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Opinião|O que nos diz a versão ‘Bolsonaro, o pacificador’, que emerge após bomba e morte no STF


O discurso bandeira branca de Bolsonaro não significa que o adversário principal, o petista e presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será poupado

Por Francisco Leali
Atualização:

O atentado à bomba na frente do Supremo Tribunal Federal (STF) embaçou os planos da direita. Estava em curso uma negociação para convencer parlamentares do centro a aderirem à ideia do projeto de anistia aos extremistas do 8 de Janeiro e, por tabela, quem sabe, beneficiando também o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A proposta fora sobrestada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com a criação de comissão especial que ainda não existe. Os defensores do perdão tinham ganhado tempo para tentar ampliar o número de adesões à proposta. Parte dos deputados vinha dando sinais de que seria possível negociar um projeto que apontasse para redução de penas elevadas pela pena do ministro Alexandre de Moraes para a casa dos 17 anos de prisão.

O ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro após participar de uma reunião no Senado Foto: Wilton Junior/Estadão
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Até mesmo Bolsonaro parecia concordar com a estratégia de uma negociação para assegurar que o texto fechado passaria sem problemas. Vem Francisco Wanderley Luiz e explode na frente do STF uma bomba e se mata. Seu histórico de filiado ao PL, partido do ex-presidente, e suas mensagens que aderem ao discurso bolsonarista facilitaram a associação direta já externada por Moraes e também pelo diretor da Polícia Federal, delegado Andrei Passos Rodrigues, de que o ato violento de quarta-feira, 13, mostra que o extremismo está vivo e não cabe anistiar os do 8 de Janeiro.

Antevendo que a nova tentativa de ataque ao STF poderia ser compreendida como fato político a lhe causar problemas, Bolsonaro apresentou-se com figurino repaginado. Em sua rede social, apresentou-se como um pacifista. Lamentou o atentado e considerou o gesto de Francisco Wanderley como um ato isolado causado por “perturbações na saúde mental”.

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A versão Bolsonaro, o pacificador defende uma reação acima dos partidos e ideologias. Quase como um Gandhi, prega: “Já passou da hora de o Brasil voltar a cultivar um ambiente adequado para que as diferentes ideias possam se confrontar pacificamente, e que a força dos argumentos valha mais que o argumento da força”.

Quando era presidente da República, Bolsonaro tinha essas recaídas. Aparecia um tanto conciliador. Mas, logo em seguida, prevalecia seu DNA de ex-capitão pronto para guerra expondo os pendores de menosprezo ao seu diferente.

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Esse Bolsonaro que prega diálogo e pacificação pode ser a persona que treina para ser reapresentada aos eleitores em 2026, caso consiga se livrar da inelegibilidade. E faz isso mesmo arriscando porque foi o Bolsonaro virulento que venceu a disputa de 2018 e não o apaziguador.

Mas o tempo passou e veio a derrota de 2022 e os sinais de 2024, onde prevaleceu, na disputa municipal na capital paulista, o candidato que negociou sobre o outro da direita que vociferava, derrotando também o da esquerda visto como extremista.

O discurso bandeira branca de Bolsonaro não significa que o adversário principal, o petista e presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será poupado. Os embates eleitorais têm sido bélicos e nada indlca que mudaram de frequência. O ex-presidente apenas está hoje num lugar em que as circunstâncias não lhe são favoráveis. Como ex-militar, ele deve se lembrar que há tempo de luta, mas também tempo de esperar a hora certa para voltar a por a tropa na rua.

O atentado à bomba na frente do Supremo Tribunal Federal (STF) embaçou os planos da direita. Estava em curso uma negociação para convencer parlamentares do centro a aderirem à ideia do projeto de anistia aos extremistas do 8 de Janeiro e, por tabela, quem sabe, beneficiando também o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A proposta fora sobrestada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com a criação de comissão especial que ainda não existe. Os defensores do perdão tinham ganhado tempo para tentar ampliar o número de adesões à proposta. Parte dos deputados vinha dando sinais de que seria possível negociar um projeto que apontasse para redução de penas elevadas pela pena do ministro Alexandre de Moraes para a casa dos 17 anos de prisão.

O ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro após participar de uma reunião no Senado Foto: Wilton Junior/Estadão

Até mesmo Bolsonaro parecia concordar com a estratégia de uma negociação para assegurar que o texto fechado passaria sem problemas. Vem Francisco Wanderley Luiz e explode na frente do STF uma bomba e se mata. Seu histórico de filiado ao PL, partido do ex-presidente, e suas mensagens que aderem ao discurso bolsonarista facilitaram a associação direta já externada por Moraes e também pelo diretor da Polícia Federal, delegado Andrei Passos Rodrigues, de que o ato violento de quarta-feira, 13, mostra que o extremismo está vivo e não cabe anistiar os do 8 de Janeiro.

Antevendo que a nova tentativa de ataque ao STF poderia ser compreendida como fato político a lhe causar problemas, Bolsonaro apresentou-se com figurino repaginado. Em sua rede social, apresentou-se como um pacifista. Lamentou o atentado e considerou o gesto de Francisco Wanderley como um ato isolado causado por “perturbações na saúde mental”.

A versão Bolsonaro, o pacificador defende uma reação acima dos partidos e ideologias. Quase como um Gandhi, prega: “Já passou da hora de o Brasil voltar a cultivar um ambiente adequado para que as diferentes ideias possam se confrontar pacificamente, e que a força dos argumentos valha mais que o argumento da força”.

Quando era presidente da República, Bolsonaro tinha essas recaídas. Aparecia um tanto conciliador. Mas, logo em seguida, prevalecia seu DNA de ex-capitão pronto para guerra expondo os pendores de menosprezo ao seu diferente.

Esse Bolsonaro que prega diálogo e pacificação pode ser a persona que treina para ser reapresentada aos eleitores em 2026, caso consiga se livrar da inelegibilidade. E faz isso mesmo arriscando porque foi o Bolsonaro virulento que venceu a disputa de 2018 e não o apaziguador.

Mas o tempo passou e veio a derrota de 2022 e os sinais de 2024, onde prevaleceu, na disputa municipal na capital paulista, o candidato que negociou sobre o outro da direita que vociferava, derrotando também o da esquerda visto como extremista.

O discurso bandeira branca de Bolsonaro não significa que o adversário principal, o petista e presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será poupado. Os embates eleitorais têm sido bélicos e nada indlca que mudaram de frequência. O ex-presidente apenas está hoje num lugar em que as circunstâncias não lhe são favoráveis. Como ex-militar, ele deve se lembrar que há tempo de luta, mas também tempo de esperar a hora certa para voltar a por a tropa na rua.

O atentado à bomba na frente do Supremo Tribunal Federal (STF) embaçou os planos da direita. Estava em curso uma negociação para convencer parlamentares do centro a aderirem à ideia do projeto de anistia aos extremistas do 8 de Janeiro e, por tabela, quem sabe, beneficiando também o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A proposta fora sobrestada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com a criação de comissão especial que ainda não existe. Os defensores do perdão tinham ganhado tempo para tentar ampliar o número de adesões à proposta. Parte dos deputados vinha dando sinais de que seria possível negociar um projeto que apontasse para redução de penas elevadas pela pena do ministro Alexandre de Moraes para a casa dos 17 anos de prisão.

O ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro após participar de uma reunião no Senado Foto: Wilton Junior/Estadão

Até mesmo Bolsonaro parecia concordar com a estratégia de uma negociação para assegurar que o texto fechado passaria sem problemas. Vem Francisco Wanderley Luiz e explode na frente do STF uma bomba e se mata. Seu histórico de filiado ao PL, partido do ex-presidente, e suas mensagens que aderem ao discurso bolsonarista facilitaram a associação direta já externada por Moraes e também pelo diretor da Polícia Federal, delegado Andrei Passos Rodrigues, de que o ato violento de quarta-feira, 13, mostra que o extremismo está vivo e não cabe anistiar os do 8 de Janeiro.

Antevendo que a nova tentativa de ataque ao STF poderia ser compreendida como fato político a lhe causar problemas, Bolsonaro apresentou-se com figurino repaginado. Em sua rede social, apresentou-se como um pacifista. Lamentou o atentado e considerou o gesto de Francisco Wanderley como um ato isolado causado por “perturbações na saúde mental”.

A versão Bolsonaro, o pacificador defende uma reação acima dos partidos e ideologias. Quase como um Gandhi, prega: “Já passou da hora de o Brasil voltar a cultivar um ambiente adequado para que as diferentes ideias possam se confrontar pacificamente, e que a força dos argumentos valha mais que o argumento da força”.

Quando era presidente da República, Bolsonaro tinha essas recaídas. Aparecia um tanto conciliador. Mas, logo em seguida, prevalecia seu DNA de ex-capitão pronto para guerra expondo os pendores de menosprezo ao seu diferente.

Esse Bolsonaro que prega diálogo e pacificação pode ser a persona que treina para ser reapresentada aos eleitores em 2026, caso consiga se livrar da inelegibilidade. E faz isso mesmo arriscando porque foi o Bolsonaro virulento que venceu a disputa de 2018 e não o apaziguador.

Mas o tempo passou e veio a derrota de 2022 e os sinais de 2024, onde prevaleceu, na disputa municipal na capital paulista, o candidato que negociou sobre o outro da direita que vociferava, derrotando também o da esquerda visto como extremista.

O discurso bandeira branca de Bolsonaro não significa que o adversário principal, o petista e presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será poupado. Os embates eleitorais têm sido bélicos e nada indlca que mudaram de frequência. O ex-presidente apenas está hoje num lugar em que as circunstâncias não lhe são favoráveis. Como ex-militar, ele deve se lembrar que há tempo de luta, mas também tempo de esperar a hora certa para voltar a por a tropa na rua.

O atentado à bomba na frente do Supremo Tribunal Federal (STF) embaçou os planos da direita. Estava em curso uma negociação para convencer parlamentares do centro a aderirem à ideia do projeto de anistia aos extremistas do 8 de Janeiro e, por tabela, quem sabe, beneficiando também o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A proposta fora sobrestada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com a criação de comissão especial que ainda não existe. Os defensores do perdão tinham ganhado tempo para tentar ampliar o número de adesões à proposta. Parte dos deputados vinha dando sinais de que seria possível negociar um projeto que apontasse para redução de penas elevadas pela pena do ministro Alexandre de Moraes para a casa dos 17 anos de prisão.

O ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro após participar de uma reunião no Senado Foto: Wilton Junior/Estadão

Até mesmo Bolsonaro parecia concordar com a estratégia de uma negociação para assegurar que o texto fechado passaria sem problemas. Vem Francisco Wanderley Luiz e explode na frente do STF uma bomba e se mata. Seu histórico de filiado ao PL, partido do ex-presidente, e suas mensagens que aderem ao discurso bolsonarista facilitaram a associação direta já externada por Moraes e também pelo diretor da Polícia Federal, delegado Andrei Passos Rodrigues, de que o ato violento de quarta-feira, 13, mostra que o extremismo está vivo e não cabe anistiar os do 8 de Janeiro.

Antevendo que a nova tentativa de ataque ao STF poderia ser compreendida como fato político a lhe causar problemas, Bolsonaro apresentou-se com figurino repaginado. Em sua rede social, apresentou-se como um pacifista. Lamentou o atentado e considerou o gesto de Francisco Wanderley como um ato isolado causado por “perturbações na saúde mental”.

A versão Bolsonaro, o pacificador defende uma reação acima dos partidos e ideologias. Quase como um Gandhi, prega: “Já passou da hora de o Brasil voltar a cultivar um ambiente adequado para que as diferentes ideias possam se confrontar pacificamente, e que a força dos argumentos valha mais que o argumento da força”.

Quando era presidente da República, Bolsonaro tinha essas recaídas. Aparecia um tanto conciliador. Mas, logo em seguida, prevalecia seu DNA de ex-capitão pronto para guerra expondo os pendores de menosprezo ao seu diferente.

Esse Bolsonaro que prega diálogo e pacificação pode ser a persona que treina para ser reapresentada aos eleitores em 2026, caso consiga se livrar da inelegibilidade. E faz isso mesmo arriscando porque foi o Bolsonaro virulento que venceu a disputa de 2018 e não o apaziguador.

Mas o tempo passou e veio a derrota de 2022 e os sinais de 2024, onde prevaleceu, na disputa municipal na capital paulista, o candidato que negociou sobre o outro da direita que vociferava, derrotando também o da esquerda visto como extremista.

O discurso bandeira branca de Bolsonaro não significa que o adversário principal, o petista e presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será poupado. Os embates eleitorais têm sido bélicos e nada indlca que mudaram de frequência. O ex-presidente apenas está hoje num lugar em que as circunstâncias não lhe são favoráveis. Como ex-militar, ele deve se lembrar que há tempo de luta, mas também tempo de esperar a hora certa para voltar a por a tropa na rua.

Opinião por Francisco Leali

Coordenador na Sucursal do Estadão em Brasília. Jornalista, Mestre em Comunicação e pesquisador especializado em transparência pública.

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