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Opinião|Ministro de Lula adere a bordão bolsonarista e prega direito de violar a lei em público


Ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, abona pedido de Lula para votar em Boulos mesmo diante de vedação eleitoral

Por Francisco Leali
Atualização:

O deputado gaúcho e ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, é o dono da voz do governo petista. Sob sua batuta está todo o aparato estatal para divulgar os atos da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em outra palavras, Pimenta é quem controla o que o governo deve alardear ou ignorar. No último 1º de maio, a máquina sob seu comando foi usada para divulgar o discurso do chefe Lula pedindo voto em Guilherme Boulos (PSOL-SP) para prefeito da capital paulista.

A fala de Lula antecipa, fora do prazo legal, a busca formal por votos nas eleições municipais. A conduta provocou reação dos opositores e da Justiça. Antes que o Poder Judiciário batesse na porta da Secom, o pronunciamento de Lula foi suprimido da rede social da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Em seguida, veio ordem judicial determinando que o presidente fizesse o mesmo e suprimisse o conteúdo de suas redes sociais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Paulo Pimenta (SECOM) no Planalto Foto: Wilton Junior/Estadão
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Ainda no feriado, Pimenta tentou minimizar o gesto de Lula. “A manifestação do Presidente não pode ser enquadrada como propaganda eleitoral antecipada, ou mesmo teria o escopo de influenciar as eleições. Trata-se, em verdade, de manifesto exercício da liberdade de expressão”, disse o ministro.

Usou justamente o bordão que o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores gostam de entoar: sustentam que por conta da liberdade de expressão vale dizer qualquer coisa no mundo virtual. Mas não é de hoje que as regras eleitorais do País impõem limites aos gestores públicos e aos políticos antes da campanha oficial começar. Não pode, por exemplo, pedir voto antes da hora.

As gestões petistas costumam defender que a comunicação deve ser pública e não estatal. Ou seja, a comunicação do governo deve estar preocupada mais em levar informação ao cidadão do que promover a autoridade ou passar recados do governo do momento. Foi seguindo essa teoria que se fundou a EBC. A empresa almejava ser uma BBC brasileira.

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No palco de plateia esvaziada no 1º de maio deste ano, a EBC serviu de antena para disseminar a voz de Lula defendendo o voto em Boulos para prefeito da cidade de São Paulo. A comunicação pública deu lugar à comunicação partidária.

O deputado gaúcho e ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, é o dono da voz do governo petista. Sob sua batuta está todo o aparato estatal para divulgar os atos da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em outra palavras, Pimenta é quem controla o que o governo deve alardear ou ignorar. No último 1º de maio, a máquina sob seu comando foi usada para divulgar o discurso do chefe Lula pedindo voto em Guilherme Boulos (PSOL-SP) para prefeito da capital paulista.

A fala de Lula antecipa, fora do prazo legal, a busca formal por votos nas eleições municipais. A conduta provocou reação dos opositores e da Justiça. Antes que o Poder Judiciário batesse na porta da Secom, o pronunciamento de Lula foi suprimido da rede social da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Em seguida, veio ordem judicial determinando que o presidente fizesse o mesmo e suprimisse o conteúdo de suas redes sociais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Paulo Pimenta (SECOM) no Planalto Foto: Wilton Junior/Estadão

Ainda no feriado, Pimenta tentou minimizar o gesto de Lula. “A manifestação do Presidente não pode ser enquadrada como propaganda eleitoral antecipada, ou mesmo teria o escopo de influenciar as eleições. Trata-se, em verdade, de manifesto exercício da liberdade de expressão”, disse o ministro.

Usou justamente o bordão que o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores gostam de entoar: sustentam que por conta da liberdade de expressão vale dizer qualquer coisa no mundo virtual. Mas não é de hoje que as regras eleitorais do País impõem limites aos gestores públicos e aos políticos antes da campanha oficial começar. Não pode, por exemplo, pedir voto antes da hora.

As gestões petistas costumam defender que a comunicação deve ser pública e não estatal. Ou seja, a comunicação do governo deve estar preocupada mais em levar informação ao cidadão do que promover a autoridade ou passar recados do governo do momento. Foi seguindo essa teoria que se fundou a EBC. A empresa almejava ser uma BBC brasileira.

No palco de plateia esvaziada no 1º de maio deste ano, a EBC serviu de antena para disseminar a voz de Lula defendendo o voto em Boulos para prefeito da cidade de São Paulo. A comunicação pública deu lugar à comunicação partidária.

O deputado gaúcho e ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, é o dono da voz do governo petista. Sob sua batuta está todo o aparato estatal para divulgar os atos da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em outra palavras, Pimenta é quem controla o que o governo deve alardear ou ignorar. No último 1º de maio, a máquina sob seu comando foi usada para divulgar o discurso do chefe Lula pedindo voto em Guilherme Boulos (PSOL-SP) para prefeito da capital paulista.

A fala de Lula antecipa, fora do prazo legal, a busca formal por votos nas eleições municipais. A conduta provocou reação dos opositores e da Justiça. Antes que o Poder Judiciário batesse na porta da Secom, o pronunciamento de Lula foi suprimido da rede social da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Em seguida, veio ordem judicial determinando que o presidente fizesse o mesmo e suprimisse o conteúdo de suas redes sociais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Paulo Pimenta (SECOM) no Planalto Foto: Wilton Junior/Estadão

Ainda no feriado, Pimenta tentou minimizar o gesto de Lula. “A manifestação do Presidente não pode ser enquadrada como propaganda eleitoral antecipada, ou mesmo teria o escopo de influenciar as eleições. Trata-se, em verdade, de manifesto exercício da liberdade de expressão”, disse o ministro.

Usou justamente o bordão que o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores gostam de entoar: sustentam que por conta da liberdade de expressão vale dizer qualquer coisa no mundo virtual. Mas não é de hoje que as regras eleitorais do País impõem limites aos gestores públicos e aos políticos antes da campanha oficial começar. Não pode, por exemplo, pedir voto antes da hora.

As gestões petistas costumam defender que a comunicação deve ser pública e não estatal. Ou seja, a comunicação do governo deve estar preocupada mais em levar informação ao cidadão do que promover a autoridade ou passar recados do governo do momento. Foi seguindo essa teoria que se fundou a EBC. A empresa almejava ser uma BBC brasileira.

No palco de plateia esvaziada no 1º de maio deste ano, a EBC serviu de antena para disseminar a voz de Lula defendendo o voto em Boulos para prefeito da cidade de São Paulo. A comunicação pública deu lugar à comunicação partidária.

Opinião por Francisco Leali

Coordenador na Sucursal do Estadão em Brasília. Jornalista, Mestre em Comunicação e pesquisador especializado em transparência pública.

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