Depois de um dia crítico e de intensas articulações, após a derrota que o governo sofreu no Congresso na noite de quarta-feira por rebeldia do PFL, a sexta-feira no Planalto foi de maior tranqüilidade. Dos integrantes da equipe de coordenação política, apenas o ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, permaneceu em Brasília. "Está todo mundo viajando porque agora é hora de aguardar", resumiu um assessor palaciano. Logo depois da rebelião do PFL, ainda na noite de quarta-feira, o presidente Fernando Henrique Cardoso estabeleceu a próxima terça-feira como prazo-limite para que o partido decida se continua integrando a base aliada ou entrega os cargos que ocupa no governo. Fernando Henrique, que hoje visitou o amigo e governador paulista licenciado, Mário Covas, aproveitará o final de semana para descansar no sítio de sua propriedade em Ibiúna (SP), e só deverá retornar a Brasília no domingo. O secretário-geral da Presidência, Aloysio Nunes Ferreira, viajou para São José dos Campos (SP) na noite de quinta-feira. O assessor especial da Presidência, Moreira Franco, tinha se programado para acompanhar o presidente Fernando Henrique Cardoso na viagem ao interior do Rio de Janeiro, sua base eleitoral. A crise provocada pelo PFL, no entanto, acabou segurando Moreira Franco em Brasília por mais tempo. Mas ele também viajou para o Rio no final do dia de ontem.