Como a conjuntura do País afeta o ambiente público e o empresarial

Carta aos cidadãos brasileiros: cadê meu celular? Eu vou ligar 180!


Por Redação

Taina Aguiar Junquilho, Doutora em Direito (UnB), Professora do IDP. Advogada, Customer Success Neoway

No dia de hoje, o texto não pode ser exatamente jurídico. Na semana passada, a cientista da computação Nina da Hora sofreu um episódio de racismo numa livraria no Leblon. Nina havia acabado de receber menção honrosa Association for Computing Machinery como cientista modelo. Nina faz parte da comissão do Tribunal Superior Eleitoral que combate a fake news em eleições. E eu poderia passar o dia aqui falando de seus feitos.

Ainda assim, a renomada e reconhecida cientista foi parada na livraria pelo segurança quando se debruçava sobre livros e a primeira pergunta da gerência foi: onde você mora?

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Nina tem denunciado insistentemente a ação e lançou inclusive uma vaquinha para arrecadar dinheiro para abertura do que chamou de uma livraria verdadeiramente antirracista. Essa carta é para demonstrar toda a minha solidariedade e para que façamos como ela, denunciemos!

Os dados falam por si. Racismo e violência doméstica sempre interagiram e estão presentes na realidade de toda mulher latinoamericana.

Para se ter uma pequena noção, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2021, 71% das vítimas de feminicídio no primeiro ano da pandemia (2020) e 36,5% brancas (cabe destacar que a pesquisa ressalta a sobrerrepresentação do tema).

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 Foto: Estadão

Fonte: Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP)

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Hoje, no Dia Internacional da Mulher, recomendo o seguinte exercício a todos e todas: pare por um minuto.

Pense nas mulheres ao seu redor, que trabalham na sua área, que estão a sua volta. Convide-as para fazer parte da sua equipe, encoraje-as a serem o que quiserem ser, ofereça aconchego e, principalmente, denuncie desigualdades!

Pense nas atitudes machistas pelas quais já passou ou que assistiu. Revolte-se por este minuto e use essa raiva como potência para mudança. Pergunte-se: qual meu papel na transformação que pretendo ver?

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Logo no início deste ano faleceu uma das mulheres mais admiráveis do país: Elza Soares. Elza não teve só uma vida marcada por episódios de preconceito e por muitas dores sentidas advindas do Planeta Fome.

Mesmo assim, sempre denunciou. Elza cantava a plenos pulmões "Cadê meu celular? Eu vou ligar 180! Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim". Falhamos com Elza. Mas, podemos fazer diferente no presente. Que honremos nossas Ancestrais, nossas Dandaras e Elzas. No ano da morte desse ícone, vamos fazer valer seu legado!

Taina Aguiar Junquilho, Doutora em Direito (UnB), Professora do IDP. Advogada, Customer Success Neoway

No dia de hoje, o texto não pode ser exatamente jurídico. Na semana passada, a cientista da computação Nina da Hora sofreu um episódio de racismo numa livraria no Leblon. Nina havia acabado de receber menção honrosa Association for Computing Machinery como cientista modelo. Nina faz parte da comissão do Tribunal Superior Eleitoral que combate a fake news em eleições. E eu poderia passar o dia aqui falando de seus feitos.

Ainda assim, a renomada e reconhecida cientista foi parada na livraria pelo segurança quando se debruçava sobre livros e a primeira pergunta da gerência foi: onde você mora?

Nina tem denunciado insistentemente a ação e lançou inclusive uma vaquinha para arrecadar dinheiro para abertura do que chamou de uma livraria verdadeiramente antirracista. Essa carta é para demonstrar toda a minha solidariedade e para que façamos como ela, denunciemos!

Os dados falam por si. Racismo e violência doméstica sempre interagiram e estão presentes na realidade de toda mulher latinoamericana.

Para se ter uma pequena noção, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2021, 71% das vítimas de feminicídio no primeiro ano da pandemia (2020) e 36,5% brancas (cabe destacar que a pesquisa ressalta a sobrerrepresentação do tema).

 

 Foto: Estadão

Fonte: Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP)

Hoje, no Dia Internacional da Mulher, recomendo o seguinte exercício a todos e todas: pare por um minuto.

Pense nas mulheres ao seu redor, que trabalham na sua área, que estão a sua volta. Convide-as para fazer parte da sua equipe, encoraje-as a serem o que quiserem ser, ofereça aconchego e, principalmente, denuncie desigualdades!

Pense nas atitudes machistas pelas quais já passou ou que assistiu. Revolte-se por este minuto e use essa raiva como potência para mudança. Pergunte-se: qual meu papel na transformação que pretendo ver?

Logo no início deste ano faleceu uma das mulheres mais admiráveis do país: Elza Soares. Elza não teve só uma vida marcada por episódios de preconceito e por muitas dores sentidas advindas do Planeta Fome.

Mesmo assim, sempre denunciou. Elza cantava a plenos pulmões "Cadê meu celular? Eu vou ligar 180! Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim". Falhamos com Elza. Mas, podemos fazer diferente no presente. Que honremos nossas Ancestrais, nossas Dandaras e Elzas. No ano da morte desse ícone, vamos fazer valer seu legado!

Taina Aguiar Junquilho, Doutora em Direito (UnB), Professora do IDP. Advogada, Customer Success Neoway

No dia de hoje, o texto não pode ser exatamente jurídico. Na semana passada, a cientista da computação Nina da Hora sofreu um episódio de racismo numa livraria no Leblon. Nina havia acabado de receber menção honrosa Association for Computing Machinery como cientista modelo. Nina faz parte da comissão do Tribunal Superior Eleitoral que combate a fake news em eleições. E eu poderia passar o dia aqui falando de seus feitos.

Ainda assim, a renomada e reconhecida cientista foi parada na livraria pelo segurança quando se debruçava sobre livros e a primeira pergunta da gerência foi: onde você mora?

Nina tem denunciado insistentemente a ação e lançou inclusive uma vaquinha para arrecadar dinheiro para abertura do que chamou de uma livraria verdadeiramente antirracista. Essa carta é para demonstrar toda a minha solidariedade e para que façamos como ela, denunciemos!

Os dados falam por si. Racismo e violência doméstica sempre interagiram e estão presentes na realidade de toda mulher latinoamericana.

Para se ter uma pequena noção, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2021, 71% das vítimas de feminicídio no primeiro ano da pandemia (2020) e 36,5% brancas (cabe destacar que a pesquisa ressalta a sobrerrepresentação do tema).

 

 Foto: Estadão

Fonte: Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP)

Hoje, no Dia Internacional da Mulher, recomendo o seguinte exercício a todos e todas: pare por um minuto.

Pense nas mulheres ao seu redor, que trabalham na sua área, que estão a sua volta. Convide-as para fazer parte da sua equipe, encoraje-as a serem o que quiserem ser, ofereça aconchego e, principalmente, denuncie desigualdades!

Pense nas atitudes machistas pelas quais já passou ou que assistiu. Revolte-se por este minuto e use essa raiva como potência para mudança. Pergunte-se: qual meu papel na transformação que pretendo ver?

Logo no início deste ano faleceu uma das mulheres mais admiráveis do país: Elza Soares. Elza não teve só uma vida marcada por episódios de preconceito e por muitas dores sentidas advindas do Planeta Fome.

Mesmo assim, sempre denunciou. Elza cantava a plenos pulmões "Cadê meu celular? Eu vou ligar 180! Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim". Falhamos com Elza. Mas, podemos fazer diferente no presente. Que honremos nossas Ancestrais, nossas Dandaras e Elzas. No ano da morte desse ícone, vamos fazer valer seu legado!

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