o atual presidente. Sabe ele que sua pregação ainda ecoa em boa parte dos eleitores, principalmente nos setores onde o PT, como já disse o próprio Lula, não sabe fazer-se ouvir.

O ex e o atual presidente podem até, como andaram dizendo, forçar que o pleito municipal seja contaminado pela polarização federal que coloca um e outro como inimigos políticos. Mas em centros urbanos como São Paulo, onde a cracolândia se expandiu, e no Rio de Janeiro, onde o crime organizado segue dando as cartas em várias localidades, o eleitor pode esperar que o candidato à prefeito fale do problema da esquina ao invés de reproduzir o embate entre petistas e bolsonaristas que se engalfinham nas redes.

Opinião por Francisco Leali

Coordenador na Sucursal do Estadão em Brasília. Jornalista, Mestre em Comunicação e pesquisador especializado em transparência pública.

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