A política sem segredos

Opinião|Primeiro debate na televisão expõe o pior dos candidatos e algo de bom na disputa em São Paulo


Embate serviu para conhecer como postulantes agem sob pressão; maioria dos candidatos optou por atacar o atual prefeito da cidade

Por Francisco Leali
Atualização:

A disputa para valer começou. A noite do primeiro debate entre os pretendentes ao posto de prefeito da maior cidade do País já deu mostras de que a campanha não será para amadores. O embate para lá de duro marcou o encontro e mostrou ao eleitor o pior dos candidatos. Ainda que em alguns momentos uns e outros tenham reclamado de baixaria, atacar foi o verbo mais exercitado por todos eles.

O debate na TV Band indicou ainda o que já se esperava: Guilherme Boulos (PSOL), até aqui o líder nas pesquisas de intenção de voto, não mira em Tabata Amaral (PSB). Os dois deputados de partidos de esquerda deverão ser aliados num segundo turno. O mesmo Boulos tentou flertar com Datena (PSDB) em dobradinha, mas o jornalista e apresentador de televisão que estreia numa corrida eleitoral, refugou. Preferiu lembrar que o deputado do PSOL gosta do ditador Nicolás Maduro.

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O único assunto que conseguiu unir a maioria dos candidatos foi o prefeito Ricardo Nunes (MDB). Candidato à reeleição e também bem posicionado nas pesquisas, Nunes foi atacado por Datena, Boulos, Tabata e Marçal. Este último cumpriu o papel de franco atirador. Chamado de “0071 goiano” por Tabata, Marçal falou palavrão, insultou os demais e tentou arrastar o nível do debate para abaixo do rés do chão.

Quando Nunes propôs uma aparente trégua perguntando a ele sobre investimentos em empreendedorismo, levou de volta uma pedrada de Marçal: “Minha proposta número 1 é te tirar da cadeira de prefeito”, respondeu o candidato do PRTB.

Candidatos à Prefeitura de São Paulo nas eleições municipais de 2024 Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB) participam de debate da Band que acontece no estúdio da emissora na R. Carlos Cyrillo Júnior, 92, no bairro do Morumbi, zona sul de São Paulo. Foto: Daniel Teixeira/Estadão Foto: Daniel Teixeira/Estadão
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Nos momentos em que não se atacavam, os candidatos concordaram que o centro de São Paulo precisa voltar a ser lugar seguro e que a saúde tem filas de espera longas demais e que precisam ser encurtadas. Para o transporte público estrangulado, uma e outra promessa foi lançada ao vento. Coisa comum em campanha.

Mas se o confronto pareceu expor que os candidatos preferem mostrar os podres do adversário do que suas própria ideias para arrumar a cidade, o debate serviu para o eleitor começar a pensar no perfil que quer para o chefe da cidade. E as têmperas à sua disposição são para lá de diversas. Serviu também para ver mais de perto quem são os postulantes à prefeitura e como se comportam sob pressão.

No debate, ser aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou do ex-Jair Bolsonaro virou tema. Na maioria das vezes a aliança foi tratada como um defeito. E o eleitor pensa o que disso?

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A vinculação com a popularidade do ex e do atual chefe do Executivo federal e o candidato a ser escolhido para cuidar das coisas de São Paulo é uma conjectura que poderá existir. Se terá peso suficiente para decidir o rumo do voto ainda é muito cedo para saber.

A disputa para valer começou. A noite do primeiro debate entre os pretendentes ao posto de prefeito da maior cidade do País já deu mostras de que a campanha não será para amadores. O embate para lá de duro marcou o encontro e mostrou ao eleitor o pior dos candidatos. Ainda que em alguns momentos uns e outros tenham reclamado de baixaria, atacar foi o verbo mais exercitado por todos eles.

O debate na TV Band indicou ainda o que já se esperava: Guilherme Boulos (PSOL), até aqui o líder nas pesquisas de intenção de voto, não mira em Tabata Amaral (PSB). Os dois deputados de partidos de esquerda deverão ser aliados num segundo turno. O mesmo Boulos tentou flertar com Datena (PSDB) em dobradinha, mas o jornalista e apresentador de televisão que estreia numa corrida eleitoral, refugou. Preferiu lembrar que o deputado do PSOL gosta do ditador Nicolás Maduro.

O único assunto que conseguiu unir a maioria dos candidatos foi o prefeito Ricardo Nunes (MDB). Candidato à reeleição e também bem posicionado nas pesquisas, Nunes foi atacado por Datena, Boulos, Tabata e Marçal. Este último cumpriu o papel de franco atirador. Chamado de “0071 goiano” por Tabata, Marçal falou palavrão, insultou os demais e tentou arrastar o nível do debate para abaixo do rés do chão.

Quando Nunes propôs uma aparente trégua perguntando a ele sobre investimentos em empreendedorismo, levou de volta uma pedrada de Marçal: “Minha proposta número 1 é te tirar da cadeira de prefeito”, respondeu o candidato do PRTB.

Candidatos à Prefeitura de São Paulo nas eleições municipais de 2024 Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB) participam de debate da Band que acontece no estúdio da emissora na R. Carlos Cyrillo Júnior, 92, no bairro do Morumbi, zona sul de São Paulo. Foto: Daniel Teixeira/Estadão Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Nos momentos em que não se atacavam, os candidatos concordaram que o centro de São Paulo precisa voltar a ser lugar seguro e que a saúde tem filas de espera longas demais e que precisam ser encurtadas. Para o transporte público estrangulado, uma e outra promessa foi lançada ao vento. Coisa comum em campanha.

Mas se o confronto pareceu expor que os candidatos preferem mostrar os podres do adversário do que suas própria ideias para arrumar a cidade, o debate serviu para o eleitor começar a pensar no perfil que quer para o chefe da cidade. E as têmperas à sua disposição são para lá de diversas. Serviu também para ver mais de perto quem são os postulantes à prefeitura e como se comportam sob pressão.

No debate, ser aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou do ex-Jair Bolsonaro virou tema. Na maioria das vezes a aliança foi tratada como um defeito. E o eleitor pensa o que disso?

A vinculação com a popularidade do ex e do atual chefe do Executivo federal e o candidato a ser escolhido para cuidar das coisas de São Paulo é uma conjectura que poderá existir. Se terá peso suficiente para decidir o rumo do voto ainda é muito cedo para saber.

A disputa para valer começou. A noite do primeiro debate entre os pretendentes ao posto de prefeito da maior cidade do País já deu mostras de que a campanha não será para amadores. O embate para lá de duro marcou o encontro e mostrou ao eleitor o pior dos candidatos. Ainda que em alguns momentos uns e outros tenham reclamado de baixaria, atacar foi o verbo mais exercitado por todos eles.

O debate na TV Band indicou ainda o que já se esperava: Guilherme Boulos (PSOL), até aqui o líder nas pesquisas de intenção de voto, não mira em Tabata Amaral (PSB). Os dois deputados de partidos de esquerda deverão ser aliados num segundo turno. O mesmo Boulos tentou flertar com Datena (PSDB) em dobradinha, mas o jornalista e apresentador de televisão que estreia numa corrida eleitoral, refugou. Preferiu lembrar que o deputado do PSOL gosta do ditador Nicolás Maduro.

O único assunto que conseguiu unir a maioria dos candidatos foi o prefeito Ricardo Nunes (MDB). Candidato à reeleição e também bem posicionado nas pesquisas, Nunes foi atacado por Datena, Boulos, Tabata e Marçal. Este último cumpriu o papel de franco atirador. Chamado de “0071 goiano” por Tabata, Marçal falou palavrão, insultou os demais e tentou arrastar o nível do debate para abaixo do rés do chão.

Quando Nunes propôs uma aparente trégua perguntando a ele sobre investimentos em empreendedorismo, levou de volta uma pedrada de Marçal: “Minha proposta número 1 é te tirar da cadeira de prefeito”, respondeu o candidato do PRTB.

Candidatos à Prefeitura de São Paulo nas eleições municipais de 2024 Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB) participam de debate da Band que acontece no estúdio da emissora na R. Carlos Cyrillo Júnior, 92, no bairro do Morumbi, zona sul de São Paulo. Foto: Daniel Teixeira/Estadão Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Nos momentos em que não se atacavam, os candidatos concordaram que o centro de São Paulo precisa voltar a ser lugar seguro e que a saúde tem filas de espera longas demais e que precisam ser encurtadas. Para o transporte público estrangulado, uma e outra promessa foi lançada ao vento. Coisa comum em campanha.

Mas se o confronto pareceu expor que os candidatos preferem mostrar os podres do adversário do que suas própria ideias para arrumar a cidade, o debate serviu para o eleitor começar a pensar no perfil que quer para o chefe da cidade. E as têmperas à sua disposição são para lá de diversas. Serviu também para ver mais de perto quem são os postulantes à prefeitura e como se comportam sob pressão.

No debate, ser aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou do ex-Jair Bolsonaro virou tema. Na maioria das vezes a aliança foi tratada como um defeito. E o eleitor pensa o que disso?

A vinculação com a popularidade do ex e do atual chefe do Executivo federal e o candidato a ser escolhido para cuidar das coisas de São Paulo é uma conjectura que poderá existir. Se terá peso suficiente para decidir o rumo do voto ainda é muito cedo para saber.

A disputa para valer começou. A noite do primeiro debate entre os pretendentes ao posto de prefeito da maior cidade do País já deu mostras de que a campanha não será para amadores. O embate para lá de duro marcou o encontro e mostrou ao eleitor o pior dos candidatos. Ainda que em alguns momentos uns e outros tenham reclamado de baixaria, atacar foi o verbo mais exercitado por todos eles.

O debate na TV Band indicou ainda o que já se esperava: Guilherme Boulos (PSOL), até aqui o líder nas pesquisas de intenção de voto, não mira em Tabata Amaral (PSB). Os dois deputados de partidos de esquerda deverão ser aliados num segundo turno. O mesmo Boulos tentou flertar com Datena (PSDB) em dobradinha, mas o jornalista e apresentador de televisão que estreia numa corrida eleitoral, refugou. Preferiu lembrar que o deputado do PSOL gosta do ditador Nicolás Maduro.

O único assunto que conseguiu unir a maioria dos candidatos foi o prefeito Ricardo Nunes (MDB). Candidato à reeleição e também bem posicionado nas pesquisas, Nunes foi atacado por Datena, Boulos, Tabata e Marçal. Este último cumpriu o papel de franco atirador. Chamado de “0071 goiano” por Tabata, Marçal falou palavrão, insultou os demais e tentou arrastar o nível do debate para abaixo do rés do chão.

Quando Nunes propôs uma aparente trégua perguntando a ele sobre investimentos em empreendedorismo, levou de volta uma pedrada de Marçal: “Minha proposta número 1 é te tirar da cadeira de prefeito”, respondeu o candidato do PRTB.

Candidatos à Prefeitura de São Paulo nas eleições municipais de 2024 Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB) participam de debate da Band que acontece no estúdio da emissora na R. Carlos Cyrillo Júnior, 92, no bairro do Morumbi, zona sul de São Paulo. Foto: Daniel Teixeira/Estadão Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Nos momentos em que não se atacavam, os candidatos concordaram que o centro de São Paulo precisa voltar a ser lugar seguro e que a saúde tem filas de espera longas demais e que precisam ser encurtadas. Para o transporte público estrangulado, uma e outra promessa foi lançada ao vento. Coisa comum em campanha.

Mas se o confronto pareceu expor que os candidatos preferem mostrar os podres do adversário do que suas própria ideias para arrumar a cidade, o debate serviu para o eleitor começar a pensar no perfil que quer para o chefe da cidade. E as têmperas à sua disposição são para lá de diversas. Serviu também para ver mais de perto quem são os postulantes à prefeitura e como se comportam sob pressão.

No debate, ser aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou do ex-Jair Bolsonaro virou tema. Na maioria das vezes a aliança foi tratada como um defeito. E o eleitor pensa o que disso?

A vinculação com a popularidade do ex e do atual chefe do Executivo federal e o candidato a ser escolhido para cuidar das coisas de São Paulo é uma conjectura que poderá existir. Se terá peso suficiente para decidir o rumo do voto ainda é muito cedo para saber.

A disputa para valer começou. A noite do primeiro debate entre os pretendentes ao posto de prefeito da maior cidade do País já deu mostras de que a campanha não será para amadores. O embate para lá de duro marcou o encontro e mostrou ao eleitor o pior dos candidatos. Ainda que em alguns momentos uns e outros tenham reclamado de baixaria, atacar foi o verbo mais exercitado por todos eles.

O debate na TV Band indicou ainda o que já se esperava: Guilherme Boulos (PSOL), até aqui o líder nas pesquisas de intenção de voto, não mira em Tabata Amaral (PSB). Os dois deputados de partidos de esquerda deverão ser aliados num segundo turno. O mesmo Boulos tentou flertar com Datena (PSDB) em dobradinha, mas o jornalista e apresentador de televisão que estreia numa corrida eleitoral, refugou. Preferiu lembrar que o deputado do PSOL gosta do ditador Nicolás Maduro.

O único assunto que conseguiu unir a maioria dos candidatos foi o prefeito Ricardo Nunes (MDB). Candidato à reeleição e também bem posicionado nas pesquisas, Nunes foi atacado por Datena, Boulos, Tabata e Marçal. Este último cumpriu o papel de franco atirador. Chamado de “0071 goiano” por Tabata, Marçal falou palavrão, insultou os demais e tentou arrastar o nível do debate para abaixo do rés do chão.

Quando Nunes propôs uma aparente trégua perguntando a ele sobre investimentos em empreendedorismo, levou de volta uma pedrada de Marçal: “Minha proposta número 1 é te tirar da cadeira de prefeito”, respondeu o candidato do PRTB.

Candidatos à Prefeitura de São Paulo nas eleições municipais de 2024 Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB) participam de debate da Band que acontece no estúdio da emissora na R. Carlos Cyrillo Júnior, 92, no bairro do Morumbi, zona sul de São Paulo. Foto: Daniel Teixeira/Estadão Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Nos momentos em que não se atacavam, os candidatos concordaram que o centro de São Paulo precisa voltar a ser lugar seguro e que a saúde tem filas de espera longas demais e que precisam ser encurtadas. Para o transporte público estrangulado, uma e outra promessa foi lançada ao vento. Coisa comum em campanha.

Mas se o confronto pareceu expor que os candidatos preferem mostrar os podres do adversário do que suas própria ideias para arrumar a cidade, o debate serviu para o eleitor começar a pensar no perfil que quer para o chefe da cidade. E as têmperas à sua disposição são para lá de diversas. Serviu também para ver mais de perto quem são os postulantes à prefeitura e como se comportam sob pressão.

No debate, ser aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou do ex-Jair Bolsonaro virou tema. Na maioria das vezes a aliança foi tratada como um defeito. E o eleitor pensa o que disso?

A vinculação com a popularidade do ex e do atual chefe do Executivo federal e o candidato a ser escolhido para cuidar das coisas de São Paulo é uma conjectura que poderá existir. Se terá peso suficiente para decidir o rumo do voto ainda é muito cedo para saber.

Opinião por Francisco Leali

Coordenador na Sucursal do Estadão em Brasília. Jornalista, Mestre em Comunicação e pesquisador especializado em transparência pública.

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