Wassef recomprou Rolex dado a Jair Bolsonaro e vendido por pai de Mauro Cid para entregar ao TCU


Grupo formado por aliados do ex-presidente tinha prática de realizar vendas ilícitas no exterior dos bens recebidos pela Presidência, mostram investigações

Por Natália Santos
Atualização:

O advogado Frederick Wassef recomprou, nos Estados Unidos, o relógio da marca Rolex recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em viagem oficial, segundo as investigações que resultaram na operação da Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira, 11. O objeto foi vendido pelo general Mauro César Lourena Cid, pai de Mauro Cid, braço-direito do ex-chefe do Executivo, e recuperado para ser entregue ao Tribunal de Contas da União (TCU).

As movimentações faziam parte, segundo a PF, de atos para recuperar os itens que integravam o denominado “Kit Ouro Branco”, com o objetivo de “escamotear, das autoridades brasileiras, a evasão e a venda ilícitas dos bens no exterior”.

Segundo os investigadores, a recuperação do relógio ocorreu em março, após o TCU determinar a devolução do item, vendido para a empresa Precision Watches. Estima-se que o valor arrecadado com a venda seria de US$ 68.000,00 (correspondente a R$ 346.983,60), segundo um comprovante de depósito identificado nos dados da nuvem de Cid pela PF no mesmo dia que o tenente-coronel esteve na Precision Watches. O valor da recompra seria maior do que o obtido na venda, conforme as investigações.

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O processo de recuperação dos itens se deu em duas etapas. Na primeira, Wassef foi para a cidade de Willow Grove, na Pensilvânia, onde se encontra o estabelecimento da Precision Watches, para recuperar o relógio. O restante das joias do kit – anel, abotoaduras, um rosário islâmico (“masbaha”) –, foram recuperados por Mauro Cid em uma loja localizada no complexo Seybold Jewelry Building na cidade de Miami, na Flórida.

Relógio de pulso da marca Rolex recebido por Bolsonaro da Arábia Saudita Foto: Estadão

“Primeiramente o relógio Rolex DAY-DATE, vendido para a empresa Precision Watches, foi recuperado no dia 14/03/2023, pelo advogado Frederick Wassef, que retornou com o bem ao Brasil, na data de 29/03/2023. No dia 02/04/2023, Mauro Cid e Frederick Wassef se encontraram na cidade de São Paulo, momento em que a posse do relógio passou para Mauro Cid , que retornou para Brasília/DF na mesma data, entregando o bem para Osmar Crivelatti, assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro”, afirma o documento.

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Segundo a investigação da PF, apesar de Mauro Cid ter apagado a maior parte das mensagens trocadas com Wassef, uma “extração realizada pela ferramenta forense” identificou que existiram interações entre os dois no WhatsApp.

Nesta sexta-feira, a Polícia Federal fez uma operação para investigar suposto grupo que teria vendido bens entregues a autoridades brasileiras em missões oficiais. Dentre os investigados estão general da reserva Mauro César Lourena Cid, Wassef, que representou o ex-chefe do Executivo perante a Justiça, e o tenente Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

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Batizada Lucas 12:2, a operação faz buscas em quatro endereços em Brasília, São Paulo e Niterói. São investigados supostos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. As ordens foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no bojo do inquérito das milícias digitais.

Nas últimas semanas, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro identificou uma troca de e-mails sobre a tentativa de venda, por R$ 300 mil, de um relógio da marca Rolex recebido em viagem oficial, por Mauro Cid. A negociação se deu no dia 6 de junho. Em e-mail em inglês, uma interlocutora pergunta a Cid quanto ele quer no relógio e dá a entender que ele seria cravejado de platina e diamantes.

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Em viagem oficial a Doha, no Catar, e em Riade, na Arábia Saudita, em outubro de 2019, o então presidente Bolsonaro recebeu um estojo de joias, que incluía um relógio da marca Rolex, de ouro branco, cravejado de diamantes. Três anos depois, no mesmo dia em que Cid enviou o e-mail identificado pela CPMI, foi registrado pelo sistema da Presidência que os itens foram “encaminhados ao gabinete do presidente Jair Bolsonaro”. Dois dias depois, em 8 de junho, conforme os registros oficiais, as joias já se encontravam “sob a guarda do Presidente da República”.

Wassef diz sofrer ‘campanha de fake news’

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Em nota, Frederick Wassef afirma estar “sofrendo uma campanha de fake news e mentiras de todos os tipos” e ter sido “acusado falsamente de ter um papel central em um suposto esquema de vendas de joias”. O advogado alega que nunca vendeu, ofereceu ou teve posse de qualquer joia. “Nunca participei de nenhuma tratativa, nem auxiliei nenhuma venda, nem de forma direta nem indireta. Jamais participei ou ajudei de qualquer forma qualquer pessoa a realizar nenhuma negociação ou venda”, afirma.

O advogado Frederick Wassef recomprou, nos Estados Unidos, o relógio da marca Rolex recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em viagem oficial, segundo as investigações que resultaram na operação da Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira, 11. O objeto foi vendido pelo general Mauro César Lourena Cid, pai de Mauro Cid, braço-direito do ex-chefe do Executivo, e recuperado para ser entregue ao Tribunal de Contas da União (TCU).

As movimentações faziam parte, segundo a PF, de atos para recuperar os itens que integravam o denominado “Kit Ouro Branco”, com o objetivo de “escamotear, das autoridades brasileiras, a evasão e a venda ilícitas dos bens no exterior”.

Segundo os investigadores, a recuperação do relógio ocorreu em março, após o TCU determinar a devolução do item, vendido para a empresa Precision Watches. Estima-se que o valor arrecadado com a venda seria de US$ 68.000,00 (correspondente a R$ 346.983,60), segundo um comprovante de depósito identificado nos dados da nuvem de Cid pela PF no mesmo dia que o tenente-coronel esteve na Precision Watches. O valor da recompra seria maior do que o obtido na venda, conforme as investigações.

O processo de recuperação dos itens se deu em duas etapas. Na primeira, Wassef foi para a cidade de Willow Grove, na Pensilvânia, onde se encontra o estabelecimento da Precision Watches, para recuperar o relógio. O restante das joias do kit – anel, abotoaduras, um rosário islâmico (“masbaha”) –, foram recuperados por Mauro Cid em uma loja localizada no complexo Seybold Jewelry Building na cidade de Miami, na Flórida.

Relógio de pulso da marca Rolex recebido por Bolsonaro da Arábia Saudita Foto: Estadão

“Primeiramente o relógio Rolex DAY-DATE, vendido para a empresa Precision Watches, foi recuperado no dia 14/03/2023, pelo advogado Frederick Wassef, que retornou com o bem ao Brasil, na data de 29/03/2023. No dia 02/04/2023, Mauro Cid e Frederick Wassef se encontraram na cidade de São Paulo, momento em que a posse do relógio passou para Mauro Cid , que retornou para Brasília/DF na mesma data, entregando o bem para Osmar Crivelatti, assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro”, afirma o documento.

Segundo a investigação da PF, apesar de Mauro Cid ter apagado a maior parte das mensagens trocadas com Wassef, uma “extração realizada pela ferramenta forense” identificou que existiram interações entre os dois no WhatsApp.

Nesta sexta-feira, a Polícia Federal fez uma operação para investigar suposto grupo que teria vendido bens entregues a autoridades brasileiras em missões oficiais. Dentre os investigados estão general da reserva Mauro César Lourena Cid, Wassef, que representou o ex-chefe do Executivo perante a Justiça, e o tenente Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

Batizada Lucas 12:2, a operação faz buscas em quatro endereços em Brasília, São Paulo e Niterói. São investigados supostos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. As ordens foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no bojo do inquérito das milícias digitais.

Nas últimas semanas, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro identificou uma troca de e-mails sobre a tentativa de venda, por R$ 300 mil, de um relógio da marca Rolex recebido em viagem oficial, por Mauro Cid. A negociação se deu no dia 6 de junho. Em e-mail em inglês, uma interlocutora pergunta a Cid quanto ele quer no relógio e dá a entender que ele seria cravejado de platina e diamantes.

Em viagem oficial a Doha, no Catar, e em Riade, na Arábia Saudita, em outubro de 2019, o então presidente Bolsonaro recebeu um estojo de joias, que incluía um relógio da marca Rolex, de ouro branco, cravejado de diamantes. Três anos depois, no mesmo dia em que Cid enviou o e-mail identificado pela CPMI, foi registrado pelo sistema da Presidência que os itens foram “encaminhados ao gabinete do presidente Jair Bolsonaro”. Dois dias depois, em 8 de junho, conforme os registros oficiais, as joias já se encontravam “sob a guarda do Presidente da República”.

Wassef diz sofrer ‘campanha de fake news’

Em nota, Frederick Wassef afirma estar “sofrendo uma campanha de fake news e mentiras de todos os tipos” e ter sido “acusado falsamente de ter um papel central em um suposto esquema de vendas de joias”. O advogado alega que nunca vendeu, ofereceu ou teve posse de qualquer joia. “Nunca participei de nenhuma tratativa, nem auxiliei nenhuma venda, nem de forma direta nem indireta. Jamais participei ou ajudei de qualquer forma qualquer pessoa a realizar nenhuma negociação ou venda”, afirma.

O advogado Frederick Wassef recomprou, nos Estados Unidos, o relógio da marca Rolex recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em viagem oficial, segundo as investigações que resultaram na operação da Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira, 11. O objeto foi vendido pelo general Mauro César Lourena Cid, pai de Mauro Cid, braço-direito do ex-chefe do Executivo, e recuperado para ser entregue ao Tribunal de Contas da União (TCU).

As movimentações faziam parte, segundo a PF, de atos para recuperar os itens que integravam o denominado “Kit Ouro Branco”, com o objetivo de “escamotear, das autoridades brasileiras, a evasão e a venda ilícitas dos bens no exterior”.

Segundo os investigadores, a recuperação do relógio ocorreu em março, após o TCU determinar a devolução do item, vendido para a empresa Precision Watches. Estima-se que o valor arrecadado com a venda seria de US$ 68.000,00 (correspondente a R$ 346.983,60), segundo um comprovante de depósito identificado nos dados da nuvem de Cid pela PF no mesmo dia que o tenente-coronel esteve na Precision Watches. O valor da recompra seria maior do que o obtido na venda, conforme as investigações.

O processo de recuperação dos itens se deu em duas etapas. Na primeira, Wassef foi para a cidade de Willow Grove, na Pensilvânia, onde se encontra o estabelecimento da Precision Watches, para recuperar o relógio. O restante das joias do kit – anel, abotoaduras, um rosário islâmico (“masbaha”) –, foram recuperados por Mauro Cid em uma loja localizada no complexo Seybold Jewelry Building na cidade de Miami, na Flórida.

Relógio de pulso da marca Rolex recebido por Bolsonaro da Arábia Saudita Foto: Estadão

“Primeiramente o relógio Rolex DAY-DATE, vendido para a empresa Precision Watches, foi recuperado no dia 14/03/2023, pelo advogado Frederick Wassef, que retornou com o bem ao Brasil, na data de 29/03/2023. No dia 02/04/2023, Mauro Cid e Frederick Wassef se encontraram na cidade de São Paulo, momento em que a posse do relógio passou para Mauro Cid , que retornou para Brasília/DF na mesma data, entregando o bem para Osmar Crivelatti, assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro”, afirma o documento.

Segundo a investigação da PF, apesar de Mauro Cid ter apagado a maior parte das mensagens trocadas com Wassef, uma “extração realizada pela ferramenta forense” identificou que existiram interações entre os dois no WhatsApp.

Nesta sexta-feira, a Polícia Federal fez uma operação para investigar suposto grupo que teria vendido bens entregues a autoridades brasileiras em missões oficiais. Dentre os investigados estão general da reserva Mauro César Lourena Cid, Wassef, que representou o ex-chefe do Executivo perante a Justiça, e o tenente Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

Batizada Lucas 12:2, a operação faz buscas em quatro endereços em Brasília, São Paulo e Niterói. São investigados supostos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. As ordens foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no bojo do inquérito das milícias digitais.

Nas últimas semanas, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro identificou uma troca de e-mails sobre a tentativa de venda, por R$ 300 mil, de um relógio da marca Rolex recebido em viagem oficial, por Mauro Cid. A negociação se deu no dia 6 de junho. Em e-mail em inglês, uma interlocutora pergunta a Cid quanto ele quer no relógio e dá a entender que ele seria cravejado de platina e diamantes.

Em viagem oficial a Doha, no Catar, e em Riade, na Arábia Saudita, em outubro de 2019, o então presidente Bolsonaro recebeu um estojo de joias, que incluía um relógio da marca Rolex, de ouro branco, cravejado de diamantes. Três anos depois, no mesmo dia em que Cid enviou o e-mail identificado pela CPMI, foi registrado pelo sistema da Presidência que os itens foram “encaminhados ao gabinete do presidente Jair Bolsonaro”. Dois dias depois, em 8 de junho, conforme os registros oficiais, as joias já se encontravam “sob a guarda do Presidente da República”.

Wassef diz sofrer ‘campanha de fake news’

Em nota, Frederick Wassef afirma estar “sofrendo uma campanha de fake news e mentiras de todos os tipos” e ter sido “acusado falsamente de ter um papel central em um suposto esquema de vendas de joias”. O advogado alega que nunca vendeu, ofereceu ou teve posse de qualquer joia. “Nunca participei de nenhuma tratativa, nem auxiliei nenhuma venda, nem de forma direta nem indireta. Jamais participei ou ajudei de qualquer forma qualquer pessoa a realizar nenhuma negociação ou venda”, afirma.

O advogado Frederick Wassef recomprou, nos Estados Unidos, o relógio da marca Rolex recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em viagem oficial, segundo as investigações que resultaram na operação da Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira, 11. O objeto foi vendido pelo general Mauro César Lourena Cid, pai de Mauro Cid, braço-direito do ex-chefe do Executivo, e recuperado para ser entregue ao Tribunal de Contas da União (TCU).

As movimentações faziam parte, segundo a PF, de atos para recuperar os itens que integravam o denominado “Kit Ouro Branco”, com o objetivo de “escamotear, das autoridades brasileiras, a evasão e a venda ilícitas dos bens no exterior”.

Segundo os investigadores, a recuperação do relógio ocorreu em março, após o TCU determinar a devolução do item, vendido para a empresa Precision Watches. Estima-se que o valor arrecadado com a venda seria de US$ 68.000,00 (correspondente a R$ 346.983,60), segundo um comprovante de depósito identificado nos dados da nuvem de Cid pela PF no mesmo dia que o tenente-coronel esteve na Precision Watches. O valor da recompra seria maior do que o obtido na venda, conforme as investigações.

O processo de recuperação dos itens se deu em duas etapas. Na primeira, Wassef foi para a cidade de Willow Grove, na Pensilvânia, onde se encontra o estabelecimento da Precision Watches, para recuperar o relógio. O restante das joias do kit – anel, abotoaduras, um rosário islâmico (“masbaha”) –, foram recuperados por Mauro Cid em uma loja localizada no complexo Seybold Jewelry Building na cidade de Miami, na Flórida.

Relógio de pulso da marca Rolex recebido por Bolsonaro da Arábia Saudita Foto: Estadão

“Primeiramente o relógio Rolex DAY-DATE, vendido para a empresa Precision Watches, foi recuperado no dia 14/03/2023, pelo advogado Frederick Wassef, que retornou com o bem ao Brasil, na data de 29/03/2023. No dia 02/04/2023, Mauro Cid e Frederick Wassef se encontraram na cidade de São Paulo, momento em que a posse do relógio passou para Mauro Cid , que retornou para Brasília/DF na mesma data, entregando o bem para Osmar Crivelatti, assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro”, afirma o documento.

Segundo a investigação da PF, apesar de Mauro Cid ter apagado a maior parte das mensagens trocadas com Wassef, uma “extração realizada pela ferramenta forense” identificou que existiram interações entre os dois no WhatsApp.

Nesta sexta-feira, a Polícia Federal fez uma operação para investigar suposto grupo que teria vendido bens entregues a autoridades brasileiras em missões oficiais. Dentre os investigados estão general da reserva Mauro César Lourena Cid, Wassef, que representou o ex-chefe do Executivo perante a Justiça, e o tenente Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

Batizada Lucas 12:2, a operação faz buscas em quatro endereços em Brasília, São Paulo e Niterói. São investigados supostos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. As ordens foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no bojo do inquérito das milícias digitais.

Nas últimas semanas, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro identificou uma troca de e-mails sobre a tentativa de venda, por R$ 300 mil, de um relógio da marca Rolex recebido em viagem oficial, por Mauro Cid. A negociação se deu no dia 6 de junho. Em e-mail em inglês, uma interlocutora pergunta a Cid quanto ele quer no relógio e dá a entender que ele seria cravejado de platina e diamantes.

Em viagem oficial a Doha, no Catar, e em Riade, na Arábia Saudita, em outubro de 2019, o então presidente Bolsonaro recebeu um estojo de joias, que incluía um relógio da marca Rolex, de ouro branco, cravejado de diamantes. Três anos depois, no mesmo dia em que Cid enviou o e-mail identificado pela CPMI, foi registrado pelo sistema da Presidência que os itens foram “encaminhados ao gabinete do presidente Jair Bolsonaro”. Dois dias depois, em 8 de junho, conforme os registros oficiais, as joias já se encontravam “sob a guarda do Presidente da República”.

Wassef diz sofrer ‘campanha de fake news’

Em nota, Frederick Wassef afirma estar “sofrendo uma campanha de fake news e mentiras de todos os tipos” e ter sido “acusado falsamente de ter um papel central em um suposto esquema de vendas de joias”. O advogado alega que nunca vendeu, ofereceu ou teve posse de qualquer joia. “Nunca participei de nenhuma tratativa, nem auxiliei nenhuma venda, nem de forma direta nem indireta. Jamais participei ou ajudei de qualquer forma qualquer pessoa a realizar nenhuma negociação ou venda”, afirma.

O advogado Frederick Wassef recomprou, nos Estados Unidos, o relógio da marca Rolex recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em viagem oficial, segundo as investigações que resultaram na operação da Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira, 11. O objeto foi vendido pelo general Mauro César Lourena Cid, pai de Mauro Cid, braço-direito do ex-chefe do Executivo, e recuperado para ser entregue ao Tribunal de Contas da União (TCU).

As movimentações faziam parte, segundo a PF, de atos para recuperar os itens que integravam o denominado “Kit Ouro Branco”, com o objetivo de “escamotear, das autoridades brasileiras, a evasão e a venda ilícitas dos bens no exterior”.

Segundo os investigadores, a recuperação do relógio ocorreu em março, após o TCU determinar a devolução do item, vendido para a empresa Precision Watches. Estima-se que o valor arrecadado com a venda seria de US$ 68.000,00 (correspondente a R$ 346.983,60), segundo um comprovante de depósito identificado nos dados da nuvem de Cid pela PF no mesmo dia que o tenente-coronel esteve na Precision Watches. O valor da recompra seria maior do que o obtido na venda, conforme as investigações.

O processo de recuperação dos itens se deu em duas etapas. Na primeira, Wassef foi para a cidade de Willow Grove, na Pensilvânia, onde se encontra o estabelecimento da Precision Watches, para recuperar o relógio. O restante das joias do kit – anel, abotoaduras, um rosário islâmico (“masbaha”) –, foram recuperados por Mauro Cid em uma loja localizada no complexo Seybold Jewelry Building na cidade de Miami, na Flórida.

Relógio de pulso da marca Rolex recebido por Bolsonaro da Arábia Saudita Foto: Estadão

“Primeiramente o relógio Rolex DAY-DATE, vendido para a empresa Precision Watches, foi recuperado no dia 14/03/2023, pelo advogado Frederick Wassef, que retornou com o bem ao Brasil, na data de 29/03/2023. No dia 02/04/2023, Mauro Cid e Frederick Wassef se encontraram na cidade de São Paulo, momento em que a posse do relógio passou para Mauro Cid , que retornou para Brasília/DF na mesma data, entregando o bem para Osmar Crivelatti, assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro”, afirma o documento.

Segundo a investigação da PF, apesar de Mauro Cid ter apagado a maior parte das mensagens trocadas com Wassef, uma “extração realizada pela ferramenta forense” identificou que existiram interações entre os dois no WhatsApp.

Nesta sexta-feira, a Polícia Federal fez uma operação para investigar suposto grupo que teria vendido bens entregues a autoridades brasileiras em missões oficiais. Dentre os investigados estão general da reserva Mauro César Lourena Cid, Wassef, que representou o ex-chefe do Executivo perante a Justiça, e o tenente Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

Batizada Lucas 12:2, a operação faz buscas em quatro endereços em Brasília, São Paulo e Niterói. São investigados supostos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. As ordens foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no bojo do inquérito das milícias digitais.

Nas últimas semanas, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro identificou uma troca de e-mails sobre a tentativa de venda, por R$ 300 mil, de um relógio da marca Rolex recebido em viagem oficial, por Mauro Cid. A negociação se deu no dia 6 de junho. Em e-mail em inglês, uma interlocutora pergunta a Cid quanto ele quer no relógio e dá a entender que ele seria cravejado de platina e diamantes.

Em viagem oficial a Doha, no Catar, e em Riade, na Arábia Saudita, em outubro de 2019, o então presidente Bolsonaro recebeu um estojo de joias, que incluía um relógio da marca Rolex, de ouro branco, cravejado de diamantes. Três anos depois, no mesmo dia em que Cid enviou o e-mail identificado pela CPMI, foi registrado pelo sistema da Presidência que os itens foram “encaminhados ao gabinete do presidente Jair Bolsonaro”. Dois dias depois, em 8 de junho, conforme os registros oficiais, as joias já se encontravam “sob a guarda do Presidente da República”.

Wassef diz sofrer ‘campanha de fake news’

Em nota, Frederick Wassef afirma estar “sofrendo uma campanha de fake news e mentiras de todos os tipos” e ter sido “acusado falsamente de ter um papel central em um suposto esquema de vendas de joias”. O advogado alega que nunca vendeu, ofereceu ou teve posse de qualquer joia. “Nunca participei de nenhuma tratativa, nem auxiliei nenhuma venda, nem de forma direta nem indireta. Jamais participei ou ajudei de qualquer forma qualquer pessoa a realizar nenhuma negociação ou venda”, afirma.

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