A irmã Anilse Terezinha Bianchini, 58 anos, retornou, no final desta tarde, para a cadeia de Guarapuava (PR), a 260 quilômetros de Curitiba. A juíza substituta da 1ª Vara Criminal, Flávia da Costa Teixeira, negou pedidos de liberdade provisória, prisão domiciliar e prisão especial, que tinham sido feitos pelo advogado Miguel Nicolau Jr. A freira estava internada no Hospital Nossa Senhora de Belém desde o dia 25 de junho, um dia após ser presa sob acusação de intermedeiar adoções ilegais, maus-tratos contra crianças da Creche Santa Terezinha, que dirigia, e coação a testemunhas. A única saída do hospital foi no dia 3, quando passou algumas horas na cadeia, e retornou. O advogado deve entrar amanhã com pedido de habeas-corpus no Tribunal de Justiça. A juíza recebeu laudo dos peritos afirmando que a irmã, que tem problemas circulatórios, não precisava mais de atendimento hospitalar. O advogado vai sustentar, no pedido de habeas-corpus, entre outras coisas, que a irmã precisa de atendimento ambulatorial, o que seria impossível na cadeia. Um dos funcionários da carceragem disse que a irmã ficaria em uma cela com outras sete presas. Segundo Nicolau Jr., a irmã não tem antecedentes criminais e possui residência fixa, além de ter negado à Justiça qualquer coação a testemunhas ouvidas no inquérito policial, ou maus-tratos às crianças. Ela admitiu, no entanto, ter intermediado três adoções irregulares, alegando que as crianças corriam risco de morrer caso ficassem com as mães legítimas. As testemunhas de acusação começam a ser ouvidas pela juíza no fim do mês.