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Opinião|Relator no TSE pinta Bolsonaro como difusor de ‘paranoia coletiva’ e aponta para sua degola política


Ministro Benedito Gonçalves descreve ex-presidente como político que contribuiu para provocar um ‘curto-circuito’ na cabeça dos brasileiros como a compará-lo com o líder religioso que leva seus seguidores ao abismo

Por Francisco Leali

A versão resumida tem 200 páginas. A íntegra o dobro disso. O voto do ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral, que ocupou toda a sessão da noite desta terça-feira, 27 na Corte abriu o caminho para a degola política de Jair Bolsonaro. Na próxima quinta, o TSE volta ao processo que pede a inelegibilidade por oito anos do ex-presidente. O primeiro voto contra Bolsonaro é mais do que uma sentença judicial. Esgarça na descrição do político que, para o relator, criava inimigos imaginários e promovia a “paranoia coletiva”.

É como se Benedito Gonçalves quisesse comparar o Bolsonaro presidente ao líder da seita “Templo dos Povos”, que na década de 1970 promoveu o suicídio coletivo dos seus seguidores. O ministro não citou o americano Jim Jones. Mas seu voto faz referência ao chefe maior do Poder Executivo que usou o cargo para disseminar a desconfiança, o “conspiracionismo”, provocar um “curto-circuito” institucional e também na cabeça dos brasileiros. É como se Bolsonaro fosse o líder que leva os seus ao abismo político.

O presidente do TSE, Alexadre de Moraes, e o ministro Benedito Gonçalves (a direita na foto), relator do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro Foto: WILTON JUNIOR
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“Cada vez que explorava as credenciais da Presidência da República para contestar a competência e a confiabilidade do TSE por meio de ataques à integridade dos magistrados e dos servidores, o primeiro investigado contribuiu para criar um curto-circuito cognitivo frente à pergunta básica que guia a espécie humana em sua exitosa jornada na produção de conhecimento coletivo: em quem confiar?”, sustentou Benedito.

O voto na versão oral dá a impressão de pouco tratar das causas jurídicas. Não se limita a citar alíneas, incisos, parágrafos e artigos de leis eleitorais. Benedito poupou do juridiquês excessivo a plateia presente no TSE e a que acompanhava à distância e virtualmente sua fala. Ainda que possa ter sido cansativo ao leigo pelas longas horas de leitura monocórdica, o relator disparou adjetivações na tentativa de compor um quadro da disfunção política que teria sido patrocinada pela gestão Bolsonaro.

O ministro fez questão de insistir que o então presidente usou as Forças Armadas como se suas fossem. E ainda destacou que o chefe do Executivo quis se contrapor à Justiça Eleitoral. Benedito Gonçalves deixou para a parte final uma lista de “transbordamentos” que atribuiu à conduta do presidente.

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Segundo o relator, Bolsonaro transbordou “na leviandade”, no “acirramento das tensões institucionais”, na virulência, covardia e “degração da cadeia de confiança”. Ao reunir embaixadores no Palácio da Alvorada, patrocinou um “episódio aberrante”, resume o relator.

As imagens hiperbólicas que usou para classificar a conduta de Bolsonaro vão reverberar para além das paredes da Corte Eleitoral. Circularão pelas redes sociais. Até onde se sabe também podem chegar aos demais ministros da Corte que, com algumas exceções, parecem dispostos a também chancelar uma condenação.

A versão resumida tem 200 páginas. A íntegra o dobro disso. O voto do ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral, que ocupou toda a sessão da noite desta terça-feira, 27 na Corte abriu o caminho para a degola política de Jair Bolsonaro. Na próxima quinta, o TSE volta ao processo que pede a inelegibilidade por oito anos do ex-presidente. O primeiro voto contra Bolsonaro é mais do que uma sentença judicial. Esgarça na descrição do político que, para o relator, criava inimigos imaginários e promovia a “paranoia coletiva”.

É como se Benedito Gonçalves quisesse comparar o Bolsonaro presidente ao líder da seita “Templo dos Povos”, que na década de 1970 promoveu o suicídio coletivo dos seus seguidores. O ministro não citou o americano Jim Jones. Mas seu voto faz referência ao chefe maior do Poder Executivo que usou o cargo para disseminar a desconfiança, o “conspiracionismo”, provocar um “curto-circuito” institucional e também na cabeça dos brasileiros. É como se Bolsonaro fosse o líder que leva os seus ao abismo político.

O presidente do TSE, Alexadre de Moraes, e o ministro Benedito Gonçalves (a direita na foto), relator do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro Foto: WILTON JUNIOR

“Cada vez que explorava as credenciais da Presidência da República para contestar a competência e a confiabilidade do TSE por meio de ataques à integridade dos magistrados e dos servidores, o primeiro investigado contribuiu para criar um curto-circuito cognitivo frente à pergunta básica que guia a espécie humana em sua exitosa jornada na produção de conhecimento coletivo: em quem confiar?”, sustentou Benedito.

O voto na versão oral dá a impressão de pouco tratar das causas jurídicas. Não se limita a citar alíneas, incisos, parágrafos e artigos de leis eleitorais. Benedito poupou do juridiquês excessivo a plateia presente no TSE e a que acompanhava à distância e virtualmente sua fala. Ainda que possa ter sido cansativo ao leigo pelas longas horas de leitura monocórdica, o relator disparou adjetivações na tentativa de compor um quadro da disfunção política que teria sido patrocinada pela gestão Bolsonaro.

O ministro fez questão de insistir que o então presidente usou as Forças Armadas como se suas fossem. E ainda destacou que o chefe do Executivo quis se contrapor à Justiça Eleitoral. Benedito Gonçalves deixou para a parte final uma lista de “transbordamentos” que atribuiu à conduta do presidente.

Segundo o relator, Bolsonaro transbordou “na leviandade”, no “acirramento das tensões institucionais”, na virulência, covardia e “degração da cadeia de confiança”. Ao reunir embaixadores no Palácio da Alvorada, patrocinou um “episódio aberrante”, resume o relator.

As imagens hiperbólicas que usou para classificar a conduta de Bolsonaro vão reverberar para além das paredes da Corte Eleitoral. Circularão pelas redes sociais. Até onde se sabe também podem chegar aos demais ministros da Corte que, com algumas exceções, parecem dispostos a também chancelar uma condenação.

A versão resumida tem 200 páginas. A íntegra o dobro disso. O voto do ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral, que ocupou toda a sessão da noite desta terça-feira, 27 na Corte abriu o caminho para a degola política de Jair Bolsonaro. Na próxima quinta, o TSE volta ao processo que pede a inelegibilidade por oito anos do ex-presidente. O primeiro voto contra Bolsonaro é mais do que uma sentença judicial. Esgarça na descrição do político que, para o relator, criava inimigos imaginários e promovia a “paranoia coletiva”.

É como se Benedito Gonçalves quisesse comparar o Bolsonaro presidente ao líder da seita “Templo dos Povos”, que na década de 1970 promoveu o suicídio coletivo dos seus seguidores. O ministro não citou o americano Jim Jones. Mas seu voto faz referência ao chefe maior do Poder Executivo que usou o cargo para disseminar a desconfiança, o “conspiracionismo”, provocar um “curto-circuito” institucional e também na cabeça dos brasileiros. É como se Bolsonaro fosse o líder que leva os seus ao abismo político.

O presidente do TSE, Alexadre de Moraes, e o ministro Benedito Gonçalves (a direita na foto), relator do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro Foto: WILTON JUNIOR

“Cada vez que explorava as credenciais da Presidência da República para contestar a competência e a confiabilidade do TSE por meio de ataques à integridade dos magistrados e dos servidores, o primeiro investigado contribuiu para criar um curto-circuito cognitivo frente à pergunta básica que guia a espécie humana em sua exitosa jornada na produção de conhecimento coletivo: em quem confiar?”, sustentou Benedito.

O voto na versão oral dá a impressão de pouco tratar das causas jurídicas. Não se limita a citar alíneas, incisos, parágrafos e artigos de leis eleitorais. Benedito poupou do juridiquês excessivo a plateia presente no TSE e a que acompanhava à distância e virtualmente sua fala. Ainda que possa ter sido cansativo ao leigo pelas longas horas de leitura monocórdica, o relator disparou adjetivações na tentativa de compor um quadro da disfunção política que teria sido patrocinada pela gestão Bolsonaro.

O ministro fez questão de insistir que o então presidente usou as Forças Armadas como se suas fossem. E ainda destacou que o chefe do Executivo quis se contrapor à Justiça Eleitoral. Benedito Gonçalves deixou para a parte final uma lista de “transbordamentos” que atribuiu à conduta do presidente.

Segundo o relator, Bolsonaro transbordou “na leviandade”, no “acirramento das tensões institucionais”, na virulência, covardia e “degração da cadeia de confiança”. Ao reunir embaixadores no Palácio da Alvorada, patrocinou um “episódio aberrante”, resume o relator.

As imagens hiperbólicas que usou para classificar a conduta de Bolsonaro vão reverberar para além das paredes da Corte Eleitoral. Circularão pelas redes sociais. Até onde se sabe também podem chegar aos demais ministros da Corte que, com algumas exceções, parecem dispostos a também chancelar uma condenação.

A versão resumida tem 200 páginas. A íntegra o dobro disso. O voto do ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral, que ocupou toda a sessão da noite desta terça-feira, 27 na Corte abriu o caminho para a degola política de Jair Bolsonaro. Na próxima quinta, o TSE volta ao processo que pede a inelegibilidade por oito anos do ex-presidente. O primeiro voto contra Bolsonaro é mais do que uma sentença judicial. Esgarça na descrição do político que, para o relator, criava inimigos imaginários e promovia a “paranoia coletiva”.

É como se Benedito Gonçalves quisesse comparar o Bolsonaro presidente ao líder da seita “Templo dos Povos”, que na década de 1970 promoveu o suicídio coletivo dos seus seguidores. O ministro não citou o americano Jim Jones. Mas seu voto faz referência ao chefe maior do Poder Executivo que usou o cargo para disseminar a desconfiança, o “conspiracionismo”, provocar um “curto-circuito” institucional e também na cabeça dos brasileiros. É como se Bolsonaro fosse o líder que leva os seus ao abismo político.

O presidente do TSE, Alexadre de Moraes, e o ministro Benedito Gonçalves (a direita na foto), relator do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro Foto: WILTON JUNIOR

“Cada vez que explorava as credenciais da Presidência da República para contestar a competência e a confiabilidade do TSE por meio de ataques à integridade dos magistrados e dos servidores, o primeiro investigado contribuiu para criar um curto-circuito cognitivo frente à pergunta básica que guia a espécie humana em sua exitosa jornada na produção de conhecimento coletivo: em quem confiar?”, sustentou Benedito.

O voto na versão oral dá a impressão de pouco tratar das causas jurídicas. Não se limita a citar alíneas, incisos, parágrafos e artigos de leis eleitorais. Benedito poupou do juridiquês excessivo a plateia presente no TSE e a que acompanhava à distância e virtualmente sua fala. Ainda que possa ter sido cansativo ao leigo pelas longas horas de leitura monocórdica, o relator disparou adjetivações na tentativa de compor um quadro da disfunção política que teria sido patrocinada pela gestão Bolsonaro.

O ministro fez questão de insistir que o então presidente usou as Forças Armadas como se suas fossem. E ainda destacou que o chefe do Executivo quis se contrapor à Justiça Eleitoral. Benedito Gonçalves deixou para a parte final uma lista de “transbordamentos” que atribuiu à conduta do presidente.

Segundo o relator, Bolsonaro transbordou “na leviandade”, no “acirramento das tensões institucionais”, na virulência, covardia e “degração da cadeia de confiança”. Ao reunir embaixadores no Palácio da Alvorada, patrocinou um “episódio aberrante”, resume o relator.

As imagens hiperbólicas que usou para classificar a conduta de Bolsonaro vão reverberar para além das paredes da Corte Eleitoral. Circularão pelas redes sociais. Até onde se sabe também podem chegar aos demais ministros da Corte que, com algumas exceções, parecem dispostos a também chancelar uma condenação.

A versão resumida tem 200 páginas. A íntegra o dobro disso. O voto do ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral, que ocupou toda a sessão da noite desta terça-feira, 27 na Corte abriu o caminho para a degola política de Jair Bolsonaro. Na próxima quinta, o TSE volta ao processo que pede a inelegibilidade por oito anos do ex-presidente. O primeiro voto contra Bolsonaro é mais do que uma sentença judicial. Esgarça na descrição do político que, para o relator, criava inimigos imaginários e promovia a “paranoia coletiva”.

É como se Benedito Gonçalves quisesse comparar o Bolsonaro presidente ao líder da seita “Templo dos Povos”, que na década de 1970 promoveu o suicídio coletivo dos seus seguidores. O ministro não citou o americano Jim Jones. Mas seu voto faz referência ao chefe maior do Poder Executivo que usou o cargo para disseminar a desconfiança, o “conspiracionismo”, provocar um “curto-circuito” institucional e também na cabeça dos brasileiros. É como se Bolsonaro fosse o líder que leva os seus ao abismo político.

O presidente do TSE, Alexadre de Moraes, e o ministro Benedito Gonçalves (a direita na foto), relator do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro Foto: WILTON JUNIOR

“Cada vez que explorava as credenciais da Presidência da República para contestar a competência e a confiabilidade do TSE por meio de ataques à integridade dos magistrados e dos servidores, o primeiro investigado contribuiu para criar um curto-circuito cognitivo frente à pergunta básica que guia a espécie humana em sua exitosa jornada na produção de conhecimento coletivo: em quem confiar?”, sustentou Benedito.

O voto na versão oral dá a impressão de pouco tratar das causas jurídicas. Não se limita a citar alíneas, incisos, parágrafos e artigos de leis eleitorais. Benedito poupou do juridiquês excessivo a plateia presente no TSE e a que acompanhava à distância e virtualmente sua fala. Ainda que possa ter sido cansativo ao leigo pelas longas horas de leitura monocórdica, o relator disparou adjetivações na tentativa de compor um quadro da disfunção política que teria sido patrocinada pela gestão Bolsonaro.

O ministro fez questão de insistir que o então presidente usou as Forças Armadas como se suas fossem. E ainda destacou que o chefe do Executivo quis se contrapor à Justiça Eleitoral. Benedito Gonçalves deixou para a parte final uma lista de “transbordamentos” que atribuiu à conduta do presidente.

Segundo o relator, Bolsonaro transbordou “na leviandade”, no “acirramento das tensões institucionais”, na virulência, covardia e “degração da cadeia de confiança”. Ao reunir embaixadores no Palácio da Alvorada, patrocinou um “episódio aberrante”, resume o relator.

As imagens hiperbólicas que usou para classificar a conduta de Bolsonaro vão reverberar para além das paredes da Corte Eleitoral. Circularão pelas redes sociais. Até onde se sabe também podem chegar aos demais ministros da Corte que, com algumas exceções, parecem dispostos a também chancelar uma condenação.

Opinião por Francisco Leali

Coordenador na Sucursal do Estadão em Brasília. Jornalista, Mestre em Comunicação e pesquisador especializado em transparência pública.

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