‘Geringonça’ contrariou previsões e obteve sucesso na economia portuguesa


Aliança foi inicialmente criticada, porque seu líder, António Costa, afirmou pretender ‘virar a página da austeridade’; divergências partiram união entre partidos

Por Wilson Tosta

RIO – A improvável aliança que em Portugal uniu PS, PCP, Bloco de Esquerda e Os Verdes se formou em 2015. Curiosamente, surgiu após uma vitória eleitoral conservadora. Em 4 de outubro, o PSD, do então primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, venceu as eleições parlamentares, em coligação com o Partido Popular (CDS-PP). A lista das duas legendas obteve 38,5% dos votos. Chegou cerca de seis pontos à frente do Partido Socialista, que não se coligara.

O governo de centro-direita, porém, não alcançou maioria. Portugal passava pela austeridade exigida pela União Europeia. O continente vivia mais uma crise econômica. Em 10 de novembro – pouco mais de um mês após a eleição –, as esquerdas se uniram. Derrubaram o gabinete identificado com aquela política.

O acordo entre as esquerdas para governar foi muito atacado. O socialista António Costa prometia “virar a página da austeridade”. A afirmação alarmava o empresariado. Previa-se que Portugal teria problemas se mudasse a política econômica.

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António Costa, com Lula: promessa de 'virar a página' da austeridade  Foto: Manuel de Almeida/EFE

Havia ainda desconfiança sobre a capacidade dos partidos do novo governo se manterem unidos. Por décadas, aquelas forças políticas tinham se desentendido. A ideia era que o gabinete seria uma máquina montada com peças que não combinariam. Portanto, não funcionaria ou teria funcionamento precário ou ineficiente.

O batismo informal da aliança veio do colunista Vasco Pulido Valente (1941-2020). Foi ele que primeiro chamou o governo das esquerdas de “Geringonça”. Primeiro, era um apelido depreciativo, citado pela oposição em tom jocoso. Acabou aceito pelas esquerdas, depois que o governo de Costa mostrou-se bem sucedido. Inclusive na economia, com o enquadramento do país em metas europeias, crescimento econômico e melhorias nos salários e empregos. Para surpresa de muitos, a Geringonça funcionou.

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Mas divergências partiram a aliança. Nas eleições de janeiro de 2022, o PS obteve, sozinho, a maioria no parlamento. A aliança das esquerdas acabou, e Costa se tornou o primeiro-ministro mais longevo no cargo desde a Revolução dos Cravos, em 25 de abril de 1974.

RIO – A improvável aliança que em Portugal uniu PS, PCP, Bloco de Esquerda e Os Verdes se formou em 2015. Curiosamente, surgiu após uma vitória eleitoral conservadora. Em 4 de outubro, o PSD, do então primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, venceu as eleições parlamentares, em coligação com o Partido Popular (CDS-PP). A lista das duas legendas obteve 38,5% dos votos. Chegou cerca de seis pontos à frente do Partido Socialista, que não se coligara.

O governo de centro-direita, porém, não alcançou maioria. Portugal passava pela austeridade exigida pela União Europeia. O continente vivia mais uma crise econômica. Em 10 de novembro – pouco mais de um mês após a eleição –, as esquerdas se uniram. Derrubaram o gabinete identificado com aquela política.

O acordo entre as esquerdas para governar foi muito atacado. O socialista António Costa prometia “virar a página da austeridade”. A afirmação alarmava o empresariado. Previa-se que Portugal teria problemas se mudasse a política econômica.

António Costa, com Lula: promessa de 'virar a página' da austeridade  Foto: Manuel de Almeida/EFE

Havia ainda desconfiança sobre a capacidade dos partidos do novo governo se manterem unidos. Por décadas, aquelas forças políticas tinham se desentendido. A ideia era que o gabinete seria uma máquina montada com peças que não combinariam. Portanto, não funcionaria ou teria funcionamento precário ou ineficiente.

O batismo informal da aliança veio do colunista Vasco Pulido Valente (1941-2020). Foi ele que primeiro chamou o governo das esquerdas de “Geringonça”. Primeiro, era um apelido depreciativo, citado pela oposição em tom jocoso. Acabou aceito pelas esquerdas, depois que o governo de Costa mostrou-se bem sucedido. Inclusive na economia, com o enquadramento do país em metas europeias, crescimento econômico e melhorias nos salários e empregos. Para surpresa de muitos, a Geringonça funcionou.

Mas divergências partiram a aliança. Nas eleições de janeiro de 2022, o PS obteve, sozinho, a maioria no parlamento. A aliança das esquerdas acabou, e Costa se tornou o primeiro-ministro mais longevo no cargo desde a Revolução dos Cravos, em 25 de abril de 1974.

RIO – A improvável aliança que em Portugal uniu PS, PCP, Bloco de Esquerda e Os Verdes se formou em 2015. Curiosamente, surgiu após uma vitória eleitoral conservadora. Em 4 de outubro, o PSD, do então primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, venceu as eleições parlamentares, em coligação com o Partido Popular (CDS-PP). A lista das duas legendas obteve 38,5% dos votos. Chegou cerca de seis pontos à frente do Partido Socialista, que não se coligara.

O governo de centro-direita, porém, não alcançou maioria. Portugal passava pela austeridade exigida pela União Europeia. O continente vivia mais uma crise econômica. Em 10 de novembro – pouco mais de um mês após a eleição –, as esquerdas se uniram. Derrubaram o gabinete identificado com aquela política.

O acordo entre as esquerdas para governar foi muito atacado. O socialista António Costa prometia “virar a página da austeridade”. A afirmação alarmava o empresariado. Previa-se que Portugal teria problemas se mudasse a política econômica.

António Costa, com Lula: promessa de 'virar a página' da austeridade  Foto: Manuel de Almeida/EFE

Havia ainda desconfiança sobre a capacidade dos partidos do novo governo se manterem unidos. Por décadas, aquelas forças políticas tinham se desentendido. A ideia era que o gabinete seria uma máquina montada com peças que não combinariam. Portanto, não funcionaria ou teria funcionamento precário ou ineficiente.

O batismo informal da aliança veio do colunista Vasco Pulido Valente (1941-2020). Foi ele que primeiro chamou o governo das esquerdas de “Geringonça”. Primeiro, era um apelido depreciativo, citado pela oposição em tom jocoso. Acabou aceito pelas esquerdas, depois que o governo de Costa mostrou-se bem sucedido. Inclusive na economia, com o enquadramento do país em metas europeias, crescimento econômico e melhorias nos salários e empregos. Para surpresa de muitos, a Geringonça funcionou.

Mas divergências partiram a aliança. Nas eleições de janeiro de 2022, o PS obteve, sozinho, a maioria no parlamento. A aliança das esquerdas acabou, e Costa se tornou o primeiro-ministro mais longevo no cargo desde a Revolução dos Cravos, em 25 de abril de 1974.

RIO – A improvável aliança que em Portugal uniu PS, PCP, Bloco de Esquerda e Os Verdes se formou em 2015. Curiosamente, surgiu após uma vitória eleitoral conservadora. Em 4 de outubro, o PSD, do então primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, venceu as eleições parlamentares, em coligação com o Partido Popular (CDS-PP). A lista das duas legendas obteve 38,5% dos votos. Chegou cerca de seis pontos à frente do Partido Socialista, que não se coligara.

O governo de centro-direita, porém, não alcançou maioria. Portugal passava pela austeridade exigida pela União Europeia. O continente vivia mais uma crise econômica. Em 10 de novembro – pouco mais de um mês após a eleição –, as esquerdas se uniram. Derrubaram o gabinete identificado com aquela política.

O acordo entre as esquerdas para governar foi muito atacado. O socialista António Costa prometia “virar a página da austeridade”. A afirmação alarmava o empresariado. Previa-se que Portugal teria problemas se mudasse a política econômica.

António Costa, com Lula: promessa de 'virar a página' da austeridade  Foto: Manuel de Almeida/EFE

Havia ainda desconfiança sobre a capacidade dos partidos do novo governo se manterem unidos. Por décadas, aquelas forças políticas tinham se desentendido. A ideia era que o gabinete seria uma máquina montada com peças que não combinariam. Portanto, não funcionaria ou teria funcionamento precário ou ineficiente.

O batismo informal da aliança veio do colunista Vasco Pulido Valente (1941-2020). Foi ele que primeiro chamou o governo das esquerdas de “Geringonça”. Primeiro, era um apelido depreciativo, citado pela oposição em tom jocoso. Acabou aceito pelas esquerdas, depois que o governo de Costa mostrou-se bem sucedido. Inclusive na economia, com o enquadramento do país em metas europeias, crescimento econômico e melhorias nos salários e empregos. Para surpresa de muitos, a Geringonça funcionou.

Mas divergências partiram a aliança. Nas eleições de janeiro de 2022, o PS obteve, sozinho, a maioria no parlamento. A aliança das esquerdas acabou, e Costa se tornou o primeiro-ministro mais longevo no cargo desde a Revolução dos Cravos, em 25 de abril de 1974.

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