Fundo eleitoral sancionado por Lula vai ajudar PT e PL a tentar conquistar capitais nas eleições


PT busca reverter cenário catastrófico em 2020, quando não venceu em nenhuma das 26 capitais do País; o PL, por sua vez, busca dar sobrevida ao ex-presidente Jair Bolsonaro, inelegível até 2030

Por Gabriel de Sousa
Atualização:

BRASÍLIA – Beneficiados pela maior parcela do fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira, 23, o PT e o PL devem utilizar os recursos públicos para alavancar as suas candidaturas para as prefeituras das capitais brasileiras. Os partidos, que possuem as maiores bancadas no Congresso Nacional, contarão, juntos, com quase R$ 1,5 bilhão.

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PT de Lula e PL de Jair Bolsonaro vão aproveitar fundão bilionário para conquistar o comando de capitais nas eleições de outubro. Na foto, Lula e Bolsonaro em debate na Band em 2022 Foto: Werther Santana/Estadão

De acordo com uma projeção feita pelos cientistas políticos Henrique Cardoso Oliveira e Jaime Matos, da Fundação 1º de Maio, o PL receberá R$ 863 milhões para financiar as campanhas eleitorais. Já o PT receberá R$ 604 milhões. O valor que será destinado ao partido do ex-presidente Jair Bolsonaro é 467% maior em relação ao que o partido recebeu há quatro anos. Já o PT receberá R$ 138% a mais do que em 2020.

Os valores exatos de quanto cada partido vai receber serão divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no final de junho. Os partidos vão contar ainda com o Fundo Partidário, que banca atividades do dia a dia das legendas. A distribuição da verba para os candidatos fica a critério das cúpulas das legendas, que, em geral, privilegiam políticos com mandato.

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Nas últimas eleições municipais, tanto o PT quanto o PL não conseguiram eleger prefeitos nas capitais. O resultado foi inédito para o PT. Já o PL ainda não contava com todo o capital político do ex-presidente, que na época estava no PSL, que se fundiu ao DEM e se tornou o União Brasil.

Neste ano, os petistas apostam nas viagens feitas por Lula nos Estados para voltar a comandar as capitais, já a legenda do dirigente partidário Valdemar Costa Neto vê os pleitos de outubro como uma oportunidade de dar sobrevida para Bolsonaro, que está inelegível até 2030 após decisão do TSE em junho do ano passado. O PL deve lançar candidaturas em cerca de três mil municípios do País e a meta de Valdemar Costa Neto é eleger mais de mil prefeitos.

Já o núcleo do senador Humberto Costa (PT-PE), que foi o encarregado de preparar a sigla para os pleitos de outubro, analisa que a legenda de Lula deve ter postulantes em cerca de 500 cidades. Em dezembro, a presidente da legenda, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou em uma conferência petista que não há uma meta de prefeitos eleitos, mas que a intenção da sigla é ultrapassar o número de atuais prefeitos, que é 227.

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“Não temos meta, estamos trabalhando, analisando as capitais, cidades com mais de 200 mil eleitores. Tem algumas que já definimos as candidaturas e estamos conversando com partidos aliados. É óbvio que queremos eleger mais prefeitos do que já temos. Estamos mobilizados e atentos à disputa eleitoral de 2024″, afirmou Gleisi.

A legenda de Lula pretende lançar candidatos próprios a prefeito em no mínimo 11 e no máximo 14 cidades das 26 capitais do País. O PL, por sua vez, quer ter representantes em 15.

Em outras capitais, PT e PL deverão compor chapas lideradas por candidatos de outros partidos. É o caso de São Paulo, onde o PT indicará o vice do pré-candidato do PSOL, o deputado Guilherme Boulos, enquanto o PL irá indicar o companheiro do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tentará a reeleição.

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Em 2020, PT e PL não elegeram prefeitos nas capitais; veja como foi o desempenho das siglas

Em 2020, o PT lançou 1.263 candidaturas para o comando das prefeituras do País, mas apenas 183 foram eleitos. A taxa de vitória do partido de Lula foi de 14%. Já o PL teve 970 postulantes e conseguiu vencer em 345 municípios, um sucesso de 36%.

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Mesmo sem prefeitos eleitos em capitais, o PT conseguiu ter vitórias importantes em municípios populosos da Grande São Paulo como Diadema, que possui cerca de 430 mil habitantes, e Mauá, com 472 mil. Os petistas também conquistaram o comando de cidades estratégicas de Minas Gerais como Contagem, com uma população de 620 mil pessoas, e Juiz de Fora, com 540 mil.

O PL também não venceu nas capitais, mas conseguiu ter prefeitos em grandes cidades do Pernambuco como Cabo de Santo Agostinho, com 208 mil habitantes, e Jaboatão dos Guararapes, com 643 mil.

BRASÍLIA – Beneficiados pela maior parcela do fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira, 23, o PT e o PL devem utilizar os recursos públicos para alavancar as suas candidaturas para as prefeituras das capitais brasileiras. Os partidos, que possuem as maiores bancadas no Congresso Nacional, contarão, juntos, com quase R$ 1,5 bilhão.

PT de Lula e PL de Jair Bolsonaro vão aproveitar fundão bilionário para conquistar o comando de capitais nas eleições de outubro. Na foto, Lula e Bolsonaro em debate na Band em 2022 Foto: Werther Santana/Estadão

De acordo com uma projeção feita pelos cientistas políticos Henrique Cardoso Oliveira e Jaime Matos, da Fundação 1º de Maio, o PL receberá R$ 863 milhões para financiar as campanhas eleitorais. Já o PT receberá R$ 604 milhões. O valor que será destinado ao partido do ex-presidente Jair Bolsonaro é 467% maior em relação ao que o partido recebeu há quatro anos. Já o PT receberá R$ 138% a mais do que em 2020.

Os valores exatos de quanto cada partido vai receber serão divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no final de junho. Os partidos vão contar ainda com o Fundo Partidário, que banca atividades do dia a dia das legendas. A distribuição da verba para os candidatos fica a critério das cúpulas das legendas, que, em geral, privilegiam políticos com mandato.

Nas últimas eleições municipais, tanto o PT quanto o PL não conseguiram eleger prefeitos nas capitais. O resultado foi inédito para o PT. Já o PL ainda não contava com todo o capital político do ex-presidente, que na época estava no PSL, que se fundiu ao DEM e se tornou o União Brasil.

Neste ano, os petistas apostam nas viagens feitas por Lula nos Estados para voltar a comandar as capitais, já a legenda do dirigente partidário Valdemar Costa Neto vê os pleitos de outubro como uma oportunidade de dar sobrevida para Bolsonaro, que está inelegível até 2030 após decisão do TSE em junho do ano passado. O PL deve lançar candidaturas em cerca de três mil municípios do País e a meta de Valdemar Costa Neto é eleger mais de mil prefeitos.

Já o núcleo do senador Humberto Costa (PT-PE), que foi o encarregado de preparar a sigla para os pleitos de outubro, analisa que a legenda de Lula deve ter postulantes em cerca de 500 cidades. Em dezembro, a presidente da legenda, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou em uma conferência petista que não há uma meta de prefeitos eleitos, mas que a intenção da sigla é ultrapassar o número de atuais prefeitos, que é 227.

“Não temos meta, estamos trabalhando, analisando as capitais, cidades com mais de 200 mil eleitores. Tem algumas que já definimos as candidaturas e estamos conversando com partidos aliados. É óbvio que queremos eleger mais prefeitos do que já temos. Estamos mobilizados e atentos à disputa eleitoral de 2024″, afirmou Gleisi.

A legenda de Lula pretende lançar candidatos próprios a prefeito em no mínimo 11 e no máximo 14 cidades das 26 capitais do País. O PL, por sua vez, quer ter representantes em 15.

Em outras capitais, PT e PL deverão compor chapas lideradas por candidatos de outros partidos. É o caso de São Paulo, onde o PT indicará o vice do pré-candidato do PSOL, o deputado Guilherme Boulos, enquanto o PL irá indicar o companheiro do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tentará a reeleição.

Em 2020, PT e PL não elegeram prefeitos nas capitais; veja como foi o desempenho das siglas

Em 2020, o PT lançou 1.263 candidaturas para o comando das prefeituras do País, mas apenas 183 foram eleitos. A taxa de vitória do partido de Lula foi de 14%. Já o PL teve 970 postulantes e conseguiu vencer em 345 municípios, um sucesso de 36%.

Mesmo sem prefeitos eleitos em capitais, o PT conseguiu ter vitórias importantes em municípios populosos da Grande São Paulo como Diadema, que possui cerca de 430 mil habitantes, e Mauá, com 472 mil. Os petistas também conquistaram o comando de cidades estratégicas de Minas Gerais como Contagem, com uma população de 620 mil pessoas, e Juiz de Fora, com 540 mil.

O PL também não venceu nas capitais, mas conseguiu ter prefeitos em grandes cidades do Pernambuco como Cabo de Santo Agostinho, com 208 mil habitantes, e Jaboatão dos Guararapes, com 643 mil.

BRASÍLIA – Beneficiados pela maior parcela do fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira, 23, o PT e o PL devem utilizar os recursos públicos para alavancar as suas candidaturas para as prefeituras das capitais brasileiras. Os partidos, que possuem as maiores bancadas no Congresso Nacional, contarão, juntos, com quase R$ 1,5 bilhão.

PT de Lula e PL de Jair Bolsonaro vão aproveitar fundão bilionário para conquistar o comando de capitais nas eleições de outubro. Na foto, Lula e Bolsonaro em debate na Band em 2022 Foto: Werther Santana/Estadão

De acordo com uma projeção feita pelos cientistas políticos Henrique Cardoso Oliveira e Jaime Matos, da Fundação 1º de Maio, o PL receberá R$ 863 milhões para financiar as campanhas eleitorais. Já o PT receberá R$ 604 milhões. O valor que será destinado ao partido do ex-presidente Jair Bolsonaro é 467% maior em relação ao que o partido recebeu há quatro anos. Já o PT receberá R$ 138% a mais do que em 2020.

Os valores exatos de quanto cada partido vai receber serão divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no final de junho. Os partidos vão contar ainda com o Fundo Partidário, que banca atividades do dia a dia das legendas. A distribuição da verba para os candidatos fica a critério das cúpulas das legendas, que, em geral, privilegiam políticos com mandato.

Nas últimas eleições municipais, tanto o PT quanto o PL não conseguiram eleger prefeitos nas capitais. O resultado foi inédito para o PT. Já o PL ainda não contava com todo o capital político do ex-presidente, que na época estava no PSL, que se fundiu ao DEM e se tornou o União Brasil.

Neste ano, os petistas apostam nas viagens feitas por Lula nos Estados para voltar a comandar as capitais, já a legenda do dirigente partidário Valdemar Costa Neto vê os pleitos de outubro como uma oportunidade de dar sobrevida para Bolsonaro, que está inelegível até 2030 após decisão do TSE em junho do ano passado. O PL deve lançar candidaturas em cerca de três mil municípios do País e a meta de Valdemar Costa Neto é eleger mais de mil prefeitos.

Já o núcleo do senador Humberto Costa (PT-PE), que foi o encarregado de preparar a sigla para os pleitos de outubro, analisa que a legenda de Lula deve ter postulantes em cerca de 500 cidades. Em dezembro, a presidente da legenda, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou em uma conferência petista que não há uma meta de prefeitos eleitos, mas que a intenção da sigla é ultrapassar o número de atuais prefeitos, que é 227.

“Não temos meta, estamos trabalhando, analisando as capitais, cidades com mais de 200 mil eleitores. Tem algumas que já definimos as candidaturas e estamos conversando com partidos aliados. É óbvio que queremos eleger mais prefeitos do que já temos. Estamos mobilizados e atentos à disputa eleitoral de 2024″, afirmou Gleisi.

A legenda de Lula pretende lançar candidatos próprios a prefeito em no mínimo 11 e no máximo 14 cidades das 26 capitais do País. O PL, por sua vez, quer ter representantes em 15.

Em outras capitais, PT e PL deverão compor chapas lideradas por candidatos de outros partidos. É o caso de São Paulo, onde o PT indicará o vice do pré-candidato do PSOL, o deputado Guilherme Boulos, enquanto o PL irá indicar o companheiro do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tentará a reeleição.

Em 2020, PT e PL não elegeram prefeitos nas capitais; veja como foi o desempenho das siglas

Em 2020, o PT lançou 1.263 candidaturas para o comando das prefeituras do País, mas apenas 183 foram eleitos. A taxa de vitória do partido de Lula foi de 14%. Já o PL teve 970 postulantes e conseguiu vencer em 345 municípios, um sucesso de 36%.

Mesmo sem prefeitos eleitos em capitais, o PT conseguiu ter vitórias importantes em municípios populosos da Grande São Paulo como Diadema, que possui cerca de 430 mil habitantes, e Mauá, com 472 mil. Os petistas também conquistaram o comando de cidades estratégicas de Minas Gerais como Contagem, com uma população de 620 mil pessoas, e Juiz de Fora, com 540 mil.

O PL também não venceu nas capitais, mas conseguiu ter prefeitos em grandes cidades do Pernambuco como Cabo de Santo Agostinho, com 208 mil habitantes, e Jaboatão dos Guararapes, com 643 mil.

BRASÍLIA – Beneficiados pela maior parcela do fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira, 23, o PT e o PL devem utilizar os recursos públicos para alavancar as suas candidaturas para as prefeituras das capitais brasileiras. Os partidos, que possuem as maiores bancadas no Congresso Nacional, contarão, juntos, com quase R$ 1,5 bilhão.

PT de Lula e PL de Jair Bolsonaro vão aproveitar fundão bilionário para conquistar o comando de capitais nas eleições de outubro. Na foto, Lula e Bolsonaro em debate na Band em 2022 Foto: Werther Santana/Estadão

De acordo com uma projeção feita pelos cientistas políticos Henrique Cardoso Oliveira e Jaime Matos, da Fundação 1º de Maio, o PL receberá R$ 863 milhões para financiar as campanhas eleitorais. Já o PT receberá R$ 604 milhões. O valor que será destinado ao partido do ex-presidente Jair Bolsonaro é 467% maior em relação ao que o partido recebeu há quatro anos. Já o PT receberá R$ 138% a mais do que em 2020.

Os valores exatos de quanto cada partido vai receber serão divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no final de junho. Os partidos vão contar ainda com o Fundo Partidário, que banca atividades do dia a dia das legendas. A distribuição da verba para os candidatos fica a critério das cúpulas das legendas, que, em geral, privilegiam políticos com mandato.

Nas últimas eleições municipais, tanto o PT quanto o PL não conseguiram eleger prefeitos nas capitais. O resultado foi inédito para o PT. Já o PL ainda não contava com todo o capital político do ex-presidente, que na época estava no PSL, que se fundiu ao DEM e se tornou o União Brasil.

Neste ano, os petistas apostam nas viagens feitas por Lula nos Estados para voltar a comandar as capitais, já a legenda do dirigente partidário Valdemar Costa Neto vê os pleitos de outubro como uma oportunidade de dar sobrevida para Bolsonaro, que está inelegível até 2030 após decisão do TSE em junho do ano passado. O PL deve lançar candidaturas em cerca de três mil municípios do País e a meta de Valdemar Costa Neto é eleger mais de mil prefeitos.

Já o núcleo do senador Humberto Costa (PT-PE), que foi o encarregado de preparar a sigla para os pleitos de outubro, analisa que a legenda de Lula deve ter postulantes em cerca de 500 cidades. Em dezembro, a presidente da legenda, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou em uma conferência petista que não há uma meta de prefeitos eleitos, mas que a intenção da sigla é ultrapassar o número de atuais prefeitos, que é 227.

“Não temos meta, estamos trabalhando, analisando as capitais, cidades com mais de 200 mil eleitores. Tem algumas que já definimos as candidaturas e estamos conversando com partidos aliados. É óbvio que queremos eleger mais prefeitos do que já temos. Estamos mobilizados e atentos à disputa eleitoral de 2024″, afirmou Gleisi.

A legenda de Lula pretende lançar candidatos próprios a prefeito em no mínimo 11 e no máximo 14 cidades das 26 capitais do País. O PL, por sua vez, quer ter representantes em 15.

Em outras capitais, PT e PL deverão compor chapas lideradas por candidatos de outros partidos. É o caso de São Paulo, onde o PT indicará o vice do pré-candidato do PSOL, o deputado Guilherme Boulos, enquanto o PL irá indicar o companheiro do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tentará a reeleição.

Em 2020, PT e PL não elegeram prefeitos nas capitais; veja como foi o desempenho das siglas

Em 2020, o PT lançou 1.263 candidaturas para o comando das prefeituras do País, mas apenas 183 foram eleitos. A taxa de vitória do partido de Lula foi de 14%. Já o PL teve 970 postulantes e conseguiu vencer em 345 municípios, um sucesso de 36%.

Mesmo sem prefeitos eleitos em capitais, o PT conseguiu ter vitórias importantes em municípios populosos da Grande São Paulo como Diadema, que possui cerca de 430 mil habitantes, e Mauá, com 472 mil. Os petistas também conquistaram o comando de cidades estratégicas de Minas Gerais como Contagem, com uma população de 620 mil pessoas, e Juiz de Fora, com 540 mil.

O PL também não venceu nas capitais, mas conseguiu ter prefeitos em grandes cidades do Pernambuco como Cabo de Santo Agostinho, com 208 mil habitantes, e Jaboatão dos Guararapes, com 643 mil.

BRASÍLIA – Beneficiados pela maior parcela do fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira, 23, o PT e o PL devem utilizar os recursos públicos para alavancar as suas candidaturas para as prefeituras das capitais brasileiras. Os partidos, que possuem as maiores bancadas no Congresso Nacional, contarão, juntos, com quase R$ 1,5 bilhão.

PT de Lula e PL de Jair Bolsonaro vão aproveitar fundão bilionário para conquistar o comando de capitais nas eleições de outubro. Na foto, Lula e Bolsonaro em debate na Band em 2022 Foto: Werther Santana/Estadão

De acordo com uma projeção feita pelos cientistas políticos Henrique Cardoso Oliveira e Jaime Matos, da Fundação 1º de Maio, o PL receberá R$ 863 milhões para financiar as campanhas eleitorais. Já o PT receberá R$ 604 milhões. O valor que será destinado ao partido do ex-presidente Jair Bolsonaro é 467% maior em relação ao que o partido recebeu há quatro anos. Já o PT receberá R$ 138% a mais do que em 2020.

Os valores exatos de quanto cada partido vai receber serão divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no final de junho. Os partidos vão contar ainda com o Fundo Partidário, que banca atividades do dia a dia das legendas. A distribuição da verba para os candidatos fica a critério das cúpulas das legendas, que, em geral, privilegiam políticos com mandato.

Nas últimas eleições municipais, tanto o PT quanto o PL não conseguiram eleger prefeitos nas capitais. O resultado foi inédito para o PT. Já o PL ainda não contava com todo o capital político do ex-presidente, que na época estava no PSL, que se fundiu ao DEM e se tornou o União Brasil.

Neste ano, os petistas apostam nas viagens feitas por Lula nos Estados para voltar a comandar as capitais, já a legenda do dirigente partidário Valdemar Costa Neto vê os pleitos de outubro como uma oportunidade de dar sobrevida para Bolsonaro, que está inelegível até 2030 após decisão do TSE em junho do ano passado. O PL deve lançar candidaturas em cerca de três mil municípios do País e a meta de Valdemar Costa Neto é eleger mais de mil prefeitos.

Já o núcleo do senador Humberto Costa (PT-PE), que foi o encarregado de preparar a sigla para os pleitos de outubro, analisa que a legenda de Lula deve ter postulantes em cerca de 500 cidades. Em dezembro, a presidente da legenda, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou em uma conferência petista que não há uma meta de prefeitos eleitos, mas que a intenção da sigla é ultrapassar o número de atuais prefeitos, que é 227.

“Não temos meta, estamos trabalhando, analisando as capitais, cidades com mais de 200 mil eleitores. Tem algumas que já definimos as candidaturas e estamos conversando com partidos aliados. É óbvio que queremos eleger mais prefeitos do que já temos. Estamos mobilizados e atentos à disputa eleitoral de 2024″, afirmou Gleisi.

A legenda de Lula pretende lançar candidatos próprios a prefeito em no mínimo 11 e no máximo 14 cidades das 26 capitais do País. O PL, por sua vez, quer ter representantes em 15.

Em outras capitais, PT e PL deverão compor chapas lideradas por candidatos de outros partidos. É o caso de São Paulo, onde o PT indicará o vice do pré-candidato do PSOL, o deputado Guilherme Boulos, enquanto o PL irá indicar o companheiro do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tentará a reeleição.

Em 2020, PT e PL não elegeram prefeitos nas capitais; veja como foi o desempenho das siglas

Em 2020, o PT lançou 1.263 candidaturas para o comando das prefeituras do País, mas apenas 183 foram eleitos. A taxa de vitória do partido de Lula foi de 14%. Já o PL teve 970 postulantes e conseguiu vencer em 345 municípios, um sucesso de 36%.

Mesmo sem prefeitos eleitos em capitais, o PT conseguiu ter vitórias importantes em municípios populosos da Grande São Paulo como Diadema, que possui cerca de 430 mil habitantes, e Mauá, com 472 mil. Os petistas também conquistaram o comando de cidades estratégicas de Minas Gerais como Contagem, com uma população de 620 mil pessoas, e Juiz de Fora, com 540 mil.

O PL também não venceu nas capitais, mas conseguiu ter prefeitos em grandes cidades do Pernambuco como Cabo de Santo Agostinho, com 208 mil habitantes, e Jaboatão dos Guararapes, com 643 mil.

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