O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, refutou as acusações de que empresários aliados a ele estariam defendendo um golpe de estado caso o petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas de intenção de voto, vença a disputa presidencial. “Golpe? Quem vai dar golpe, isso é fake news”, rebateu.
A declaração foi feita durante visita ao Parque Tecnológico de São José dos Campos, em São Paulo, na manhã desta quinta-feira, 18, após o portal Metrópoles ter divulgado mensagens trocadas por empresários bolsonaristas num grupo de WhatsApp. O grupo inclui líderes de marcas como Havan, Coco Bambu, Multiplan e Tecnisa. De acordo com o colunista Guilherme Amado, as mensagens deixam claro a defesa de um golpe caso Bolsonaro não seja reeleito.
Após a denúncia, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) declarou ter acionado o Supremo Tribunal Federal (STF) para quebrar o sigilo do grupo de WhatsApp com os empresários.
Em rápida conversa com jornalistas, na visita ao Parque Tecnológico, Bolsonaro disse que a preocupação de sua gestão é avançar na área da ciência e tecnologia. E aproveitou para estocar o adversário petista. “Vocês acham que padrões do (Marcos) Pontes, do Tarcísio (de Freitas) ou a Teresa Cristina (ex-ministra da Agricultura) poderiam ser ministros do Lula?”
Após evento no Parque Tecnológico, Bolsonaro, Tarcísio, Pontes e correligionários seguiram para a Arena Farma Conde, onde participam do lançamento oficial da campanha de Tarcísio de Freitas ao governo de São Paulo.
Em rápido pronunciamento no Parque Tecnológico, Bolsonaro voltou a exaltar seus colaboradores e disse que o Brasil é um dos poucos países do mundo que está com deflação após a pandemia. E repetiu que o emprego está se recuperando: “Fui o único a não apoiar o ‘fique em casa’”, disse, sob aplausos e gritos de “mito” da plateia que lotou o auditório do Parque Tecnológico de São José dos Campos. Ele citou ainda a liberdade que dá a seus auxiliares, como ao Banco Central que “hoje é independente”.