A Frente Parlamentar Agro (FPA) acusa o governo Lula de deixar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) interferirem na formulação do Plano Nacional de Educação (PNE) 2024-2023. De acordo com parlamentares que compõem esta frente, alguns temas que permeiam o plano educacional foram definidos pelo governo federal em parceria com as duas entidades.
O deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), presidente da FPA, afirmou nesta terça-feira, 19, que seguirá firme “contra imposições ideológicas do governo em relação à educação do País.” A declaração do parlamentar ocorreu logo depois de uma reunião do grupo para debater o Plano de Educação, texto que será debatido pelo governo com entidades em janeiro.
A Frente Parlamentar Agro decidiu defender o homeschooling (ensino em casa), as escolas cívico-militares e a notoriedade do setor agropecuário.
A FPA ainda apoia o projeto “De Olho no Material Escolar”, iniciativa criada em 2020 por pais de alunos que viam distorções nos conteúdos dos livros didáticos. A idealizadora, Letícia Jacintho, afirmou que o conteúdo está enviesado, pois contempla apenas um só lado do pensamento.
“A parte ambiental, o MST tomou conta e o agro não está envolvido para falar da tecnologia e do profissionalismo que rege o setor”, disse. “Estamos fazendo um trabalho próximo aos parlamentares e solicitamos audiência com ministro da Educação. É necessário trazer a parte da ciência e o critério técnico precisa ser inserido.”
Aprovado pelo Lei nº 13.005/2014, o Plano Nacional de Educação tem a função de articular nacionalmente os esforços nacionais para universalizar a oferta da etapa escolar obrigatória. Além de elevar o nível de escolaridade da população, e melhorar a qualidade da educação básica e superior. O PNE tem vigência de dez anos.