General passa 'cola' a ministros durante entrevista


Braga Netto controla as perguntas que serão respondidas por demais ministros no novo formato de entrevista coletiva sobre coronavírus

Por Julia Lindner, André Borges, Idiana Tomazelli e Dida Sampaio

BRASÍLIA - No novo formato de entrevistas coletivas do Palácio do Planalto, o ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, controla as perguntas que serão respondidas e até passa "cola" para os colegas. Foi o que ocorreu nesta terça-feira, 31, quando Braga Netto voltou a intervir para que os ministros Sérgio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia) não dessem suas opiniões sobre o que acham da manutenção do isolamento social

Ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes Foto: Dida Sampaio / Estadão
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"Os ministros concordam plenamente com a posição do ministro Mandetta", interveio Braga Netto, em referência ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, quando jornalistas cobraram uma resposta.

Mandetta afirmou que o governo fará "o máximo de distanciamento social" possível como medida de prevenção à Covid-19, mas que o modelo não é estanque. O ministro citou Paulinho da Viola ao dizer que é preciso fazer como um velho marinheiro que, durante o nevoeiro, leva o barco devagar. "Vamos passar na marcha certa, nem tão parado que a gente possa ser arrastado, nem tão acelerado que a gente possa cair em uma cachoeira. Vamos todo mundo junto (...) que vamos chegar a um porto seguro."

Discreto, Braga Netto usa pedaços de papel durante as entrevistas para passar mensagens aos outros ministros. Nesta terça-feira, 31, ele enviou informações para Guedes e para o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Cuidadoso, ele toma o cuidado de dobrar o papel algumas vezes para evitar que o teor seja flagrado por câmeras.

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General Braga Netto passa 'cola' a colegas ministros Foto: Dida Sampaio/Estadão
General Braga Netto passa 'cola' a colegas ministros Foto: Dida Sampaio/Estadão

Em mais uma tentativa de unificar o discurso, o governo determinou nesta semana que todas as informações sobre coronavírus sejam prestadas exclusivamente no Palácio do Planalto, e não mais em entrevistas no Ministério da Saúde. Na segunda-feira, no primeiro dia desse novo modelo, Braga Netto também entrou em cena quando Mandetta foi questionado por repórteres sobre a possibilidade de ser demitido pelo presidente Jair Bolsonaro, uma vez que o chefe do Executivo já o desautorizou várias vezes.

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"(Vamos) deixar claro para vocês: não existe essa ideia de demissão do ministro Mandetta. Isso aí está fora de cogitação no momento. Tá certo? Não existe", disse Braga Netto. Mandetta aproveitou a deixa para fazer uma observação irônica. “Em política, quando a pessoa fala ‘não existe’, o professor já fala: ‘Existe’.”

Em outro momento, questionado sobre a atitude do presidente, Mandetta ensaiou responder, mas a assessoria do Planalto se apressou em informar que a reunião tinha acabado. Os demais ministros que participaram do encontro deixaram o Salão Oeste em silêncio. A entrevista foi encerrada repentinamente, sem que as oito perguntas previstas fossem feitas.  

BRASÍLIA - No novo formato de entrevistas coletivas do Palácio do Planalto, o ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, controla as perguntas que serão respondidas e até passa "cola" para os colegas. Foi o que ocorreu nesta terça-feira, 31, quando Braga Netto voltou a intervir para que os ministros Sérgio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia) não dessem suas opiniões sobre o que acham da manutenção do isolamento social

Ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes Foto: Dida Sampaio / Estadão

"Os ministros concordam plenamente com a posição do ministro Mandetta", interveio Braga Netto, em referência ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, quando jornalistas cobraram uma resposta.

Mandetta afirmou que o governo fará "o máximo de distanciamento social" possível como medida de prevenção à Covid-19, mas que o modelo não é estanque. O ministro citou Paulinho da Viola ao dizer que é preciso fazer como um velho marinheiro que, durante o nevoeiro, leva o barco devagar. "Vamos passar na marcha certa, nem tão parado que a gente possa ser arrastado, nem tão acelerado que a gente possa cair em uma cachoeira. Vamos todo mundo junto (...) que vamos chegar a um porto seguro."

Discreto, Braga Netto usa pedaços de papel durante as entrevistas para passar mensagens aos outros ministros. Nesta terça-feira, 31, ele enviou informações para Guedes e para o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Cuidadoso, ele toma o cuidado de dobrar o papel algumas vezes para evitar que o teor seja flagrado por câmeras.

General Braga Netto passa 'cola' a colegas ministros Foto: Dida Sampaio/Estadão
General Braga Netto passa 'cola' a colegas ministros Foto: Dida Sampaio/Estadão

Em mais uma tentativa de unificar o discurso, o governo determinou nesta semana que todas as informações sobre coronavírus sejam prestadas exclusivamente no Palácio do Planalto, e não mais em entrevistas no Ministério da Saúde. Na segunda-feira, no primeiro dia desse novo modelo, Braga Netto também entrou em cena quando Mandetta foi questionado por repórteres sobre a possibilidade de ser demitido pelo presidente Jair Bolsonaro, uma vez que o chefe do Executivo já o desautorizou várias vezes.

"(Vamos) deixar claro para vocês: não existe essa ideia de demissão do ministro Mandetta. Isso aí está fora de cogitação no momento. Tá certo? Não existe", disse Braga Netto. Mandetta aproveitou a deixa para fazer uma observação irônica. “Em política, quando a pessoa fala ‘não existe’, o professor já fala: ‘Existe’.”

Em outro momento, questionado sobre a atitude do presidente, Mandetta ensaiou responder, mas a assessoria do Planalto se apressou em informar que a reunião tinha acabado. Os demais ministros que participaram do encontro deixaram o Salão Oeste em silêncio. A entrevista foi encerrada repentinamente, sem que as oito perguntas previstas fossem feitas.  

BRASÍLIA - No novo formato de entrevistas coletivas do Palácio do Planalto, o ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, controla as perguntas que serão respondidas e até passa "cola" para os colegas. Foi o que ocorreu nesta terça-feira, 31, quando Braga Netto voltou a intervir para que os ministros Sérgio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia) não dessem suas opiniões sobre o que acham da manutenção do isolamento social

Ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes Foto: Dida Sampaio / Estadão

"Os ministros concordam plenamente com a posição do ministro Mandetta", interveio Braga Netto, em referência ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, quando jornalistas cobraram uma resposta.

Mandetta afirmou que o governo fará "o máximo de distanciamento social" possível como medida de prevenção à Covid-19, mas que o modelo não é estanque. O ministro citou Paulinho da Viola ao dizer que é preciso fazer como um velho marinheiro que, durante o nevoeiro, leva o barco devagar. "Vamos passar na marcha certa, nem tão parado que a gente possa ser arrastado, nem tão acelerado que a gente possa cair em uma cachoeira. Vamos todo mundo junto (...) que vamos chegar a um porto seguro."

Discreto, Braga Netto usa pedaços de papel durante as entrevistas para passar mensagens aos outros ministros. Nesta terça-feira, 31, ele enviou informações para Guedes e para o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Cuidadoso, ele toma o cuidado de dobrar o papel algumas vezes para evitar que o teor seja flagrado por câmeras.

General Braga Netto passa 'cola' a colegas ministros Foto: Dida Sampaio/Estadão
General Braga Netto passa 'cola' a colegas ministros Foto: Dida Sampaio/Estadão

Em mais uma tentativa de unificar o discurso, o governo determinou nesta semana que todas as informações sobre coronavírus sejam prestadas exclusivamente no Palácio do Planalto, e não mais em entrevistas no Ministério da Saúde. Na segunda-feira, no primeiro dia desse novo modelo, Braga Netto também entrou em cena quando Mandetta foi questionado por repórteres sobre a possibilidade de ser demitido pelo presidente Jair Bolsonaro, uma vez que o chefe do Executivo já o desautorizou várias vezes.

"(Vamos) deixar claro para vocês: não existe essa ideia de demissão do ministro Mandetta. Isso aí está fora de cogitação no momento. Tá certo? Não existe", disse Braga Netto. Mandetta aproveitou a deixa para fazer uma observação irônica. “Em política, quando a pessoa fala ‘não existe’, o professor já fala: ‘Existe’.”

Em outro momento, questionado sobre a atitude do presidente, Mandetta ensaiou responder, mas a assessoria do Planalto se apressou em informar que a reunião tinha acabado. Os demais ministros que participaram do encontro deixaram o Salão Oeste em silêncio. A entrevista foi encerrada repentinamente, sem que as oito perguntas previstas fossem feitas.  

BRASÍLIA - No novo formato de entrevistas coletivas do Palácio do Planalto, o ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, controla as perguntas que serão respondidas e até passa "cola" para os colegas. Foi o que ocorreu nesta terça-feira, 31, quando Braga Netto voltou a intervir para que os ministros Sérgio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia) não dessem suas opiniões sobre o que acham da manutenção do isolamento social

Ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes Foto: Dida Sampaio / Estadão

"Os ministros concordam plenamente com a posição do ministro Mandetta", interveio Braga Netto, em referência ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, quando jornalistas cobraram uma resposta.

Mandetta afirmou que o governo fará "o máximo de distanciamento social" possível como medida de prevenção à Covid-19, mas que o modelo não é estanque. O ministro citou Paulinho da Viola ao dizer que é preciso fazer como um velho marinheiro que, durante o nevoeiro, leva o barco devagar. "Vamos passar na marcha certa, nem tão parado que a gente possa ser arrastado, nem tão acelerado que a gente possa cair em uma cachoeira. Vamos todo mundo junto (...) que vamos chegar a um porto seguro."

Discreto, Braga Netto usa pedaços de papel durante as entrevistas para passar mensagens aos outros ministros. Nesta terça-feira, 31, ele enviou informações para Guedes e para o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Cuidadoso, ele toma o cuidado de dobrar o papel algumas vezes para evitar que o teor seja flagrado por câmeras.

General Braga Netto passa 'cola' a colegas ministros Foto: Dida Sampaio/Estadão
General Braga Netto passa 'cola' a colegas ministros Foto: Dida Sampaio/Estadão

Em mais uma tentativa de unificar o discurso, o governo determinou nesta semana que todas as informações sobre coronavírus sejam prestadas exclusivamente no Palácio do Planalto, e não mais em entrevistas no Ministério da Saúde. Na segunda-feira, no primeiro dia desse novo modelo, Braga Netto também entrou em cena quando Mandetta foi questionado por repórteres sobre a possibilidade de ser demitido pelo presidente Jair Bolsonaro, uma vez que o chefe do Executivo já o desautorizou várias vezes.

"(Vamos) deixar claro para vocês: não existe essa ideia de demissão do ministro Mandetta. Isso aí está fora de cogitação no momento. Tá certo? Não existe", disse Braga Netto. Mandetta aproveitou a deixa para fazer uma observação irônica. “Em política, quando a pessoa fala ‘não existe’, o professor já fala: ‘Existe’.”

Em outro momento, questionado sobre a atitude do presidente, Mandetta ensaiou responder, mas a assessoria do Planalto se apressou em informar que a reunião tinha acabado. Os demais ministros que participaram do encontro deixaram o Salão Oeste em silêncio. A entrevista foi encerrada repentinamente, sem que as oito perguntas previstas fossem feitas.  

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