Garimpeiros encapuzados atuam no rio Boia, no Amazonas


Balsas foram encontradas pela expedição Vale do Javari, da Funai; garimpo nessas condições é crime ambiental

Por Roberto Almeida

 

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As balsas foram encontradas neste domingo, 20, pela expedição da Frente de Proteção Etnoambiental do Vale do Javari, realizada pela Funai em parceria com o Centro de Trabalho Indigenista, e acompanhada pelo jornal O Estado de S.Paulo. Cerca de 30 funcionários, não identificados, estavam encapuzados dentro das balsas. O uso do mercúrio, altamente tóxico, é comum para finalizar o processo de extração do ouro.

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Os primeiros indícios da operação de balsas de garimpo no rio Boia foram encontrados a 405 quilômetros ao sul da cidade de Jutaí (AM) no dia 11 de dezembro. Bancos de areia recém-formados indicavam que o leito do rio havia sido revolvido pelas dragas. Uma primeira balsa, mais simples, foi encontrada por funcionários da Funai escondida em um igarapé.

 

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Balsas mecanizadas desmatam as margens do Rio Boia

 

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Subindo o rio em direção à sua nascente, porém, a situação é alarmante. A cerca de 500 quilômetros de Jutaí, balsas com pelo menos 25 metros de comprimento, dois andares, equipadas com braços mecanizados estão desmatando as margens e destruindo o leito do Boia. Nenhuma das lanchas de apoio tem nome registrado, fugindo à regulamentação da Capitania dos Portos.

 

O estrago feito pelas balsas é visível do espaço. Imagem de satélite feita há um ano pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) já mostrava a aparição dos bancos de areia. Com a constatação da expedição da Frente Etnoambiental, ficou confirmado que os bancos são subproduto do garimpo ilegal.

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Até mesmo as águas do rio, escuras, mudaram de tonalidade por conta da operação das dragas. No trecho em que há garimpo, a água é marrom e carrega garrafas plásticas jogadas pelos garimpeiros.

 

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A Marinha, a Polícia Federal e o Ibama já foram informados pelo indigenista Rieli Franciscato, chefe da expedição, do garimpo na região. As três instituições estudam realizar uma operação conjunta para a retirada das balsas, mas não há previsão de início dos trabalhos.

 

Para avisar

 

Quando funcionários da primeira balsa avistaram o barco da expedição da Funai, por volta das 15h, desligaram o equipamento. Em seguida, dois deles partiram em disparada em uma voadeira, encapuzados. Subiram o rio Boia em direção às outras balsas para avisar. Na passagem pelas demais dragas, todas estavam desligadas e todos os funcionários encapuzados.

 

A quinta e última balsa encontrada pela expedição estava sendo rebocada no exato momento da passagem do barco da Funai. O rebocador não tinha identificação e a balsa, com quatro funcionários também encapuzados, desceu o rio em direção à cidade de Jutaí.

 

 

As balsas foram encontradas neste domingo, 20, pela expedição da Frente de Proteção Etnoambiental do Vale do Javari, realizada pela Funai em parceria com o Centro de Trabalho Indigenista, e acompanhada pelo jornal O Estado de S.Paulo. Cerca de 30 funcionários, não identificados, estavam encapuzados dentro das balsas. O uso do mercúrio, altamente tóxico, é comum para finalizar o processo de extração do ouro.

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Os primeiros indícios da operação de balsas de garimpo no rio Boia foram encontrados a 405 quilômetros ao sul da cidade de Jutaí (AM) no dia 11 de dezembro. Bancos de areia recém-formados indicavam que o leito do rio havia sido revolvido pelas dragas. Uma primeira balsa, mais simples, foi encontrada por funcionários da Funai escondida em um igarapé.

 

Balsas mecanizadas desmatam as margens do Rio Boia

 

Subindo o rio em direção à sua nascente, porém, a situação é alarmante. A cerca de 500 quilômetros de Jutaí, balsas com pelo menos 25 metros de comprimento, dois andares, equipadas com braços mecanizados estão desmatando as margens e destruindo o leito do Boia. Nenhuma das lanchas de apoio tem nome registrado, fugindo à regulamentação da Capitania dos Portos.

 

O estrago feito pelas balsas é visível do espaço. Imagem de satélite feita há um ano pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) já mostrava a aparição dos bancos de areia. Com a constatação da expedição da Frente Etnoambiental, ficou confirmado que os bancos são subproduto do garimpo ilegal.

 

Até mesmo as águas do rio, escuras, mudaram de tonalidade por conta da operação das dragas. No trecho em que há garimpo, a água é marrom e carrega garrafas plásticas jogadas pelos garimpeiros.

 

A Marinha, a Polícia Federal e o Ibama já foram informados pelo indigenista Rieli Franciscato, chefe da expedição, do garimpo na região. As três instituições estudam realizar uma operação conjunta para a retirada das balsas, mas não há previsão de início dos trabalhos.

 

Para avisar

 

Quando funcionários da primeira balsa avistaram o barco da expedição da Funai, por volta das 15h, desligaram o equipamento. Em seguida, dois deles partiram em disparada em uma voadeira, encapuzados. Subiram o rio Boia em direção às outras balsas para avisar. Na passagem pelas demais dragas, todas estavam desligadas e todos os funcionários encapuzados.

 

A quinta e última balsa encontrada pela expedição estava sendo rebocada no exato momento da passagem do barco da Funai. O rebocador não tinha identificação e a balsa, com quatro funcionários também encapuzados, desceu o rio em direção à cidade de Jutaí.

 

 

As balsas foram encontradas neste domingo, 20, pela expedição da Frente de Proteção Etnoambiental do Vale do Javari, realizada pela Funai em parceria com o Centro de Trabalho Indigenista, e acompanhada pelo jornal O Estado de S.Paulo. Cerca de 30 funcionários, não identificados, estavam encapuzados dentro das balsas. O uso do mercúrio, altamente tóxico, é comum para finalizar o processo de extração do ouro.

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Os primeiros indícios da operação de balsas de garimpo no rio Boia foram encontrados a 405 quilômetros ao sul da cidade de Jutaí (AM) no dia 11 de dezembro. Bancos de areia recém-formados indicavam que o leito do rio havia sido revolvido pelas dragas. Uma primeira balsa, mais simples, foi encontrada por funcionários da Funai escondida em um igarapé.

 

Balsas mecanizadas desmatam as margens do Rio Boia

 

Subindo o rio em direção à sua nascente, porém, a situação é alarmante. A cerca de 500 quilômetros de Jutaí, balsas com pelo menos 25 metros de comprimento, dois andares, equipadas com braços mecanizados estão desmatando as margens e destruindo o leito do Boia. Nenhuma das lanchas de apoio tem nome registrado, fugindo à regulamentação da Capitania dos Portos.

 

O estrago feito pelas balsas é visível do espaço. Imagem de satélite feita há um ano pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) já mostrava a aparição dos bancos de areia. Com a constatação da expedição da Frente Etnoambiental, ficou confirmado que os bancos são subproduto do garimpo ilegal.

 

Até mesmo as águas do rio, escuras, mudaram de tonalidade por conta da operação das dragas. No trecho em que há garimpo, a água é marrom e carrega garrafas plásticas jogadas pelos garimpeiros.

 

A Marinha, a Polícia Federal e o Ibama já foram informados pelo indigenista Rieli Franciscato, chefe da expedição, do garimpo na região. As três instituições estudam realizar uma operação conjunta para a retirada das balsas, mas não há previsão de início dos trabalhos.

 

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Quando funcionários da primeira balsa avistaram o barco da expedição da Funai, por volta das 15h, desligaram o equipamento. Em seguida, dois deles partiram em disparada em uma voadeira, encapuzados. Subiram o rio Boia em direção às outras balsas para avisar. Na passagem pelas demais dragas, todas estavam desligadas e todos os funcionários encapuzados.

 

A quinta e última balsa encontrada pela expedição estava sendo rebocada no exato momento da passagem do barco da Funai. O rebocador não tinha identificação e a balsa, com quatro funcionários também encapuzados, desceu o rio em direção à cidade de Jutaí.

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