Garcia critica ‘guerra ideológica’ e foca ataques em Haddad, que lidera pesquisas


Candidato à reeleição, tucano Rodrigo Garcia critica atuação do atual governo federal em SP, não cita Doria e foca ataques nas politicas de Fernando Haddad (PT)

Por Adriana Ferraz, Davi Medeiros e Matheus de Souza
Atualização:

Governador de São Paulo desde março deste ano, quando o então eleito João Doria (PSDB) renunciou ao cargo para tentar, sem sucesso, disputar a presidência, o tucano Rodrigo Garcia afirmou que a “guerra ideológica” existente hoje no Brasil prejudicou o Estado de São Paulo, que deixou de receber recursos federais. Candidato à reeleição, ele participou nesta segunda-feira, 22, da série de sabatinas realizada pelo Estadão em parceria com a FAAP e, ao longo de uma hora e meia, focou suas críticas no líder das pesquisas, Fernando Haddad (PT).

Praticamente sem citar o nome de Doria e procurando evitar nacionalizar o discurso - ele não deu detalhes de quais recursos federais deixaram de ser transferidos ou sequer as áreas prejudicadas -, o tucano elegeu Haddad como adversário a ser batido. Afirmou que o petista foi o pior prefeito da capital e, por isso, perdeu a reeleição, e destacou algumas políticas comandadas por ele, como o programa De Braços Abertos (para ação na cracolândia), que classificou como “bolsa crack”.

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“Eu já sei o que não fazer com a cracolândia, que foi o que o Haddad fez na época que ele era prefeito, o “bolsa crack’. A política de redução de danos não deu certo [...] Os traficantes agradeciam o dinheiro do ‘bolsa crack’ porque aumentou o comércio de drogas no centro da cidade de São Paulo com o dinheiro público”, afirmou. Garcia, no entanto, não apresentou números oficiais nem mencionou que a ação atual defendida pelo Estado espalhou usuários pelo centro e gerou medo e críticas entre moradores da região.

Perguntado sobre o tipo de relação que teria com Bolsonaro ou Lula - caso um dos dois seja eleito em outubro -, Garcia se comprometeu a manter um “diálogo republicano” com quem quer que seja e não mencionou a candidata à Presidência que seu partido apoia, a senadora Simone Tebet (MDB).

Sobre Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato de Jair Bolsonaro no Estado, o tucano fugiu de críticas diretas, tentando ressaltar apenas o fato de ele não ser de São Paulo. “Chegou agora”, afirmou, de olho nos votos bolsonaristas, com quem hoje divide a preferência.

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O candidato à reeleição para o governo de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), durante sabatina promovida pelo Estadão em parceria com a FAAP nesta segunda-feira.  Foto: Werther Santana/Estadão

Pesquisas

Com o início da campanha, Garcia afirmou que seus principais adversários - Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) - estão “estacionados” nas pesquisas de intenção de voto e destacou que ele tem crescido paulatinamente. Com o começo da campanha eleitoral, o tucano avaliou que terá chances reais de ultrapassá-los.

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“Estou muito confiante, porque quanto mais pessoas me conhecem em São Paulo, quanto maior o número de eleitores que têm acesso à minha história de vida e às minhas ideias, eu tenho crescido nas pesquisas”, afirmou. “A eleição vai evidenciar a história, o preparado e o conhecimento de cada um”.

Evidenciar seu histórico na vida pública é uma de seus principais estratégias. No primeiro bloco da sabatina, Garcia relembrou que foi deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo e secretário estadual nos governos de Geraldo Alckmin.

Tarifa do metrô

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O candidato à reeleição do PSDB comentou durante a sabatina que o governo paulista - sob a gestão de Doria e dele - não aumenta a tarifa de metrô e trens há quase três anos. “Se hoje tivermos dado o aumento, a passagem deveria ser de quase R$ 7″, disse. Segundo Garcia, medidas de austeridade fiscal permitiram que o Estado congelasse a passagem (que é de R$ 4,40) durante a pandemia de covid-19 até hoje.

O assunto foi apresentado por uma leitora do Estadão, que relembrou a decisão tomada por Doria de tirar a gratuidade do metrô e trens a idosos de 60 a 65 anos - hoje, apenas idosos de 65 ou mais não pagam a tarifa. Garcia defendeu a medida e disse que a gratuidade não deve estar relacionada à idade apenas, mas à situação social.

“Está no nosso programa atender idosos de baixa renda como uma intenção nossa. Não podemos classificar por idade, mas por renda. A gratuidade, muitas vezes, é utilizada por quem não precisa e bancada por todos”, disse, sem dar detalhes de quando colocará a medida em prática ou quando custará. “Tomamos medidas difíceis, mas o governo tem de fazer escolhas para preservar a responsabilidade fiscal.”

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Se eleito, o tucano não mencionou, no entanto, qual será a sua política em relação ao reajuste de tarifas do Metrô e da CPTM.

Garcia prometeu isentar população pobre do pagamento de impostos; medida seria implementada como uma espécie de "cashback", com devolução do valor pago em tributos. Foto: Werther Santana/Estadão

Politização dos quartéis

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O candidato do PSDB afirmou que pretende manter o veto à presença de policiais e militares da ativa a atos políticos no Estado. No ano passado, a gestão do governador Doria proibiu que os agentes da ativa participassem dos atos do dia 7 de Setembro, convocados pelo governo.

“Política, fora do quartel. A manifestação, ela é livre a funcionários públicos de qualquer natureza sem farda e fora do quartel. Agora, dentro do quartel, em horário de trabalho, a Polícia Militar não admite esse tipo de manifestação”, afirmou. O governador também declarou que as “falsas ameaças” à democracia no Estado “não vão abalar aquilo que a gente tem de mais importante na nossa vida, que é liberdade’'. “O Brasil já não tem uma democracia tão jovem”, disse. Para ele, a democracia no País está “sólida” e “consolidada”.

Cashback

Garcia prometeu que a população pobre do Estado vai ser isenta do pagamento de impostos estaduais, sob a condição de os beneficiários estarem inscritos no CadÚnico. “Toda a população mais pobre, de extrema pobreza, que esteja no CadÚnico, não pagará mais impostos estaduais pelos próximos quatro anos. O governo vai devolver o imposto pago por essas famílias carentes”, disse.

Pela proposta, seria criado um programa de “cashback” para a devolução integral dos impostos pagos. Garcia não mencionou quanto a proposta custaria aos cofres do governo nem quantas famílias seriam beneficiadas de acordo com os números atuais do CadUnico. Segundo o Estadão apurou, no entanto, São Paulo possui cerca de 1,7 milhão de famílias ou 4,5 milhões de pessoas em situação de pobreza e de extrema pobreza.

Bom Prato

Defensor da Rede Bom Prato, programa estadual que oferece refeições à população carente por R$ 1, Garcia prometeu, se reeleito, criar o Cartão Bom Prato, de até R$ 300, para atender às famílias do CadÚnico. “Hoje a rede foi ampliada, mas ainda há pessoas que não têm acesso a ela”, reconheceu. Sua promessa é ampliar o número de restaurantes em mais cem unidades. Outra proposta do plano de governo é a ampliação de caminhões do Bom Prato Móvel para levar alimentos às famílias em extrema pobreza.

Segurança Pública

Garcia afirmou que o combate ao crime organizado é uma “guerra permanente” e defendeu mudanças no código penal brasileiro, que, segundo ele, é “muito permissivo” com crimes como os praticados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) por ter libertado o traficante André do Rap, em 2020, dias após a polícia do Estado conseguir localizá-lo e prendê-lo.

“É uma guerra permanente. Olha o que a gente tem passado, muitas vezes prendendo pessoas, e no dia seguinte o Judiciário solta. É culpa do Judiciário? Não, é culpa de lei mal feita”, disse.

Quanto à cracolândia, um dos principais temas da eleição paulista deste ano, o governador criticou a gestão de seu adversário e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad sobre o tema e defendeu a internação involuntária de dependentes químicos. Ele voltou a dizer que “é polícia para traficante e tratamento para dependente”.

A internação involuntária, segundo ele, é viável graças a uma mudança na lei que permite que a ação seja tomada mediante laudos psiquiátricos que atestem a necessidade de internação. De acordo com o governador, há um mutirão em parceria com a Prefeitura para conseguir esses laudos. “São pessoas que infelizmente não têm mais como discernir o que é bom para a vida delas”, afirmou.

Legado tucano

Novo no ninho tucano, o ex-DEM e atual governador Rodrigo Garcia minimizou críticas de que ele teria se “apropriado” do legado do PSDB durante sua campanha à reeleição. “Eu participei dos governos do PSDB em São Paulo, seja como secretário, presidente da Assembleia ou como deputado estadual”, declarou Garcia.

“Eu me sinto participe dessa construção. Construção de governo não é uma construção individual, não é um governador que faz nada sozinho”, afirmou, ressaltando alguns programas dos quais participou. Com relação ao Bom Prato, Garcia lembrou de sua atuação como secretário de desenvolvimento social: “tem a minha história ali.”

Com relação ao Poupatempo, outro programa da gestão tucana, ele lembrou da sua atuação como secretário de governo que “montou a grande expansão” do programa. “Não estou aqui para me apropriar de nada, estou aqui para contar uma história que eu vivi, que eu participei, e que tem a minha contribuição efetiva”, afirmou, durante sabatina promovida pelo Estadão, em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).

No DEM desde os 21 anos, Garcia deixou a sigla em 2021, para disputar a eleição como vice no chapa do então candidato João Doria (PSDB). O candidato aproveitou para criticar o candidato do PT, Fernando Haddad, que , segundo ele “quando lhe convém, ele se apropria das ações que o PSDB fez no Estado de São Paulo, quando não lhe convém, ele esconde”

Governador de São Paulo desde março deste ano, quando o então eleito João Doria (PSDB) renunciou ao cargo para tentar, sem sucesso, disputar a presidência, o tucano Rodrigo Garcia afirmou que a “guerra ideológica” existente hoje no Brasil prejudicou o Estado de São Paulo, que deixou de receber recursos federais. Candidato à reeleição, ele participou nesta segunda-feira, 22, da série de sabatinas realizada pelo Estadão em parceria com a FAAP e, ao longo de uma hora e meia, focou suas críticas no líder das pesquisas, Fernando Haddad (PT).

Praticamente sem citar o nome de Doria e procurando evitar nacionalizar o discurso - ele não deu detalhes de quais recursos federais deixaram de ser transferidos ou sequer as áreas prejudicadas -, o tucano elegeu Haddad como adversário a ser batido. Afirmou que o petista foi o pior prefeito da capital e, por isso, perdeu a reeleição, e destacou algumas políticas comandadas por ele, como o programa De Braços Abertos (para ação na cracolândia), que classificou como “bolsa crack”.

“Eu já sei o que não fazer com a cracolândia, que foi o que o Haddad fez na época que ele era prefeito, o “bolsa crack’. A política de redução de danos não deu certo [...] Os traficantes agradeciam o dinheiro do ‘bolsa crack’ porque aumentou o comércio de drogas no centro da cidade de São Paulo com o dinheiro público”, afirmou. Garcia, no entanto, não apresentou números oficiais nem mencionou que a ação atual defendida pelo Estado espalhou usuários pelo centro e gerou medo e críticas entre moradores da região.

Perguntado sobre o tipo de relação que teria com Bolsonaro ou Lula - caso um dos dois seja eleito em outubro -, Garcia se comprometeu a manter um “diálogo republicano” com quem quer que seja e não mencionou a candidata à Presidência que seu partido apoia, a senadora Simone Tebet (MDB).

Sobre Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato de Jair Bolsonaro no Estado, o tucano fugiu de críticas diretas, tentando ressaltar apenas o fato de ele não ser de São Paulo. “Chegou agora”, afirmou, de olho nos votos bolsonaristas, com quem hoje divide a preferência.

O candidato à reeleição para o governo de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), durante sabatina promovida pelo Estadão em parceria com a FAAP nesta segunda-feira.  Foto: Werther Santana/Estadão

Pesquisas

Com o início da campanha, Garcia afirmou que seus principais adversários - Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) - estão “estacionados” nas pesquisas de intenção de voto e destacou que ele tem crescido paulatinamente. Com o começo da campanha eleitoral, o tucano avaliou que terá chances reais de ultrapassá-los.

“Estou muito confiante, porque quanto mais pessoas me conhecem em São Paulo, quanto maior o número de eleitores que têm acesso à minha história de vida e às minhas ideias, eu tenho crescido nas pesquisas”, afirmou. “A eleição vai evidenciar a história, o preparado e o conhecimento de cada um”.

Evidenciar seu histórico na vida pública é uma de seus principais estratégias. No primeiro bloco da sabatina, Garcia relembrou que foi deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo e secretário estadual nos governos de Geraldo Alckmin.

Tarifa do metrô

O candidato à reeleição do PSDB comentou durante a sabatina que o governo paulista - sob a gestão de Doria e dele - não aumenta a tarifa de metrô e trens há quase três anos. “Se hoje tivermos dado o aumento, a passagem deveria ser de quase R$ 7″, disse. Segundo Garcia, medidas de austeridade fiscal permitiram que o Estado congelasse a passagem (que é de R$ 4,40) durante a pandemia de covid-19 até hoje.

O assunto foi apresentado por uma leitora do Estadão, que relembrou a decisão tomada por Doria de tirar a gratuidade do metrô e trens a idosos de 60 a 65 anos - hoje, apenas idosos de 65 ou mais não pagam a tarifa. Garcia defendeu a medida e disse que a gratuidade não deve estar relacionada à idade apenas, mas à situação social.

“Está no nosso programa atender idosos de baixa renda como uma intenção nossa. Não podemos classificar por idade, mas por renda. A gratuidade, muitas vezes, é utilizada por quem não precisa e bancada por todos”, disse, sem dar detalhes de quando colocará a medida em prática ou quando custará. “Tomamos medidas difíceis, mas o governo tem de fazer escolhas para preservar a responsabilidade fiscal.”

Se eleito, o tucano não mencionou, no entanto, qual será a sua política em relação ao reajuste de tarifas do Metrô e da CPTM.

Garcia prometeu isentar população pobre do pagamento de impostos; medida seria implementada como uma espécie de "cashback", com devolução do valor pago em tributos. Foto: Werther Santana/Estadão

Politização dos quartéis

O candidato do PSDB afirmou que pretende manter o veto à presença de policiais e militares da ativa a atos políticos no Estado. No ano passado, a gestão do governador Doria proibiu que os agentes da ativa participassem dos atos do dia 7 de Setembro, convocados pelo governo.

“Política, fora do quartel. A manifestação, ela é livre a funcionários públicos de qualquer natureza sem farda e fora do quartel. Agora, dentro do quartel, em horário de trabalho, a Polícia Militar não admite esse tipo de manifestação”, afirmou. O governador também declarou que as “falsas ameaças” à democracia no Estado “não vão abalar aquilo que a gente tem de mais importante na nossa vida, que é liberdade’'. “O Brasil já não tem uma democracia tão jovem”, disse. Para ele, a democracia no País está “sólida” e “consolidada”.

Cashback

Garcia prometeu que a população pobre do Estado vai ser isenta do pagamento de impostos estaduais, sob a condição de os beneficiários estarem inscritos no CadÚnico. “Toda a população mais pobre, de extrema pobreza, que esteja no CadÚnico, não pagará mais impostos estaduais pelos próximos quatro anos. O governo vai devolver o imposto pago por essas famílias carentes”, disse.

Pela proposta, seria criado um programa de “cashback” para a devolução integral dos impostos pagos. Garcia não mencionou quanto a proposta custaria aos cofres do governo nem quantas famílias seriam beneficiadas de acordo com os números atuais do CadUnico. Segundo o Estadão apurou, no entanto, São Paulo possui cerca de 1,7 milhão de famílias ou 4,5 milhões de pessoas em situação de pobreza e de extrema pobreza.

Bom Prato

Defensor da Rede Bom Prato, programa estadual que oferece refeições à população carente por R$ 1, Garcia prometeu, se reeleito, criar o Cartão Bom Prato, de até R$ 300, para atender às famílias do CadÚnico. “Hoje a rede foi ampliada, mas ainda há pessoas que não têm acesso a ela”, reconheceu. Sua promessa é ampliar o número de restaurantes em mais cem unidades. Outra proposta do plano de governo é a ampliação de caminhões do Bom Prato Móvel para levar alimentos às famílias em extrema pobreza.

Segurança Pública

Garcia afirmou que o combate ao crime organizado é uma “guerra permanente” e defendeu mudanças no código penal brasileiro, que, segundo ele, é “muito permissivo” com crimes como os praticados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) por ter libertado o traficante André do Rap, em 2020, dias após a polícia do Estado conseguir localizá-lo e prendê-lo.

“É uma guerra permanente. Olha o que a gente tem passado, muitas vezes prendendo pessoas, e no dia seguinte o Judiciário solta. É culpa do Judiciário? Não, é culpa de lei mal feita”, disse.

Quanto à cracolândia, um dos principais temas da eleição paulista deste ano, o governador criticou a gestão de seu adversário e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad sobre o tema e defendeu a internação involuntária de dependentes químicos. Ele voltou a dizer que “é polícia para traficante e tratamento para dependente”.

A internação involuntária, segundo ele, é viável graças a uma mudança na lei que permite que a ação seja tomada mediante laudos psiquiátricos que atestem a necessidade de internação. De acordo com o governador, há um mutirão em parceria com a Prefeitura para conseguir esses laudos. “São pessoas que infelizmente não têm mais como discernir o que é bom para a vida delas”, afirmou.

Legado tucano

Novo no ninho tucano, o ex-DEM e atual governador Rodrigo Garcia minimizou críticas de que ele teria se “apropriado” do legado do PSDB durante sua campanha à reeleição. “Eu participei dos governos do PSDB em São Paulo, seja como secretário, presidente da Assembleia ou como deputado estadual”, declarou Garcia.

“Eu me sinto participe dessa construção. Construção de governo não é uma construção individual, não é um governador que faz nada sozinho”, afirmou, ressaltando alguns programas dos quais participou. Com relação ao Bom Prato, Garcia lembrou de sua atuação como secretário de desenvolvimento social: “tem a minha história ali.”

Com relação ao Poupatempo, outro programa da gestão tucana, ele lembrou da sua atuação como secretário de governo que “montou a grande expansão” do programa. “Não estou aqui para me apropriar de nada, estou aqui para contar uma história que eu vivi, que eu participei, e que tem a minha contribuição efetiva”, afirmou, durante sabatina promovida pelo Estadão, em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).

No DEM desde os 21 anos, Garcia deixou a sigla em 2021, para disputar a eleição como vice no chapa do então candidato João Doria (PSDB). O candidato aproveitou para criticar o candidato do PT, Fernando Haddad, que , segundo ele “quando lhe convém, ele se apropria das ações que o PSDB fez no Estado de São Paulo, quando não lhe convém, ele esconde”

Governador de São Paulo desde março deste ano, quando o então eleito João Doria (PSDB) renunciou ao cargo para tentar, sem sucesso, disputar a presidência, o tucano Rodrigo Garcia afirmou que a “guerra ideológica” existente hoje no Brasil prejudicou o Estado de São Paulo, que deixou de receber recursos federais. Candidato à reeleição, ele participou nesta segunda-feira, 22, da série de sabatinas realizada pelo Estadão em parceria com a FAAP e, ao longo de uma hora e meia, focou suas críticas no líder das pesquisas, Fernando Haddad (PT).

Praticamente sem citar o nome de Doria e procurando evitar nacionalizar o discurso - ele não deu detalhes de quais recursos federais deixaram de ser transferidos ou sequer as áreas prejudicadas -, o tucano elegeu Haddad como adversário a ser batido. Afirmou que o petista foi o pior prefeito da capital e, por isso, perdeu a reeleição, e destacou algumas políticas comandadas por ele, como o programa De Braços Abertos (para ação na cracolândia), que classificou como “bolsa crack”.

“Eu já sei o que não fazer com a cracolândia, que foi o que o Haddad fez na época que ele era prefeito, o “bolsa crack’. A política de redução de danos não deu certo [...] Os traficantes agradeciam o dinheiro do ‘bolsa crack’ porque aumentou o comércio de drogas no centro da cidade de São Paulo com o dinheiro público”, afirmou. Garcia, no entanto, não apresentou números oficiais nem mencionou que a ação atual defendida pelo Estado espalhou usuários pelo centro e gerou medo e críticas entre moradores da região.

Perguntado sobre o tipo de relação que teria com Bolsonaro ou Lula - caso um dos dois seja eleito em outubro -, Garcia se comprometeu a manter um “diálogo republicano” com quem quer que seja e não mencionou a candidata à Presidência que seu partido apoia, a senadora Simone Tebet (MDB).

Sobre Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato de Jair Bolsonaro no Estado, o tucano fugiu de críticas diretas, tentando ressaltar apenas o fato de ele não ser de São Paulo. “Chegou agora”, afirmou, de olho nos votos bolsonaristas, com quem hoje divide a preferência.

O candidato à reeleição para o governo de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), durante sabatina promovida pelo Estadão em parceria com a FAAP nesta segunda-feira.  Foto: Werther Santana/Estadão

Pesquisas

Com o início da campanha, Garcia afirmou que seus principais adversários - Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) - estão “estacionados” nas pesquisas de intenção de voto e destacou que ele tem crescido paulatinamente. Com o começo da campanha eleitoral, o tucano avaliou que terá chances reais de ultrapassá-los.

“Estou muito confiante, porque quanto mais pessoas me conhecem em São Paulo, quanto maior o número de eleitores que têm acesso à minha história de vida e às minhas ideias, eu tenho crescido nas pesquisas”, afirmou. “A eleição vai evidenciar a história, o preparado e o conhecimento de cada um”.

Evidenciar seu histórico na vida pública é uma de seus principais estratégias. No primeiro bloco da sabatina, Garcia relembrou que foi deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo e secretário estadual nos governos de Geraldo Alckmin.

Tarifa do metrô

O candidato à reeleição do PSDB comentou durante a sabatina que o governo paulista - sob a gestão de Doria e dele - não aumenta a tarifa de metrô e trens há quase três anos. “Se hoje tivermos dado o aumento, a passagem deveria ser de quase R$ 7″, disse. Segundo Garcia, medidas de austeridade fiscal permitiram que o Estado congelasse a passagem (que é de R$ 4,40) durante a pandemia de covid-19 até hoje.

O assunto foi apresentado por uma leitora do Estadão, que relembrou a decisão tomada por Doria de tirar a gratuidade do metrô e trens a idosos de 60 a 65 anos - hoje, apenas idosos de 65 ou mais não pagam a tarifa. Garcia defendeu a medida e disse que a gratuidade não deve estar relacionada à idade apenas, mas à situação social.

“Está no nosso programa atender idosos de baixa renda como uma intenção nossa. Não podemos classificar por idade, mas por renda. A gratuidade, muitas vezes, é utilizada por quem não precisa e bancada por todos”, disse, sem dar detalhes de quando colocará a medida em prática ou quando custará. “Tomamos medidas difíceis, mas o governo tem de fazer escolhas para preservar a responsabilidade fiscal.”

Se eleito, o tucano não mencionou, no entanto, qual será a sua política em relação ao reajuste de tarifas do Metrô e da CPTM.

Garcia prometeu isentar população pobre do pagamento de impostos; medida seria implementada como uma espécie de "cashback", com devolução do valor pago em tributos. Foto: Werther Santana/Estadão

Politização dos quartéis

O candidato do PSDB afirmou que pretende manter o veto à presença de policiais e militares da ativa a atos políticos no Estado. No ano passado, a gestão do governador Doria proibiu que os agentes da ativa participassem dos atos do dia 7 de Setembro, convocados pelo governo.

“Política, fora do quartel. A manifestação, ela é livre a funcionários públicos de qualquer natureza sem farda e fora do quartel. Agora, dentro do quartel, em horário de trabalho, a Polícia Militar não admite esse tipo de manifestação”, afirmou. O governador também declarou que as “falsas ameaças” à democracia no Estado “não vão abalar aquilo que a gente tem de mais importante na nossa vida, que é liberdade’'. “O Brasil já não tem uma democracia tão jovem”, disse. Para ele, a democracia no País está “sólida” e “consolidada”.

Cashback

Garcia prometeu que a população pobre do Estado vai ser isenta do pagamento de impostos estaduais, sob a condição de os beneficiários estarem inscritos no CadÚnico. “Toda a população mais pobre, de extrema pobreza, que esteja no CadÚnico, não pagará mais impostos estaduais pelos próximos quatro anos. O governo vai devolver o imposto pago por essas famílias carentes”, disse.

Pela proposta, seria criado um programa de “cashback” para a devolução integral dos impostos pagos. Garcia não mencionou quanto a proposta custaria aos cofres do governo nem quantas famílias seriam beneficiadas de acordo com os números atuais do CadUnico. Segundo o Estadão apurou, no entanto, São Paulo possui cerca de 1,7 milhão de famílias ou 4,5 milhões de pessoas em situação de pobreza e de extrema pobreza.

Bom Prato

Defensor da Rede Bom Prato, programa estadual que oferece refeições à população carente por R$ 1, Garcia prometeu, se reeleito, criar o Cartão Bom Prato, de até R$ 300, para atender às famílias do CadÚnico. “Hoje a rede foi ampliada, mas ainda há pessoas que não têm acesso a ela”, reconheceu. Sua promessa é ampliar o número de restaurantes em mais cem unidades. Outra proposta do plano de governo é a ampliação de caminhões do Bom Prato Móvel para levar alimentos às famílias em extrema pobreza.

Segurança Pública

Garcia afirmou que o combate ao crime organizado é uma “guerra permanente” e defendeu mudanças no código penal brasileiro, que, segundo ele, é “muito permissivo” com crimes como os praticados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) por ter libertado o traficante André do Rap, em 2020, dias após a polícia do Estado conseguir localizá-lo e prendê-lo.

“É uma guerra permanente. Olha o que a gente tem passado, muitas vezes prendendo pessoas, e no dia seguinte o Judiciário solta. É culpa do Judiciário? Não, é culpa de lei mal feita”, disse.

Quanto à cracolândia, um dos principais temas da eleição paulista deste ano, o governador criticou a gestão de seu adversário e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad sobre o tema e defendeu a internação involuntária de dependentes químicos. Ele voltou a dizer que “é polícia para traficante e tratamento para dependente”.

A internação involuntária, segundo ele, é viável graças a uma mudança na lei que permite que a ação seja tomada mediante laudos psiquiátricos que atestem a necessidade de internação. De acordo com o governador, há um mutirão em parceria com a Prefeitura para conseguir esses laudos. “São pessoas que infelizmente não têm mais como discernir o que é bom para a vida delas”, afirmou.

Legado tucano

Novo no ninho tucano, o ex-DEM e atual governador Rodrigo Garcia minimizou críticas de que ele teria se “apropriado” do legado do PSDB durante sua campanha à reeleição. “Eu participei dos governos do PSDB em São Paulo, seja como secretário, presidente da Assembleia ou como deputado estadual”, declarou Garcia.

“Eu me sinto participe dessa construção. Construção de governo não é uma construção individual, não é um governador que faz nada sozinho”, afirmou, ressaltando alguns programas dos quais participou. Com relação ao Bom Prato, Garcia lembrou de sua atuação como secretário de desenvolvimento social: “tem a minha história ali.”

Com relação ao Poupatempo, outro programa da gestão tucana, ele lembrou da sua atuação como secretário de governo que “montou a grande expansão” do programa. “Não estou aqui para me apropriar de nada, estou aqui para contar uma história que eu vivi, que eu participei, e que tem a minha contribuição efetiva”, afirmou, durante sabatina promovida pelo Estadão, em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).

No DEM desde os 21 anos, Garcia deixou a sigla em 2021, para disputar a eleição como vice no chapa do então candidato João Doria (PSDB). O candidato aproveitou para criticar o candidato do PT, Fernando Haddad, que , segundo ele “quando lhe convém, ele se apropria das ações que o PSDB fez no Estado de São Paulo, quando não lhe convém, ele esconde”

Governador de São Paulo desde março deste ano, quando o então eleito João Doria (PSDB) renunciou ao cargo para tentar, sem sucesso, disputar a presidência, o tucano Rodrigo Garcia afirmou que a “guerra ideológica” existente hoje no Brasil prejudicou o Estado de São Paulo, que deixou de receber recursos federais. Candidato à reeleição, ele participou nesta segunda-feira, 22, da série de sabatinas realizada pelo Estadão em parceria com a FAAP e, ao longo de uma hora e meia, focou suas críticas no líder das pesquisas, Fernando Haddad (PT).

Praticamente sem citar o nome de Doria e procurando evitar nacionalizar o discurso - ele não deu detalhes de quais recursos federais deixaram de ser transferidos ou sequer as áreas prejudicadas -, o tucano elegeu Haddad como adversário a ser batido. Afirmou que o petista foi o pior prefeito da capital e, por isso, perdeu a reeleição, e destacou algumas políticas comandadas por ele, como o programa De Braços Abertos (para ação na cracolândia), que classificou como “bolsa crack”.

“Eu já sei o que não fazer com a cracolândia, que foi o que o Haddad fez na época que ele era prefeito, o “bolsa crack’. A política de redução de danos não deu certo [...] Os traficantes agradeciam o dinheiro do ‘bolsa crack’ porque aumentou o comércio de drogas no centro da cidade de São Paulo com o dinheiro público”, afirmou. Garcia, no entanto, não apresentou números oficiais nem mencionou que a ação atual defendida pelo Estado espalhou usuários pelo centro e gerou medo e críticas entre moradores da região.

Perguntado sobre o tipo de relação que teria com Bolsonaro ou Lula - caso um dos dois seja eleito em outubro -, Garcia se comprometeu a manter um “diálogo republicano” com quem quer que seja e não mencionou a candidata à Presidência que seu partido apoia, a senadora Simone Tebet (MDB).

Sobre Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato de Jair Bolsonaro no Estado, o tucano fugiu de críticas diretas, tentando ressaltar apenas o fato de ele não ser de São Paulo. “Chegou agora”, afirmou, de olho nos votos bolsonaristas, com quem hoje divide a preferência.

O candidato à reeleição para o governo de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), durante sabatina promovida pelo Estadão em parceria com a FAAP nesta segunda-feira.  Foto: Werther Santana/Estadão

Pesquisas

Com o início da campanha, Garcia afirmou que seus principais adversários - Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) - estão “estacionados” nas pesquisas de intenção de voto e destacou que ele tem crescido paulatinamente. Com o começo da campanha eleitoral, o tucano avaliou que terá chances reais de ultrapassá-los.

“Estou muito confiante, porque quanto mais pessoas me conhecem em São Paulo, quanto maior o número de eleitores que têm acesso à minha história de vida e às minhas ideias, eu tenho crescido nas pesquisas”, afirmou. “A eleição vai evidenciar a história, o preparado e o conhecimento de cada um”.

Evidenciar seu histórico na vida pública é uma de seus principais estratégias. No primeiro bloco da sabatina, Garcia relembrou que foi deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo e secretário estadual nos governos de Geraldo Alckmin.

Tarifa do metrô

O candidato à reeleição do PSDB comentou durante a sabatina que o governo paulista - sob a gestão de Doria e dele - não aumenta a tarifa de metrô e trens há quase três anos. “Se hoje tivermos dado o aumento, a passagem deveria ser de quase R$ 7″, disse. Segundo Garcia, medidas de austeridade fiscal permitiram que o Estado congelasse a passagem (que é de R$ 4,40) durante a pandemia de covid-19 até hoje.

O assunto foi apresentado por uma leitora do Estadão, que relembrou a decisão tomada por Doria de tirar a gratuidade do metrô e trens a idosos de 60 a 65 anos - hoje, apenas idosos de 65 ou mais não pagam a tarifa. Garcia defendeu a medida e disse que a gratuidade não deve estar relacionada à idade apenas, mas à situação social.

“Está no nosso programa atender idosos de baixa renda como uma intenção nossa. Não podemos classificar por idade, mas por renda. A gratuidade, muitas vezes, é utilizada por quem não precisa e bancada por todos”, disse, sem dar detalhes de quando colocará a medida em prática ou quando custará. “Tomamos medidas difíceis, mas o governo tem de fazer escolhas para preservar a responsabilidade fiscal.”

Se eleito, o tucano não mencionou, no entanto, qual será a sua política em relação ao reajuste de tarifas do Metrô e da CPTM.

Garcia prometeu isentar população pobre do pagamento de impostos; medida seria implementada como uma espécie de "cashback", com devolução do valor pago em tributos. Foto: Werther Santana/Estadão

Politização dos quartéis

O candidato do PSDB afirmou que pretende manter o veto à presença de policiais e militares da ativa a atos políticos no Estado. No ano passado, a gestão do governador Doria proibiu que os agentes da ativa participassem dos atos do dia 7 de Setembro, convocados pelo governo.

“Política, fora do quartel. A manifestação, ela é livre a funcionários públicos de qualquer natureza sem farda e fora do quartel. Agora, dentro do quartel, em horário de trabalho, a Polícia Militar não admite esse tipo de manifestação”, afirmou. O governador também declarou que as “falsas ameaças” à democracia no Estado “não vão abalar aquilo que a gente tem de mais importante na nossa vida, que é liberdade’'. “O Brasil já não tem uma democracia tão jovem”, disse. Para ele, a democracia no País está “sólida” e “consolidada”.

Cashback

Garcia prometeu que a população pobre do Estado vai ser isenta do pagamento de impostos estaduais, sob a condição de os beneficiários estarem inscritos no CadÚnico. “Toda a população mais pobre, de extrema pobreza, que esteja no CadÚnico, não pagará mais impostos estaduais pelos próximos quatro anos. O governo vai devolver o imposto pago por essas famílias carentes”, disse.

Pela proposta, seria criado um programa de “cashback” para a devolução integral dos impostos pagos. Garcia não mencionou quanto a proposta custaria aos cofres do governo nem quantas famílias seriam beneficiadas de acordo com os números atuais do CadUnico. Segundo o Estadão apurou, no entanto, São Paulo possui cerca de 1,7 milhão de famílias ou 4,5 milhões de pessoas em situação de pobreza e de extrema pobreza.

Bom Prato

Defensor da Rede Bom Prato, programa estadual que oferece refeições à população carente por R$ 1, Garcia prometeu, se reeleito, criar o Cartão Bom Prato, de até R$ 300, para atender às famílias do CadÚnico. “Hoje a rede foi ampliada, mas ainda há pessoas que não têm acesso a ela”, reconheceu. Sua promessa é ampliar o número de restaurantes em mais cem unidades. Outra proposta do plano de governo é a ampliação de caminhões do Bom Prato Móvel para levar alimentos às famílias em extrema pobreza.

Segurança Pública

Garcia afirmou que o combate ao crime organizado é uma “guerra permanente” e defendeu mudanças no código penal brasileiro, que, segundo ele, é “muito permissivo” com crimes como os praticados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) por ter libertado o traficante André do Rap, em 2020, dias após a polícia do Estado conseguir localizá-lo e prendê-lo.

“É uma guerra permanente. Olha o que a gente tem passado, muitas vezes prendendo pessoas, e no dia seguinte o Judiciário solta. É culpa do Judiciário? Não, é culpa de lei mal feita”, disse.

Quanto à cracolândia, um dos principais temas da eleição paulista deste ano, o governador criticou a gestão de seu adversário e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad sobre o tema e defendeu a internação involuntária de dependentes químicos. Ele voltou a dizer que “é polícia para traficante e tratamento para dependente”.

A internação involuntária, segundo ele, é viável graças a uma mudança na lei que permite que a ação seja tomada mediante laudos psiquiátricos que atestem a necessidade de internação. De acordo com o governador, há um mutirão em parceria com a Prefeitura para conseguir esses laudos. “São pessoas que infelizmente não têm mais como discernir o que é bom para a vida delas”, afirmou.

Legado tucano

Novo no ninho tucano, o ex-DEM e atual governador Rodrigo Garcia minimizou críticas de que ele teria se “apropriado” do legado do PSDB durante sua campanha à reeleição. “Eu participei dos governos do PSDB em São Paulo, seja como secretário, presidente da Assembleia ou como deputado estadual”, declarou Garcia.

“Eu me sinto participe dessa construção. Construção de governo não é uma construção individual, não é um governador que faz nada sozinho”, afirmou, ressaltando alguns programas dos quais participou. Com relação ao Bom Prato, Garcia lembrou de sua atuação como secretário de desenvolvimento social: “tem a minha história ali.”

Com relação ao Poupatempo, outro programa da gestão tucana, ele lembrou da sua atuação como secretário de governo que “montou a grande expansão” do programa. “Não estou aqui para me apropriar de nada, estou aqui para contar uma história que eu vivi, que eu participei, e que tem a minha contribuição efetiva”, afirmou, durante sabatina promovida pelo Estadão, em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).

No DEM desde os 21 anos, Garcia deixou a sigla em 2021, para disputar a eleição como vice no chapa do então candidato João Doria (PSDB). O candidato aproveitou para criticar o candidato do PT, Fernando Haddad, que , segundo ele “quando lhe convém, ele se apropria das ações que o PSDB fez no Estado de São Paulo, quando não lhe convém, ele esconde”

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