A política sem segredos

Opinião|Para que serve votar em prefeito se os candidatos vão à beira de um ataque de nervos?


Ainda que em algumas partes do País, particularmente em São Paulo, a campanha eleitoral tenha sido um despropósito, o voto é manifestação de esperança de que o escolhido pode contribuir para aplacar os males que eleitor enfrenta todos os dias

Por Francisco Leali
Atualização:

Passaram-se só quatro anos, mas parece que foi em outro século. As eleições municipais de 2020 soam neste outubro de 2024 como algo bem distante. De um tempo em que o eleitor foi para urna ainda sob temor de ser contaminado pelo vírus da Covid-19. Neste ano, chega-se ao momento de escolher o nome do prefeito com os problemas de outra ordem. Eles são cotidianos e futuros e parecem querer arrombar a porta de casa.

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Ainda que em algumas partes do País, particularmente na maior cidade brasileira, a campanha eleitoral tenha sido um despropósito, o voto pode ser sinônimo de uma certa esperança. Uma manifestação de que a escolha do mandatário local possa contribuir para aplacar os males que o eleitor enfrenta todos os dias: longas horas no trânsito, o posto de saúde apinhado de gente, as escolas urgindo por mais infraestrutura e a insegurança de chegar ao outro lado da rua sem ser assaltado.

Eleitores registram voto neste segundo turno em sessão de colégio na zona sul de São Paulo. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Mas nessa véspera da votação é inevitável tratar das eleições 2024 sem lembrar o que foi a disputa eleitoral em São Paulo. A campanha em que adversários estiveram à beira de um ataque de nervos e chegaram até mesmo às vias de fato também foi a disputa em que um ex-coach ditou a moda de como enfrentar oponentes para convencer o paulistano de que a melhor opção vem daquele que não se impõe limites e manda às favas a civilidade. Como derradeiro gesto, fez publicar laudo falso contra o candidato do PSOL.

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O candidato do PRTB saiu como o campeão do lema ‘falem mal, mas falem de mim’. Chega ao primeiro turno ainda com chances de ir ao segundo. A ele atribui-se a capacidade de dominar a linguagem das redes e atingir olhos, ouvidos e almas de gente que parece fadigada com a política tradicional. Fica-se à espera de saber se parte do eleitorado vai, de fato, aderir ao alarido virtual em busca de solução para seus problemas reais. Daqui a dois anos poderemos ter o mesmo personagem envolvido na disputa presidencial.

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Em 2020, o ano da pandemia, na véspera da votação Bruno Covas já estava garantido no segundo turno. Outros três disputavam o direito de ir disputar a eleição com ele. Entre eles o mesmo Guilherme Boulos que enfrentou o então prefeito na rodada final e volta a disputar o posto do Executivo municipal. Na época, a imagem de Covas era veiculada ao lado de um discreto vice, Ricardo Nunes.

Primeira página do Estadão em 15 de novembro, dia do primeiro turno das eleições de 2020 Foto: Reprodução / Estadão

Hoje, é Nunes quem está no páreo, mas num cenário bem diferente. Tenta se firmar como ele mesmo o candidato que irá ao segundo turno. Mas o barulho que veio do ex-coach ecoou no eleitorado de tal modo que todas as campanhas perderam o foco.

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Ao que parece, o vírus que tumultuou a corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo não se alastrou a outras partes do País. A escolha do chefe do Executivo municipal ainda guarda relação direta com as mazelas de cada bairro.

Mas se há queimadas carregando ar contaminado para as cidades e previsões catastróficas sobre o futuro próximo do clima no planeta, de que servirá um prefeito? A resposta costuma não caber no horário eleitoral, nem nos programas de governo e muito menos nas promessas lançadas pelos candidatos. Mas vem deles as iniciativas locais para resolver problemas locais e que podem até mesmo contribuir para melhorar a vida na cidade vizinha, no Estado vizinho. Se o eleito dará conta do tamanho do desafio, é aposta que cada um deposita quando aperta o confirma na urna eletrônica.

Passaram-se só quatro anos, mas parece que foi em outro século. As eleições municipais de 2020 soam neste outubro de 2024 como algo bem distante. De um tempo em que o eleitor foi para urna ainda sob temor de ser contaminado pelo vírus da Covid-19. Neste ano, chega-se ao momento de escolher o nome do prefeito com os problemas de outra ordem. Eles são cotidianos e futuros e parecem querer arrombar a porta de casa.

Ainda que em algumas partes do País, particularmente na maior cidade brasileira, a campanha eleitoral tenha sido um despropósito, o voto pode ser sinônimo de uma certa esperança. Uma manifestação de que a escolha do mandatário local possa contribuir para aplacar os males que o eleitor enfrenta todos os dias: longas horas no trânsito, o posto de saúde apinhado de gente, as escolas urgindo por mais infraestrutura e a insegurança de chegar ao outro lado da rua sem ser assaltado.

Eleitores registram voto neste segundo turno em sessão de colégio na zona sul de São Paulo. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Mas nessa véspera da votação é inevitável tratar das eleições 2024 sem lembrar o que foi a disputa eleitoral em São Paulo. A campanha em que adversários estiveram à beira de um ataque de nervos e chegaram até mesmo às vias de fato também foi a disputa em que um ex-coach ditou a moda de como enfrentar oponentes para convencer o paulistano de que a melhor opção vem daquele que não se impõe limites e manda às favas a civilidade. Como derradeiro gesto, fez publicar laudo falso contra o candidato do PSOL.

O candidato do PRTB saiu como o campeão do lema ‘falem mal, mas falem de mim’. Chega ao primeiro turno ainda com chances de ir ao segundo. A ele atribui-se a capacidade de dominar a linguagem das redes e atingir olhos, ouvidos e almas de gente que parece fadigada com a política tradicional. Fica-se à espera de saber se parte do eleitorado vai, de fato, aderir ao alarido virtual em busca de solução para seus problemas reais. Daqui a dois anos poderemos ter o mesmo personagem envolvido na disputa presidencial.

Em 2020, o ano da pandemia, na véspera da votação Bruno Covas já estava garantido no segundo turno. Outros três disputavam o direito de ir disputar a eleição com ele. Entre eles o mesmo Guilherme Boulos que enfrentou o então prefeito na rodada final e volta a disputar o posto do Executivo municipal. Na época, a imagem de Covas era veiculada ao lado de um discreto vice, Ricardo Nunes.

Primeira página do Estadão em 15 de novembro, dia do primeiro turno das eleições de 2020 Foto: Reprodução / Estadão

Hoje, é Nunes quem está no páreo, mas num cenário bem diferente. Tenta se firmar como ele mesmo o candidato que irá ao segundo turno. Mas o barulho que veio do ex-coach ecoou no eleitorado de tal modo que todas as campanhas perderam o foco.

Ao que parece, o vírus que tumultuou a corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo não se alastrou a outras partes do País. A escolha do chefe do Executivo municipal ainda guarda relação direta com as mazelas de cada bairro.

Mas se há queimadas carregando ar contaminado para as cidades e previsões catastróficas sobre o futuro próximo do clima no planeta, de que servirá um prefeito? A resposta costuma não caber no horário eleitoral, nem nos programas de governo e muito menos nas promessas lançadas pelos candidatos. Mas vem deles as iniciativas locais para resolver problemas locais e que podem até mesmo contribuir para melhorar a vida na cidade vizinha, no Estado vizinho. Se o eleito dará conta do tamanho do desafio, é aposta que cada um deposita quando aperta o confirma na urna eletrônica.

Passaram-se só quatro anos, mas parece que foi em outro século. As eleições municipais de 2020 soam neste outubro de 2024 como algo bem distante. De um tempo em que o eleitor foi para urna ainda sob temor de ser contaminado pelo vírus da Covid-19. Neste ano, chega-se ao momento de escolher o nome do prefeito com os problemas de outra ordem. Eles são cotidianos e futuros e parecem querer arrombar a porta de casa.

Ainda que em algumas partes do País, particularmente na maior cidade brasileira, a campanha eleitoral tenha sido um despropósito, o voto pode ser sinônimo de uma certa esperança. Uma manifestação de que a escolha do mandatário local possa contribuir para aplacar os males que o eleitor enfrenta todos os dias: longas horas no trânsito, o posto de saúde apinhado de gente, as escolas urgindo por mais infraestrutura e a insegurança de chegar ao outro lado da rua sem ser assaltado.

Eleitores registram voto neste segundo turno em sessão de colégio na zona sul de São Paulo. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Mas nessa véspera da votação é inevitável tratar das eleições 2024 sem lembrar o que foi a disputa eleitoral em São Paulo. A campanha em que adversários estiveram à beira de um ataque de nervos e chegaram até mesmo às vias de fato também foi a disputa em que um ex-coach ditou a moda de como enfrentar oponentes para convencer o paulistano de que a melhor opção vem daquele que não se impõe limites e manda às favas a civilidade. Como derradeiro gesto, fez publicar laudo falso contra o candidato do PSOL.

O candidato do PRTB saiu como o campeão do lema ‘falem mal, mas falem de mim’. Chega ao primeiro turno ainda com chances de ir ao segundo. A ele atribui-se a capacidade de dominar a linguagem das redes e atingir olhos, ouvidos e almas de gente que parece fadigada com a política tradicional. Fica-se à espera de saber se parte do eleitorado vai, de fato, aderir ao alarido virtual em busca de solução para seus problemas reais. Daqui a dois anos poderemos ter o mesmo personagem envolvido na disputa presidencial.

Em 2020, o ano da pandemia, na véspera da votação Bruno Covas já estava garantido no segundo turno. Outros três disputavam o direito de ir disputar a eleição com ele. Entre eles o mesmo Guilherme Boulos que enfrentou o então prefeito na rodada final e volta a disputar o posto do Executivo municipal. Na época, a imagem de Covas era veiculada ao lado de um discreto vice, Ricardo Nunes.

Primeira página do Estadão em 15 de novembro, dia do primeiro turno das eleições de 2020 Foto: Reprodução / Estadão

Hoje, é Nunes quem está no páreo, mas num cenário bem diferente. Tenta se firmar como ele mesmo o candidato que irá ao segundo turno. Mas o barulho que veio do ex-coach ecoou no eleitorado de tal modo que todas as campanhas perderam o foco.

Ao que parece, o vírus que tumultuou a corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo não se alastrou a outras partes do País. A escolha do chefe do Executivo municipal ainda guarda relação direta com as mazelas de cada bairro.

Mas se há queimadas carregando ar contaminado para as cidades e previsões catastróficas sobre o futuro próximo do clima no planeta, de que servirá um prefeito? A resposta costuma não caber no horário eleitoral, nem nos programas de governo e muito menos nas promessas lançadas pelos candidatos. Mas vem deles as iniciativas locais para resolver problemas locais e que podem até mesmo contribuir para melhorar a vida na cidade vizinha, no Estado vizinho. Se o eleito dará conta do tamanho do desafio, é aposta que cada um deposita quando aperta o confirma na urna eletrônica.

Passaram-se só quatro anos, mas parece que foi em outro século. As eleições municipais de 2020 soam neste outubro de 2024 como algo bem distante. De um tempo em que o eleitor foi para urna ainda sob temor de ser contaminado pelo vírus da Covid-19. Neste ano, chega-se ao momento de escolher o nome do prefeito com os problemas de outra ordem. Eles são cotidianos e futuros e parecem querer arrombar a porta de casa.

Ainda que em algumas partes do País, particularmente na maior cidade brasileira, a campanha eleitoral tenha sido um despropósito, o voto pode ser sinônimo de uma certa esperança. Uma manifestação de que a escolha do mandatário local possa contribuir para aplacar os males que o eleitor enfrenta todos os dias: longas horas no trânsito, o posto de saúde apinhado de gente, as escolas urgindo por mais infraestrutura e a insegurança de chegar ao outro lado da rua sem ser assaltado.

Eleitores registram voto neste segundo turno em sessão de colégio na zona sul de São Paulo. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Mas nessa véspera da votação é inevitável tratar das eleições 2024 sem lembrar o que foi a disputa eleitoral em São Paulo. A campanha em que adversários estiveram à beira de um ataque de nervos e chegaram até mesmo às vias de fato também foi a disputa em que um ex-coach ditou a moda de como enfrentar oponentes para convencer o paulistano de que a melhor opção vem daquele que não se impõe limites e manda às favas a civilidade. Como derradeiro gesto, fez publicar laudo falso contra o candidato do PSOL.

O candidato do PRTB saiu como o campeão do lema ‘falem mal, mas falem de mim’. Chega ao primeiro turno ainda com chances de ir ao segundo. A ele atribui-se a capacidade de dominar a linguagem das redes e atingir olhos, ouvidos e almas de gente que parece fadigada com a política tradicional. Fica-se à espera de saber se parte do eleitorado vai, de fato, aderir ao alarido virtual em busca de solução para seus problemas reais. Daqui a dois anos poderemos ter o mesmo personagem envolvido na disputa presidencial.

Em 2020, o ano da pandemia, na véspera da votação Bruno Covas já estava garantido no segundo turno. Outros três disputavam o direito de ir disputar a eleição com ele. Entre eles o mesmo Guilherme Boulos que enfrentou o então prefeito na rodada final e volta a disputar o posto do Executivo municipal. Na época, a imagem de Covas era veiculada ao lado de um discreto vice, Ricardo Nunes.

Primeira página do Estadão em 15 de novembro, dia do primeiro turno das eleições de 2020 Foto: Reprodução / Estadão

Hoje, é Nunes quem está no páreo, mas num cenário bem diferente. Tenta se firmar como ele mesmo o candidato que irá ao segundo turno. Mas o barulho que veio do ex-coach ecoou no eleitorado de tal modo que todas as campanhas perderam o foco.

Ao que parece, o vírus que tumultuou a corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo não se alastrou a outras partes do País. A escolha do chefe do Executivo municipal ainda guarda relação direta com as mazelas de cada bairro.

Mas se há queimadas carregando ar contaminado para as cidades e previsões catastróficas sobre o futuro próximo do clima no planeta, de que servirá um prefeito? A resposta costuma não caber no horário eleitoral, nem nos programas de governo e muito menos nas promessas lançadas pelos candidatos. Mas vem deles as iniciativas locais para resolver problemas locais e que podem até mesmo contribuir para melhorar a vida na cidade vizinha, no Estado vizinho. Se o eleito dará conta do tamanho do desafio, é aposta que cada um deposita quando aperta o confirma na urna eletrônica.

Passaram-se só quatro anos, mas parece que foi em outro século. As eleições municipais de 2020 soam neste outubro de 2024 como algo bem distante. De um tempo em que o eleitor foi para urna ainda sob temor de ser contaminado pelo vírus da Covid-19. Neste ano, chega-se ao momento de escolher o nome do prefeito com os problemas de outra ordem. Eles são cotidianos e futuros e parecem querer arrombar a porta de casa.

Ainda que em algumas partes do País, particularmente na maior cidade brasileira, a campanha eleitoral tenha sido um despropósito, o voto pode ser sinônimo de uma certa esperança. Uma manifestação de que a escolha do mandatário local possa contribuir para aplacar os males que o eleitor enfrenta todos os dias: longas horas no trânsito, o posto de saúde apinhado de gente, as escolas urgindo por mais infraestrutura e a insegurança de chegar ao outro lado da rua sem ser assaltado.

Eleitores registram voto neste segundo turno em sessão de colégio na zona sul de São Paulo. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Mas nessa véspera da votação é inevitável tratar das eleições 2024 sem lembrar o que foi a disputa eleitoral em São Paulo. A campanha em que adversários estiveram à beira de um ataque de nervos e chegaram até mesmo às vias de fato também foi a disputa em que um ex-coach ditou a moda de como enfrentar oponentes para convencer o paulistano de que a melhor opção vem daquele que não se impõe limites e manda às favas a civilidade. Como derradeiro gesto, fez publicar laudo falso contra o candidato do PSOL.

O candidato do PRTB saiu como o campeão do lema ‘falem mal, mas falem de mim’. Chega ao primeiro turno ainda com chances de ir ao segundo. A ele atribui-se a capacidade de dominar a linguagem das redes e atingir olhos, ouvidos e almas de gente que parece fadigada com a política tradicional. Fica-se à espera de saber se parte do eleitorado vai, de fato, aderir ao alarido virtual em busca de solução para seus problemas reais. Daqui a dois anos poderemos ter o mesmo personagem envolvido na disputa presidencial.

Em 2020, o ano da pandemia, na véspera da votação Bruno Covas já estava garantido no segundo turno. Outros três disputavam o direito de ir disputar a eleição com ele. Entre eles o mesmo Guilherme Boulos que enfrentou o então prefeito na rodada final e volta a disputar o posto do Executivo municipal. Na época, a imagem de Covas era veiculada ao lado de um discreto vice, Ricardo Nunes.

Primeira página do Estadão em 15 de novembro, dia do primeiro turno das eleições de 2020 Foto: Reprodução / Estadão

Hoje, é Nunes quem está no páreo, mas num cenário bem diferente. Tenta se firmar como ele mesmo o candidato que irá ao segundo turno. Mas o barulho que veio do ex-coach ecoou no eleitorado de tal modo que todas as campanhas perderam o foco.

Ao que parece, o vírus que tumultuou a corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo não se alastrou a outras partes do País. A escolha do chefe do Executivo municipal ainda guarda relação direta com as mazelas de cada bairro.

Mas se há queimadas carregando ar contaminado para as cidades e previsões catastróficas sobre o futuro próximo do clima no planeta, de que servirá um prefeito? A resposta costuma não caber no horário eleitoral, nem nos programas de governo e muito menos nas promessas lançadas pelos candidatos. Mas vem deles as iniciativas locais para resolver problemas locais e que podem até mesmo contribuir para melhorar a vida na cidade vizinha, no Estado vizinho. Se o eleito dará conta do tamanho do desafio, é aposta que cada um deposita quando aperta o confirma na urna eletrônica.

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Opinião por Francisco Leali

Coordenador na Sucursal do Estadão em Brasília. Jornalista, Mestre em Comunicação e pesquisador especializado em transparência pública.

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